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Tuberculose: Epidemiologia, Etiologia e Manifestações Clínicas

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Ana Cecília Menezes | Infectologia 2021.1 
 
Doenças infecciosas e parasitárias (DIP) 
Infectologia 
Aula 01: 10/02/2021 
 
TUBERCULOSE 
 
As doenças infecciosas tem um poder maior de 
transmissão através da aglomeração de pessoas e 
pelo trânsito das mesmas. 
A tuberculose foi conhecida como peste branca 
no século XIX. 
Epidemiologia 
Ocupa o topo de uma das doenças infecciosas que 
mais matam no mundo, só em 2017 teve 1,6 
milhão de mortes. 
 Tem sua maior prevalência em pessoas do 
sexo masculino 
 Populações pobres; aglomerados 
populacionais; pacientes com HIV (pela 
imunossupressão). 
 Ao dar o diagnóstico de tuberculose, 
precisa-se pedir o exame de HIV! 
 
 
Etiologia 
Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis 
Características: 
 Patógeno intracelular 
 Aeróbio estrito 
 Crescimento lento (25-32h macrófago) 
 BAAR 
 Não produz toxinas 
 Imóvel 
 Sem esporos 
 
Transmissão 
 
Através da via aérea 
Maior transmissão: TB pulmonar e TB 
laríngea (rouquidão, síndrome 
consumptiva, febre). Grande carga de 
bacilos em escarro causa uma maior 
transmissibilidade. 
Fatores de risco do indivíduo: extremos 
de idade, imunodepressão, tempo de 
exposição aumentado, DM, desnutrição, 
etilismo. 
 
Observação: Se a tuberculose for a causa 
da meningite e não ocorrer o 
acometimento do pulmão, não é 
transmissível. 
Observação: Mesmo após o contato com 
tuberculose, o individuo não desenvolve 
anticorpos neutralizantes (que impede o 
paciente de adoecer novamente). 
 
Patogenia 
 
Determinantes de infecção e adoecimento 
 
- Número de bacilos e virulência 
- Hipersensibilidade 
- Imunidade inata e adquirida 
 
Situações possíveis 
 
1. Resposta efetiva do hospedeiro e 
destruição de todos os bacilos 
2. Bacilos se multiplicam e crescem 
após infecção, causando 
tuberculose primária. 
Ana Cecília Menezes | Infectologia 2021.1 
 
3. Bacilos tornam-se latentes 
(infecção latente) 
4. Bacilos latentes voltam a se 
multiplicar. (reativação ou TB pós-
primária). 
 
Cavitação: lesão super aerada no pulmão, 
formando um contexto muito favorável para a 
bactéria. 
 
O micobacterium entra na via aérea do paciente e 
atinge o alvéolo, quando ele chega ao alvéolo o 
macrófago fagocita as células (bactérias), depois 
se dirige ao linfonodos (região mediastinal, por 
exemplo), vai apresentar os antígenos dos 
patógenos para induzir uma resposta celular 
(linfocitos T). Os linfócitos T vão migrar e se 
aglomerar ao redor das células infectadas, se 
organizam e se aglomeram, faz o deposito de 
colágeno formando uma capa no granuloma, 
sendo que as células no interior têm enzimas que 
são liberas no meio externo e vão liquefazer a 
região central do granuloma aumentando a pressão 
o que causa a drenagem do granuloma causando a 
cavitação! 
O granuloma poderá ser liquefeito pela ação de 
proteases: disseminação broncogênica, 
disseminação linfática ou disseminação 
hematogênica. 
 
Paciente que foi a óbito por tuberculose 
Observação: Interação hospedeiro-parasita 
determina a manifestação clínica 
 
Manifestação clínica 
TUBERCULOSE PULMONAR PRIMÁRIA 
Crianças e adultos jovens 
 Febre baixa ou moderada ao longo de 2 
semanas 
 Irritabilidade 
 Inapetência 
 Ceratoconjuntivite 
 Eritema nodoso 
 Artropatia poncet 
 Sintomas respiratórios não são comuns 
Observação: ao dar o diagnóstico de 
tuberculose no primeiro mês, além do exame 
de HIV pedir exame de glicose. 
 
Ana Cecília Menezes | Infectologia 2021.1 
 
Observação: Teste tuberculínico = PPD 
Radiografia do tórax 
Complexo de ranke (área do pulmão que foi 
infectada do pulmão, o aumento do linfonodo e o 
caminho até o linfonodo), atelectasia, 
lindoadenomegalia mediastinal. 
Não é comum cavitação pulmonar nessa fase (não 
tem como formar uma resposta imune dessa antes 
de 14 dias) 
 
 
Complexo de ranke: área de opacidade do lado do 
pulmão direito 
 
Alargamento do mediastino 
 
TUBERCULOSE PULMONAR PÓS-
PRIMARIA 
 Mais comum em adultos 
 Febre vespertina 
 Sudorese noturna 
 Adinamia e anorexia 
 Perda de peso 
 Tosse (seca – produtiva): investigar tosse 
por mais de 3 semanas, se for paciente 
imunodeprimido: 2 semanas 
 Dor torácica 
 Hemptoicois 
 Hemoptise 
 
Radiografia de tórax 
Lesões no segmento posterior dos lobos 
superiores, e segmentos apicais dos lobos 
inferiores. 
 
 
TUBERCULOSE MILIAR 
Primoinfecção ou reativação: disseminação 
hematogênica 
População acometida: idosos, crianças e 
imunodeprimidos. 
 
Ana Cecília Menezes | Infectologia 2021.1 
 
TUBERCULOSE MILIAR TARDIA 
 Idosos/imunodeprimidos 
 Reativação 
 Insidioso 
 Apatia 
 Febre baixa 
 Emagrecimento 
 
 
TUBERCULOSE PLEURAL 
 Disseminação por contiguidade 
 Inicio insidioso ou abrupto 
 Dor torácica (escapula, mamilo e base 
tórax) 
 Febre (moderada a alta) 
 Tosse 
 Posição antálgica (DL) 
 
 
LINFADENITE TUBERCULOSA 
 Forma extrapulmonar mais comum 
 Mediastino, mesentéricos 
 Cervical: confluente, endurecido, 
dolorosos 
 Fistulização 
Dx: biopsia e aspirado 
 
 
 
MENIGOENCEFALITE TUBERCULOSE 
 Principalmente em crianças antes dos 2 
anos de idade 
 Bacilos no espaço subaracnóide e 
ventrículos 
 Inflamação (vasculite e edema 
cerebral) 
 Exsudato em base do cérebro e 
ventrículos 
Insidioso 
1. Fase 1 (2 semanas): febre, cefaleia, 
vômitos, irritabilidade 
2. Fase II: comprometimento de pares 
cranianos (estrabismo, ptose palpebral, 
fotofobia). 
3. Fase III 
Sequelas 
 Paralisia de pares cranianos 
 Motoras 
 Mentais 
 Movimentos involuntários 
 Óticos 
 Surdez 
Ana Cecília Menezes | Infectologia 2021.1 
 
Outras manifestações clínicas: peritonite, 
pericardite, tuberculose cutânea, tuberculose 
óssea, tuberculose trato digestório, tuberculose 
urinaria. 
Diagnóstico 
 
 
 
 
 
Exames específicos 
Baciloscopia 
Técnica de ziehl-neelsen (pesquisa BAAR) 
 Baixa sensibilidade 
 Indicação: diagnostico/acompanhamento 
 Não detecta BK paucibacilares (20/30% 
dos adultos) 
 Resultado 
- Negativo: 0 BAC/100 campos 
+: 10-99 BAC/100 campos 
++: 1-10 BAC/50 campos 
+++: 10 BAC/20 campos 
 Material de árvore brônquica: escarro 
espontâneo ou induzido; LBA 
 Outros materiais: pleural; urina; exsudato 
de lesões cutâneas; aspirado de linfonodos 
 
 
 
Cultura 
 
Maior sensibilidade e especificidade BK 
 Indicação 
- Suspeita de TB pulmonar com 
baciloscipia negativa 
- Suspeita de resistência ao 
tuberculostaticos 
- Tb extrapulmonar 
- HIV + sintomáticos 
 
Observação: sorologia para tuberculose NÃO 
EXISTE 
 
PCR para DNA M. tuberculosis 
 Alta sensibilidade (90%) e especificidade 
 Detecta genes de resistência R (S=95%) 
 Materiais: escarro, escarro induzido, LBA, 
lavado gástrico, líquor, linfonodo 
 Indicações: 
Ana Cecília Menezes | Infectologia 2021.1 
 
- casos novos TB pulmonar ou laríngea em 
adultos e adolescentes sem/com maior 
vulnerabilidade 
- triagem resistência rifampicina 
- diagnostico de TB extrapulmonar em 
materiais validados 
 
Histopatologia 
 Investigação de TB extrapulmonar 
 Identificação do granuloma, com infiltrado 
histiocitário e necrose de caseificação 
 DDX: micoses, sarcoidose, colagenoses 
 Confirmação: BAAR 
 
Prova tuberculínica (PPD) 
 Aplicação intradérmica do derivado 
proteico de cepas M. tuberculosis 
 Observação de pápula 48-96h 
 Avaliar infecção latente BK ou BCG ou 
outras micobactérias 
 Não informa sobre TB ativa 
 Resultado: (>5MM) 
 Se der positivo não quer dizer 
necessariamente que o paciente está com 
tuberculose (pode indicar que ele teve 
contato importante em algum momento na 
vida do paciente) 
 Tratamento: isoniazida – 6 a 9 meses 
(para infecção latente) 
 Falso negativo: 
- desnutridos 
- imunodeprimidos 
- uso de medicação imunodepressora- DM 
- insuficiência Renal 
- gestantes 
- problemas na técnica 
 
Ensaios de liberação do Interferon-
gama (IGRA) 
 
 Quantiferon TB glold 
 Secreção de Interferon por LT 
 Não é usado para TB ativa 
 
Tratamento 
Princípios 
Uso de antibioticoterapia combinada: fases do 
metabolismo do BK (rápido, lento e intermitente). 
Tempo prolongado: metabolismos reduzido e 
intermitente 
Drogas combinadas: resistência natural 
 
Ana Cecília Menezes | Infectologia 2021.1 
 
 
 
 Associação de 4 fármacos (indivíduos > 10 
anos): RIFAMPICINA, ISONIAZIDA, 
PIRAZINAMIDA, ETAMBUTOL 
 Duração do tratamento 
- fase intensiva (RHZE): 2 meses 
- fase manutenção (RH): 4 meses (Tb 
pulmonar e extrapulmonar) 
- fase de manutenção (RH): 10 meses 
(meningo TB) + PREDNISONA (1-
2mg/kg/dia) por 4-8 semanas 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
PARA ESTUDO: MANUAL DE 
TUBERCULOSE

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