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PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA TUBERCULOSE É uma doença infectocontagiosa crônica causada por uma bactéria conhecida como bacilo de Koch (BK). Epidemiologia: No Brasil e mais 21 países em desenvolvimento abrigam 80% dos casos da doença. Problema de saúde prioritário no Brasil. Índia, China, Indonésia, Nigéria e África do Sul. 1/3 da população mundial está infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. 8,8 milhões de novos casos de TB por ano. 100 milhões de pessoas por ano infectadas. 1 milhão de óbitos sem coinfecção com HIV. No Brasil (2020-2011): o O país continua entre os 30 países de alta carga para a TB e para coinfecção TB-HIV, sendo considerado prioritário para o controle da doença no mundo pela OMS. o Em 2020, o Brasil registrou 66.819 casos novos de TB com um coeficiente de incidência de 31,6 casos por 100 mil habitantes. o Em 2019, foram notificados cerca de 4,5 mil óbitos pela doença, com um coeficiente de mortalidade de 2,2 óbitos por 100 mil habitantes. 73 mil casos novos de TB diagnosticados. o Cerca de 4,5 mil mortes por tuberculose. o Forma contagiosa: Pulmonar Bacilífera (transmissão aérea). o Primoinfecção. Fase I: Sem imunidade celular. o Proliferação bacilar descontrolada: Disseminação linfo-hematogênica. Fase II: Imunidade celular específica. BACILO DE KOCH Agente: Mycobacterium tuberculosis. Pequenos bacilos, não esporulados, aeróbios. Parede celular rica em lipídios. Características físico-químicas dessa parede fazem com que sejam coradas na técnica de Ziehl-Neelsen, por fucsina. Define como bacilo álcool-ácido-resistente (BAAR). Crescimento lento. Dificuldade de tratamento. o O que faz com que o tratamento seja prolongado. Na forma meníngea trata o paciente por 9 meses, 2 meses com as quatro drogas e 7 meses com rifampicina e izoniazida. Tempo de duplicação em torno de 18h. Formando colônias em culturas em todos de 30 dias. Locais de tensão elevadas de O², os alvéolos pulmonares, sobretudo aqueles presentes nos ápices pulmonares. Mais propícios a proliferação do M. tuberculosis. Reservatório: o Homem, gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos. Fonte de contaminação: o Paciente adulto com tuberculose pulmonar e bacilífero. Transmissão: o Via aérea, por aerossóis. o Gotículas de Flugge. o Gotículas menores: Núcleos de Wells. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA FATORES DE RISCO Países desenvolvidos. Pessoas idosas. Minorias étnicas. Imigrantes estrangeiros. Países em desenvolvimento: o Todos os grupos etários. Predomínio população economicamente ativa (15-54 anos). Detentos. Moradores de rua. Conglomerados urbanos e indígenas. Homens duas vezes mais do que as mulheres. TRANSMISSÃO É direta, de pessoa a pessoa, principalmente através do ar. Ao falar, espirrar ou tossir, o doente de tuberculose pulmonar lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo o bacilo. As gotículas mais pesadas caem no solo. As mais leves podem ficar suspensas no ar por diversas horas. Somente os núcleos secos das gotículas (núcleo de Wells), com diâmetro até 5µm e com 1 a 2 bacilos em suspensão, podem atingir os bronquíolos e alvéolos e então iniciar a multiplicação. Os pacientes com a doença pulmonar cavitada são particularmente infectantes já que seu escarro contém normalmente de 1 a 100 milhões de bacilos por ml e estes tossem com frequência e a cada crise podem expulsar 3000 gotículas infecciosas. Entretanto, as mucosas respiratórias intactas são bastante resistentes à invasão. Para que ocorra a infecção, os bacilos precisam chegar aos bronquíolos e alvéolos, onde são capturados pelos macrófagos. Embora os pacientes com tuberculose cavitada expectorem quantidades maciças de bacilos, a chance de gerarem partículas infectantes é relativamente baixa. Com isso, um dos fatores mais importantes para a transmissão do M. tuberculosis é a aglomeração em espaços mal ventilados, pois intensifica o contado com o paciente. O risco de contrair tuberculose depende essencialmente de fatores externos. Devido à demora em visitar um médico e diagnosticar a doença, estima-se que a cada positivo, 20 pessoas serão infectadas antes que ela tenha sido diagnosticada em localidades com alta prevalência da doença. Outras vias de transmissão do bacilo da tuberculose como a pele ou a placenta são raras e não têm importância epidemiológica. FISIOPATOLOGIA PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Alguns casos, além do complexo de Ghon pode-se visualizar um gânglio hilar calcificado no local de passagem do bacilo: o Complexo de Ghon + nódulo pulmonar e gânglio calcificado = Complexo de Ranke. o Fase do complexo primário: Maioria dos indivíduos infectados é assintomática, principalmente os adultos. o Crianças: Tosse e febre. Linfonodos hilares: Aumentar, provocando obstrução dos brônquios: Atelectasia, eritema nodoso, ceratoconjuntivite flictenular (viragem tuberculínica). APRESENTAÇÃO CLÍNICA – PRIMOINFECÇÃO Pneumonia clássica. Febre. Tosse produtiva. Raro: Insuficiência respiratória aguda. Dor pleurítica: Após infecção secundária da pleura e derrame pleural. Crianças e adultos jovens: o Dor pleurítica. o Tosse. o Febre alta: Geralmente vespertina, associada a inapetência, astenia, perda de peso. Tuberculose miliar: Mais comum em recém- nascidos e crianças com imunodeficiência. Nódulo de Ghon: Geralmente é único. o 1/3 médio do pulmão direito (lobo médio, língula). o Parte inferior do lobo superior e do lobo inferior. “Complexo de Ranke”: o Junto ao nódulo de Gohn, surge uma adenopatia satélite. o Intensa proliferação de bacilos que acabam sendo drenados para os linfonodos hilares e mediastinais. Tuberculose pulmonar: Após a primoinfecção: o 90% das pessoas: Boa imunidade – controle da infecção. o Restante adoece. o 5% forma primária. o 5% forma pós-primária. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Patogenia: FORMAS CLÍNICAS TUBERCULOSE PULMONAR, LINFONODOMEGALIA MEDIASTINAL E HILAR Tuberculose primária. Localização pulmonar é a mais comum. Forma mais característica em crianças. 15% não apresentam alterações radiológicas. Quadro clínico na criança: o Pneumonia de evolução arrastada. o Tipicamente hilar, paratraqueal direita. o Geralmente associada à consolidação pulmonar e a atelectasia. o 1/3 linfoadenomegalia bilateral. Adultos: Linfonodos calcificados. TB primária em crianças: Causa mais comum de adenopatia hilar/mediastinal unilateral. A Aumento dos linfonodos: Mais frequente da TB primária. Padrão radiológico: o Consolidação parenquimatosa: Opacidade homogênea do pulmão. Apagamento dos vasos pulmonares. Adultos: Lobos médios e inferiores. Crianças: Lobos superiores. Simular pneumonia bacteriana. o Linfoadenomegalia mediastinal hilar, atelectasia: Compressão extrínseca por linfonodomegalias. Segmento anterior do lobo superior. Segmento medial do lobo médio. o Derrame pleural: Manifestação tardia da TB primária: 25% dos pacientes. Rara na infância. Penetração de bacilos no espaço pleural através do foco subpleural adjacente. Tuberculose pós-primária. Pacientes já tiveram contato com o bacilo. Forma mais comum entre adultos e adolescentes. 85% apresentação pulmonar. Mecanismo: o Reinfecção através da inalação de um novo inoculo bacilar. o Reativação de um foco latente que foi semeado na primo-infecção. Quadro clínico: o Paciente jovem. Idade: 15 e 40 anos. o Febre vespertina. o Tosse persistente. o Radiografia do tórax: Cavitação em lobo superior direito. Opacidade heterogênea. Consolidação. Padrão reticulonodular. Nódulo: Tuberculoma. Banda parenquimatosa. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Padrão radiológico na tuberculose pós- primária ou de reativação ou secundária: Diagnóstico: o Anamnese + exame físico. o Exame radiológico: Rx, TC se necessário. o Exame microbiológico. o BAAR do escarro: Duas amostras em todos os sintomáticos respiratórios. o Pacientes BAAR negativos: Realizar cultura (30 a 60 dias para resultado do exame). o Sequência para obtenção de amostras respiratórias. o Escarro espontâneo → escarro induzido → exames induzidos → exames invasivos → broncoscopia. o Exames laboratoriais. o Anemia de doença crônica. o Leucocitose. o VSH elevada. o Enzimas hepáticas elevadas. o Hiponatremia por possível SIAD. o Prova tuberculínica (PT). o Teste tuberculínico (TT ou PPD). o Não serve como diagnóstico. o Indica apenas que houver infecção. o Histopatológicos: Granulo caseoso. o Sorologia: Não é recomendado. o Teste molecular: Gene Xpert®. Confirma o diagnóstico rápido em poucas horas. Resistência a rifampicina (indicador mais importante do teste). TUBERCULOSE EXTRA PULMONAR Tuberculose pleural. Tuberculose miliar (linfática). Tuberculose ganglionar periférica. Tuberculose meníngea. Tuberculose geniturinária. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Tuberculose esquelética. Disseminação linfo-hematogênica para vários órgãos e sistemas. Contiguidade. Dados epidemiológicos escassos. Dificuldade diagnóstica. TUBERCULOSE PLEURAL Forma típica de tuberculose primária. Paciente mais velhos, adolescentes e adultos jovens. Mais comum no Brasil: 64%. Período de incubação: 1 – 3 meses. Fisiopatogenia: o Ruptura de um pequeno foco primário de localização subpleural. o Poucos bacilos atingem o espaço pleural, desencadeando uma resposta imunológica de hipersensibilidade granulomatosa. o Inflamação das pleuras visceral e parietal, com produção de exsudato. Quadro clínico: o Agudo ou subagudo. o Febre, dor pleurítica, tosse seca. o Dispneia + derrame volumoso. Raramente é bilateral. Diagnóstico: o Toracocentese: Casos suspeitos. o Líquido pleural (LP): Exsudato, coloração amarelo citrino, turvo. Pode quantificar a ADA no líquido. o Serossanguinolento. o Contém mais de 1000 células, predomínio de linfócitos (50 a 90%). o Glicose: Baixa. o Ausência de células mesoteliais e eosinófilos. o BAAR no líquido: Não é sensível para fazer o diagnóstico 10%. o Cultura BK 30%. o Toracocentese: LP é exsudato. Coloração amarelo turvo. Glicose baixa. Também pode ser feita de alívio. Ausência de células mesoteliais e eosinófilos. o Biópsia pleural: Cultura e histopatológico. o Biópsia pleural (70-80%): Exsudato com mais de 75% de linfócitos. ADA > 40 U/L: Muito sugestivo (diagnóstico praticamente fechado). Ausência de células neoplásicas: Autorizado o tratamento. Dosagem do interferon gama > 140 µg/ml. Tratamento: o Prova terapêutica com RIPE: < 40 anos. Impossibilidade de biópsia. Bacteriologia negativa. o RIPE: Doses fixas combinadas (DFC). Rifampicina: 150mg, inibe a síntese de RNA. Isoniazida: 75mg, inibe a síntese da parede celular. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Pirazinamida: 400mg. Alteração na membrana celular. Alteração no metabolismo energético. Síntese de ATP. Etambutol: 275mg. Inibe a síntese da parede celular. Efeitos adversos sobre o globo ocular. o Duração: 6 meses. o Fase intensiva: 2 RIPE, 2 meses. 3 a 4 comprimidos. o Dose: R 150mg; I 75mh; P 400mg; E 265 mg. o Fase de manutenção: 4 RI, 4 meses. o Dose: R 150mg; I 75mg. TUBERCULOSE MILIAR OU DISSEMINADA Disseminação hematogênica do BK. John Jacobus, 1700 – sementes de Miliet. Fatores de risco: o Crianças não vacinadas. Crianças < 2 anos. Imunodeprimidas. Desnutridos. o Idosos debilitados. o DM. o HIV. o Opacidades isoladas 1-3mm. o Uniformes em tamanho. Classificação: o Aguda clássica: 7 e 16 semanas. Em qualquer faixa etária. Evolução insidiosa 7 e 16 semanas. Fraqueza. Anorexia. Febre baixa. 80% tosse pode estar presenta. Hepatomegalia: 35% dos casos. Alteração do sistema nervoso: 30%. Envolvimento multissitêmico: Hepático, esplênico, SNC. o Forma críptica: Forma obscura. Quadro arrastado. Perda ponderal progressiva. Febre de origem obscura. Poucas manifestações sistêmicas. Micro abcessos neutrofílicos em fígado e baço. Padrão miliar no estágio final. Idosos ou pacientes debilitados. Frequentemente leva ao óbito antes do diagnóstico. Muito grave. África e Ásia. Sepse. Síndrome inflamatória. Olho: Alterações do plexo coroide. o Forma não reativa. Diagnóstico: o Teste tuberculínico positivo em 70% dos casos. o Pesquisa de BAAR no escarro: Positivo 20% dos casos. o IGRA: Teste baseado no interferon gama. Indicado na tuberculose latente. Primeira escolha em pacientes vacinados com BCG. Para os PPD falso positivo. Maior especificidade que o PPD. Maior sensibilidade que o PPD. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Não faz o diagnóstico de infecção micobactérias. Indica exposição ao agente. o Toracotomia: Se suspeitar de doenças que cursam com lesões micronodulares. o Exame bacteriológico de vários materiais: Escarro. Aspirado gástrico. Urina. Aspirado ganglionar. Broncoscopia com biópsia transbrônquica 70%. Biópsia hepática: 70 – 100%. Aspirado de medula óssea: 16 e 33%. Tratamento: o Deve ser iniciado prontamente, mesmo se houver baciloscopia negativas. o Duração: 6 meses. o Fase intensiva: 2 RIPE, 2 meses. 3 a 4 comprimidos. o Dose: R 150mg; I 75mg; P 400mg; E 275mg. o Fase de manutenção: 4 RI, 4 meses. o Dose: R 150mg; I 75mg. o RIPE: Doses fixas combinadas (DFC). Rifampicina: 150mg, inibe a síntese de RNA. Isoniazida: 75mg, inibe a síntese da parede celular. Pirazinamida: 400mg. Alteração na membrana celular. Alteração no metabolismo energético. Síntese de ATP. o Etambutol: 275mg. Inibe a síntese da parede celular. Efeitos adversos sobre o globo ocular. TUBERCULOSE MENÍNGEA Quadro agudo e grave. Crianças não vacinadas. o 54% apresentam, mesmo vacinadas. Imunodeprimidos. Alto potencial de morbimortalidade. Crianças < 12 anos: Letalidade de 25%. Chance em torno de 70% para o desenvolvimento de sequelas neurológicas permanentes. Forma primária em crianças. Pós-primária em adultos. Quadro clínico subagudo em três fases: I. Sintomas inespecíficos: 2 a 3 semanas. II. Cefaleia, febre e sinais meníngeos. III. Torpor, coma e crise convulsiva. Complicações: o Compressão de pares cranianos. o Principal VI par, III, VII e VIII pares. o Espessamento menígeo basal. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA o Vasculite com infartos do parênquima, levando a déficits focais ou movimentos involuntários (coreoatetose). o Hidrocefalia: Levando a hipertensão intracraniana e ao papiledema. o SIAD. o Tuberculomas. o Hidrocefalia em 85% das crianças e 50% dos adultos. o Infarto cerebrais e tuberculomas. Diagnóstico: o TCAR contrastada. o Punção lombar. o LCR: Maioria é hipertenso. o Claro. o Límpido. o Pleocitose: 500 células/ml predomínio de mononucleares. o Teor proteínas: Elevado 100-500mg/DI. o Glicorraquia baixa < 45mg/dl. o BAAR: Eventualmente pode ser encontrado 15%. o Cultura: Confirmar M, tuberculosis 60% dos casos. o ADA elevado. Tratamento: o 2 RIPE/7RI, 9 meses: Dose de rifampicina e isoniazida aumentadas. o 2 RIPE: Fase intensiva. o 150/75/400/275: 3 a 4 comprimidos. o 7 RI: Fase de manutenção. o 300/200 ou 150/100. o Corticoide: 2-4 meses. Prednisona 1-2mg/kg/dia em crianças. o Adultos: 40 mg a 60mg/dia ou dexametasona IV (0,3 – 0,4 mg/kg/dia). o Duração: 4 a 8 semanas, com retirada nas 4 semanas seguintes. o Indicação: Prevenir sequelas. o Piora clínica nos primeiros dias do esquema RIPE, precipitada pela liberação de antígenos proteicos dos bacilos mortos. o 2 RIPE: Fase intensiva. o R150/175/P400/E275. o Internação: Mandatória. TUBERCULOSE GANGLIONAR PERIFÉRICA 2ª manifestação mais comum de TB extrapulmonar. Escrófula. Reativação de focos de infecção latente. Mais frequente em pacientes portadores de HIV e crianças. Linfoadenomegalia: Cervical, axilar e supraclavicular que podem fistulizar material caseoso. Fistulizam – escrófula. Associação com doença pulmonar em mais de 40% dos casos. Febre com evolução crônica. Diagnóstico: o Aspiração com agulha fina. o Biópsia do linfonodo. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Sintomas: o Nódulo de crescimento lento e indolor. o Assimetria e aumento da consistência dos linfonodos. o Fistulização cutânea com liberação de material caseoso. o AIDS: Associada a sintomas sistêmicos. Febre. Perda ponderal. Hepatoesplenomegalia. Adenopatia mediastinal e/ou abdominal. Diagnóstico: o TCAR contrastada: Captação periférica do contraste e densidade atenuada no centro (necrose caseosa – aspecto de “queijo coalho”). o Aspirado ganglionar: BAAR + em 75-80% dos pacientes HIV positivos. o Biópsia do linfonodo: Necrose caseosa. Cultura do fragmento macerado positiva em 60%. TUBERCULOSE GENITURINÁRIA Associação com doença pulmonar em 33% dos casos. Reativação de um foco latente no tecido renal. Suspeitar sempre que EAS mostrar piúria com cultura negativa. Piúria: > 10 piócitos por campo. Piúria asséptica. Ph urinário ácido. Hematúria microscópica: > 10 hemácias por campo. Achados importantes: o Corrosões caliciais. o Hidronefrose. Exames: o Urografia excretora nos casos suspeitos. Sintomas: o Disúria. o Urgência urinária crônica ou recorrente. o Febre vespertina. o Sudorese noturna. o Perda ponderal. Diagnóstico: o Cultura de urina: Para M. tuberculosis: Primeira amostra 3-5 dias, positiva em torno de 40% urografia – avaliar diagnóstico e prognóstico. o Cistoscopia com biópsia: Lesões nodulares ou ulceradas. Biópsia: Granuloma caseoso. o Ultrassonografia renal: Deformidade renal. Focos hiperecoicos (granulomas). Focos anecoicos (lesões cavernosas – abcessos). Tratamento: o Duração: 6 meses. o Fase intensiva: 2 RIPE, 2 meses. 3 a 4 comprimidos. o Dose: R 150mg; I 75mg; P400mg; E 275mg. o Fase de manutenção: 4RI, 4 meses. o Dose: R 150mg; I 75mg. Complicações: o Urografias excretoras periódicas: Risco de estenose. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA o Intervenções cirúrgicas. o Nefrectomia. o Dor intratável. o Hematúria macroscópica refratária. o ITU de repetição. o Suspeita de neoplasia. o Refratariedade da urinocultura ao esquema RIPE. o Hipertensão secundária. TUBERCULOSE OSTEOARTICULAR Locais mais acometidos: o Coluna vertebral: Articulação mais acometida. o Quadril. o Joelho. Sintomas Mal de Pott. Dor lombar. Dor a palpação. Sudorese noturna. Atrofia muscular. Limitação dos movimentos. Espasmos musculares. Gibosidade. Paraplegia. Diagnóstico: o Cultura para TB. o Radiografia. o TCAR: Lesões líticas que não respeitam o disco intervertebral. o Biópsia de corpo vertebral. TUBERCULOSE ENTÉRICA Todo segmento do TGI. Região íliocecal: O bacilo invade a parede intestinal pela deglutição do material escarrado ou por via linfo-hematogênica. Ceco ascendente. Fígado: o Hepatite granulomatosa. o Febre com dor abdominal. o Hepatomegalia. o Aumento das enzimas hepáticas (fosfatase alcalina). Pâncreas. Sintomas locais. Quadro obstrutivo. Perfuração. Sintomas: o Alteração dos hábitos intestinais: Diarreia. o Má absorção com esteatorreia. o Massa palpável em fossa ilíaca direita. o Obstrução intestinal. o Fístula intestinais. Diagnóstico: o Cultura de fragmentos da mucosa intestinal. o Clíster opaco. o Biópsias. o Colonoscopia: Pode ser realizada. Diagnóstico diferencial: o Doença de Crohn. Dor abdominal. Tumefação. Febre. Anorexia. Hematoquezia. Massa palpável no abdome. Emagrecimento. Sudorese. Ulcerações. Fístulas. TUBERCULOSE PERICÁRDICA Progressão direta de foco primário no interior do pericárdio. Reativação de um foco latente. Ruptura de um linfonodo adjacente abaixo da carina. Início: o Subagudo. PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA o Agudo: Dispneia. Febre. Dor retroesternal surda. Atrito pericárdico: Raro tamponamento cardíaco. o Corticosteroides: Ajudam no controle da inflamação do saco pericárdico, diminuindo o volume do derrame. Diagnóstico diferencial: o Pericardite viral. Diagnóstico: o Eletrocardiograma. o Ecocardiograma. o TC do tórax. o Teste tuberculínico. IGRA. o Cultura do líquido pericárdico: BAAR positivo em torno de 50%. o Fragmentos do pericárdio: Positivo em torno de 71 a 100%. o Histologia: Positiva em 73% a 100%. EFEITOS COLATERAIS DOS TUBERCULOSTÁTICOS Isoniazida: Grande toxicidade é neuropatia periférica. o Não por efeito tóxico direto. o Reduz a absorção de vitamina B60 piridoxina. o Hepatoxicidade qualquer componente do RIPE. Todos atravessam a barreira placentária. Estreptomicina: Único associado a efeitos nocivos no feto – surdez congênita. Pirazinamida: Mais associado a elevação do ácido úrico no sangue. Etambutol: Neurite óptica. ESQUEMAS DE TRATAMENTO Drogas de primeira linha: RIPE. Adultos e adolescentes > 10 anos de idade. Comprimidos com 2 a 4 drogas em proporções fixas (dose fixa combinada- DFC). Vantagens: o Menos resistência bacteriana. o Maior facilidade médica e farmacêutica. o Número reduzido de comprimidos. o Melhor adesão ao tratamento. Deve ser iniciado prontamente, mesmo se houver baciloscopias negativas. RIPE: Duração de 6 meses. o Fase intensiva: 2 RIPE, 2 meses. 3 a 4 comprimidos. o Dose: R 150mg; I 75mg; P 400mg; E 275mg. o Fase de manutenção: 4 RI, 4 meses. o Dose: R 150 mg; I 75mg. Caso novo ou virgem de tratamento (VT): o Pacientes que nunca se submeteram ao tratamento anti-TB. o Fizeram por menos de 30 dias. Retratamento: o Pessoa já tratada para TB por mais de 30 dias. o Que venha a necessitar de novo tratamento por recidiva após cura (RC). o Ou reingresso após abandono (RA). PNEUMOLOGIA THAYNÁ FIGUEIRÊDO – MEDICINA Tratamento diretamente observado (TOD): o Consiste na ingestão diária dos tuberculostáticos pelo paciente sob a observação de um profissional de saúde. o Para registro do TODO no sistema de informação de agravos de notificação (Sinan), é necessário que a tomada seja observada todos os dias, aos menos, 3 vezes na semana, no mínimo 24 tomadas da medicação na fase de ataque, e 48 na fase de manutenção. o Tratamento observado por amigos e/ou familiares não é considerado TOD, por isso não deve constar no Sinan como “TODO realizado”. o O TOD estimula a criação de vínculo entre profissionais de saúde e o paciente, facilita a cura por meio da adesão ao tratamento, fortalece a atenção à pessoa com TB devido à melhora do acolhimento, estimula a organização do serviço para o apoio à tomada de decisão. Retratamento: o Coletar material para baciloscopia. o Teste molecular rápido para tuberculose. o Cultura para micobactéria com identificação. o Teste de sensibilidade antimicrobiano. o Confirmam os diagnósticos de tuberculose. o Detectam precocemente resistência aos fármacos. o Após coleta, reiniciar o esquema de tratamento. Reingresso: o Doente que retorna após iniciado o tratamento para tuberculose. o Que deixou de comparecer a unidade de saúde por mais de 30 dias consecutivos a partir da data marcada para seu retorno. o Ou da última tomada supervisionada. Falência: o Persistência da positividade do escarro ao final do tratamento. o Aqueles que, no início do tratamento são fortemente positivos (++ ou +++) até o quatro mês. o Com positividade inicial seguida de negativação, a partir do quarto mês de tratamento. Efeitos adversos menores dos tuberculostáticos: Efeitos adversos maiores dos tuberculostáticos:
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