ESCORE APACHE

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ESCORE APACHE I, II e III
Escore apache
História
Acute Phisiology and Chronic Health Evolution (APACHE) é o escore de avaliação de gravidade de doença mais utilizado nas unidades de terapia intensivas (UTI) de adultos (SOARES; Dongelmans, 2017).
APACHE I - Criado em 1981 por Knaus, baseado em variáveis clínico-laboratoriais nas primeiras 24 horas - com 32 variáveis.
 APACHE II - Atualizado em 1985, utiliza 13 variáveis fisiológicas, o escore fisiológico agudo, idade e doença crônica. Utiliza uma equação de regressão logística, transformando os pontos em probabilidade de óbito.
APACHE III - Criado em 1991, utilizou um banco de dado de 17.000 pacientes de 40 UTI Americanas, a pontuação das varáveis foi baseada em dados estatísticos, principal dificuldade do seu uso é a ausência da equação de regressão (SZPILMAN, 2020).
APACHE IV – Mais recente e foi introduzido na UTI em 2006 (FILHO; GARCEZ, 2018)
Aplicação
 É Recomendado pelo Ministério da Saúde, onde o índice é calculado a partir da soma de 13 critérios clínicos, fisiológicos e laboratoriais que determinam a criticidade do quadro do paciente e o risco de óbito nas suas primeiras 24 horas de UTI. Além disso, pontos são atribuídos à idade, presença de doença crônica e variáveis fisiológicas, cuja soma fornece uma pontuação final que permite calcular o risco de óbito para o paciente (ALMEIDA, 2012).
 O monitoramento dessas taxas promove maior resolutividade no atendimento intensivo e credita o Hospital com a garantia de prognósticos mais efetivos (ALMEIDA, 2012).
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Os dados do APACHE serão coletados do prontuário do paciente, dos resultados de exames laboratoriais e colocados em formulário próprio.
Serão coletados ao final das primeiras 24 horas, sendo o melhor valor da escala de Glasgow e o pior valor das demais variáveis.
Se faltar algum exame laboratorial deverá ser considerado como normal.
Se o paciente se encontra em ventilação mecânica por insuficiência respiratória, seja qual for a causa, assinalar 4 pontos no item frequência respiratória.
Na presença de insuficiência renal aguda a pontuação da creatinina deverá ser multiplicada por 2.
Na presença de insuficiência renal aguda a pontuação da creatinina deverá ser multiplicada por 2 (SZPILMAN, 2020)
Prognóstico
Índices prognósticos consistem em atribuição de valores numéricos às características clínicas e laboratoriais dos pacientes e são submetidos à equação logarítmica, resultando em um valor numérico que está diretamente associado à probabilidade de mortalidade e de morbidade resultantes de um quadro patológico (SILVA et al, 2014).
Bem como existe, uma constante avaliação e evolução dos escores dependendo sempre dos avanços tecnológicos e dos estudos feitos para este fim. Portanto os sistemas de classificação são ferramentas muito úteis para a gestão de recursos humanos e materiais. Permitem atuação científico-tecnológica, requerida pelo grupo de pacientes altamente complexos, traduzindo em menor tempo de permanência, menos complicações, menos iatrogenias, melhor qualidade de assistência, menor mortalidade e maior dignidade ao paciente assistido (SILVA et al, 2014).
 Os índices prognósticos aplicados aos pacientes críticos desempenham um papel fundamental, uma vez que através deles é possível estabelecer uma estimativa da evolução de uma determinada população de pacientes internados. Além desse valor prognóstico, eles têm uma aplicação bastante diversificada, visto que permitem analisar fatores como: qualidade no cuidado de uma UTI, comparação entre UTIs de hospitais diferentes e administrar determinados recursos hospitalares de maneira otimizada (BAFI, 2012)
Vale ressaltar que eles não foram desenvolvidos para avaliar o prognóstico de um único indivíduo, e sim para um grupo de pacientes. O desempenho de um índice prognóstico genérico pode divergir quando aplicado em diferentes populações. Outro conceito importante, é que a acurácia de um índice de gravidade é dinâmica e deve ser testada periodicamente, especialmente em UTIs com populações específicas (BAFI, 2012).
Referência Bibliográfica
ALMEIDA, Kleper Newton Falcão de. O QUE É O ESCORE APACHE 2 E QUAL A SUA IMPORTÂNCIA PARA AS UTIS. [S. l.], 2012. Disponível em: antalucia.com.br/noticias/o-que-e-o-escore-apache-2-e-qual-a-sua-importancia-para-as-utis/. Acesso em: 18 set. 2020.
BAFI, Antonio Tonete. Escores prognósticos em UTI: ferramentas funcionais. [S. l.], 2012. Disponível em: http://www.pacientegrave.com/2012/01/escores-prognosticos-em-uti-ferramentas.html. Acesso em: 18 set. 2020.
FILHO, Edson Moraes Rodrigues; GARCEZ, Anderson. Escore Apache IV no pós-operatório de Transplante Renal. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v. 30, Abril-Junho 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2018000200181&lang=pt. Acesso em: 18 set. 2020.
SILVA, Lucilane Maria Sales da et al. Índices prognósticos na prática clínica de enfermagem em terapia intensiva: revisão integrativa. Índices prognósticos na prática clínica de enfermagem em terapia intensiva: revisão integrativa, [s. l.], 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5216/ree.v16i1.22830. Acesso em: 18 set. 2020.