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Endometriose e dismenorréia

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Victoria Karoline Libório Cardoso 
Endometriose e dismenorréia 
 
 
Endometriose 
 
Introdução 
 
Condições clínicas para 
endometriose: ​dor pélvica 
(dismenorréia), presença de 
massa pélvica em mulheres de 
idade reprodutiva, de forma 
isolada ou com associações. 
dificuldade para engravidar 
(infertilidade) .  
 
Sinais e sintomas da paciente: 
dor abdominal em cólica com 
irradiação para região lombar de 
forte intensidade e com piora 
para evacuar; fraqueza e 
dispaurenia (dor durante e/ou 
após o sexo); fluxo menstrual 
aumentado(hiper estrogenia); 
colo posterior de consistência 
endurecida levemente doloroso 
à palpação. 
 
O exame de USG TV normal 
pode excluir o diagnóstico? ​não, 
pois a clínica é extremamente 
importante; principalmente 
quando relacionada a um exame 
físico que também encaminha na 
mesma hipótese diagnóstica. 
 
A propedêutica de USG e 
ressonância magnética da pelve 
com contraste para investigação 
da endometriose é válida? ​sim, 
pois nem sempre a USG 
consegue ser um exame 
complementar consistente para 
fazer o diagnóstico. 
 
Diagnósticos diferenciais para 
endometriose:​ ​leiomioma 
(mioma) e adenomiose 
(endometriose mais centrada no 
útero - consistência 
heterogênea). 
 
Definições 
 
Presença de tecido endometrial 
funcionante (glândulas e 
estroma) em localização fora da 
cavidade uterina. 
 
Incidência: ​1% das mulheres em 
idade reprodutiva (15 a 50% - 
por infertilidade / 20% - por dor 
pélvica). 
 
Fisiopatologia 
 
São 2 possibilidades: 
 
1. Transporte e 
implantação de células 
endometriais. 
 
2. Desenvolvimento de 
tecido endometrial 
ectópico a partir de 
qualquer outro tecido, 
por metaplasia. 
 
Diagnóstico 
 
Clínico: dor pélvica 
pré-menstrual, dismenorréia, 
dispareunia, infertilidade. 
 
Achados inespecíficos ao exame 
físico: retroversão uterina fixa, 
induração pélvica, presença de 
nodulações no ligamento 
uterossacro ou fundo de saco. 
 
Exames 
complementares 
 
Exames: ​USG, RM (não detectam 
implantes peritoneais e 
aderências), CA 125 (pouco 
específico - várias condições 
clínicas). 
 
Padrão ouro: ​vídeo laparoscopia 
ou laparotomia com biópsia das 
lesões para estadiamento. 
 
● Achados de lesões 
pigmentadas de azul, 
marrom ou preto;  
 
● Menos comum: ​achados 
de lesões em “chama de 
vela”,brancas, opacas, 
excrescências 
glandulares, aderências, 
placas “café ou lait”; 
defeitos circulares no 
peritônio, 
hipervascularização ou 
petéquias peritoneais. 
 
Histológico: ​presença de epitélio 
e estroma endometrial em 
localização fora da cavidade 
uterina. 
 
● É necessário fazer um 
estadiamento com 
inspeção sistemática de 
toda a pelve e o registro 
e localizações fora da 
cavidade uterina, 
auxiliando o prognóstico, 
bem como o tratamento. 
 
Tratamento 
 
 
Victoria Karoline Libório Cardoso 
 
 
Cirúrgico:​ ressecção dos focos. 
 
Medicamentoso - objetivos:  
 
● Suprimir alguma doença 
ativa sintomática 
(endometriose severa 
recorrente). 
 
● Terapêutica pós- 
operatória: ​quando a 
exérese não foi completa 
ou doença severa 
recorrente. 
 
● Prevenção da 
recorrência quando a 
gravidez for postergada. 
 
Medicamentoso - indicações: 
 
● Anticoncepcional oral. 
 
● Progestagênios. 
 
● Gestrinona. 
 
● Danazol. 
 
● Análogos do GNRH. 
 
Dismenorréia  
 
Definição 
 
Dificuldade no escoamento do 
fluxo menstrual. É mais 
frequente presente na forma de 
dor em cólica no início, ou pouco 
antes da menstruação.  
 
● Pode estar ou não 
associada a 
manifestações 
sistêmicas. 
 
 
Dismenorréia Primária 
 
Presente na mulher jovem, 
surgindo entre 6 e 12 meses após 
a menarca; sem patologia pélvica 
identificável. 
 
Causas: 
 
● Fator psíquico: ​rejeição. 
 
● Fator endócrino: 
miocontração e 
vasoconstrição. 
 
● Fator cervical: ​estenose. 
 
● Prostaglandinas: 
incoordenação entre 
tônus, pressão e 
frequência das 
contrações uterinas 
quando há aumento de 
prostaglandinas. 
 
Quadro clínico: 
 
● Dor iniciada 
concomitante ou 
algumas horas antes do 
início do fluxo 
menstrual, de forma 
aguda e em cólica. 
 
● Maior intensidade no 1° 
dia de fluxo, durando 2 
ou 3 dias. 
 
● Local: ​hipogástrio com 
possível irradiação para 
coxas e região 
sacrolombar. 
 
● Pode ser acompanhada 
de náuseas, vômitos, 
fadiga, nervosismo, 
vertigem e cefaléia. 
 
Diagnóstico: 
 
● Principalmente clínico, 
após anamnese 
sugestiva, com exame 
físico normal. 
 
● Exames 
complementares: ​USG, 
histeroscopia e 
laparoscopia. 
 
Tratamento: 
 
● AINH 
 
● Hormonioterapia: ​acos, 
danazol, dimetrose e 
progesterona. 
 
● Antidepressivos:​ ​supride 
e fluoxetina. 
 
● Antiespasmódicos e 
analgésicos. 
 
● Cirurgia:​ ​quando não há 
resposta ao tratamento 
clínico e a paciente tem 
prole formada. 
 
Dismenorréia Secundária 
 
Menstruação dolorosa com 
patologia pélvica. Tem 
aparecimento mais tardio, em 
geral após os 20 anos de idade, 
ocorrendo tanto em ciclos 
ovulatórios e anovulatórios. 
 
Etiologia:  
 
● Endometriose. 
 
● Adenomiose. 
 
● Miomatose uterina. 
 
● Pólipos. 
Victoria Karoline Libório Cardoso 
 
 
● Sinéquias uterinas. 
 
● DIP. 
 
● Malformações genitais. 
 
● Tumores pélvicos. 
 
● Estenose cervical. 
 
● Congestão pélvica. 
 
Diagnóstico:​ ​principalmente 
clínico e com exame físico 
identificando patologia de base. 
 
● Exames 
complementares: ​USG, 
histeroscopia e 
laparoscopia. 
 
Tratamento: ​deve-se tratar a 
patologia de base, podendo 
associar os AINH, analgésicos e 
antiespasmódicos. 
 
Síndrome 
Pré-menstrual 
 
Introdução 
 
Sintomas físicos, emocionais e 
comportamentais que aparecem 
no período pré-menstrual, com 
resolução rápida após o início da 
menstruação. 
 
Definição em 4 grupos: 
 
● Grupo A:​ ​predomínio de 
ansiedade, irritabilidade 
ou tensão nervosa. 
 
● Grupo B:​ ​predomínio de 
edema, dores 
abdominais, mastalgia e 
ganho de peso. 
 
● Grupo C: ​predomínio de 
cefaléia, podendo ser 
acompanhada de 
aumento de apetite, 
desejo de doces, fadiga, 
palpitações e tremores. 
 
● Grupo D: ​predomínio de 
quadro depressivo, com 
insônia, choro fácil, 
esquecimento e 
confusão. 
 
Etiologia  
 
● Fatores genéticos, 
neurobiológicos e 
endócrinos. 
 
● O sistema endócrino, 
reprodutor e 
serotoninérgico 
convergem para efetuar a 
regulação do 
comportamento. 
 
● Serotonina baixa: fator 
importante. 
 
● Causas ambientais, tais 
como dieta. 
 
Diagnóstico 
 
Baseia-se em critérios, com a 
presença de pelo menos 5 deles: 
 
1. Humor deprimido, 
sentimento de falta de 
esperança ou 
pensamentos 
autodepreciativos. 
 
2. Ansiedade acentuada, 
tensão, sentimentos de 
estar com “os nervos à 
flor da pele”. 
 
3. Instabilidade afetiva. 
 
4. Raiva ou irritabilidade 
persistente e conflitos 
interpessoais 
aumentados. 
 
5. Interesses diminuídos 
pelas atividades 
habituais. 
 
6. Dificuldade de 
concentração.  
 
7. Letargia, fadiga fácil ou 
acentuada falta de 
energia. 
 
8. Alteração do apetite 
(excessos alimentares ou 
anorexia). 
 
9. Hipersonia ou insônia. 
 
10. Sentimentos subjetivos 
ou descontrole 
emocional. 
 
11. Outros sintomas físicos: 
retenção hídrica, 
enxaqueca, aumento da 
secreção vaginal, 
diarréia, constipação, 
sudorese, acne, herpes, 
crise asmática e aumento 
de peso. 
 
Tratamento 
 
● Inibidores seletivos de 
recaptação de 
serotonina. 
 
● Outros antidepressivos. 
 
Victoria Karoline Libório Cardoso 
 
 
● Anticoncepcionais orais. 
 
● Agonistas de GNRH. 
 
● Progesterona. 
 
● Suplementos alimentares 
e herbais (cálcio e 
vitamina B12). 
 
● Terapias alternativas: 
exercício físico, 
massagem, homeopatia… 
 
● Outros tratamentos: 
antiinflamatórios, 
analgésicos e 
espironolactona.

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