Buscar

APOSTILA - LOGÍSTICA DE CARGA (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 94 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Motorista de 
Transporte de 
Cargas 
 
220 horas 
 
 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
2 
 
PREFÁCIO 
 
 
O presente material e uma junções de Leis, Decretos, Resoluções, Portarias 
das Agências e Órgãos de Regulamentações Nacional Transporte e Trânsito e do 
Código de Trânsito Brasileiro, bem como, a compilação de materiais diversos de 
outros autores que desenvolvem conteúdos relacionados ao tema proposto neste 
Módulo. 
Este material foi desenvolvido seguindo uma linha de pesquisa bibliográfica 
pré-elaborada, conforme desposto na emenda desta unidade curricular 
disponibilizada pela instituição, atendendo os requisitos básicos da Resolução nº. 
168, de 14 de dezembro de 2004. Assim, o presente autor buscou de forma 
semântica analisar o maior número de materiais públicos e de fontes confiáveis para 
a elaboração do mesmo, tendo em vista a falta de uma bibliografia voltada para tal 
tema. 
O material foi disposto em uma parte introdutora e módulos avançados com 
o foco de apresentar cada tópico com o maior número de informações e 
conhecimento na área em estudo, de forma clara e objetiva permitindo assim um 
aprendizado mais dinâmico e atualizado por parte do aluno. 
Contudo, o mesmo foi desenvolvido de forma holística e atual dentro do 
tema, buscando maximizar o maior número de conhecimento possível, claro e 
dinâmico. Espero que o mesmo possa ser ferramenta de aprendizado e 
desenvolvimento de novos profissionais no setor de logística de carga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
3 
 
SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO ..........................................................................................7 
 
OBJETIVOS ....................................................................................................8 
 
CAPÍTULO I - LEGISLAÇÃO GERAL SOBRE TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGA..........................................................................................9 
 
1.1. TERMOS TÉCNICOS ............................................................................10 
1.2. LIMITES LEGAIS X LIMITES TÉCNICOS .............................................11 
1.3. IDENTIFICAR ESSES VALORES NOS CATÁLOGOS DOS 
CAMINHÕES .............................................................................................................12 
1.4. TRANSPORTE DE CARGAS ................................................................13 
1.4..1. DEFINIÇÕES DE CARGAS ...............................................................13 
1.4..2. CARGAS ESPECIAIS ........................................................................13 
1.4..3. CARGA VIVA .....................................................................................13 
1.4..4. CARGA SECA ...................................................................................14 
1.4..5. CARGA A GRANEL ...........................................................................14 
1.4..5.1. Granel sólido ...................................................................................14 
1.4..5.2. Granel líquido .................................................................................14 
1.4..6. VEÍCULOS .........................................................................................15 
1.4..7. CARGAS FRÁGEIS ...........................................................................15 
 
CAPÍTULO II – CARGA: INDIVISÍVEL OU PERIGOSA ..............................16 
2.1. CARGA INDIVISÍVEL.............................................................................16 
2.1.1. O que é transporte de cargas indivisíveis? .........................................16 
2.1.2. Os conceitos legais .............................................................................17 
2.1.3 Carga indivisível segundo a Resolução 01/2016 do DNIT ..................17 
2.2. CARGA PERIGOSA ..............................................................................19 
2.2.1. Identificação dos produtos perigosos .................................................19 
2.2.2. Número de risco .................................................................................20 
2.2.3. Classificação das classes e subclasses de risco ...............................21 
2.2.3.1. Classe – 1 ........................................................................................22 
2.2.3.2. Classe – 2 ........................................................................................23 
2.2.3.3. Classe – 3 ........................................................................................24 
2.2.3.4. Classe – 4 ........................................................................................24 
2.2.3.5. Classe – 5 ........................................................................................25 
2.2.3.6. Classe – 6 ........................................................................................26 
2.2.3.7. Classes – 7, 8 e 9 ............................................................................27 
2.2.4. Papel da ANTT ...................................................................................28 
2.2.5. Tipos de veículo mais indicados para o transporte de cargas 
perigosas....................................................................................................................29 
2.2.5.1. Sinalização das unidades de transporte ..........................................29 
2.2.6. Documentos obrigatórios para a circulação de produtos 
perigosos....................................................................................................................30 
2.3. EFEITOS OU CONSEQUÊNCIAS NO TRÁFEGO URBANO OU 
RURAL....................................................................................................... ................31 
2.4. AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRANSPORTE (AET) ........................32 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
4 
 
2.4.1. AET – Informações Obrigatórias ........................................................33 
2.4.2. Adequação do veículo ........................................................................33 
2.4.3. Dimensões máximas permitidas (RES. 211) ......................................34 
2.4.4. Adequação do veículo ........................................................................34 
2.4.5. Pesos máximos permitido....................................................................35 
2.4.6. Tipos de eixo ......................................................................................36 
2.4.6.1. Eixos simples ...................................................................................36 
2.4.6.2. Eixos duplos ....................................................................................36 
2.4.6.3. Eixos triplos .....................................................................................37 
2.5. VEÍCULOS DEPOIS DA RESOLUÇÃO 210 DO CONTRAN ................38 
2.6. PESOS PERMITIDOS PARA OS CONJUNTOS DE VEÍCULOS .........38 
2.6.1. Pesos máximos permitidos (Res. 210) - Art. 2º Os limites máximos de 
PBT ....................................................................................................... .....................39 
2.7. CONJUNTO DE VEÍCULOS DEPOIS DA RESOLUÇÃO 210/06 DO 
CONTRAN..................................................................................................................40 
2.7.1. BITREM - CVC com PBTC até 57 ton – Resolução 210/06 - Art. 2º Os 
limites máximos de PBT ............................................................................................42 
2.7.2. RODOTREM - CVC com PBTC acima de 57 ton – Resolução 
211/06....................................................................................................................... ..42 
2.7.3. BITRENZÃO - CVC com PBTC acima de 57 ton – Resolução 
211/06.........................................................................................................................44 
2.7.4. TITREM - Veículos depois da Resolução 210 e 211/06 DO 
CONTRAN..................................................................................................................44 
2.8. PLANO DE CONTINGÊNCIA EM CASO DE ACIDENTES ...................45 
2.9. PAGAMENTO DE TARIFA DE UTILIZAÇÃO DA VIA (TUV) ................45 
2.10. SINALIZAÇÃO DOS VEÍCULOS .........................................................45 
2.11. NECESSIDADE DE ESCOLTA ...........................................................45 
2.12. PENALIDADES NO TRANSPORTE DE CARGAS INDIVISÍVEIS ......46 
2.12.1. Advertência .......................................................................................46 
2.12.2. Multa administrativa ..........................................................................46 
2.12.3. Suspensão do fornecimento de AET por até 3 meses .....................47 
2.13. CUIDADOS EXTRAS EM GERAL .......................................................47 
2.13.1. inspeção de pré-viagem ...................................................................47 
2.13.2. Check-list de pré-viagem ..................................................................47 
2.13.3. Inspecione o(s) veículo(s)-trator(es) .................................................48 
2.13.4. Inspecione as unidades rebocadas ..................................................48 
2.13.5. Inspecione as unidades rebocadas (carreta e dolly).........................48 
2.13.6. Inspecione a parte traseira da unidade rebocada.............................49 
2.13.7. Inspecione a placa traseira – Dimensão Excedente (RES. 520).......49 
2.13.8. Inspecione o veículo carregado e verifique os dados da AET...........49 
2.13.9. E quando necessário inspecione os veículos de escolta: itens 
obrigatórios ................................................................................................................50 
2.13.10. Planeje a viagem ............................................................................50 
2.13.11. Verifique a condição da carga ........................................................50 
2.13.12. Durante a viagem ...........................................................................51 
 
CAPÍTULO III - CARGA – BLOCO DE ROCHAS .......................................52 
3.1. CONCEITUAÇÃO ..................................................................................52 
3.2. CLASSES DE ROCHAS E SUAS DIMENSÕES ...................................52 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
5 
 
3.3. REGULAMENTAÇÃO ESPECÍFICA - Resolução CONTRAN nº 354 de 
24/06/2010 .................................................................................................................53 
3.4. TRANSPORTE DE BLOCOS DE ROCHA ............................................54 
3.5. REGULAMENTAÇÃO TÉCNICA PARA AFIXAR A CARGA ................55 
3.6. COMPORTAMENTO PREVENTIVO DO CONDUTOR .........................61 
3.7. PROCEDIMENTOS EM CASO DE EMERGÊNCIA .............................62 
3.8. ERROS NO TRANSPORTE DE ROCHAS ............................................62 
 
CAPÍTULO IV - CARGA – MÁQUINAS OU EQUIPAMENTOS DE 
GRANDES DIMENSÕES...........................................................................................63 
4.1. CONCEITUAÇÃO...................................................................................63 
4.2. DIMENSÕES PERMITIDAS...................................................................63 
4.3. ESCOLHA DOS VEÍCULOS ..................................................................64 
4.3.1. Dados Técnicos – Cuidado com as inscrições ...................................64 
4.3.2. Definir a lotação ..................................................................................65 
4.4. Considerações .......................................................................................66 
4.5. TIPO DE CARGA DEVE SER ADEQUADA AO TIPO DE VEÍCULO.....66 
4.6. PLANO DE AMARRAÇÃO DE CARGA .................................................67 
4.6.1. Amarração de carga ...........................................................................68 
4.7. COMPORTAMENTO PREVENTIVO DO CONDUTOR ........................69 
4.8. PROCEDIMENTO EM CASO DE EMERGÊNCIA .................................69 
 
CAPÍTULO V - CARGA – TORAS, TUBOS E OUTRAS CARGAS............70 
5.1. CLASSES E CONCEITUAÇÕES...........................................................70 
5.2. TRANSPORTE DE TORAS ...................................................................70 
5.3. DIMENSÕES PERMITIDAS – TUBOS ..................................................72 
5.4. DIMENSÕES PERMITIDAS – BOBINAS ..............................................73 
5.5. BOBINAS ........................................................................................... ....74 
5.5.1. Transporte de bobinas em pé .............................................................74 
5.5.2. Transporte de bobinas deitada ...........................................................75 
5.6. COMPORTAMENTO PREVENTIVO DO CONDUTOR .........................76 
5.7. PROCEDIMENTO EM CASO DE EMERGÊNCIA .................................76 
 
 
CAPÍTULO VI – CARGA – OUTRAS CARGAS REGULAMENTADAS PELO 
CONTRAN .................................................................................................................77 
6.1. COMPORTAMENTO PREVENTIVO DO CONDUTOR .........................77 
6.2. PROCEDIMENTO EM CASO DE EMERGÊNCIA .................................78 
 
CAPÍTULO VII – CARGA – RISCOS MÚLTIPLOS E RESÍDUOS. .............79 
7.1 CONCEITUAÇÃO E RISCOS AMBIENTAIS ..........................................79 
7.2. IMPORTÂNCIA do uso de RÓTULOS DE RISCO ................................79 
7.3. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA O TRANSPORTE DE 
RESÍDUOS PERIGOSOS .........................................................................................80 
7.4. COMPORTAMENTO PREVENTIVO DO CONDUTOR .........................81 
7.4.1. Durante a Viagem ...............................................................................81 
7.5. PROCEDIMENTO EM CASO DE EMERGÊNCIA .................................82 
 
CAPÍTULO VIII - INFRAÇÕES DE TRÂNSITO ...........................................83 
8.1. LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 ....................................83 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
6 
 
8.2. DECRETO Nº 96.044 DE 18 DE MAIO DE 1988 ..................................90 
 
REFERÊNCIAS ............................................................................................93 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
7 
 
APRESENTAÇÃO 
 
O transporte de cargas é muito importante para a movimentação da 
economia mundial. Por isso, as empresas precisam investir em uma logística 
eficiente para atender as demandas do mercado global. As diversas formas de 
transportar produtos e serviços para melhor atender ao consumidor podem despertar 
a competitividade, mantendo a economia em movimento. 
A globalização facilitou muito esse processo. Com a constante queda das 
fronteiras no mundo, os transportes de mercadorias tiveram que ficar mais rápidos, 
eficientes e baratos. O transporte a ser usado tem que atender à necessidade do 
consumidor, superar a distância e utilizar o meio mais conveniente, sejam elas para 
abastecer grandes centros logísticos, clientes, revendas, estoque ou até mesmo 
para consumo ou matéria prima. Todo esse material precisa ser destinado e 
transportado constantemente e de maneira correta. Para esse processo é 
necessário a logística de carga, primordial para a funcionalidade diária do país. 
A colaboração da logística está ligada diretamente na diminuição dos custos 
logísticos e ao cumprimento de prazos, influenciando toda uma cadeia de 
suprimentos. O grande desafio do setor traz também uma preocupação na gestão de 
transporte de carga, sendo um fator crucial para o diferencial de umaempresa de 
transporte e auxiliar a empresa a fazer a diferença no mercado, satisfazendo às 
necessidades dos clientes e gerando os melhores resultados. 
De maneira objetiva, define-se a logística de carga como o ramo que 
abrange a escolha do melhor modal de transporte para levar o maior número de 
mercadoria e com o menor custo e tempo possível. Ou seja, transportar com a 
garantia de integridade da carga, no prazo combinado e com os menores custos. É 
um dos principais pilares na tomada de decisão de grandes projetos. Porém, com 
relação as vantagens e desvantagens do transporte de carga, esses requisitos irão 
variar de acordo com o tipo de meio de transporte escolhido para a realização do 
transporte da mercadoria. 
Contudo, esta unidade trata da movimentação de cargas, peças, 
equipamentos e outros objetos que exigem cuidado especial em seu carregamento, 
manuseio e descarregamento por se tratarem de objetos de grandes dimensões, 
que requerem cuidados especiais devido ao seu acentuado grau de risco. 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
8 
 
OBJETIVOS 
 
• Apresentar a definição de carga perigosa ou indivisível; 
• Conhecer os efeitos ou consequências no tráfego de cargas 
indivisíveis; 
• Entender quando é necessária a Autorização Especial de Trânsito 
(AET); 
• Apresentar e conceituar Blocos de Rochas; 
• Entender conceitos e classes de rochas e dimensões; 
• Compreender regulamentação especifica sobre blocos de rochas e 
procedimentos de emergência; 
• Estudar sobre Máquinas ou equipamentos de grandes dimensões e 
indivisíveis; 
• Entender conceitos, dimensões usuais/permitidas; comprimento, altura 
e largura da carga e Comportamento preventivo do condutor; 
• Analisar comportamento preventivo do condutor e procedimentos em 
casos de emergência; 
• Estudar outras cargas cujo transporte seja regulamentado pelo 
CONTRAN; 
• Analisar comportamento preventivo do condutor e procedimentos em 
casos de emergência; 
• Compreender sobre riscos múltiplos e resíduos; 
• Analisar comportamento preventivo do condutor e procedimentos em 
casos de emergência; e 
• Estudar legislação específica; 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
9 
 
CAPÍTULO I - LEGISLAÇÃO GERAL SOBRE TRANSPORTE 
RODOVIÁRIO DE CARGA 
 
➢ CONTRAN 210/06 E 211/06 - Estabelece os limites de peso e 
dimensões para veículos que transitem por vias terrestres e dá outras providências.; 
➢ Resolução 258/07 – Verificação dos pesos e 526/15 sobre as 
Tolerâncias; 
➢ Portaria DENATRAN 63/2009 – Homologa os veículos e as 
combinações de veículos de transporte de carga e de passageiros, com seus 
respectivos limites de comprimento, Peso Bruto Total - PBT e Peso Bruto Total 
Combinado - PBTC; 
➢ Resolução 290/2008 - Disciplina a inscrição de pesos e capacidades 
em veículos de tração, de carga e de transporte coletivo de passageiros, de acordo 
com os artigos 117, 230-XXI, 231-V e X, do Código de Trânsito Brasileiro; 
➢ Resolução Nº 1, de 6 de janeiro de 2020 - Regulamenta o uso de 
rodovias federais por veículos ou combinações de veículos e equipamentos, 
destinados ao transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso ou dimensões 
ao limite estabelecido nas legislações vigentes, para o conjunto de veículo e carga 
transportada; 
➢ Resolução ANTT nº 1.644 de 26/09/2006 - Altera o Anexo à Resolução 
nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, que aprova as Instruções Complementares ao 
Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos; 
➢ Resolução nº 1 de 14/01/2016 / DNIT - Departamento Nacional de 
Infra-Estrutura de Transportes - Transporte de cargas indivisíveis e excedentes em 
peso e/ou dimensões; 
➢ Resolução CONTRAN nº 354 de 24/06/2010 - Estabelece requisitos de 
segurança para o transporte de blocos e chapas serradas de rochas ornamentais; 
➢ Resolução CONTRAN nº 354 de 24/06/2010 - Estabelece requisitos de 
segurança para o transporte de blocos e chapas serradas de rochas ornamentais; 
➢ RESOLUÇÃO Nº 196 DE 25 DE JULHO DE 2006 - Transporte de toras 
e de madeira bruta por veículo rodoviário de carga; e 
➢ Código de Trânsito Brasileiro – CTB - LEI Nº 9.503, de 23 de setembro 
de 1997. 
https://www.normasbrasil.com.br/norma/resolucao-420-2004_100042.html
https://www.normasbrasil.com.br/norma/resolucao-420-2004_100042.html
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
10 
 
1.1. TERMOS TÉCNICOS 
 
Tara: Peso próprio do veículo em ordem de marcha; 
Lotação: Capacidade de Carga (peso da carga possível de transportar no 
veículo); 
Peso Bruto Total (PBT): Soma da Tara + Lotação (ou seja: caminhão + 
carroceria + carga); – para Veículos simples; 
Peso Bruto Total Combinado (PBTC): similar ao PBT, só que para 
conjuntos de veículos: soma da Tara + Lotação (ou seja: trator + reboque(s)+carga); 
Capacidade Máxima de Tração (CMT): Peso máximo que o veículo pode 
tracionar. 
Exemplo: Peso Bruto Total (PBT) = TARA + LOTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10.000 Kg 
Tara 
 
15.000 Kg 
Lotação 
 
25.000 Kg 
Peso Bruto Total 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
11 
 
Outro Exemplo: Conjunto de Veículos 
Peso Bruto Total Combinado (PBTC) = TARA + LOTAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2. LIMITES LEGAIS X LIMITES TÉCNICOS: 
 
Peso Bruto Total (PBT): Soma da Tara + Lotação. 
 
Peso Bruto Técnico: leva em consideração a capacidade técnica do veículo 
e não os limites legais. Mas atenção: o Limite Técnico é utilizado apenas para uso 
“fora de estrada” e cargas especiais indivisíveis (ver Res. 11/2004 do DNIT). Assim, 
para cargas normais em rodovias públicas: valem os Limites Legais*. 
 
Cuidado: alguns caminhões antigos possuem o Limite Técnico MENOR que 
o Limite Legal que está em vigor. E nesse caso prevalece o menor valor entre eles. 
Ou seja: quando o limite técnico garantido pelo fabricante é menor que o limite legal, 
devo obedecer ao limite técnico. Já vamos ver alguns exemplos para entender. 
 
15.000 Kg 
Tara 
 
35.000 Kg 
Lotação 
 
50.000 Kg 
Peso Bruto Total 
Combinado 
 
Capacidade Máxima de Tração (CMT) > = Peso Bruto Total Combinado 
(PBTC) 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
12 
 
1.3. IDENTIFICAR ESSES VALORES NOS CATÁLOGOS DOS 
CAMINHÕES. 
 
Exemplo: Trem de Força 
Motor 
✓ Cilindrada do Motor – 12 litros 
✓ Nível de Emissões – CONAMA fase P5 
✓ Controle do Freio Motor: 
▪ Automático 
▪ Manual e Automático 
✓ Controle do Ventilador 
o Elétrico 
o Mecânico 
o Relação do Ventilador do motor – 1:1 
✓ Transferência de Carga – Max 13.600Kg 
 
INFORMAÇÕES DE PESO E CARGA 
➢ Carga do eixo Dianteiro – 7.100 Kg 
➢ Capacidade Técnica do bogie – 19.000 KG (10,500 + 8.500) 
➢ Peso Bruto Total Técnico (PBT) – 26.100 KG 
➢ Capacidade Máxima de Tração (CMT) – 66.000 KG 
➢ Peso Bruto Total Combinado Legal (PBTC) – 57.000 KG 
➢ Peso Bruto Total Legal (PBT) – 23.000 KG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Técnico 
 
Técnico 
 
Legal 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
13 
 
1.4. TRANSPORTE DE CRAGAS 
 
1.4.1. DEFINIÇÕES DE CARGAS 
I – Carga indivisível é a carga constituída por uma única peça, máquina, 
equipamento ou conjunto estrutural, ou ainda parte pré-montada destes elementos. 
Carga indivisível é a carga com peso e/ou dimensões excedentes aos limites 
regulamentares, cujo transporte requeira o uso de veículos especiais com lotação 
(capacidade de carga), dimensões, estrutura, suspensão e direção apropriadas. São 
exemplos de carga indivisível, entre outras: máquinas, equipamentos, peças, pás 
eólicas, vagões; transformadores, reatores, guindastes, máquinas de uso na 
construção e máquinas agrícolas; estruturas metálicas, silos. 
II – Carga composta de mais de uma unidade indivisível é a carga 
constituída de duas ou mais unidades de cargas indivisíveis, excedentes emuma ou 
mais dimensões. 
III – Carga indivisível unitizada é a carga constituída de mais de uma 
unidade indivisível arranjada e acondicionada de modo a possibilitar a 
movimentação e o transporte como uma única unidade. 
 
1.4.2. CARGAS ESPECIAIS 
Cargas Especiais, Excedentes ou de projeto são aquelas consideradas 
Indivisíveis, com excesso de peso e/ou dimensões. Ou seja, aquelas que não 
podemos separar em partes para transportar em diversos veículos. 
Essas cargas são previstas no Art. 101 do Código de Trânsito, que diz: 
Art. 101. Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no transporte de 
carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e dimensões 
estabelecidos pelo CONTRAN, poderá ser concedida, pela autoridade com 
circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida 
para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 
 
1.4.3. CARGA VIVA 
Um dos transportes que mais demandam atenção, também exige um tipo 
específico de caminhão para frete. Ele deve ter uma carroceria que permita a 
ventilação interna para que os animais consigam respirar. 
http://https/blog.rodojacto.com.br/frete-de-retorno-como-evitar-que-seu-caminhao-viaje-sem-carga/
https://blog.rodojacto.com.br/como-conseguir-frete-com-lucro-saiba-calcular-o-valor-do-seu-trabalho/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
14 
 
Para animais de grande porte, como bovinos e equinos, o correto é utilizar a 
carroceria boiadeiro. Para animais menores, como frangos, a carroceria 
recomendada é a gaiola. Os modelos mais utilizados são o truck e a carreta. 
 
1.4.4. CARGA SECA 
Essa carga é uma das mais comuns. Trata-se de mercadorias que não 
demandam refrigeração ou outros cuidados com acondicionamento. Já têm suas 
próprias embalagens e, normalmente, estão organizadas em paletes ou fardos. 
O ideal é que o caminhão para frete de cargas secas tenha carroceria baú. 
Quanto ao tamanho do veículo, depende das áreas de circulação, do volume da 
carga a ser transportada e da distância a ser percorrida. 
 
1.4.5. CARGA A GRANEL 
Quando se fala em carga a granel, refere-se a produtos não embalados, 
ensacados ou encaixotados. Na maioria das vezes, são matérias-primas para a 
fabricação de outros produtos e se dividem em a granel sólido e líquido. 
 
1.4.5.1. Granel sólido 
São exemplos de cargas a granel sólido a soja, o trigo e o milho. 
O caminhão para frete dessas mercadorias é o que tem carroceria aberta, do 
modelo graneleiro ou grade alta. Como são cargas de grande volume e peso, os 
veículos mais indicados são o truck ou a carreta de cavalo simples ou LS. 
Existem outras duas possibilidades para o transporte de carga a granel 
sólido. Uma é utilizando containers. Nesse caso, o mais comum são carretas, Bitrem 
e Rodotrem. A outra é com carrocerias basculantes, quando é necessário 
transportar areia ou brita, por exemplo. 
 
1.4.5.2. Granel líquido 
Para o transporte de líquidos é necessário carroceria específica, como 
tanque de aço, por exemplo. Além disso, o ideal é preencher todo o reservatório. 
Assim, a dirigibilidade do caminhão melhora. 
https://blog.rodojacto.com.br/checklist-para-manter-a-seguranca-no-transporte-de-carga/
https://blog.rodojacto.com.br/voce-conhece-os-principais-tipos-de-frete
https://blog.rodojacto.com.br/afinal-como-conseguir-dinheiro-para-comprar-ou-trocar-seu-caminhao/
https://blog.rodojacto.com.br/cuidados-essenciais-no-transporte-de-bebidas-confira/
https://blog.rodojacto.com.br/acessorios-proibidos-para-caminhao-que-comprometem-a-seguranca/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
15 
 
São exemplos de tipos de caminhão para frete de líquidos o caminhão-pipa, 
o de transporte de combustíveis e o caminhão cisterna. Os veículos mais utilizados 
são o truck e a carreta. 
 
1.4.6. VEÍCULOS 
Outra carga que exige um caminhão específico para transportá-la são os 
veículos. As motocicletas podem ser levadas em carrocerias baú ou sider. Já os 
automóveis demandam as chamadas cegonheiras. 
Para veículos de maior peso, como máquinas agrícolas, é necessário utilizar 
a carroceria do tipo prancha. Novamente, os modelos mais frequentes são o truck e 
a carreta. 
 
1.4.7. CARGAS FRÁGEIS 
Transportar mercadorias frágeis, como vidros, espelhos e cristais, não é 
brincadeira. São necessários muitos cuidados, principalmente nas operações 
de carga e descarga e na condução suave do veículo. 
Caso os produtos estejam acondicionados em caixas, o ideal é utilizar 
o caminhão-baú. Por outro lado, caso transporte itens que podem molhar, como os 
vidros, o melhor é transportar em carroceria aberta. Dessa maneira, há mais espaço 
para carregar e descarregar sem danificar a carga. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://https/blog.rodojacto.com.br/9-dicas-para-economizar-combustivel-em-suas-viagens-de-frete/
https://blog.rodojacto.com.br/cuidados-essenciais-no-transporte-de-bebidas-confira/
https://blog.rodojacto.com.br/saiba-como-otimizar-e-descomplicar-o-processo-de-carga-e-descarga/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
16 
 
CAPÍTULO II – CARGA: INDIVISÍVEL OU PERIGOSA 
 
 
2.1. CARGA INDIVISÍVEL 
 
O transporte de cargas indivisíveis é complexo e exige alguns cuidados 
especiais. Todo caminhoneiro que deseja se destacar em sua profissão e ser 
reconhecido pela qualidade e segurança do serviço prestado deve entender essas 
peculiaridades. 
Já imaginou ser contratado para realizar esse transporte e não ser capaz 
de executá-lo? Isso, certamente, prejudicaria sua rentabilidade e reputação no 
mercado. Por isso, buscar conhecimentos é o primeiro passo. 
Como nós sabemos da dificuldade em encontrar informações confiáveis e 
precisas sobre o tema, preparamos este post. A seguir, você terá acesso a tudo o 
que precisa para se informar e conseguir realizar o transporte de cargas indivisíveis 
com segurança e eficiência. 
 
2.1.1. O que é transporte de cargas indivisíveis? 
A carga indivisível, como o nome sugere, não pode ser dividida. Explicando 
melhor: estamos falando de peças unitárias, que costumam ser grandes e pesadas e 
que exigem um cuidado maior durante o transporte. Alguns exemplos clássicos são: 
• Guindastes; 
• Blocos de rochas; 
• Grandes toras de madeira; 
• Asas de avião; 
• Pás eólicas. 
Perceba que a principal característica desses materiais é que eles não 
podem ser divididos na etapa de transporte. Pelo contrário, eles são acomodados no 
compartimento de carga e deslocados por inteiro. 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
17 
 
2.1.2. Os conceitos legais 
É interessante apontarmos como as nossas leis conceituam uma carga 
indivisível. Afinal, tais orientações legais são fundamentais para o desempenho de 
um serviço dentro das normas e longe de problemas com os órgãos fiscalizatórios. 
O artigo 101 do CTB (Código de Trânsito Brasileiro) cita a carga indivisível, 
mas não a conceitua. Essa missão foi deixada para normas complementares. 
 
2.1.3 Carga indivisível segundo a Resolução 01/2016 do DNIT 
O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) editou 
a Resolução 01/2016 que tem a função de disciplinar a utilização das rodovias 
brasileiras para o transporte de cargas indivisíveis. Assim, ela traz o seguinte 
conceito: 
Carga indivisível é a carga unitária com peso e/ou dimensões excedentes 
aos limites regulamentares, cujo transporte requeira o uso de veículos especiais com 
lotação (capacidade de carga), dimensões, estrutura, suspensão e direção 
apropriadas. 
Além da definição apresentada, a Resolução apresenta alguns exemplos 
para facilitar a compreensão, como: 
• Máquinas; 
• Equipamentos; 
• Peças de grandes dimensões; 
• Transformadores; 
• Reatores; 
• Máquinas de uso industrial; 
• Estruturas metálicas; 
• Silos 
 
As cargas indivisíveis, para fins de transporte é a carga que não pode, sem 
custos indevidos ou risco de danos, ser divididaem duas ou mais partes. De acordo 
com o Artigo 101 do Código de Trânsito Brasileiro, combinado com a Resolução 
210/06 do CONTRAN, é a carga cujo peso e/ou dimensões ultrapassam os limites 
regulamentares. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9503.htm
http://www.dnit.gov.br/rodovias/operacoes-rodoviarias/sistema-de-gerenciamento-de-autorizacao-especial-de-transito-siaet/RESOLUO012016DNITCargasIndivisveis.pdf
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
18 
 
A Resolução 210 de 2006 é a norma que traz o conceito da carga indivisível. 
Para ela, é classificado como tal o elemento que ultrapassa os limites 
regulamentares. E quais seriam esses limites? O texto legal apresenta as seguintes 
medidas: 
• Largura máxima — 2,60 metros; 
• Altura máxima — 4,40 metros; 
• Comprimento total: 
➢ 14 metros — veículos não articulados; 
➢ 15 metros — veículos não articulados de transporte coletivo de 
passageiros; 
➢ 18,6 metros — veículos articulados de transporte coletivo de 
passageiros; 
➢ 18,6 metros — veículos articulados com duas unidades, do tipo 
caminhão-trator ou semirreboque; 
➢ 19,8 metros — veículos articulados com duas unidades do tipo 
caminhão, ônibus ou reboque; 
➢ 19,8 metros — veículos articulados com mais de duas unidades. 
O transporte de cargas indivisíveis requer condições especiais de trânsito, 
quanto à horários, velocidade, sinalização do veículo e da carga, acompanhamento 
por batedores, e outras medidas específicas de segurança nas estradas, bem como 
para segurança de propriedade de terceiros e da própria rodovia. 
Cargas Indivisíveis NÃO são, necessariamente, produtos perigosos, mas o 
seu transporte pode ser considerado perigoso. Estas cargas exigem cuidados 
especiais por apresentarem peso e dimensão superiores àqueles pré-determinados 
pelo CTB e, em alguns casos, necessitam de escolta durante o traslado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.diariodasleis.com.br/busca/exibelink.php?numlink=1-48-34-2006-11-13-210
https://blogwlmscania.itaipumg.com.br/primeiro-onibus-com-avancado-sistema-de-seguranca/
https://blogwlmscania.itaipumg.com.br/primeiro-onibus-com-avancado-sistema-de-seguranca/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
19 
 
2.2. CARGA PERIGOSA 
 
É a carga que, em virtude de sua natureza, pode provocar acidentes, 
danificando outras cargas ou os meios de transporte e colocando em risco as 
pessoas que a manipulam. As Recomendações para o Transporte de Produtos 
Perigosos com base no tipo de risco que apresentam, dividem esse tipo de carga 
nas seguintes classes: explosivos, gases, líquidos inflamáveis, sólidos inflamáveis e 
semelhantes, substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos, substâncias tóxicas 
(venenosas) e substâncias infectantes, materiais radioativos, corrosivos e 
variedades de substâncias perigosas diversas. 
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), órgão 
responsável pela infraestrutura de transportes no país, determina que os produtos 
de natureza perigosa são todos aqueles de origem química, biológica ou radiológica 
que são nocivos ao meio ambiente, à população e aos seus bens. 
As regras em relação aos tipos de transporte de cargas perigosas foram 
alteradas por meio da Resolução 5.232/16, que expõe os produtos caracterizados 
como aqueles que produzem certos tipos de riscos. 
Na nova norma, são apontadas mais de 3 mil mercadorias que podem gerar 
riscos à saúde, à segurança pública e ao meio ambiente. Antes dessa alteração, 
somente 90 produtos tinham essa sinalização. Dessa forma, a finalidade da 
instituição foi tornar o transporte desse tipo mais organizado e seguro. 
 
2.2.1. Identificação dos produtos perigosos 
Existem símbolos e placas que devem ser afixados nas embalagens e nos 
veículos que transportam materiais químicos. O painel de segurança é caracterizado 
por um quadrado na cor laranja que descreve o número de risco e o código ONU. 
Já o rótulo de risco é composto por um losango na cor vermelha, informando 
o símbolo de risco e a classe/subclasse de risco. Tais como: 
 
 
 
 
 
http://www.abtlp.org.br/index.php/resolucao-antt-5-23216/
https://bsoft.com.br/blog/numero-onu-entenda-o-que-isso-representa-para-uma-transportadora
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
20 
 
2.2.2. Número de risco 
O número de risco é muito usado na Europa para identificar cargas 
perigosas, mas também é exigido em alguns países da América do Sul. Essa 
numeração fica localizada na parte de cima do painel laranja, que é colocado em 
contentores para granel intermodais. 
Esse número é formado, na maioria das vezes, por dois ou três dígitos, que 
indicam diferentes tipos de riscos. Entre eles, podemos destacar: 
• Emissão de gás devido a reação química ou pressão; 
• Inflamabilidade de líquidos e gases (ou de líquidos suscetíveis de auto 
aquecimento); 
• Inflamabilidade de sólidos (ou de sólidos suscetíveis de auto 
aquecimento); 
• Efeito oxidante (ou seja, que facilita incêndios); 
• Toxicidade; 
• Radioatividade; 
• Corrosividade; 
• Reação violenta espontânea (como explosões e desintegrações). 
Quando o dígito é duplicado indica que o risco é mais intensificado. Se o 
risco estiver associado a uma substância, a indicação pode ser feita por meio de um 
dígito seguido de zero. Números de risco precedidos pela letra X designam produtos 
que reagem de forma perigosa com a água. 
 
 
https://www.bsoft.com.br/transporte-de-produtos-perigosos/
https://www.bsoft.com.br/transporte-de-produtos-perigosos/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
21 
 
2.2.3. Classificação das classes e subclasses de risco 
É indispensável conhecer cada um dos tipos de cargas perigosas para 
facilitar o gerenciamento de risco no transporte de cargas perigosas. E, claro, 
compreender como agir em cada caso. Ao todo, existem nove classes, quase todas 
subdivididas em subclasses. 
 
https://maplink.global/blog/gerenciamento-risco-transporte-cargas-perigosas/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
22 
 
2.2.3.1. Classe - 1 
Envolve os explosivos e é composta pelas seguintes subclasses: 
✓ Explosão em massa; 
✓ Projeção; 
✓ Predominante NA CAUSA DE INCÊNDIO; 
✓ NENHUM perigo de explosão relevante. 
✓ Ainda existem outras duas subclasses: a dos explosivos bem 
insensíveis com risco de explosão em massa e a dos produtos extremamente 
insensíveis. 
 
Normalmente referem-se a insumos para produtos como dinamite e granada. 
Os mais comuns são azida de chumbo, fulminato de mercúrio e nitroglicerina, e 
podem ser transportados em estado líquido ou gasoso. 
São considerados explosivos pela capacidade de gerar muito gás e calor 
quando submetido a uma transformação química. E, nestes casos. podem causar 
grandes impactos. O grau de risco de explosão deve ser sinalizado no próprio 
veículo de transporte. 
A categoria de tipos de cargas perigosas 1 é subdividida em 6 grupos: 
• 1.1 – Substâncias e artigos com risco de explosão em massa; 
• 1.2 – Substâncias e artigos com risco de projeção, mas sem risco de 
explosão em massa; 
• 1.3 – Substâncias e artigos com risco de fogo e com pequeno risco de 
explosão ou de projeção, ou ambos, mas sem risco de explosão em massa; 
• 1.4 – Substâncias e artigos que não apresentam risco significativo; 
• 1.5 – Substâncias muito insensíveis, com risco de explosão em massa; 
• 1.6 – Artigos extremamente insensíveis, sem risco de explosão em 
massa. 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
23 
 
2.2.3.2. Classe - 2 
Esta classe engloba os gases e está dividida em três subclasses: 
✓ Inflamáveis; 
✓ Não inflamáveis e não tóxicos; 
✓ Tóxicos. 
Segundo a ONU, gases inflamáveis são aqueles que a 20 °C e à pressão 
normal são inflamáveis quando em mistura de 13% ou menos, em volume, com o ar. 
Ou que apresentem faixa de inflamabilidade com o ar de, no mínimo 12%, 
independente do limite inferior de inflamabilidade. 
Ou seja, são gases que misturados com o ar sob a influênciade calor 
entram em combustão. Acetileno e amoníaco são alguns dos tipos de cargas 
perigosas inclusos na categoria de gases inflamáveis 
 
Gases não-Inflamáveis e não-tóxicos 
 
Os tipos de cargas perigosas categorizados como não-inflamáveis, como o 
próprio nome sugere, são aqueles que não entram em combustão naturalmente. 
Mas, são considerados tipos de cargas perigosas por serem asfixiantes ou 
oxidantes. Também são incluídos nesta categoria gases que não se enquadram nas 
demais. 
Exemplos: gás hidrogênio e o monóxido de carbono. 
 
Gases Tóxicos 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
24 
 
Ainda nos tipos de cargas perigosas relacionadas a gases temos os tóxicos. 
São aqueles que supostamente, ou comprovadamente, são corrosivos ou 
apresentam risco à saúde. 
Amônia, Sulfeto de Hidrogênio e Cianeto de Hidrogênio são alguns dos 
exemplos categorizados como gases tóxicos. 
 
2.2.3.3. Classe - 3 
A terceira classe inclui os líquidos inflamáveis (ou combustíveis líquidos). 
 
Nestes tipos de cargas perigosas temos todos os líquidos, ou misturas 
de/com líquidos, que possam gerar vapor inflamável, em local fechado, ou aberto, 
em determinadas condições de pressão e temperatura. Além de explosivos líquidos 
e outras substâncias inflamáveis neste estado. Ou seja, são substâncias líquidas 
com alta propensão a combustão. 
Exemplos: acetileno, solvente, gasolina, benzeno. 
 
2.2.3.4. Classe - 4 
Nesta classe estão os sólidos inflamáveis: 
✓ Sólidos inflamáveis; 
✓ Materiais espontaneamente inflamáveis; 
✓ Materiais que emitem gases inflamáveis em contato com a água. 
 
 São aqueles que, em transporte, funcionam como combustíveis, podem 
pegar fogo devido ao atrito ou contribuir para tal. 
Exemplos: magnésio metálico e liga de magnésio, celuloide e borneol. 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
25 
 
Substâncias sujeitas a combustão espontânea 
 
Substâncias que podem inflamar devido ao aquecimento espontâneo 
durante o transporte, ou quando em contato com o ar. Algodão não processado, 
carvão e pirita são alguns dos tipos de cargas perigosas que podem apresentar 
combustão espontânea em determinadas circunstâncias. 
 
Substâncias que em contato com água emitem gases inflamáveis 
 
 
Como o nome sugere, são tipos de cargas perigosas que em contato com a 
água interagem de forma a produzir gases tóxicos ou inflamáveis. Como o sódio 
metálico e o carbureto de cálcio, por exemplo. 
 
2.2.3.5. Classe - 5 
A quinta classe envolve as substâncias oxidantes e os peróxidos orgânicos. 
E eles estão divididos nas seguintes subclasses: 
✓ Substâncias oxidantes; 
✓ Peróxidos orgânicos. 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
26 
 
Oxidantes são tipos de cargas perigosas termicamente instáveis que podem 
causar, ou potencializar, uma combustão ao fornecer oxigênio. Como o peróxido de 
hidrogênio e permanganato de potássio. 
Peróxidos Orgânicos 
 
Os peróxidos orgânicos também são substâncias termicamente instáveis e 
podem facilmente sofrer decomposição exotérmica e auto-acelerável. Além de 
serem sensíveis a choque e atritos. 
Com alto poder oxidante, estes tipos de cargas perigosas são extremamente 
incômodos para nós, podendo causar irritação nas mucosas, olhos e pele. 
Exemplos: peróxido orgânico, de butila e de benzoíla. 
 
2.2.3.6. Classe - 6 
A classe 6 engloba as substâncias tóxicas e infecciosas: 
✓ Substâncias tóxicas (venenosas); 
✓ Substâncias infecciosas. 
 
Sustâncias Tóxicas 
 
Um dos tipos de cargas perigosas de maior preocupação são as substâncias 
tóxicas. Afinal, em qualquer estado físico, ou quantidade, podem ser extremamente 
nocivas. Seja por inalação, contato ou ingestão, elas podem causar sérios danos, 
lesões e, em alguns casos, provocar a morte. 
Exemplos: atropina, ricina, sarin, tálio. 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
27 
 
Substâncias Infectantes 
Tipos de cargas perigosas categorizadas como infectantes são aquelas que 
carregam algum tipo de patologia infecciosa. Essas substâncias podem ser 
prejudiciais ao meio ambiente, animais ou humanos. O exemplo mais comum é o 
carregamento de lixo hospitalar. 
 
2.2.3.7. Classes - 7, 8 e 9 
As classes 7, 8 e 9 não estão divididas em subclasses: 
Classe 7: Materiais radioativos; 
Classe 8: Substâncias corrosivas; 
Classe 9: Substâncias perigosas diversas. 
Material Radioativo 
 
Este é um tipo de carga perigosa fisicamente instável que pode se alterar 
liberando energia sob forma de radiação. Exemplos: Urânio 235, Césio 137, Cobalto 
60. 
Substâncias corrosivas 
 
Tipos de cargas perigosas que, sem a devida proteção, podem corroer 
tecidos vivos e até mesmo aço. Além destes perigos, muitos também eliminam 
vapores tóxicos. Os corrosivos podem ser subdivididos em bases e ácidos, tais 
como: 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
28 
 
• Ácido sulfúrico; 
• Ácido clorídrico; 
• Ácido nítrico; 
• Hidróxido de sódio e 
• Hidróxido de potássio. 
 
Substâncias Perigosas diversas ou matérias que podem causar 
diversos perigos 
 
Na categoria 9 temos tipos de cargas perigosas que não podem ser 
enquadradas nos itens anteriores. Mas que, de alguma forma, representam riscos no 
seu transporte. Exemplo: óleos combustíveis, dióxido de carbono sólido e baterias 
de lítio. 
Os riscos dos tipos de cargas são potencializados com falta de gestão de 
manutenção de frota, definição de rotas em pior estado e falta de capacitação dos 
motoristas. Por isso que é aconselhado ter boas ferramentas de logística. 
 
2.2.4. Papel da ANTT 
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) é o principal órgão 
regulador do transporte rodoviário no Brasil. Por isso, toda movimentação por esse 
modal deve seguir as regras previstas pela agência. 
No caso do transporte de cargas perigosas, isso é ainda mais importante. É 
a ANTT a responsável por classificar os produtos dessa forma, bem como por definir 
a documentação necessária ou como acontecerá a regulamentação. 
Todas as definições são feitas com bases em estudos técnicos, com o 
objetivo de proteger os motoristas e o meio ambiente. Se o transporte não estiver 
em conformidade com as regras, a fiscalização poderá multar a transportadora e até 
apreender a carga. Além disso, é indispensável ficar atento a todas as atualizações 
e mudanças. Para abranger e atender a todas as necessidades e mudanças, a 
https://maplink.global/blog/ferramentas-logistica/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
29 
 
agência costuma realizar alterações ou lançar regulamentos específicos. Foi assim 
com a nova classificação de produtos perigosos, por exemplo. 
Para atuar corretamente, de acordo com o que manda a lei, a sua empresa 
deve acompanhar de perto todas as alterações de exigências. Em geral, a agência 
determina um prazo de adaptação, mas quanto antes você fizer a alteração, melhor 
será para os processos de transporte. 
 
2.2.5. Tipos de veículo mais indicados para o transporte de cargas 
perigosas 
Uma das regras mais importantes tem a ver com a “acomodação” adequada 
dessas cargas para garantir que o transporte seja seguro. Nesse sentido, é preciso 
escolher corretamente o veículo, que servirá como a “embalagem” da carga 
completa. 
O caminhão-tanque é um dos tipos mais famosos e usados, especialmente 
para as cargas que exigem atenção especial. Como seu corpo é metálico de alta 
integridade, permite o transporte de líquidos inflamáveis com total segurança. 
Dependendo do caso, também pode ser usado para transportar gases, inflamáveis 
ou não. Ao funcionar como um vaso de pressão, evita reações indesejadas e, com 
isso, vazamentos ou acidentes. 
 
2.2.5.1. Sinalização das Unidades de Transporte 
• Rótulos de Risco: afixados na unidade de transporte para indicar o 
risco apresentado pelo produto perigoso transportado. 
• Painéis de Segurança: afixados na unidade de transporte para indicar o 
número de risco e o númeroONU do produto perigoso transportado. 
 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
30 
 
2.2.6. Documentos obrigatórios para a circulação de produtos 
perigosos 
Ao planejar a movimentação de produtos de natureza perigosa, é preciso 
verificar e providenciar os documentos certos. Veja quais são! 
 
 
Item Descrição Fundamento Técnico/Legal 
1 
CRLV – Certificado de Registro e 
Licenciamento do Veículo 
Código de Trânsito Brasileiro - CTB e 
Lei Nº 9.503, de 23/09/97, art.120, 
art. 133. 
2 
C.N.H – categoria correspondente ao 
veículo 
Código de Trânsito Brasileiro - CTB e 
Lei Nº 9.503, de 23/09/97, art.159, . 
3 
Treinamento específico para condutores 
de veículos transportadores de PP - 
Curso MOPP 
Art. 15 do Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos; Resolução CONTRAN nº 
168/04. 
4 
Certificado de Capacitação para o 
transporte rodoviário de produtos 
perigosos a granel, expedido pelo 
INMETRO 
Art. 22, I do Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos; Portaria nº 197/04 do 
INMETRO. 
5 Documento fiscal do produto transportado 
Art. 22, II do Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos. 
6 
Ficha de emergência e envelope para o 
transporte terrestre de produtos perigosos 
- Características, dimensões e 
preenchimento 
Art. 22, III, alíneas “a” e “b” do 
Regulamento do Transporte Terrestre 
de Produtos Perigosos; NBR 7503. 
7 Tacógrafo 
Art. 5º do Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos. 
8 
Simbologia - rótulos de risco e painel de 
segurança 
Art. 2º do Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos; NBR 7500. 
9 
Conjunto de equipamentos para 
emergências no transporte terrestre de 
produtos perigosos 
Art. 3º do Regulamento do 
Transporte Terrestre de Produtos 
Perigosos, NBR-9735. 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
31 
 
2.3. EFEITOS OU CONSEQUÊNCIAS NO TRÁFEGO URBANO OU 
RURAL 
 
Nos trechos em regime de concessão, os deslocamentos que exigirem 
operações especiais PODERÃO contar com a colaboração da concessionária, 
porém sob o comando do Departamento de Polícia Rodoviária Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para o tráfego de veículos de transporte de carga indivisível possivelmente 
será necessário tomar medidas de controle e interrupção de tráfego, tais como: 
inversão de pista, bloqueio de acessos, tráfego na contramão, remoção de balizas 
etc. 
Por determinação do DNIT, o horário de trânsito de veículos transportando 
cargas indivisíveis será do amanhecer ao pôr do sol, inclusive sábados, domingos e 
feriados, atendidos às condições favoráveis de trânsito e visibilidade e reduzindo as 
consequências para o tráfego local. 
Nos trechos rodoviários de pistas múltiplas, com separação física, será 
permitido o trânsito noturno de conjuntos que não excedam as seguintes dimensões: 
• Largura de 3,20 m 
• Comprimento de 25,00 m 
• Altura de 4,40 m 
• Peso Bruto Total Combinado 
(PBTC) de 57 T. 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
32 
 
O trânsito destes veículos PODERÁ se estender ao período noturno, 
atendendo às limitações locais, até que os mesmos possam alcançar um local 
seguro e adequado para seu ESTACIONAMENTO. Não devendo ser estacionados 
ou parados nos acostamentos das rodovias, mas em áreas próximas que ofereçam 
condições para tal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.4. AUTORIZAÇÃO ESPECIAL DE TRANSPORTE (AET) 
A primeira providência a ser tomada diante da necessidade de transportar 
uma carga indivisível é a obtenção da Autorização Especial de Transporte (AET). 
Isso porque o transportador é obrigado a portar esse documento durante todo o 
trajeto. 
No caso de veículos especiais, a autorização possui validade de 90 dias. 
Porém, só pode ser utilizada para uma viagem com rota já definida e informada ao 
DNIT, incluindo o retorno do caminhão vazio ao local de origem. 
Caso seja necessário, é possível solicitar a prorrogação desse prazo por 
igual período. Nesse caso, deve-se apresentar a justificativa para a conclusão do 
transporte em tempo excedente. 
Já os veículos transportadores de carga indivisível podem receber uma 
autorização de até 1 ano. Com isso, eles ficam livres para transitar do amanhecer ao 
pôr do sol, em qualquer rodovia federal, desde que respeitem os seguintes limites: 
• Comprimento total — 30 metros; 
• Largura total — 3,20 metros; 
• Altura total — 4,40 metros; 
• Peso bruto total combinado — 57 toneladas. 
https://blogwlmscania.itaipumg.com.br/conheca-os-principais-tipos-de-caminhoes-e-suas-capacidades/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
33 
 
E onde você pode conseguir essa autorização? É bem simples! Basta que 
transportadores e embarcadores acessem o formulário no site do DNIT. Caso não 
seja possível, basta fazer a solicitação na unidade física do órgão do local em que o 
transporte será iniciado. 
O artigo 101 (CTB) preve: Ao veículo ou combinação de veículos utilizado no 
transporte de carga indivisível, que não se enquadre nos limites de peso e 
dimensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com 
circunscrição sobre a via, Autorização Especial de Trânsito (AET), com prazo certo, 
válida para cada viagem, atendidas as medidas de segurança consideradas 
necessárias. 
§ 1º A autorização será concedida mediante requerimento que especificará 
as características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o percurso, a 
data e o horário do deslocamento inicial. 
§ 2º A autorização NÃO exime o beneficiário da responsabilidade por 
eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos causar à via ou a 
terceiros. 
§ 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões, poderá ser 
concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, AET com prazo de seis 
meses, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias. 
 
2.4.1. AET – Informações Obrigatórias 
a) Identificação do órgão emissor; 
b) Número de identificação; 
c) Identificação e características do veículo; 
d) Peso e dimensões autorizadas; 
e) Prazo de validade; 
f) Percurso; 
g) Identificação em se tratando de carga indivisível. 
 
2.4.2. Horários em que o transporte pode ser executado 
Esse tipo de transporte pode ser realizado do amanhecer ao pôr do sol, 
incluindo sábados, domingos e feriados, desde que haja condições favoráveis de 
tráfego. 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
34 
 
No entanto, em rodovias com diversas pistas e com separação física entre 
elas, é autorizado o transporte noturno para os veículos que não excedam os limites 
da AET. 
Da mesma forma, quando o transporte no período diurno 
representa transtorno ou interrupção do fluxo normal de veículos, é possível que o 
DNIT conceda a autorização para o transporte noturno depois de ouvir o parecer da 
PRF (Polícia Rodoviária Federal). 
 
2.4.3. Dimensões máximas permitidas (RES. 211) 
CVC: PBTC maior 57 T até 74 T 
Comprimento min. de 25 m e no máximo 30 metros* 
Rodotrem: necessita “AET”) 
 
 
 
 
 
✓ Comprimento mínimo para preservação das pontes. 
✓ CVCs fabricadas menores que 25 metros licenciadas até fev/2006 – 
estão liberadas com AET até o sucateamento. 
 
2.4.4. Adequação do veículo 
O veículo utilizado no transporte de cargas indivisíveis deverá ser adaptado 
para a tarefa. Ele deve ter estruturas e potência motora suficientes, com a força de 
tração necessária para se deslocar. 
Além disso, deve estar em bom estado de conservação e dispor de uma 
configuração de eixos adequada, capaz de assegurar que o peso bruto em cada 
eixo não ultrapasse os limites máximos informados na lei, pelo Inmetro e também 
pelo fabricante do veículo. 
Vale a pena mencionar que o DNIT está autorizado a fazer inspeções 
prévias a fim de conferir os pesos e dimensões tanto da carga quanto do veículo que 
solicita a Autorização Especial de Trânsito (AET). 
 
https://blogwlmscania.itaipumg.com.br/8-dicas-essenciais-para-dirigir-a-noite-com-seguranca/https://blogwlmscania.itaipumg.com.br/conheca-nova-fabrica-da-scania-no-brasil-onde-quem-manda-sao-os-robos/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
35 
 
6 Ton 10 Ton PBT = 16 Ton 
2.4.5. Pesos máximos permitido 
 
Finalmente chegamos nos limites de peso. Vamos entender os Limites 
Legais por tipo de veículo. Os valores indicados nas caixas azuis são os limites para 
os pesos para cada eixo, e o somatório deles é o Peso Bruto (PBT). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caminhão do tipo 4x2: PBT = 16 ton. Capacidade de carga: +ou- 9,5 ton. 
(+ou- porque depende da Tara: quanto mais pesado menos carga leva) 
Vamos entender o que significa “4x2”. São 4 pontos de apoio no piso, com 
tração em 2. Por isso é dito 4x2. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caminhão do tipo 6x2 ou 6x4. PBT: 23 ton. Capacidade de carga ~ 15 ton. 
Agora você sabe o que significa “6x2”. São 6 pontos de apoio no piso, com tração 
em 2. Por isso 6x2. Ou ainda: 6x4 quanto tem tração nos dois eixos traseiros 
(conhecido como “traçado”): 6 pontos de apoio e 4 com tração. 
 
 
17 Ton 6 Ton PBT = 23 Ton 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
36 
 
2.4.6. Tipos de eixo 
O eixo é o local onde são instaladas as rodas dele. É esse eixo que liga 
os pneus de uma lateral a outra do caminhão. 
Os eixos podem ser simples, duplos ou triplos e suportam um peso máximo 
que varia entre 6 e 30 toneladas de carga. 
 
2.4.6.1. Eixos simples 
Os eixos simples são indicados para transportes mais leves e fracionados e, 
geralmente, estão presentes nos veículos urbanos de cargas. 
Normalmente são destinados para mudanças e para entregas de comércio 
varejistas em geral. 
Os eixos simples se dividem dois tipos: 
➢ Rodagem simples – tem um pneu em cada ponta do eixo e pode 
suportar até 6 toneladas de carga. 
➢ Rodagem dupla – possuem dois pneus em cada ponta, sendo que esse 
tipo de eixo pode aguentar até 10 toneladas. 
 
2.4.6.2. Eixos duplos 
Os eixos duplos também são divididos em diferentes especificações. 
Os eixos tandem que são aqueles de rodas duplas, compostos por dois ou 
mais eixos seguidos. Eles podem ser duplos (com 2 eixos e 2 rodas em cada 
extremidade), somando 8 pneus. 
Os eixos tandem também pode ser triplos, apresentando 3 eixos e 2 rodas 
em cada extremidade, somando 12 pneus. 
Já o outro tipo são os eixos duplos não em “tandem”, que são vistos nos 
caminhões com rodas duplas e com espaçamento maior de 2m entre elas. 
Os eixos podem ter um espaçamento menor ou estar mais distantes. 
Geralmente, no caso do menor espaçamento, os centros dos eixos estão a uma 
distância de 1,20m e no caso do maior espaçamento de até 2,40m. Há ainda eixos 
com distância maior do que 2,40m. Assim sendo, os eixos duplos podem possuir um 
eixo de rodagem simples (2 pneus) e um de rodagem dupla (4 pneus). 
Quando o tandem for menor, o limite de carga é de 9 toneladas, no caso de 
um tandem maior, o volume vai a 13,5 toneladas. 
https://blog.cargobr.com/fatos-curiosos-sobre-o-mundo-dos-pneus-cargobr/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
37 
 
Quando os dois eixos tiverem rodagem dupla, os pesos máximos serão de 
15, 17 e 20 toneladas, respectivamente, para tandens de até 1,20m, de 1,20m a 
2,40m e de mais de 2,40m de distância entre eixos. 
 
2.4.6.3. Eixos triplos 
Aqui se enquadram os caminhões grandes que rodam em baixa velocidade 
e geralmente transportam cereais a granel em suas carrocerias. 
Esse tipo de eixo, o triplo, sempre possui três composições de rodagem 
dupla, totalizando 12 pneus. 
O que varia é a distância entre os eixos: na primeira faixa de tandem, o peso 
máximo comportado é de 25,5 toneladas, passando para 27 toneladas e 30 
toneladas, respectivamente, nas outras duas faixas de distanciamento entre eixos. 
De forma sintetizada, é possível compreender todos os tipos de eixo no 
infográfico abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://blog.cargobr.com/granel-sem-lona-nem-pensar/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
38 
 
2.5. VEÍCULOS DEPOIS DA RESOLUÇÃO 210 DO CONTRAN 
 
Art. 2º Os limites máximos de Peso Bruto Total - PBT 
a) PBT para veículo NÃO articulado: 29 T 
Caminhão 8x2 ou 8x4 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caminhão com 2 eixos dianteiros – Peso Bruto Total – PBT de 29 toneladas. 
(2ª eixo dianteiro direcional ou auto direcional). 
 
2.6. PESOS PERMITIDOS PARA OS CONJUNTOS DE VEÍCULOS 
 
Art. 2º Os limites máximos de PBT 
b) Veículos com reboque ou semirreboque: 39,5 T 
c) PBTC para combinações de veículos articulados com duas unidades, do 
tipo caminhão-trator e semirreboque, e comprimento total INFERIOR a 16 m: 45 
Toneladas 
Agora são 2 veículos: caminhão-trator + semi-reboque. 
 
 
Conjunto Caminhão-trator 4x2 + Semi-reboque 3 Eixos juntos. PBTC*: 
41,5 ton. Capacidade: ~27 ton. 
Observe que agora é PBTC e não PBT 
17 Ton 12 Ton PBT = 29 Ton 
 
25,5 Ton 10Ton PBT = 41,5 Ton 
 
6 Ton 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
39 
 
2.6.1. Pesos máximos permitidos (Res. 210) - Art. 2º Os limites máximos 
de PBT 
d) PBTC para combinações de veículos articulados com duas unidades, do 
tipo caminhão-trator e semirreboque com eixos em tandem triplo e comprimento total 
SUPERIOR a 16 m: 
 
Peso Bruto Total Combinado depende do Comprimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conjunto Caminhão-trator 6x2 ou 6x4 + Semi-reboque 3 Eixos juntos. 
PBTC máx. 45 ton – para comprimento menor que 16 m (especialm. 
Basculante). 
PTBC máx. 48,5 ton – para comprimento = ou maior que 16 m 
 
25,5 Ton 17Ton PTBC = 48,5 Ton 
 
6 Ton 
TRATOR 4X2 
(TOCO) 
 
TRATOR 6X2 
(LS OU TRUCADO) 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
40 
 
2.7. CONJUNTO DE VEÍCULOS DEPOIS DA RESOLUÇÃO 210/06 DO 
CONTRAN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conjunto do Caminhão-trator + semi-reboque c/ 1 eixo distanciado (2+1) - 
PBTC de 50 ton. Capacidade ~ 33 ton. 
Autorizando PBTC maior em conjunto (pela Res. 184) de: “COM MAIS DE 
DUAS UNIDADES” para “COM DUAS OU MAIS UNIDADES” surgiram as famosas 
“CARRETAS WANDERLÉIAS”: 
 
Obrigatório para o eixo distanciado: Suspensão pneumática e eixo auto 
direcional de acordo com Resolução 210/2006, Art. 9º §1. 
 
e) Peso bruto total combinado para combinações de veículos articulados 
com duas unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboques com eixos 
distanciados, e comprimento total IGUAL ou superior a 16 m: 53 Toneladas 
 
 
 
 
 
 
Conjunto do Caminhão-trator + semi-reboque c/ 3 eixos distanciados - PBTC 
de 53 ton. Capacidade ~ 36 ton. (Carreta “Wanderléia”) 
Obrigatório pelo menos 1 eixo distanciado ter: Suspensão pneumática e eixo 
auto-direcional de acordo com Resolução 210/2006, Art. 9º §1º. 
 
10 T 17 T 
17 Ton 17Ton 
PBTC = 
50 Ton 6 Ton 10 Ton 
PBTC = 
53 Ton 
 
6 T 10 T 10 T 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
41 
 
f) Peso bruto total combinado para combinações de veículos com duas 
unidades, do tipo caminhão e reboque, e comprimento INFERIOR a 17,50 m: 45 T 
 
 
 
 
 
 
Conjunto do Caminhão-trator 8X2 + semi-reboque c/ 3 eixos juntos - PBTC 
de 54,5 ton. Capacidade ~ 36 ton. Atenção: a carreta é especialmente construída 
para esse veículo trator. Observe a posição dos eixos da carreta deslocados para a 
traseira 
 
g) Peso bruto total combinado para combinações de veículos articulados 
com duas unidades, do tipo caminhão e reboque, e comprimento IGUAL ou superior 
a 17,50 m: 57 T 
 
 
 
 
 
 
 
Conjunto do Caminhão-Carroceria + Reboque 4 eixos - PBTC de 57 ton. 
Capacidade ~ 37 ton. Conhecido como “Romeu e Julieta”. 
A diferença que o veículo-trator não é um cavalo-mecânico, mas um 
caminhão com carroceria convencional. Usado basicamente no transporte agrícola: 
cana-de-açucar e toras. 
 
 
 
 
17 T 12 T 
17 T 6 T 
PBTC = 
57 Ton 
 
17 T 17 T 
25,5 T 
PBTC = 
54,5 Ton 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
42 
 
2.7.1. BITREM - CVC com PBTC até 57 ton – Resolução 210/06- Art. 2º 
Os limites máximos de PBT 
h) Peso bruto total combinado para combinações de veículos articulados 
com MAIS de duas unidades e comprimento INFERIOR a 17,50 m: 45 T; 
i) Para a combinação de veículos de carga – CVC, com MAIS de duas 
unidades, incluída a unidade tratora, o PBT poderá ser de até 57 T 
CVC = conjuntos de veículos de carga, com + de 2 veículos 
 
 
 
 
 
 
 
 
Conjunto do Tipo Bitrem - 3 veículos, 7 eixos, 2 articulações (engate do tipo 
“B” – por isso chama-se “B-TRAIN” ou trem do tipo “B”, aportuguesado para Bitrem) 
e PBTC de 57 ton. Capacidade de Carga ~ 38 ton. 
Se o caminhão-trator for 2011 ou mais novo – obrigatório ser 6x4. Tratores 
mais antigos podem ser 6x2 para bitrem (não importa o ano das carretas) 
 
2.7.2. RODOTREM - CVC com PBTC acima de 57 ton – Resolução 
211/06 - (entre 57 e 74 tons – observar a Res. 211) 
 
 
 
 
 
 
 
Conjunto do Tipo Rodotrem, 4 veículos, 9 eixos, 3 articulações e PBTC de 
74 ton). Capacidade ~ 50 ton. 
17 T 6 T 
PBTC = 
57 Ton 
 
17 T 17 T 
6 T 
PBTC = 
74 Ton 
 
17 T 17 T 17 T 17 T 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
43 
 
Nesse caso, é obrigatório sempre caminhão-trator 6x4 (duplo diferencial ou 
6x4). Pela 211/06, comprimento no mínimo 25m e no máximo 30m. O motivo do 
comprimento mínimo é para preservar as pontes (distribuir melhor o peso sobre elas) 
 
OBSERVAÇÃO DIFERENÇA ENTRE BITREM E RODOTREM 
Bitrem (vide figura abaixo) é uma combinação de veículos de carga 
composta por um total de sete eixos, que permite o transporte de um peso bruto total 
combinado PBTC de 57 toneladas. Os semi-reboques dessa combinação são 
interligados por um engate do tipo B (quinta-roda) e podem ser tracionados por um 
cavalo-mecânico 6x2 (trucado). 
 
Já o rodotrem (vide figura abaixo) é um combinação de veículos de carga 
(dois semi-reboques) composta por um total de 9 eixos que permite o transporte de 
um peso bruto total combinado (PBTC) de 74 toneladas. Os dois semi-reboques 
dessa combinação são interligados por um veículo intermediário denominado dolly, 
que possui a característica de acoplar no semi-reboque dianteiro por um engate do 
tipo A (engate automático e com cambão) e fazer a ligação com o semi-reboque 
traseiro através de um engate do tipo B (quinta-roda)> essa combinação só pode ser 
tracionada por um cavalo-mecânico 6x4 (traçado) e necessita de um trajeto definido 
para obter Autorização Especial de Trânsito (AET). 
 
Por definição o bitrem é um conjunto que possui duas articulações (quinta-
roda do caminhão e a quinta-roda do semi-reboque dianteiro) e o rodotrem é um 
conjunto que possui três articulações (quinta-roda do caminhão, engate dianteiro do 
dolly e quinta-roda do dolly). 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
44 
 
2.7.3. BITRENZÃO - CVC com PBTC acima de 57 ton – Resolução 211/06 
 
 
 
 
 
 
 
Conjunto do Tipo Bitrem 3 eixos ou “Bitrenzão” - 3 veículos, 9 eixos, 2 
articulações e PBTC de 74 ton. Capacidade ~ 52 ton. 
Nesse caso, é obrigatório sempre caminhão-trator 6x4 (duplo diferencial ou 
6x4). Pela 211/06, comprimento no mínimo 25m e no máximo 30m. 
 
 
2.7.4. TITREM - Veículos depois da Resolução 210 e 211/06 DO 
CONTRAN 
 
É uma combinação de veículo de carga - CVC - formada por três semi-
reboques interligados através de quinta roda, ou seja com engates do tipo B, como 
acontece na combinação bi-trem. Esta CVC possbilita um PBTC de 74 toneladas, a 
mesma do rodotrem, mas, devido às características específicas, são desenvolvidas 
especialmente para o transporte florestal e canavieiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Esse é o TRITREM (é um “BITREM” mas com 3 carretas) – ele tem 9 Eixos, 
3 articulações, 4 veículos e PESO BRUTO TOTAL COMBINADO – PBTC de 74 
toneladas. Obrigatório caminhão-trator 6x4 (sempre). 
6 T PBTC = 
74 Ton 
 
17 T 25,5 T 25,5 T 
6 T 
PBTC = 
74 Ton 
 
17 T 17 T 17 T 17 T 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
45 
 
2.8. PLANO DE CONTINGÊNCIA EM CASO DE ACIDENTES 
Caso ocorra algum acidente durante o trajeto, o transportador deve sinalizar 
a via e remover a carga em tempo razoável, evitando gerar ainda mais problemas ao 
fluxo normal de veículos. Para isso, é importante que ela tenha um plano de 
contingência. 
Caso o tráfego não tenha sido normalizado em até 24 horas e o 
transportador não apresente o plano ao DNIT ou à ANTT (Agência Nacional de 
Transporte Terrestre), poderá ser aplicada uma advertência. 
 
2.9. PAGAMENTO DE TARIFA DE UTILIZAÇÃO DA VIA (TUV) 
Os veículos destinados ao transporte de cargas indivisíveis, bem como 
aqueles especiais que têm peso bruto total combinado superior a 74 toneladas, 
devem arcar com uma taxa. 
A Tarifa de Utilização da Via (TUV) é calculada levando em consideração a 
distância a ser percorrida, incluindo o percurso de volta — mesmo que o caminhão 
retorne vazio. 
Sobre isso, é relevante destacar que a quitação desse valor isenta o 
transportador de multas por excesso de peso, desde que a carga transportada esteja 
de acordo com a autorização de transporte especial emitida. 
 
2.10. SINALIZAÇÃO DOS VEÍCULOS 
Quem atua com o transporte de cargas indivisíveis precisa adotar certas 
precauções em relação à sinalização. Em geral, os veículos devem ter uma placa 
traseira de advertência visível e clara. 
A intenção é que os demais motoristas fiquem mais atentos quando 
cruzarem com esses caminhões na estrada, evitando acidentes. 
 
2.11. NECESSIDADE DE ESCOLTA 
O próximo detalhe a ser destacado é a necessidade de escolta ou 
“batedores” durante o transporte da carga. É comum observarmos a presença 
desses veículos auxiliares, sinalizando o transporte e garantindo que o processo 
ocorra da melhor maneira possível. 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
46 
 
A necessidade (ou não) da escolta é definida pela autoridade competente 
para emitir a AET e observa critérios, como altura, largura, peso e comprimento total 
do veículo. 
 
2.12. PENALIDADES NO TRANSPORTE DE CARGAS INDIVISÍVEIS 
Descumprir com alguma das regras do transporte de cargas indivisíveis é 
capaz de gerar transtornos para o condutor. Afinal, essas normas foram editadas 
com o objetivo de tornar esse processo mais seguro para todos os envolvidos. 
A Resolução do Contran traz uma série de infrações que podem ser 
cometidas e suas respectivas penalidades. Observe alguns exemplos importantes a 
seguir. 
 
2.12.1. Advertência 
Em alguns casos, o cometimento de certas faltas é considerado leve e, por 
isso, recebem como punição a advertência. As principais são: 
• Transportar com peso superior ao descrito no AET; 
• Transitar sem a AET ou com o documento vencido; 
• Obstruir a estrada por mais 24 horas após acidentes; 
• Executar o transporte em itinerário diferente do autorizado; 
• Trafegar em horário não permitido; 
• Danificar patrimônio público ou particular durante o transporte; 
• Evadir vistoria para aferição do peso da carga; 
• Adulterar dados da AET. 
 
2.12.2. Multa administrativa 
Além da simples advertência, em casos de reincidência ou infrações mais 
graves, a norma prevê a aplicação de multa administrativa. Aqui temos exemplos de 
situações que causarão prejuízo ao transportador, além de todos os impedimentos 
relacionados à emissão do CRV do ano seguinte. 
Alguns exemplos merecem ser destacados. Confira: 
• Transportar com peso superior ao autorizado — infração grave com 
multa de R$195,23 e apreensão do veículo; 
https://blogwlmscania.itaipumg.com.br/dpvat-como-acionar-em-caso-de-acidentes/
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
47 
 
• Transportar carga incompatível — infração grave, com multa de 
R$195,23 e apreensão do veículo; 
• Transitar em trecho de responsabilidade de concessionária sem 
autorização prévia — infração média, com aplicação de multa de R$130,16; 
• Obstruir a rodovia — infração média, com aplicação de multa de 
R$130,16. 
 
2.12.3. Suspensãodo fornecimento de AET por até 3 meses 
Por fim, o motorista que reincidir no cometimento de uma infração punida 
com advertência no período de um ano será punido com a suspensão do 
fornecimento de novas autorizações especiais de transporte. 
 
2.13. CUIDADOS EXTRAS EM GERAL 
 
Transporte de Cargas indivisíveis é um transporte especial, requer além da 
Autorização Especial de Trânsito - AET, e cuidados extras do condutor: 
 
2.13.1. Inspeção de pré-viagem 
✓ O veículo deve ser adequado ao tipo de carga; 
✓ Você deve fazer o check-list completo antes de cada partida. 
✓ Confira se está de posse de todos os documentos e todos os EPI´s e 
comunicadores. 
✓ Confira se você conhece o trajeto a ser feito, as condições das vias, 
pontos perigosos, etc. 
 
2.13.2. Check-list de pré-viagem 
Estacione em local seguro, acione o freio de estacionamento, coloque calços 
nos pneus, ligue todas as luzes (inclusive o pisca-alerta) e inicie a inspeção. 
✓ Confira os documentos de porte-obrigatório: CRLV(s) de todos os 
veículos, AET, Nota Fiscal da Carga e Formulário de Vistoria. 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
48 
 
2.13.3. Inspecione o(s) veículo(s)-trator(es) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.13.4. Inspecione as unidades rebocadas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.13.5. Inspecione as unidades rebocadas (carreta e dolly) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
49 
 
2.13.6. Inspecione a parte traseira da unidade rebocada 
 
 
 
 
 
 
 
2.13.7. Inspecione a placa traseira – Dimensão Excedente (RES. 520) 
 
 
 
 
 
 
2.13.8. Inspecione o veículo carregado e verifique os dados da AET 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
50 
 
2.13.9. E quando necessário inspecione os veículos de escolta: itens 
obrigatórios 
 
 
2.13.10. Planeje a viagem 
- Identifique a rota adequada e os horários permitidos. 
- Identifique os locais seguros para paradas. 
- Identifique os pontos críticos (alças, rotatórias, curvas). Cuidado 
especial com as passagens urbanas (mobiliário). 
- Cuidado com as obras rodoviárias (pontes, passarelas) e passagem de 
nível. 
- Cuidado com a inclinação da via e a largura da via. 
- Revise os veículos, os equipamentos e itens de segurança. 
- Tenha um plano de contingência (emergências). 
 
2.13.11. Verifique a condição da carga 
- Confira se está apoiada corretamente na carreta e se não há risco de 
danos a peça; 
- Certifique que a distribuição de peso está correta; 
- Confira se a carga está bem amarrada no veículo; 
- Não improvise 
- Haja com segurança. 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
51 
 
2.13.12. Durante a viagem 
- Pare em locais programados e seguros (com piso plano!); 
- Inclinações laterais, mesmo pequenas, tombam a carreta; 
- Não esqueça de reapertar as cintas de amarração; 
- Antes de retornar à viagem: faça uma vistoria no veículo; 
- Verifique se está tudo em ordem e não há ninguém próximo ou embaixo 
do veículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
52 
 
CAPÍTULO III - CARGA – BLOCO DE ROCHAS 
 
 
3.1. CONCEITUAÇÃO 
 
Os blocos de rocha ou volumes de pedra em estado bruto são considerados 
cargas indivisíveis de grandes dimensões e de grande peso. São transportados em 
formato de bloco, pois seu manuseio e fragmentação exigem cuidados e 
equipamentos especiais. Portanto, eles NÃO podem ser divididos ou laminados no 
seu local de extração. 
 
 
3.2. CLASSES DE ROCHAS E SUAS DIMENSÕES 
 
Alguns tipos de materiais possuem o peso específico mais elevado que 
outros. Assim, podemos dizer que o material quando é mais “fechado” (os seus 
componentes estão mais agrupados) tem o peso maior e, quando mais “aberto” (os 
seus componentes estão mais afastados uns dos outros) o peso é menor. 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
53 
 
Veja as classes de materiais que compõem os blocos de rochas e seu peso 
específico: 
Tipo de Material Peso Especifico (Média) Kg/m³ 
Fechado 2.900 
Aberto 2.650 
Mármore 2.800 
 
3.3. REGULAMENTAÇÃO ESPECÍFICA - Resolução CONTRAN nº 354 de 
24/06/2010 
 
Art. 1º (Res. 354 CONTRAN) - O transporte de rochas ornamentais e de 
chapas serradas deverá observar às seguintes normas gerais: 
I – A amarração dos blocos de rochas em combinações de veículos de carga 
ou veículos unitários deve obedecer ao disposto nos Artigos 4o e 5o e 6º desta 
Resolução. 
II - O transporte de chapas serradas de rochas deve obedecer ao disposto 
no art. 9o desta Resolução, exceto quando transportadas em contêineres. 
III - O transporte de blocos ou chapas serradas de rochas em contêineres 
deve obedecer ao disposto no artigo 10 desta Resolução. 
IV – O transporte de blocos de rochas em caçambas metálicas deve atender 
ao artigo 11 desta Resolução. 
V - Em nenhuma hipótese pode haver sobreposição dos blocos de rochas 
ornamentais. 
Parágrafo único. Para efeito desta Resolução: 
a) Comprimento é sempre a maior dimensão do bloco de rocha, a largura, a 
dimensão intermediaria, e a altura, a menor dimensão; 
b) Consideram-se rochas ornamentais, para efeito desta Resolução, blocos 
de mármore e granito, em forma de paralelepípedos, de quaisquer dimensões, 
destinados à indústria de transformação; 
c) Considera-se chapa serrada, para efeito desta Resolução, o produto 
resultante do processamento dos blocos pelos teares, já pronto para aplicação na 
construção civil. 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
54 
 
Art. 2º Os veículos ou combinações de veículos de carga utilizados no 
transporte de blocos de rochas ornamentais devem obedecer aos limites de pesos, 
dimensões e tolerâncias aprovados pelas Resoluções nºs 210, de 13 de novembro 
de 2006 e 258, de 30 de novembro de 2007, do CONTRAN e pela Portaria nº 63, de 
1º de abril de 2009 do Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, ou outras 
que venham a substituí-las. 
 
3.4. TRANSPORTE DE BLOCOS DE ROCHA 
 
Caminhões traçados de alta potência, motoristas experientes e bem 
preparados são características necessárias para o transporte de blocos de rocha, 
que tornou-se muito mais seguro após ser regulamentado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 3º (Res. 354 CONTRAN) - As combinações de veículos de carga com 
mais de 54,5 t (PBTC máximo para composição de veículo de carga dotado de 
articulação única) utilizadas no transporte de um único bloco de rocha ornamental, 
devem ser obrigatoriamente do tipo caminhão trator 6x2 ou 6x4, um semirreboque 
dianteiro para distribuição do peso (dolly) e um semirreboque traseiro destinado ao 
carregamento de cargas indivisíveis de até 6 m, inclusive quanto às dimensões e 
distâncias entre eixos. 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
55 
 
 
 
3.5. REGULAMENTAÇÃO TÉCNICA PARA AFIXAR A CARGA 
 
O transporte de bloco de rocha tem de ser feito conforme determinação 
técnica que leva em conta as medidas do bloco, utilizando ganchos e correntes com 
especificações determinadas. É especificado para o transporte conjunto mínimo de 
oito travas de segurança, sendo duas em cada lateral da carroceria, duas frontais e 
duas traseiras. Cada trava de segurança deve ser posicionada de forma que cada 
uma de suas faces tangencie o bloco em pelo menos um ponto. 
As rochas menores – chamadas enteras – devem ser transportadas em 
caçambas, desde que devidamente travadas. 
O transporte de rochas, inteiras ou em chapas serradas – como granito e 
mármore – pode ser feito também dentro de contêineres. Além disso, todos os 
equipamentos têm de passar por uma verificação da qualidade do material para 
obter a certificação de segurança veicular. 
 
 
 
 
Curso | Motorista de Transporte de Cargas 
56 
 
Art. 4º (Res. 354 CONTRAN) - O transporte de bloco de rocha ornamental 
com amarração longitudinal e transversal (Anexo IV) só é permitido com a

Outros materiais