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Morfo VI – Sistema Digestório Aula 9 e 12 – Princípios gerais da função gastrointestinal I e II - Janine 12/09/20 e 21/09/20 P3 – Maria Antônia Ângelo Quando pensamos no Sistema Digestório temos que identificar também os órgãos que fazem parte dele. Sendo assim: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, e órgãos acessórios/anexos. Dentro da fisiologia, associamos a boca ao processo da mastigação, para triturar os alimentos e estimular a secreção da saliva, facilitando o processo de deglutição. Dente os órgãos anexos teremos o fígado, a vesícula biliar, o pâncreas e as glândulas salivares devido as suas secreções digestivas. É no fígado que a bile é produzida, e será responsável por emulsificar gorduras facilitando a ação da lipase pancreática, e será armazenada na vesícula biliar. O pâncreas irá produzir secreções que serão lançadas no intestino delgado, grande órgão absortivo, e suas enzimas pancreáticas são fundamentais para esse processo digestivo. O sistema digestório tem a função de prover nutrientes para o nosso corpo, que irão advir principalmente da ingestão de alimentos. Isso justifica o fato de o fígado ser nosso grande órgão metabolizador, pois é nele que ocorre a gliconeogênese, que é a capacidade que temos em transformar outro substrato (que não seja carboidrato) em glicose, fonte energética. Existem várias classes de nutrientes: água, carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas e sais minerais. O sistema digestório permite que ocorra movimentação do alimento pelo trato alimentar, o qual irá sofrer a ação de secreções digestivas na medida em que é deslocado, sofrendo os processos de digestão e absorção para que os nutrientes alcancem a corrente sanguínea e consequentemente as células do nosso corpo. A primeira coisa que temos que saber é que o TGI (tubo gastrointestinal) é formado por uma musculatura lisa que irá impulsionar esse alimento pelo tubo através de contrações musculares, que podem ser: peristálticos, mistura, e complexo motor migratório. Como consequência da movimentação, o alimento (incialmente bolo alimentar e posteriormente quimo) vai sofrer ação da secreção, que se refere tanto a transferência trans epitelial de água e íons do LEC para o lúmen do TGI quanto à liberação de substâncias sintetizadas pelas células epiteliais GI (sucos digestivos). Os alimentos serão absorvidos a maior a nível no intestino delgado devido às microvilosidades. DIGESTÃO DOS ALIMENTOS Digestão significa quebra, que irá ocorrer através da degradação química (ação dos sucos gástricos) ou mecânica (mastigação), processo pelo qual iremos transformar o alimento em micromoléculas para termos acesso à energia. Em seguida, teremos a absorção de água, eletrólitos, vitamina e produtos da digestão, que irão sair do lúmen do TGI para o LEC de forma passiva. Tudo isso culmina na chegada dessas substâncias à circulação sanguínea, com todas as ações sendo controladas pelo sistema nervoso e sistema endócrino, nossos grandes sistemas de controle. Além disso, também teremos o sistema nervoso entérico (modulado pelo SNA) e os hormônios, que são reguladores de secreções digestivas, principalmente as enzimáticas. Abaixo um esboço do intestino delgado: Maria Antônia Ângelo – P3 No intestino delgado teremos os enterócitos (células formadoras), e esse processo vai ocorrer da seguinte forma: a macromolécula passa por processo de digestão (quebra mecânica e química), onde também haverá a secreção (produção de muco e enzimas) que irão passar pelo processo de absorção para que a substância consiga alcançar a corrente sanguínea. Para que isso aconteça, é preciso que ela atravesse a borda em escova, a membrana basolateral do enterócito, e o interstício. Secreções: muco e enzimas. Podem ter ação parácrina, direta pra corrente sanguínea, ou direto pro lúmen do TGI. Vale ressaltar que no sistema urinário acontecerá a importante etapa da reabsorção, que dá uma segunda oportunidade para todos os nutrientes que não tiveram a chance de serem absorvidos no sistema digestório. ANATOMIA FISIOLÓGICA DA PAREDE GASTROINTESTINAL Possui epitélio secretor e transportador e anéis musculares chamados de esfíncteres, que separam o tubo em segmentos com funções distintas. A porção do TGI que vai do estômago até o ânus é conhecida coletivamente por intestino. Precisamos conhecer as camadas de revestimento, pois é entre elas que encontraremos o SN entérico. Serosa: revestimento externo, membrana de TC que é uma continuação da membrana peritoneal. *Peritônio: também forma o mesentério, que mantém o intestino no lugar. Camada muscular: subdividida em camada muscular longitudinal e camada muscular circular, juntos formando a camada muscular externa. Plexo mioentérico: localizado entre essas duas camadas musculares, é iuma das subdivisões do SNE, mio lembra musculo, então é o plexo que controla a musculatura e os movimentos que acontecerão ao longo do TGI. A contração da CLongitudinal encurta o tubo e a contração da CCircular diminui o diâmetro do tubo, o que é muito importante para o peristaltismo. SUBMUCOSA TC com vasos sanguíneos e linfáticos maiores. Plexo submucoso: 2ª divisão do SNE, função de controlar as secreções gastrointestinais e o fluxo sanguíneo local. Camada muscular da mucosa separa a mucosa da submucosa, e é uma camada fina de musculo liso, e a parete mais interna é a mucosa voltada pro lumen, que terá o processo de absorção. Devido a isso, existem apenas uma camad única de célulasepiteliais, facilitando o transporte tecidual. Lamina própria: tc subepitelial que mantem o epitélio no lugar, além de células imunitárias (defesa) e células trono (novas células). *São 5 camadas se vc considerar a camada muscular da mucosa. SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO Teremos esse sistema controlando a motilidade e a secreção. Esse movimento está representado pelas contrações musculares. Maria Antônia Ângelo – P3 As subdivisões do SNE é o plexo mioentérico e o plexo submucoso. Plexo mioentérico: disposto entre as camadas musculares, controla os movimentos gastrointestinais. Plexo submucoso: loc na submucosa e controla as secreções dos sucos digestivos e o fluxo sanguíneo local. Quando pensamos nele pensamos em movimento. Regiões dos esfíncteres são regiões que por natureza, devido a função, são mais espessas com tônus muscular mais aumentado. Para essas regiões, o plexo não terá função excitatória, e sim inibitória, permitindo a inibição desse tônus e a consequente relaxamento desses esfíncteres, permitindo a passagem do alimento. Esses neurônios inibitórios apresentarão como neurotransmissor o polipeptideo intestinal vasoativo. O plexo mioentérico nem sempre será excitatório devido a isso. Efeitos da estimulação do plexo mioentérico: • Aumento da contração tônica ou do tônus muscular intestinal; • Aumento da intensidade das contrações rítmicas; • Ligeiro aumento no ritmo da contração; • Aumento na velocidade de condução das ondas excitatórias, causando movimento mais rápido das ondas peristálticas intestinais. O SNE vai ser uma via eferente, ou seja, gera respostas motoras em órgãos efetores. Esse SNE pode ser modulado pela função do SNA, por isso que é chamado de 2º cérebro. Relação muito grande em SD e SNC, hoje se sabe que está relacionado a algumas disfunções gastrointestinais, Gastrite, SII, emocional ligação muito forte. Tristeza diminui o peristaltismo, estresse aumenta ação simpática, que diminui a secreção de muco e proteção, resultando na formação de ulceras. Como eu disse, o SNE é via eferente, então precisa responder aos estímulos aferentes, então teremos fibras nervosas sensoriais, que serão estimuladas quando ocorrer irritaçãoda mucosa intestinal, distenção excessiva e presença de substancias químicas específicas, tendo como resposta a excitação ou inibição dos movimentos ou da secreção intestinal. Essa resposta eferente pode ser modulada pelo SNA, e também pelo controle hormonal, a ser discutido posteriormente na aula de secreções. Um dos principais hormônios será a gastrina, a colecistocinina, e a secretina. O SNA existe a via simpática e a parassimpática. Para o SD, o parassimp vai ser excitatória e o simpático inibitório. A origem parassimpática é craniana e sacral. A orige craniana é representada por 4 nervos cranianos, sendo o principal o nervo vago, que irá apresentar inervação para o esôfago, estomago, pâncreas e intestinos (pouco). Já a divisão sacral, representada por S2, S3 e S4, vai representar os nervos pélvicos e relacionada à inervação de metade distal do intestino grosso até o ânus, estando as regiões sigmóides retal e anal bem supridas devido aos reflexos da defecação. E tem os neurônios pós-ganglionares que estarão localizados em sua maior parte nos plexos mioentérico e submucoso, pq em SNA aprendemos que os gânglios da via parassimpática vao estar localizados muito próximos do órgão alvo. No caso do SD, o alvo será o plexo mioenterico e submucoso. A via simpática vai ter uma ação inibitória de T5 até L2, sendo representada pela cadeia paravertebral, gânglio celíaco e mesentérico (periféricos), onde será possível ter a localização dos corpos dos gânglios pós- ganglionares e vai inervar todo o intestino. A imagem mostra os neurônios sensoriais q vao fzr sinapse com o plexo submucoso, com o plexo mioentérico, e pode ascender para níveis mais superiores para os gânglios pré-vertebrais, medula espinhal e tronco cerebral, e aí a gente vai ter a modulação simpatioca e parassimpática. Maria Antônia Ângelo – P3 Através desse diagrama, conseguimos observar a interferência do SNC ao SNE. O reflexo curto acontece totalmente dentro do sistema digestório. Já o reflexo longo, BLABLABLA Longo: presença do encéfalo MOVIMENTOS FUNCIONAIS NO TRATO GASTROINTESTINAL Os movimentos serão os mencionados anteriormente: peristálticos, mistura, e complexo motor migratório. Esses movimentos vão ocorrer de forma diferente nos segmentos. O peristaltismo bem mais frequente, e o de mistura so no estomago. Os objetivos são manter o deslocamento do alimento ao longo da víscera, mov da boca é mastrigação, e manter o alimento misturado com as secreções de tal forma que serão digeridos e os produtos absorvidos, o que é muito importante. Digestão do carboidrato inicia-se na boca. Intolerância à lactose: não tem a enzima, não converte o dissacarídeo em mono, fica no lúmen e puxa água, gerando uma diarreia osmótica. Os carbo só conseguem ser digeridos como monossacarídeos, é muito importante a ação das secreções digestivas. No estomago inicia a digestão das proteínas, onde a acidez para ativar a pepsina. Motilidade é determinada pelas propriedades do músculo liso do TGI e modificada por sinais químicos provenientes de fibras nervosas dos hormônios e das substancias parácrinas. Complexo motor migratório: função de limpeza da casa, varre as sobras do bolo alimentar a bactérias do TGI pro IG, ocorre entre as refeições e demora cerca de 90 min pra alcanar o ig. Peristaltismo: move o alimento para adiante no TGI. Por isso o nome fisiológico do vomito é anti- peristaltismo. Células são polarizadas em um único sentido. Ondas progressivas que ocorrem durante e após uma refeição. Formadas a partir da distensão visceral (pelo próprio alimento, principal), irritação química (algo estragado pode acelerar) ou física e intensa estimulação parassimpática (acetilcolina). O m circular se contrai atrás do bolo alimentar, empurrando o bolo adiante pro segmento receptor, onde os m circulares estão relaxados, o segmento receptor (da frente) contrai continuando o movimento pra frente. Contribui para a mistura do bolo no estomago devido a retrofunção. Tem a válvula pilórica, onde o alimento bate e volta nessa válvula já que não da pra passar todo de uma só vez. Para que aconteca, é preciso que o plexo mioenterico esteja ativo. Reflexo peristáltico ou mioenterico: Lei do intestino, sempre empurrando na direção anal. MISTURA: misturar o bolo alimentar com os sucos digestivos, formando o quimo no estomago, e variam de acordo com a região. No estomago: movimento peristáltico fraco, e no intestino movimentos segmentares (facilita digestão e absorção). Nas contrações segmentares (intestino), irá acontecer a mistura do conteúdo mantendo sempre em contato com o epitélio absortivo. Quando o seguimento estiver contraído, o m. circular estará contraído e o m. longitudinal relaxado, e essas contrações podem ocorrer aleatoriamente ou em intervalos regulares. Movimento peristáltico sempre auxiliará o movimento de mistura. INGESTÃO DE ALIMENTOS Mastigação ocorre por ação dos dentes, é importante para a digestão através da produção de partículas menores, ao evitar escoriações ao longo do TGI, facilita o transporte e ajuda romper membranas de celulose. A deglutição será estágio voluntário e involuntário, onde a traqueia se fecha (estágio faríngeo) o esôfago se abre a onda peristáltica passa, e o estágio esofágico, com ondas peristálticas primarias Maria Antônia Ângelo – P3 e secundarias, indo até o esfíncter esofágico inferior (diferente de cárdia). Constritor esofagiano inferior (CEI): é a porção inferior do esôfago e a transição entre o esôfago e o estomago. É uma capsula muscular espessa e forte, que normalmente permanece tonicamente contraído. A onde peristaltica permite o relaxamento e passagem pro estomago, mas sua principal função é impedir o refluxo do conteúdo gástrico para o esôfago. Quando isso não é impedido, está associado a uma doença chamada Acalasia, onde o CEI não relaxa e o alimento não passa pro estomago. Procedimento cirúrgico, falta congênita, tem que colocar anel, e refluxo pode aumentar, causando esofagite. FUNÇÕES MOTORAS DO ESTÔMAGO Função de armazenar, misturar com as secreções, esvaziar no ID. Dividi-se em porção oral (2/3) e caudal (resto + antro). Reflexo vagovagal: representa a função de armazenamento. A entrada de alimento causa a diestancao vbisceral, principal estimulo pro peristaltismo, representado pelos círculos concêntricos. Essa distensão gera como resposta o reflexo vagovagal, que parte do estomago pro tronco encefálico e voltando pra reduzir o tônus muscular do estomago, provocando a distensão e o armazenamento do alimento. O movimento de propulsão constitui ondas constritivas peristálticas fracas em direção ao antro podendo desencadear potenciais de ação blabla Movimento de mistura: movimento do anel constritivo peristáltico + ejeção retrógrada. Esvaziamento do estomago: para o ID. Piloro é uma capa muscular hipertrofiada. Chama de bomba pilórica, pois essa região relaxa ou permanece contraída. A bomba é a ação de bombeamento provocada pelas ondas peristálticas. Quando a bomba pilórica ta aumentada, o esvaziamento tá acontecendo. Inibição: não ta acontecendo o esvaziamento, guyton explica. A regulação do esvaziamento gástrico se dá por sinais gástricos e entrericos. Os sinais gástricos que promovem esvaziamento: quanto maior o volume do alimento maior o esvaziamento. Gastrina: aumenta a tividade da bomba pilórica, ou seja, estimula o esvaziamento gástrico. Fatores que inibem o esvaziamento: Reflexo enterogástrico. Do intestino pro estomago. O grau de fluidez do quimo após mistura, qtde de quimo já existente no duodeno, presença de ácido no ID, presença de degradação das proteínas e gorduras, Toda vez que tiver proteínas e gorduras no ID a CCK (colecistoquinina)diminui a ativação da bomba pilórica, inibindo o esvaziamento gástrico. Quando ta mto acido estimula a secretina, pq faz com que o bicarbonato de sódio venha do pâncreas, e tb inibe. Gastrina: acelera de forma branda a moderada o esvaziamento gástrico Colecistoquinia e secretina: inibem o esvaziamento gástrico Maria Antônia Ângelo – P3
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