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PIAGET - ESTÁGIOS DETALHADOS

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Sensório-motor 
No estágio sensório-motor, que dura do nascimento até aproximadamente os 
dois anos de idade, a criança busca adquirir controle motor e aprender sobre os objetos 
que a rodeiam. Esse estágio é chamado sensório-motor, pois o bebê adquire o 
conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações 
sensoriais imediatas. Nesse período o desenvolvimento físico é o suporte para o 
aparecimento de novas habilidades, como sentar, andar, o que propiciara um domínio 
maior do ambiente. 
Ao fim do período, por volta dos dois anos, a criança apresenta uma atitude mais 
ativa e participativa, é capaz de entender algumas palavras, mas produz uma fala 
imitativa. Nesse período, a inteligência prática é assentada na percepção e na 
motricidade. Essa inteligência é utilizada a partir de seus esquemas sensoriais e 
motores, provindos dos reflexos genéticos, para solucionar problemas imediatos como 
pegar, jogar ou chutar bola. 
O estágio subdivide-se em até 6 sub-estágios nos quais o bebê apresenta, 
desde reflexos, até o início de uma capacidade representacional ou uso de símbolos. 
As principais características observáveis durante essa fase, que vai aproximadamente 
até os dois anos de idade da criança são: 
 A exploração manual e visual do ambiente; 
 A experiência obtida com ações, a imitação; 
 A inteligência prática (através de ações); 
 Ações como agarrar, sugar, atirar, bater e chutar; 
 A coordenação das ações irá proporcionar o surgimento do pensamento; 
 A centralização no próprio corpo; 
 A noção de permanência do objeto; 
Pode-se dizer que no Período Sensório-motor a criança conquista, através da 
percepção e dos movimentos, o universo imediato que a cerca. Ela descobre que, se 
puxar a toalha da mesa, o pote de bolacha ficará mais próximo dela (conduta do 
suporte). 
 
 
 
 
 
 
Pré-operatório 
 
O segundo estágio de desenvolvimento considerado por Piaget é o estágio pré-
operatório, que coincide com a fase pré-escolar e vai dos dois anos de idade até os 
sete anos, em média. Nesse período, as características mais importantes são: 
 Inteligência simbólica; 
 O pensamento egocêntrico, intuitivo e mágico; 
 A centração (apenas um aspecto de determinada situação é considerado); 
 A confusão entre aparência e realidade; 
 Ausência da noção de reversibilidade; 
 O raciocínio transdutivo (aplicação de uma mesma explicação a situações 
parecidas); 
 A característica do animismo (vida a seres inanimados). 
De acordo com Pedrosa & Navarro, os cinco aspectos mais importantes do 
pensamento neste estágio são: 
Egocentrismo: são incapazes de compreender as coisas de outro ponto de vista que 
não seja o seu. Tem a tendência de tomar o seu ponto de vista como o único, sem 
compreender o dos demais por estar centrados em suas ações. O egocentrismo se 
caracteriza basicamente por uma visão de realidade que parte do próprio eu. 
Dificuldades de transformação: são incapazes de compreender os processos que 
implicam mudança. Seu pensamento é estático, estão sempre no momento presente, 
não considerando os anteriores, nem antecipando o futuro. 
Reversibilidade: são incapazes de compreender um processo inverso ao observado. 
Seu pensamento é irreversível. 
Centralização: incapacidade para se centrar em mais de um aspecto da situação. São 
incapazes de globalizar. 
Não conservação: não são capazes de compreender que a quantidade pode 
permanecer embora mude seu aspecto ou aparência. No exemplo da figura em massa 
de modelar, não entenderiam que a quantidade seria a mesma com qualquer formato 
que assumisse. 
Neste estágio os padrões de pensamento sensório-motor evoluem para um 
incremento da capacidade de usar símbolos e imagens dos objetos do ambiente. 
Essa fase é marcada pelo aparecimento da linguagem oral, que lhe dará 
possibilidade de ir além de utilizar a inteligência prática decorrente dos esquemas 
sensoriais e motores, formados na fase anterior. 
A criança desenvolve a linguagem, as imagens mentais e jogos simbólicos, 
assim como muitas habilidades pré-conceituais. Apesar disso, o pensamento e a 
linguagem estão reduzidos, no geral, ao momento presente e a acontecimentos 
concretos. 
Desenvolve atividade de comunicação de tipo informativo e também de controle 
da conduta dos outros, isto é, pede, pergunta, dá ordens, etc., para provocar as 
condutas que deseja em outros. A criança já antecipa o que vai fazer, desenvolve o 
pensamento, no final do período começa a querer saber a razão causal e finalista de 
tudo, é a famosa fase dos (por quês). 
Seu raciocínio é intuitivo, está ligado às suas próprias percepções e às aparências das 
situações. 
 
Operatório concreto 
 
No estágio operatório concreto, que dura dos 7 aos 11 anos de idade em média, 
a criança começa a utilizar conceitos como os números e relações. Esse estágio passa 
a manifestar-se de modo mais evidente o que coincide (ou deve coincidir) com o início 
da escolarização formal é caracterizado por uma lógica interna consistente e pela 
habilidade de solucionar problemas concretos. Neste momento, o declínio no 
egocentrismo passa a ser mais visível. O declínio do egocentrismo se entende a 
linguagem que se torna mais socializada, e a criança será capaz de levar em conta o 
ponto de vista do outro, assim objetos e pessoas passam a ser mais bem explorados 
nas interações das crianças. 
1. Por volta dos 7 anos, o equilíbrio entre a assimilação e a acomodação torna-se 
mais estável; 
2. Surge a capacidade de fazer análises lógicas; 
3. Declina o egocentrismo, ou seja, dá-se um aumento da empatia com os 
sentimentos e as atitudes dos outros; 
Mesmo antes deste estágio a criança já é capaz de ordenar uma série de objetos 
por tamanhos e de comparar dois objetos indicando qual é o maior, mas ainda não é 
capaz de compreender a propriedade transitiva (A é maior que B, B é maior que C, logo 
A é maior que C). No início deste estágio a criança já é capaz de compreender a 
propriedade transitiva, desde que aplicada a objetos concretos que ela tenha visto; 
Começa sucessivamente a compreender a conservação das quantidades, do peso 
e do volume, etc. 
 
Neste estágio, também algumas características das crianças começam a ser 
aprimoradas, como por exemplo: se concentram mais nas atividades, colaboram mais 
com os colegas, apresentam responsabilidade e respeito mutuo e participações em 
grupo. 
 
Operatório formal 
 
No estágio operatório formal – desenvolvido a partir dos 12 anos de idade em 
média – o adolescente começa a raciocinar lógica e sistematicamente. Esse estágio é 
definido pela habilidade de engajar-se no raciocínio proposicional. As deduções lógicas 
podem ser feitas sem o apoio de objetos concretos. Aprende a criar conceitos e ideias. 
Diferente do período anterior, agora o adolescente tem o pensamento formal 
abstrato. Ele não necessita mais de manipulação ou referência concreta. No lado social 
a vida em grupo é um aspecto significativo junto com o planejamento de ações 
coletivas. Reflete sobre a sociedade e quer transformá-la, mais tarde vem o equilíbrio 
entre pensamento e realidade. 
O pensamento hipotético-dedutivo é o mais importante aspecto apresentado 
nessa fase de desenvolvimento, pois o ser humano passa a criar hipóteses para tentar 
explicar e sanar problemas, o foco desvia-se do "é" para o "poderia ser". 
As bases do pensamento científico aparecem nessa etapa do desenvolvimento. 
 
Equilíbrio e acomodação 
 
O modelo de equilibração de Piaget distingue entre equilíbrio e equilibração, 
onde o primeiro é reservado para os patamares evolutivos de adaptação e o segundo 
para o processo responsável pela passagem de um patamar de menor equilíbrio para 
um de maior equilíbrio. 
A acomodação é um conceito desenvolvido por Jean Piaget que descreve mecanismos 
da adaptação do indivíduo, com o objetivo de estruturar e impulsionar seu 
desenvolvimentocognitivo. 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Esquema_piaget.JPG
Este conceito tem relação direta com a teoria do Socioconstrutivismo, da qual 
Piaget era adepto. Segundo Piaget, a acomodação é um dos dois modos pelo qual os 
esquemas mentais existentes se modificam, devido às experiências e relações com o 
meio. Seria, de acordo com essa ideia, o movimento que o organismo realiza para se 
submeter às exigências exteriores, adequando-se a estas últimas. O outro mecanismo 
da adaptação é a assimilação. A regulação entre ambos os processos é 
chamada equilibração. Ainda de acordo com a teoria, em algumas atividades mentais 
predomina a assimilação (jogo simbólico) e em outras predomina a acomodação 
(reprodução). 
Para Piaget, o desenvolvimento do indivíduo, em termos cognitivos sempre passa por 
equilíbrios e desequilíbrios, com mínima interferência externa, tanto orgânica como 
ambiental. Por exemplo, a inteligência seria uma assimilação, pois esta incorporaria 
dados da experiência no indivíduo. Assim, uma vez que ele assimilou intelectualmente 
uma nova experiência, vai formar um novo esquema ou modificar o esquema antes 
vigente. Então, na medida em que o ser humano compreende o novo conhecimento, 
dele se apropriando, se acomoda, passando a considerar aquilo como normal, o que 
traz o retorno à situação de equilíbrio. Esse período que a pessoa assimila e se 
acomoda ao novo é chamado de adaptação. Pode-se dizer, que dessa forma, se dá o 
processo de evolução do desenvolvimento humano.

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