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FUNDAMENTOS • Sangue → transporte de oxigênio e nutrientes • Componentes do sangue → plasma, hemácias, glóbulos brancos e plaquetas. • Volume sanguíneo: o 70ml/kg → adulto o 80 ml/kg → crianças • Mecanismos para limitar as hemorragias: o Contração da parte dos vasos sanguíneos o Coagulação DEFINIÇÕES • Hemorragia → perda de sangue devido ao rompimento de vaso sanguíneo. • Hemostasia → controle do sangramento através de mecanismos normais de defesa do organismo ou através de tratamento. Termo técnico para o controle da hemorragia. CLASSIFICAÇÕES QUANTO AO TIPO DE VASO SANGUÍNEO • Sangramento arterial → em jato, acompanhando a contração cardíaca. Coloração vermelho-vivo. Velocidade de perda sanguínea maior. • Sangramento venoso → contínuo, de coloração escura. • Sangramento capilar → contínuo de cor intermediária, com fluxo lento. QUANTO A LOCALIZAÇÃO DO VASO SANGUÍNEO • Externa → sangramento de estruturas superficiais com exteriorização do sangramento. • Interna → sangramento de estruturas profundas. Pode ser oculto ou exteriorizar-se. CARACTERÍSTICAS DA HEMORRAGIA QUANTIDADE DE SANGUE PERDIDA o Quanto maior a quantidade perdida de sangue, mais grave a hemorragia o Estimar a quantidade de sangue perdida (sinais de choque compensado ou descompensado) VELOCIDADE DO SANGRAMENTO o Quanto mais rápida a hemorragia menos eficazes os mecanismos compensatórios o Estimar a velocidade do sangramento pela evolução dos dados clínicos do paciente. o Calcula-se pela evolução do quadro clínico. CLASSES • Variáveis → quantidade de sangue perdida, velocidade de sangramento, estado prévio de saúde e idade da vítima. • Avalia-se a circulação periférica por meio da pele → cor, temperatura e umidade. • Avalia-se também frequência, pulso, tempo de enchimento capilar, pressão arterial, frequência respiratória e nível de consciência. • Perdas de até 15% (750ml) geralmente não causam alterações. Ex: doação de sangue. • Até a perda de 30% do volume sanguíneo, não há queda da PA. CLASSE 1 Perda de menos de 15% do volume sanguíneo. Geralmente não causam alterações no quadro clínico. (ex: doação de sangue). Taquicardia mínima. Não há necessidade de reposição. Restabelecimento do volume circulatório em 24h. CLASSE II Perda de 15 a 30% do volume de sangue (choque compensado pela vasoconstrição periférica → com PA normal). Pressão arterial não cai, devido ao fluxo preferencial, apesar de alteração do quadro clínico. Pressão sistólica no início de choque. Necessária reposição de soluções cristalóides (soro). CLASSE III Perda de 30 a 40% do volume sanguíneo (choque descompensado com hipotensão). Queda da pressão arterial. Taquicardia acentuada, taquipneia, alterações do estado mental e queda da pressão sistólica. Quase sempre precisa de transfusão. CLASSE IV Perda de mais de 40% do volume sanguíneo. Ameaça imediata à vida. Taquicardia acentuada. Nível de consciência deprimido. Necessária transfusão e cirurgia. RECONHECIMENTO DAS HEMORRAGIAS INSPEÇÃO • Roupas grossas → pode absorver de sangue • Absorção pelo solo lavado pela chuva • Politraumatizado → sinais de choque → ausência de lesão externa → lesão interna • Locais mais frequentes de hemorragia interna → cavidade abdominal (lesão de vísceras) e pélvica (fratura) • Verificar ferimentos e sua topografia • Fraturas, esmagamento • Exteriorização de hemorragia interna → hemoptise e hematêmese. CONDUTA • Desobstruir vias aéreas • Suplementar O2 em alta concentração (12L/m) • Controle do C. o Proteger-se com luvas e óculos o Comprimir o ferimento com a mão o Colocar compressa sobre a ferimento o Não retirar compressas encharcadas com sangue o Não friccionar a compressa → risco de tirar os coágulos o Fixar a compressa com bandagem (manter a compressão manual) e elevar o membro. o Verificar o pulso distal o Compressão indireta. TORNIQUETE • É o último recurso em hemorragias graves • Atualmente só é usado nas amputações traumáticas • Complicações → lesão de estruturas • Colocar o torniquete entre o ferimento e o coração, tão próximo quanto possível da ferida, mas fora de seus bordos • Não colocar sobre uma articulação • Utilizar esfigmomanômetro • Anotar o horário CONTROLE DAS HEMORRAGIAS INTERNAS • Controle pré-hospitalar é difícil • Remoção rápida → cuidados de suporte básico • Fraturas → imobilização e manipulação adequada CHOQUE CIRCULATÓRIO • Dificuldade do sangue perfundir o corpo em sua totalidade com qualidade adequada. • Tipos: o Hemorrágico → trauma o Séptico o Cardiogênico o Anafilático o Neurogênico.