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Apostila Tecnologia Risco e Corte - Senai Santa Catarina

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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL 
SANTA CATARINA / BLUMENAU 
 
 
 
 
 
 
 
TTEECCNNOOLLOOGGIIAA DDEE 
RRIISSCCOO EE CCOORRTTEE 
 
 
Curso Técnico em Vestuário – 2º Sem. 
 
 
 
 
 
 
 
Profº Alexandre Luis Prim 
 
 
 
 
 
 
Aluno(a):_______________________________________________________ 
 
 
Blumenau 
2012/2 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
2 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 4 
1. ARMAZENAMENTO DO TECIDO/MALHA ................................................. 5 
1.1. Recebimento de Tecidos Planos ou malha ........................................... 5 
1.2. Armazenamento de tecidos ................................................................... 5 
1.3. Talão de Pedidos .................................................................................. 9 
1.4. Ordem de Corte .................................................................................. 10 
2. TIPOS DE MOLDES ................................................................................. 11 
2.1. Moldes simétricos................................................................................ 11 
2.2. Moldes assimétricos ............................................................................ 12 
3. RISCO MARCADOR ................................................................................. 13 
3.1. Classificação do Encaixe quanto ao Tipo de Tecido ........................... 15 
3.1.1. Riscos Normais ............................................................................. 15 
3.1.2. Riscos Atravessados .................................................................... 16 
3.2. Classificação do Encaixe quanto ao Tipo de Modelagem ................... 18 
3.2.1. Encaixe Par .................................................................................. 18 
3.2.2. Encaixe Ímpar (ou Único) ............................................................. 18 
3.2.3. Encaixe Misto ............................................................................... 19 
4. MÉTODOS DE OTIMIZAÇÃO (ENCAIXE DE MOLDES) .......................... 20 
4.1. Manual, com giz no tecido ................................................................... 20 
4.2. Manual, sobre o papel com moldes em miniatura ............................... 20 
4.3. Computadorizado (CAD) ..................................................................... 20 
5. TIPOS DE TECIDOS................................................................................. 21 
6. TIPOS DE ENFESTOS ............................................................................. 22 
6.1. Enfesto Único ...................................................................................... 22 
6.2. Enfesto Par ......................................................................................... 23 
6.3. Enfesto Escada ................................................................................... 25 
7. MÉTODOS DE ESTENDIMENTO ............................................................. 27 
7.1. Estendida feita à mão .......................................................................... 27 
7.2. Estendida com carro manual ............................................................... 27 
7.3. Estendida com carro automático ......................................................... 27 
7.4. Acessórios que facilitam o enfesto ...................................................... 27 
7.4.1. Carregador de rolos ...................................................................... 27 
7.4.2. Barra alinhadora ........................................................................... 27 
7.4.3. Pinças e/ou ................................................................................... 27 
7.5. Procedimentos no Ato de Enfestar ...................................................... 27 
7.6. Fatores de Enfestamento .................................................................... 28 
7.6.1. Alinhamento .................................................................................. 28 
7.6.2. Tensão .......................................................................................... 28 
7.6.3. Enrugamento ................................................................................ 28 
7.6.4. Corte das pontas .......................................................................... 28 
7.6.5. Qualidade do enfestamento .......................................................... 28 
7.6.6. Emendas ...................................................................................... 29 
8. FREQUÊNCIA ........................................................................................... 30 
9. GASTO MÉDIO ......................................................................................... 31 
10. FREQUÊNCIA MÁXIMA ......................................................................... 32 
11. PLANEJAMENTO DE RISCO ................................................................ 33 
12. MÉTODOS DE CORTE .......................................................................... 37 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
3 
12.1. Manual ............................................................................................. 37 
12.2. Mecânizado ...................................................................................... 37 
12.2.1. Lâmina redonda (máquina de disco) ......................................... 37 
12.2.2. Lâmina vertical (máquina de faca) ............................................ 37 
12.2.3. Balancim (prensa) ..................................................................... 37 
12.2.4. Serra fita .................................................................................... 38 
12.2.5. Máquina de marcar furos ........................................................... 38 
12.2.6. Máquina para marcação de etiqueta e meios de gola ............... 38 
12.3. Eletrônico ......................................................................................... 38 
12.3.1. Faca vertical .............................................................................. 38 
12.3.2. Raio laser .................................................................................. 38 
12.3.3. Bierribi ....................................................................................... 38 
13. DESPERDÍCIO ....................................................................................... 39 
13.1. Desperdícios de matéria-prima ........................................................ 39 
13.1.1. Desperdício de planejamento .................................................... 39 
13.1.2. Desperdício de encaixe ............................................................. 39 
13.1.3. Desperdício de enfesto.............................................................. 40 
13.2. Desperdício de mão-de-obra ........................................................... 40 
13.3. Controle de Desperdício no Risco Marcador ................................... 40 
13.4. Controle de Desperdício após enfesto ............................................. 41 
14. SEPARAÇÃO ETIQUETAGEM E EMPACOTAMENTO ......................... 42 
REFERÊNCIAS ................................................................................................ 43 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
4 
INTRODUÇÃO 
 
 
A área industrial possui a grade responsabilidade de transformar o que 
está planejado em produto físico. 
O Planejamento de Risco e Corte cujo sua responsabilidade é de 
transformar a matéria-prima pela primeira vez, possuem uma das mais 
importantes funções em uma organização. 
Em certas regiões, e dependentemente da matéria-prima, o custo da 
matéria-prima pode atingir de média 60 a 70% do custo total do produto, isso 
representa uma responsabilidade muito grande sobre o aproveitamento de 
cada material utilizado. 
O Planejamento de Risco e Corte, envolvendo uma série de atividades 
sucessivase coordenadas, nada mais é do que uma forma econômica e 
racional de executar os pedidos dentro dos prazos e com um mínimo de 
desperdício de material. 
Diante de todos estes problemas que surgem... mal aproveitamento de 
matéria-prima, sem planejamento de risco, matéria-prima defeituosa sem 
conferência antes de chegar ao corte, etc. se reflete em desperdícios 
irreparáveis. Mas, um problema solucionado afasta dificuldades e gera lucros, o 
mal resolvido conduz a perdas, provoca sérios prejuízos e pode, até, levar uma 
empresa à falência. 
Foi para diminuir ou eliminar esses problemas que surgiu o Planejamento 
de Risco e Corte dentro das indústrias do vestuário. 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
5 
1. ARMAZENAMENTO DO TECIDO/MALHA 
 
 
1.1. Recebimento de Tecidos Planos ou malha 
 
Tecidos são materiais delicados (os de malha mais que os planos) que 
podem sofrer danos facilmente se mal manipulados. Para que os tecidos não 
sejam danificados pela sua manipulação no recebimento, é importante recebê-
los conforme as seguintes regras: 
– separar os tecidos por cor, referência ou lote de tingimento; 
– ao serem descarregadas, as peças de tecido não devem ter suas pontas 
batidas no chão, nem devem ser jogadas no chão; 
– os rolos de tecido não podem ser mantidos em pé; 
– os rolos de tecido não podem ter o canudo interno quebrado. 
 
Seguindo-se essas regras simples, teremos a certeza de que não lhe 
foram causados danos. Para obter os resultados esperados, estes 
procedimentos devem ser partes integrantes das atitudes do pessoal 
designado para essas tarefas, sem exceção. 
 
 
1.2. Armazenamento de tecidos 
 
Os tecidos que aguardam para entrar no setor de corte, devem ser 
armazenados de forma correta, para não sofrerem deformações e, assim, 
dificultarem o trabalho do enfestador e do cortador, principalmente o tecido de 
malha, seja ela de trama, seja de urdume. 
Para tanto é importante armazenar os tecidos conforme as regras: 
– manter os tecidos em seus respectivos sacos plásticos, até o momento de 
sua utilização. Essa atitude deve ser tomada principalmente com tecidos 
claros, que têm mais risco de sujar; 
– os tecidos devem ser armazenados de forma ordenada, protegidos da luz (ao 
menos solar) e em local seco; 
– nunca armazenar os rolos na forma vertical pois deforma a ourela do tecido, 
mas sim empilhados na horizontal com no máximo 1,25m de altura; 
– não usar vigas de madeira ou outro material na horizontal ou vertical, para 
apoiar os rolos; 
– a armazenagem de tecidos nunca poderá ser feita cruzando-se os rolos “tipo 
fogueira”, mas, sim, sempre com estes lado a lado, com escora lateral. Quando 
cruzados, os rolos depositados na parte de baixo da pilha recebem um peso 
concentrado nos quatro pontos de contato entre eles, o que gera deformações 
permanentes, causando defeitos futuros irreparáveis. 
– evitar abrir as embalagens plásticas com objetos pontiagudos que possam 
danificar o tecido; 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
6 
– evitar dar pancadas nas extremidades ou no meio dos rolos, assim como de 
transportar os rolos carregando-os sobre os ombros. 
– Ao transportar os rolos não os arrastar, se necessário utilizar duas pessoas 
para manuseá-lo. 
– Após utilizar o rolo, recoloque a embalagem, pois ela garante a proteção e 
qualidade de seu produto. O suor das mãos dos operadores pode até causar 
problemas de afinidade do corante. 
 
No caso de tecidos de malha, os cuidados são os mesmos, porém se 
redobram, porque, pela própria formação do ponto da malha, a deformação e 
suas conseqüências normalmente são maiores e muitas vezes irreversíveis. 
 
Usando as regras descritas, teremos as seguintes vantagens: 
– localização mais fácil do tecido na hora de utilizá-lo; 
– evitam mistura de peças de referências diferentes, facilitando o controle. 
 
Figura 1 – Forma de armazenamento de tecidos e malhas 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
7 
NOÇÕES PRELIMINARES 
 
 
 
Seqüência no PCP anteriores ao corte propriamente dito. 
 
 
 
 
 
RECEBIMENTO DE PEDIDO 
 
VERIFICAÇÃO DOS ESTOQUES 
APROPRIAÇÃO DE MATERIAIS 
PLANEJAMENTO DE RISCOS 
ENCAIXE DOS MOLDES 
CONTROLE DE RISCOS (PREV) 
CONTROLE DE RISCOS (REAL) 
PREENCHIMENTO 
ORDEM DE FABRICAÇÃO (O.C.) 
 
TALÃO DE PACOTES 
 
ACOMPANHAMENTO DE PACOTES 
 
CONTROLE DA PRODUÇÃO 
BAIXA DE ESTOQUES 
Recebimento de Pedidos: Os pedidos são enviados para o Setor de 
Planejamento pelo Setor de Vendas. E juntamente neste, constata-se a 
possibilidade de sua entrega de acordo com a necessidade do cliente (já 
verificando se há materiais em estoque). 
 
Apropriação de materiais: Após analisar a possibilidade da entrega 
deste pedido, apropria-se os materiais que estão em estoque à este pedido, 
garantindo que não se utilize este material para outro pedido. 
 
Planejamento de Riscos: De uma maneira simples, planejamento de 
riscos é a divisão da quantidade de peças pedidas (sofrendo ou não correção) 
de tal maneira que se obtenha um casamento de tamanhos e quantidades, que 
permita um número razoável de riscos com um aproveitamento de tecido, 
instalações, equipamentos e pessoal dentro dos limites pré-fixados. 
 
Controle de Riscos: A partir das áreas dos moldes e do planejamento de 
riscos é preenchido um formulário chamado Controle de Riscos que é 
composto de duas partes: 
 O Consumo previsto do encaixe é preenchido pelo programador após 
o planejamento de riscos. 
 O Consumo real do encaixe é preenchido pelo encaixador após a 
confecção do enfesto. 
 
Encaixe dos Moldes: é a concretização do planejamento de riscos numa 
representação gráfica (desenho) das partes componentes dos moldes. 
 
Ordem de Fabricação ou Ordem de Corte: é o documento composto 
das informações necessárias à fabricação do produto no corte. 
 
Talão de Pacotes: é o documento que acompanhará os pacotes de 
peças durante sua fabricação. 
 
Acompanhamento de Pacotes: é um mapa para acompanhar de 
maneira conjunta a evolução e situação dos pacotes na fabricação. 
 
Controle de Produção: é o responsável pelo acompanhamento de toda a 
ordem de fabricação durante sua passagem pela produção, tomando as 
medidas preventivas e corretivas conforme a necessidade. 
 
Baixa de Estoques: conforme vimos inicialmente é feito um 
comprometimento dos materiais através do consumo planejado podendo 
ocorrer uma redução ou aumento deste consumo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
9 
1.3. Talão de Pedidos 
 
 
Os vendedores, depois de muitas atividades junto a o mercado 
consumidor, entregam à empresa, um documento que correspondentes às 
vendas realizadas. 
 
Pois será nessas vias do talão de Pedidos entregues à fábrica que toda a 
sua programação deverá se basear. 
 
 
 
TALÃO DE PEDIDOS 
 
SENAI CTV – BLUMENAU Pedido N 
Emissão: ......./......./...... 
Prazo de Entrega:.......................... 
Forma de Pagamento:.............................. 
Assim. do Cliente:......................... 
Razão Social:............................................................... 
End:.......................................Tel:.................................. 
Estado:.....................................Cep:............................. 
CGC:..............................Insc. Estadual........................ 
Transp:......................................................................... 
Local de Entrega:........................................................ 
Local de Cobrança:..................................................... 
Representante............................................................. 
 
APROVAÇÃO DO CADASTRO 
 
 SIM NÃO 
Responsável:................................................ 
MODELO: PREÇO: MODELO: PREÇO: 
REFERÊNCIA: PRAZO ENT: REFERÊNCIA: PRAZO ENT: 
CORES 
 0 1 2 2 4 5 6 
TOTAL CORES 
 0 1 2 2 4 5 6 
TOTAL 
 
P
P 
P M G 
G
G PP P M G GG2 4 6 8 10 12 14 16 2 4 6 8 10 12 14 16 
34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 
 
 
 
 
TOTAL TOTAL 
 
 
 
 
1.4. Ordem de Corte 
 
 Para que se saibam as informações referentes ao processo que deve 
ser executado na produção, seguimos um exemplo de Ordem de Corte. 
 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
11 
2. TIPOS DE MOLDES 
 
Os moldes, em cartolina ou papel, representam, através de medidas 
próprias, as formas do corpo humano. Eles compõem, assim, um conjunto de 
peças que servem de guia para o corte de um tecido. 
 
Para o Planejador de Risco e Corte, os moldes são examinados segundo 
dois critérios básicos: 
 
 
2.1. Moldes simétricos 
 
Quando as diferentes partes de um molde servem de maneira igual para 
os lados direito e esquerdo do corpo humano, dizemos que ele é simétrico. No 
exemplo abaixo, você pode observar uma modelagem de calça, onde, por 
serem simétricos, os moldes do lado direito servem para o lado esquerdo, 
desde que invertidos, ou vice-versa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ilustração 2 - Molde simétrico 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
12 
2.2. Moldes assimétricos 
 
 Quando o molde que serve para vestir o lado esquerdo do corpo não é 
exatamente igual e inverso ao que serve para vestir o lado direito (ou vice-
versa) dizemos que ele é assimétrico, ou seja, um lado diferente do outro. No 
exemplo abaixo, você pode observar uma modelagem de camisa e poderá 
também notar que os moldes das duas frentes não são exatamente iguais, 
enquanto o molde das costas, por não estar dividido em duas partes, mas por 
ser uma peça única, é, também, para efeito de programação de risco, 
assimétrico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração 3 - Molde assimétrico 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
13 
3. RISCO MARCADOR 
 
O Risco marcador é um papel com a largura e o comprimento úteis do 
enfesto, sobre o qual são transportados os contornos e marcações de 
diferentes moldes correspondentes a tamanhos e/ ou modelos distintos. 
Nesses riscos marcadores, os diferentes tamanhos são repetidos uma, ou 
várias frações de vezes, conforme determine a necessidade, para fins de 
colocação sobre o enfesto e posterior corte. 
 
Exemplo de um Risco Marcador, correspondente ao corte de três camisas 
nos tamanhos 1, 2 e 4. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração 4 - Risco marcador 
 
Para o correto posicionamento dos moldes na confecção do Risco 
Marcador, os moldes precisam estar identificados com algumas referências 
básicas: 
 
a) Nome da parte da peça (frente direita, frente esquerda, costas, etc); 
b) Tamanho da peça (Tamanho 2); 
c) Referência da peça (Ref. 714); 
d) Quantidade de vezes que a parte aparece na peça (1X= 1 vez 2X= 2 
vezes, etc); 
e) Sentido do fio do urdimento (Fio). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
14 
Ilustração 51 - Trama e urdume 
 
Tabela 1 - Denominações de tecelagem e malharia 
Fio de urdimento É aquele que, no tecido, corre no sentido do seu comprimento. 
Fio de Trama É aquele que, no tecido, corre no sentido da sua largura. 
Colunas 
São seqüências de malha que se vão superpondo umas às 
outras em sentido vertical. 
Carreiras 
São seqüências de malhas dispostas lado a lado no sentido 
horizontal do tecido. 
 
A palavra "fio", quando escrita nas diferentes partes de um molde, serve 
para indicar, que o corte da peça deverá ser feito no sentido do fio de 
urdimento do tecido ou, quando malha, no sentido de suas colunas. 
O posicionamento dos moldes sobre o Risco Marcador também obedece 
à técnicas ligadas ao tipo de tecido a ser riscado. 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
15 
3.1. Classificação do Encaixe quanto ao Tipo de Tecido 
 
 
3.1.1. Riscos Normais 
 
 
 
 Indica que o encaixe será sem sentido. 
 
As partes dos moldes, mesmo aquelas que correspondem a um mesmo 
tamanho, podem ser riscadas em qualquer sentido, porém, obedecendo 
sempre à direção indicada no "fio" dada no molde. Exemplo: 
 
 
Ilustração 6 – Encaixe sem sentido 
 
 
 
Indica que o encaixe será com sentido. 
 
As partes dos moldes de um mesmo tamanho deverão ser riscadas 
sempre no mesmo sentido, enquanto a(s) de outro(s) tamanho(s) podem ficar 
em sentido contrário, porém sempre obedecendo à indicação de "fio" dada no 
molde. 
Ilustração 7 – Encaixe com sentido 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
16 
Indica que o encaixe será com pé. 
 
Todas as partes, de todos os tamanhos, participantes de um mesmo risco, 
deverão, obrigatoriamente, ser riscadas no mesmo sentido, porém, sempre 
obedecendo à indicação de "fio" dada no molde. 
 Ilustração 8 – Encaixe para Tecido com Pé 
 
 
 
3.1.2. Riscos Atravessados 
 
 
 
Indica que o encaixe será sem sentido. 
 
 
 
As partes dos moldes, mesmo as que correspondam a um mesmo 
tamanho, podem ser riscadas em qualquer sentido, porém, neste tipo de risco, 
a indicação de "fio" dada no molde não deverá ficar na direção do urdimento 
(ou da coluna) e sim no da trama (ou carreira). 
 
Ilustração 9 - Riscos atravessados 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
17 
Indica que o encaixe será com pé. 
 
 
 
Todas as partes de todos os tamanhos participantes de um mesmo Risco 
Marcador deverão, obrigatoriamente, ser riscadas no mesmo sentido, porém, 
neste tipo de risco, a indicação de "fio", tal como no caso anterior, não deverá 
ficar na direção do urdimento (ou da coluna) e sim na da trama (ou carreira). 
 
Ilustração 20 - Riscos atravessados 
 
 
Observe como todas as partes de todos os tamanhos, no risco acima, se 
encontram fielmente riscadas no mesmo sentido, sem exceção, porém com a 
indicação de "fio" orientada para a direção da trama (ou da carreira, no caso de 
tecido de malha) e não na direção do urdimento. 
Este tipo de risco é o usado para os chamados tecidos "degradé", ou seja, 
para aqueles que apresentam mudanças de tonalidade ou de tamanho de 
estampa no sentido de sua largura. 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração 31 - Tecido degradê com variação tamanho da estampa. 
 
 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
18 
3.2. Classificação do Encaixe quanto ao Tipo de Modelagem 
 
 
3.2.1. Encaixe Par 
 
São aqueles em que a quantidade de vezes indicada nas partes 
componentes de uma modelagem deve ser obedecida pela metade, para 
formar o par desta parte. 
 
Assim, por exemplo, se houver na modelagem, a indicação 2X sobre 
determinada parte de uma peça, você sé deverá colocar no encaixe Par essa 
parte uma vez, ou seja, 2 X 0,5 = 1x. 
 
Nos riscos pares, o enfesto terá de ser obrigatoriamente par e a 
modelagem simétrica, a fim de que a outra metade da parte, que não participou 
do risco, possa ser cortada noutra folha de enfesto em posição inversa à 
riscada. 
 
 Ilustração 42 - Riscos pares 
 
 
Observe como a frente e o traseiro das calças de todos os tamanhos só 
foram riscados uma vez, ainda que se saiba que qualquer calça tem de ter 
duas frentes e dois traseiros. 
 
 
 
3.2.2. Encaixe Ímpar (ou Único) 
 
São aqueles em que a quantidade de vezes indicada nas partes 
componentes dos moldes é obedecida. 
 
Neste tipo de risco, caso a modelagem seja assimétrica, o enfesto terá 
de ser único, porém, no caso de ser simétrica, o enfesto tanto poderá ser par 
como único. 
 
 
Ilustração 13 - Riscos únicos 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
19 
Observe que no risco único, a camisa está encaixada por completa. Com 
duas frentes, duas mangas, uma costa etc. 
 
 
 
3.2.3. Encaixe Misto 
 
São aqueles em que as indicações de vezes colocadas nas partes 
componentes dos moldes, tanto podem ser obedecidaspela metade para 
determinado(s) tamanhos(s), como multiplicadas por números inteiros ou 
fracionários para outro(s) tamanho(s). 
Por exemplo, em um encaixe se apresenta da seguinte maneira, onde o 
enfesto possuirá duas folhas: 
 
TAMANHO FREQUÊNCIA NO ENCAIXE FOLHAS PEÇAS 
36 1,5x 2 3 
42 1x 2 2 
44 1x 2 2 
50 0,5x 2 1 
 
Observe que os tamanhos 36, 42 e 50 são de encaixes pares, pois 
utilizaram a folha de enfesto abaixo para formar o par para completar a peça. 
Já o tamanho 44, suficientemente precisa de uma folha para completar 
uma peça. 
 
 
 
Ilustração 14 - Riscos mistos 
 
 
ATENÇÃO: No Risco Misto, o enfesto terá de ser par e a modelagem 
simétrica, a fim de que as outras partes que não participaram do risco possam 
ser cortadas noutra folha de enfesto em posição inversa à riscada. 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
20 
4. MÉTODOS DE OTIMIZAÇÃO (ENCAIXE DE MOLDES) 
 
 
4.1. Manual, com giz no tecido 
 
É um risco feito em tamanho natural sobre o tecido, sem prévio estudo. 
Apresenta baixa qualidade, pois, o tecido estica sob a pressão do giz 
dificultando o corte. Este método não permite cópias. 
 
 
4.2. Manual, sobre o papel com moldes em miniatura 
 
O método sobre o papel é de boa qualidade, pois, evita a distorção das 
medias da modelagem por ser riscado com caneta ou lápis. Este método se faz 
moldes em miniatura realizando um prévio estudo e após é repassado para o 
tamanho natural. Neste tipo de risco também não permite arquivamento do 
encaixe natural, em virtude do mesmo ser destruído com a execução do corte. 
Somente do tamanho miniatura. 
 
 
4.3. Computadorizado (CAD) 
 
Permite fazer o estudo diretamente na tela do computador. Oferece 
condições de mover as partes componentes de forma rápida e segura. 
Apresenta informações diretas como: eficiência, área quadrada e perímetro de 
cada parte da modelagem. Excelente em termos de qualidade e flexibilidade, 
porém seu custo ainda é alto para pequenas confecções. 
Exemplo de sistemas de encaixe por computador: Lectra, Gerber, 
Investrônica, Audaces etc. 
Sua reprodução em tamanho natural é feita através do plotter. 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
21 
5. TIPOS DE TECIDOS 
 
 
Para efeito de posicionamento dos moldes de uma peça sobre um tecido 
que deva ser cortado de acordo com eles, é necessário classificar esse tecido 
quanto à sua aparência. 
Seja qual for o tecido, ele pode: 
 
 Mudar de cor ou tonalidade quando examinado visualmente de 
ângulos diferentes; 
 Manter inalterada sua cor ou tonalidade independentemente do 
ângulo de onde esteja sendo observado; 
 Mudar de tonalidade de acordo com o sentido para onde forem 
deslocados os seus pelos; 
 Ter direito e avesso; 
 Não ter direito ou avesso. 
 
Assim sendo, você deverá levar em consideração essas diferentes 
características, a fim de efetuar um planejamento de risco preciso e adequado 
para cada tipo de tecido. 
Existe, para todos os casos, uma terminologia própria e uma indicação 
simbólica para classificar o tipo de tecido para fins de risco.Veja na tabela 
abaixo: 
 
 
Tabela 2 - Terminologia e simbolismo na indústria do Vestuário 
TIPO DE TECIDO DESCRIÇÃO SÍMBOLO 
Sem sentido 
Com direito e avesso 
Visto de qualquer ângulo tem a mesma cor e 
tonalidade 
 
Sem sentido e 
Sem direito e avesso 
Visto de qualquer ângulo ou face tem a mesma 
cor e tonalidade 
 
Com sentido e 
Com direito e avesso 
Visto de ângulos diferentes muda de cor e 
tonalidade 
 
Com pé e com direito e 
avesso 
O tom, o toque ou o desenho modificam-se de 
acordo com a inclinação dos pelos, das felpas 
ou das estampas. 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
22 
6. TIPOS DE ENFESTOS 
 
 
Enfesto é a superposição de duas ou mais folhas de tecido para fins de 
corte. Em função do tipo de tecido e as características do produto, pode-se 
utilizar os diferentes tipos de enfesto. 
O enfesto pode se dividir de duas formas: sendo Par ou Único. Vejamos 
abaixo suas definições: 
 
 
 
6.1. Enfesto Único 
 
É aquele em que todas as folhas do tecido a ser cortado são 
superpostas com a mesma face (direito ou avesso) voltada para o mesmo lado. 
 
 
Ilustração 15 - Enfesto único 
 
 
Conforme a ilustração 4, confira que não há necessidade que as folhas do 
tecido estejam com seus lados direitos para cima ou com os mesmos voltados 
para baixo. O que não pode ocorrer é que existam, na pilha de folhas, alguns 
lados direitos para cima e outros para baixo. 
Para que não ocorra a superposição desordenada das folhas de tecido, 
basta que na hora de fazer o enfesto corte as folhas do tecido sem retirar o rolo 
de tecido da sua posição inicial e puxando sempre o pano na direção da seta. 
 
 
Três diferentes tipos de tecido se prestam para o Enfesto Único. 
 
Aqui estão eles, na coluna A, com a face direita voltada para cima e, na 
coluna B, com a face direita voltada para baixo: 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ilustração 16 - Diferentes tipos de tecidos 
 
 
Este tipo de enfesto é utilizado, obrigatoriamente, quando sobre ele 
devem ser riscados Moldes Assimétricos, mas também serve para receber os 
riscos dos Moldes Simétricos. 
 
 
 
6.2. Enfesto Par 
 
 É aquele em que as folhas do tecido ora estão com uma das faces para 
cima, ora para baixo, formando pares de folhas face a face (lado direito X lado 
direito e lado avesso X lado avesso). 
Para o enfesto par o rolo fica solto, ou seja, o tecido efetua um 
movimento de zig-zag, quando o tecido não possui sentido ou pe. 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
24 
 
Ilustração 17 - Movimentação do enfesto Zig-zag 
 
 
Quando o tecido a ser riscado e cortado tiver sentido e/ou pé, o rolo de 
tecido terá de ocupar as posições A e B, alternadamente girando 180º, para 
que se forme o enfesto par, conforme ilustração abaixo: 
 
 
 
Ilustração 18 - Posições para enfesto par 
 
 
Assim, os quatro tipos diferentes de tecidos prestam-se para o enfesto 
Par. Eles se encontram simbolicamente ilustrados e identificados abaixo: 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
25 
 
 
Ilustração 19 - Sentido do tecido no enfesto 
 
 
 
6.3. Enfesto Escada 
 
 Permite um melhor aproveitamento do tecido quando há uma freqüência 
pouco utilizada. Este tipo de estendimento pode utilizar-se do enfesto único ou 
par. 
 
 
 
Ilustração 20 – Enfesto Escada 
 
 
 
No entanto seja o enfesto de que tipo for o número máximo de folhas 
permitido para sua colocação na Máquina de Corte vai depender da espessura 
de cada folha do tecido e da capacidade da mencionada máquina. 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
26 
Tabela 3 - Exemplo de altura de enfesto 
Equipamento Tecido Média Quant. Folhas Artigo 
Máquina Faca 10’ Indigo 14 oz 100 Calça 
Máquina Faca 10’ Indigo 11 oz 110 Calça 
Máquina Faca 10’ Felpudo 60 Roupão 
Máquina Faca 10’ Popeline 180 Camisa 
Máquina Faca 8’ Veludo 80 Calça 
Máquina Faca 8’ Seda 50 Camisa 
Serra Fita Lycra 50 Lingerie 
Serra Fita Helanca 50 Lingerie 
 
Para este tipo de conhecimento, as empresas criam um padrão 
obedecendo ao seu limite na altura de faca do corte. 
Para se obter este padrão basta fazer os seguintes questionamentos: 
 
- Qual a altura máxima ou ideal de corte de nosso equipamento? 
- Quantas folhas em média para cada tipo de tecido atingem a altura 
máxima da faca de corte? 
 
Obs: Para 10 folhas deste tecido, qual a altura do enfesto? Podeis fazer 
uma projeção até chegar à altura máxima da faca. 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
27 
7. MÉTODOS DE ESTENDIMENTO 
 
 
7.1. Estendida feita à mão 
 
Sem uso de nenhum equipamento especial. Pesado em termos de mão-
de-obra, qualidade geralmente baixa, principalmente para as malharias, onde 
provocam problemas de esticamento. 
 
 
7.2. Estendida com carro manual 
 
 Poucas vantagens sobre o primeiro, a não ser a redução damão-de-
obra, melhoria da qualidade no alinhamento das bordas e no que tange ao 
esticamento do tecido. 
 
 
7.3. Estendida com carro automático 
 
Muito melhor que o anterior, especialmente quando equipado com 
alimentação positiva do material, reduzindo problemas de esticamento. Leva 
sobre o precedente a vantagem de reduzir os desperdícios nas pontas dos 
enfesto. Possui dispositivos para programação de unidades e acumulação dos 
metros enfestados, sendo a parada automática ao alcance da programação. 
Geralmente possui a mesa em esteira para deslocamento do enfesto após o 
término da operação. 
 
 
 
7.4. Acessórios que facilitam o enfesto 
 
7.4.1. Carregador de rolos 
Particularmente interessante para rolos pesados, que requerem dois 
operadores para carregar. 
 
7.4.2. Barra alinhadora 
Para alinhamento das cabeças de enfesto, na prática manual. 
 
7.4.3. Pinças e/ou 
Para prender as pontas ou laterais do enfesto. 
 
 
 
7.5. Procedimentos no Ato de Enfestar 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
28 
 Conferir a Ordem de Produção com o risco. 
 Conferir a largura do tecido, a cor e o número do lote. 
 Verifica-se o comprimento do risco e as possíveis emendas. 
 Regula a régua ou semelhante no tamanho do risco. 
 A partir daí, dá-se o procedimento total do enfesto, verificando o 
alinhamento da ourela, as emendas, e separando com fita as 
tonalidades, se caso houver. 
 Terminando o enfesto, se for corte manual, posiciona-se o risco sobre o 
enfesto; se o corte for automatizado, posiciona-se na máquina de corte. 
 
 
 
 
7.6. Fatores de Enfestamento 
 
 
7.6.1. Alinhamento 
Em função da variação de largura, processa-se o alinhamento em uma 
das bordas do tecido, formando uma semelhante parede. 
 
7.6.2. Tensão 
Deve ser evitada a tensão, especialmente em tecidos de malha. Se o 
tecido tiver tensão demais, o mesmo voltará para seu estado normal 
(relaxação) e ocorrerá uma variação no tamanho das peças após cortado. 
 
7.6.3. Enrugamento 
Para exatidão do corte, é necessário que o tecido esteja perfeitamente 
ajustado no topo das camadas. Quando não for assim haverá uma tendência a 
provocação de bolhas de ar dentro de todo o enfesto, mudando de um lugar 
para outro, movendo as camadas e portanto distorcendo o corte. 
 
7.6.4. Corte das pontas 
Mais de que um fator de qualidade é um fator de economia de tecido. 
Este deve ser cortado com exatidão no comprimento. É comum que os 
enfestadores não tenham cuidado, cortando alguns centímetros extras. Para 
evitar isto é conveniente usar dispositivos cortadores de extremidade que 
cortam mais rápido e no tamanho exato. 
 
7.6.5. Qualidade do enfestamento 
Além dos fatores já mencionado, que afetam a qualidade no corte, 
devemos considerar a remoção de defeitos do tecido. Isto pode ser feito 
durante o enfestamento, ou depois do corte. Feito durante o enfestamento, os 
enfestadores devem considerar: 
 Importância do defeito do tecido. 
 Localização exata do defeito nas peças cortadas. 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
29 
Para retirar um defeito no meio de um rolo, e voltar a enfestar, faz-se um 
processo que chamamos de Emenda. 
 
 
7.6.6. Emendas 
Consiste na marcação do risco ou mesa, para sinalizar, quando houver 
trocas de rolo de tecido/malha, onde deve terminar ou iniciar uma nova camada 
de tecido sem que haja perdas de peças após cortado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
30 
8. FREQUÊNCIA 
 
 
É a quantidade de vezes em que um determinado tamanho se repete num 
risco. 
 
 
Grade de tamanhos 36 38 40 42 44 46 48 50 
Frequência 2 1 2 0,5 1,5 3 5 2,5 
 
 
 
Veja, em seguida, três diferentes Riscos Marcadores, acompanhados de 
suas respectivas freqüências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
E 
 
 
Os diferentes tamanhos de determinado modelo se repetem dentro de um 
mesmo risco, dando origem ao que chamamos de freqüência. 
Quantas vezes, no entanto, esses tamanhos poderiam se repetir no 
mesmo risco, levando em consideração, o comprimento útil da Mesa de Corte 
onde o enfesto é realizado? 
A essa quantidade máxima de repetições dá-se o nome de Freqüência 
Máxima por Modelo no Risco. 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
31 
Área de Risco = 0,88 m X 5,52 m = 4,8576 m² 
Gasto Médio = Área de Risco 
 Somatório das Freqüências 
4,8576 = 0,81 m² por peça 
 6 
9. GASTO MÉDIO 
 
 
É o comprimento de tecido que se consome, em média, para riscar uma 
peça completa. 
 
Este consumo de tecido poderá variar nas seguintes proporções: 
 Quanto maior a largura do tecido, menor será o comprimento deste, 
para o risco de uma peça. 
 Quanto menor a largura do tecido, maior será o comprimento deste, 
para o risco de uma peça. 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
Um Risco marcador mede 0,88 m de largura por 5,52 m de comprimento e 
tem a seguinte freqüência: 
 
 
Tamanho 10 12 14 16 
Freqüência 1 1,5 2,5 1 
 
 
Para calcular o gasto médio por peça em m² usaremos o seguinte 
raciocínio: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÁLCULO DE GASTO MÉDIO = 
sFreqüência das Somatório
Risco do oCompriment
 
GASTO MÉDIO = M92,0
6
M52,5
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
32 
10. FREQUÊNCIA MÁXIMA 
 
 
 
É a quantidade máxima de vezes que diferentes tamanhos de um modelo 
podem estar contidos num mesmo risco, levando em consideração o 
comprimento útil da Mesa de Corte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo: 
 
 Comprimento útil da mesa de corte = 17 m. 
 Gasto Médio por Peça = 0,95 m. 
 
A Freqüência Máxima por modelo no risco será: 
 
 
 
 
Isso quer dizer que, considerando os dois fatores acima, o seu 
planejamento poderá repetir, em cada risco, um máximo de 17 tamanhos. 
 
 
 
17  0,95 = 17,7x 
Freqüência Máxima = 
Médio Gasto
Corte de Mesa da ÚtiloCompriment
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
33 
11. PLANEJAMENTO DE RISCO 
 
 
O Planejamento de Risco normalmente em grandes empresas é realizado 
através de softwares especializados, porém não sendo ainda a realidade da 
maioria das empresas. 
 
Consiste em dimensionar freqüências por riscos, visando o máximo 
aproveitamento da equipe de corte, e faz-se do seguinte modo: 
 
 Distribuir, o mais racionalmente possível, os diferentes tamanhos 
dentro de um mesmo Risco Marcador. 
 Completar o seu Planejamento com a menor quantidade possível de 
Riscos Marcadores. 
 Diminuir, ao máximo, o percentual de desperdícios. 
 
Suponha que você tenha recebido, para fins de planejamento de risco, a 
seguinte parte de um formulário de Ordem de Fabricação: 
 
Mod.: Calça Ref.: 40.166 Cor: 01 Tecido:Jeans 8 oz Larg.: 148 cm 
NÚMERO DO 
PEDIDO 
 0 1 2 3 4 5 6 
TOTAL 
 PP P M G GG 
 2 4 6 8 10 12 14 16 
34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 
1009 - 2 17 30 20 10 9 5 2 3 98 
1007 - 8 14 35 23 12 11 6 1 2 112 
1012 - 5 18 20 16 14 5 4 5 2 87 
1019 - 5 17 23 15 15 5 5 2 5 82 
Sub-Total - 20 66 108 74 51 30 20 10 10 389 
Desconto - - 6 8 4 1 - - - - 19 
Total Geral - 20 60 100 70 50 30 20 10 10 370 
 
 
 
 
Transportando estas informações para o Formulário de Planejamento, 
faremos um exemplo, considerando os seguintes dados: 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
34 
 Freqüência Máxima = 8 
 Quantidade Máxima de Folhas do enfesto = 20 
 Modelagem = Simétrica 
 Risco Marcador = Misto 
 Enfesto = Par 
 
 
Mod.: Calça Ref.: 40.166 Cor: 01 Tecido: Jeans 8 oz 
Larg.: 
148cm 
TAMANHOS 
 0 1 2 3 4 5 6 
TOTAL 
 PP P M G GG 
 2 4 6 8 10 12 14 16 
34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 
PEÇAS >> 
0 20 60 100 70 50 30 20 10 10 370 
RISCOS FOLHAS 
1 20 - 1x 3x 4x - - - - - - 160 
SALDO R1 0 0 0 20 70 50 30 20 10 10 
 
2 20 - - - 1x 3x 2x 1x 1x - - 160 
SALDO R 0 0 0 0 10 10 10 0 10 10 
 
3 10 - - - - 1x 1x 1x - 1x 1x 50 
SALDO R3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
4 
 
SALDO R4 
5 
SALDO R56 
SALDO R6 
7 
SALDO R7 
8 
SALDO R8 
9 
SALDO R9 
10 
SALDO R10 
Total Geral 0 20 60 100 70 50 30 20 10 10 370 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
35 
Considerando a mesma referencia de produto acima, apenas com uma 
quantidade diferente no tamanho 36 (22 peças): 
 
 
Mod.: Calça Ref.: 40.166 Cor: 01 Tecido: Jeans 8 oz 
Larg.: 
148cm 
TAMANHOS 
 0 1 2 3 4 5 6 
TOTAL 
 PP P M G GG 
 2 4 6 8 10 12 14 16 
34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 
PEÇAS >> 
0 22 60 100 70 50 30 20 10 10 370 
RISCOS FOLHAS 
1 20 - 1x 3x 4x - - - - - - 160 
SALDO R1 0 2 0 20 70 50 30 20 10 10 
 
2 20 - - - 1x 3x 2x 1x 1x - - 160 
SALDO R 0 2 0 0 10 10 10 0 10 10 
 
3 10 - - - - 1x 1x 1x - 1x 1x 50 
SALDO R3 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
4 
 
SALDO R4 
5 
SALDO R5 
6 
SALDO R6 
7 
SALDO R7 
8 
SALDO R8 
9 
SALDO R9 
10 
SALDO R10 
Reajuste 0 -2 0 0 0 0 0 0 0 0 
 
Total Geral 0 20 60 100 70 50 30 20 10 10 370 
 
Veja que neste caso sobraram 2 peças no tamanho 36, e seria 
necessário fazer um risco a mais para atender esta quantia desejada pelo 
cliente. Mas, muitas empresas quando projetam grades de tamanho neste 
formato negociam com seus clientes a viabilização de uma tolerância de 
entregas (variação de quantidade de peças a serem entregues por tamanho e 
cor), onde podem ser alteradas conforme as especificações do cliente. 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
36 
Segue abaixo um exemplo de Planejamento de risco com três cores: 
 
 
 
Mod.: Short sarja Ref.: 48.201 Cor: 01 Tecido: Sarja 
Freq. Máx: 
8x 
TAMANHOS 
 0 1 2 3 4 5 6 
Máx Folhas: 
50 
 PP P M G GG 
TOTAL 2 4 6 8 10 12 14 16 
34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 
PEÇAS >> COR 1 - - - 10 20 30 10 - - - 70 
PEÇAS >> COR 2 - - - 20 40 60 20 - - - 140 
PEÇAS >> COR 3 - - - 15 30 45 15 - - - 105 
 
RISCO 1 - - - 1 2 3 1 - - - 
CORES FOLHAS 
COR 1 10 - - - 10 20 30 10 - - - 70 
COR 2 20 - - - 20 40 60 20 - - - 140 
COR 3 15 - - - 15 30 45 15 - - - 105 
SALDO R1 
COR 1 10 - - - 0 0 0 0 - - - 
COR 2 20 - - - 0 0 0 0 - - - 
COR 3 15 - - - 0 0 0 0 - - - 
Total Geral 45 90 135 45 315 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
37 
12. MÉTODOS DE CORTE 
 
 
Podemos dizer que existem três tipos de corte: 
 
 
12.1. Manual 
Pouco utilizado pela indústria, exceto pequenas 
empresas devido sua baixa produção.É feito com tesoura 
manual. 
 
 
 
12.2. Mecânizado 
É feito com o uso de máquinas. Essas máquinas podem ser: 
 
12.2.1. Lâmina redonda (máquina de disco) 
 Para o corte de enfesto de pouca altura. Seu corte não é 
preciso nas curvas acentuadas e nem permite fazer piques 
com segurança. Existem várias dimensões de disco. Dentro 
das máquinas de lâmina redonda podemos mencionar as 
tesouras elétricas: mini-shere e bullmer. 
 
 
12.2.2. Lâmina vertical (máquina de faca) 
 Para enfesto de grande altura. Permite cortar qualquer tipo 
de risco. Não é aconselhável para baixo enfesto. A altura da faca 
varia de tamanho. (Ex.: 6”, 8”, 10”, 12”). 
 
 
 
 
 
12.2.3. Balancim (prensa) 
 Ótima qualidade de corte. É empregado para partes 
componentes padrão como: Punho de camisa, gola, pé de 
gola, colarinho, etc. Seu consumo de matéria-prima é mais 
elevado em relação ao corte normal por necessitar de um 
maior espaço entre os moldes. Apresenta elevado custo das 
formas. 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
38 
12.2.4. Serra fita 
 Este método de corte pode ser usado junto com a 
máquina de faca vertical para cortes onde a precisão é 
importante, de corte de camisa, cava da manga, partes 
pequenas, etc. Toda a qualidade de corte depende da 
maneira de segurar as peças. 
 
 
 
 
12.2.5. Máquina de marcar furos 
 Consiste em marcar no enfesto a posição exata, como por 
exemplo o local da pence. Existe máquina por aquecimento e broca. 
 
 
 
 
 
 
12.2.6. Máquina para marcação de etiqueta e meios 
de gola 
 Muito utilizado para malha, pois, a mesma trabalha com um 
lâmina aquecida onde faz as marcações necessárias. 
 
 
 
12.3. Eletrônico 
É feito com o uso de máquinas. Essas máquinas podem ser: 
 
 
12.3.1. Faca vertical 
Dirigido por computador, tem a possibilidade de cortar 
todos tipos de enfestos. A altura do enfesto está ligada a 
altura da faca. 
 
 
 
12.3.2. Raio laser 
Este sistema muito avançado tem como característica 
o corte de uma folha de cada vez. Não indicado no caso de 
fibras sintéticas, devido a fusão das mesmas pelo calor. 
 
 
12.3.3. Bierribi 
Muito utilizado nas empresas que trabalham com malha. Surgiu para o 
corte de camisa largura do corpo (Body-size). 
 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
39 
13. DESPERDÍCIO 
 
A palavra desperdício aparece tanto no formulário de Ordem de Risco, 
como no de Ordem de Corte e este é um dos fatores determinantes para o bom 
e mau desempenho da indústria de confecção. 
Considerando que a matéria-prima tem um peso considerável no preço 
final do produto, devemos cuidar para que desde o Planejamento até a 
execução do Corte, tenhamos um menor percentual de desperdício, reduzindo 
o custo de fabricação, nos possibilitando fazer frente aos nossos concorrentes. 
Chamamos de desperdício, tudo aquilo que não é utilizado na constituição 
do produto. 
 
A indústria de confecção para que possa ser rentável deve controlar 
basicamente dois tipos de desperdício: 
 
 Desperdício de matéria-prima; 
 Desperdício de mão-de-obra; 
 
 
13.1. Desperdícios de matéria-prima 
São os desperdícios decorrentes da não utilização total dos materiais, 
em especial tecido. 
 
13.1.1. Desperdício de planejamento 
É o desperdício decorrente de dificuldade do planejador de riscos 
escolher sempre as melhores soluções (combinação de tamanhos) na 
preparação das ordens de riscos. 
 
13.1.2. Desperdício de encaixe 
É o desperdício decorrente da perda de tecido localizada entre os 
moldes que não se encaixam perfeitamente. Ele está ligado diretamente a dois 
fatores: 
 Características dos moldes: Cada artigo apresenta uma característica 
especial que pode influenciar o desperdício de encaixe. Podemos dizer que 
estas características são concavidades e convexidades existentes. Quanto 
maior for o número destas, maior será a possibilidade de desperdício. 
 Características dos encaixes: Muitas vezes alguns tecidos apresentam 
características especiais que podem influenciar o desperdício de encaixe, tais 
como largura inadequada, tecido com sentido determinado, etc. 
A indústria de confecção moderna utiliza um sistema informatizado (CAD) 
para o estudo do melhor aproveitamento do tecido. Porém para você tirar “o 
melhor” deste recurso você deve dominar os princípios básicos da área em 
questão, conforme seqüência abaixo: 
 
Tecnologia de Risco e Corte 
40 
 Conhecer a área dos moldes a serem encaixados em um determinado 
risco. 
 Conhecer a largura do encaixe (útil). 
 Reduzir os moldes em escala cuja finalidade é a de facilitar a visualização 
de toda área do risco e permitir estudos sobre um mesmo risco sem ocupar as 
instalações da produção. 
 Encaixar os moldes de tal maneira a obter o consumo dentro dos padrões 
ou abaixo deste. 
 
 
13.1.3. Desperdício de enfesto 
Este tipo de desperdício depende basicamente da habilidade do 
enfestador, sendo que ocorre principalmente naspontas do enfesto, nas 
emendas e no lado reto do enfesto (lado onde à ourela é acertada). É o mais 
fácil de ser controlado, não fugindo muito dos padrões estabelecidos, porém é 
o mais encontrado nas fábricas. 
 
13.2. Desperdício de mão-de-obra 
São aqueles provenientes da falta de treinamento e capacitação do 
pessoal. 
 
 
13.3. Controle de Desperdício no Risco Marcador 
 
Registra o desperdício de matéria-prima obtido do Risco Marcador, 
podendo ser de duas formas: 
 
1ª Cálculo de área do risco; 
 
Calculo da Área Total 
do risco 
 
Calculo do Percentual de 
Ocupação dos Moldes 
Calculo do Percentual de 
Desperdício do tecido 
A = C x L 
A = 1555 cm x 112 cm 
A = 174.160 cm² 
174.160 cm² - 100% 
149.328 cm² - x 
x = 85,74 % 
100% - 85,74% = 14,26% 
 
 
 
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13.4. Controle de Desperdício após enfesto 
 
 
Após o corte do enfesto, proceder como abaixo: 
 
 Pesam-se todas as partes componentes de todos os tamanhos; 
 Pesa-se todo o desperdício resultante do corte do enfesto; 
 Pesam-se os retalhos que, por ventura, tenham resultado do 
mencionado enfesto. 
 Calcula-se o aproveitamento e o desperdício; 
 Enfestador e o Cortador assinam a Ordem de corte. 
 
 
 
 
O.C. nº Kg 
LÍQUIDO 51,65 87,90% 
DESPERD. 6,28 10,70% 
RETALHOS 0,81 1,40% 
TOTAL 58,74 100,00% 
 
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42 
14. SEPARAÇÃO ETIQUETAGEM E EMPACOTAMENTO 
 
 
Depois que as peças estiverem cortadas, elas devem ser identificadas e 
separadas adequadamente para despachar para as operações de costura. 
A separação, etiquetagem e empacotamento, consiste em: 
 Etiquetar as partes do modelo (contendo: tamanho, ordem de produção 
e número seqüencial da peça); 
 Separa cores e tonalidades em pacotes; 
 
 
O pacote tem a sua quantidade especificada pelo Talão de Pacote, feito 
pela programação. 
Os pacotes devem ser completos (contendo todas as partes do produto) 
ou divididos em diversos quando houver trabalhos distintos, como bordado, 
estamparia, dependendo da metodologia do processo adotado pela 
organização. 
 
 
Tabela 4 - Exemplo de formulário de Etiquetagem e Empacotamento 
ACOMPANHAMENTO DE PACOTES 
OP: 001 REF.: 001 Data: 13/10/2010 Oper.: João 
N° do Pacote Tamanho Cor Quantidade 
1 40 001 20 
2 40 002 20 
3 42 001 10 
4 42 002 10 
5 44 001 10 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
 
 
ARAUJO. Mário de, Tecnologia do Vestuário. Lisboa: Fundação Calouste 
Gulbenkian, 1996. 
 
ROCHA. Rosangela dos Santos, Planejamento de risco e corte. 
Blumenau: SENAI, 2002. 
 
ROMITO. Mario, Armazenagem correta de tecidos. São Paulo: Revista 
Costura Perfeita, 2010. 
 
Manual de Manuseio de tecidos e Confecção. Santana Têxtil 
 
www.santanense.com.br/central-de-assistencia 
 
www.walterporteiro.com.br 
 
javascript:nova_pesquisa(%22Rocha,%20Rosangela%20dos%20Santos%22,%22540417%22,700);
http://www.santanense.com.br/central-de-assistencia
http://www.walterporteiro.com.br/
 
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EXERCÍCIOS SENTIDO DO RISCO 
Dados três tipos de Riscos Normais A, B e C, identifique-os quanto ao tipo 
de tecido, indicando com um "X" o símbolo correto de cada um deles. 
EXERCÍCIO 
 
Marque com F ou V as afirmações abaixo, conforme elas sejam falsas ou 
verdadeiras: 
 
a) ( ) O Risco Par se caracteriza por ser proveniente de uma modelagem 
simétrica. 
b) ( ) O Risco Único só pode ser feito com uma modelagem assimétrica. 
c) ( ) Para se cortar um Enfesto Par o risco terá de ser par. 
d) ( ) Se a modelagem é assimétrica, o risco e o enfesto terão de ser 
únicos. 
e) ( ) Dependendo da parte que for assimétrica na modelagem, e se o 
tecido a ser cortado for tubular ou dobrado, o risco poderá se par 
ou misto e enfesto par. 
f) ( ) No Risco Único deve-se riscar sempre multiplicando por 0,5 as 
quantidades de vezes que vêm registradas nas partes que 
compõem a modelagem do tamanho em questão. 
 
 
 Abaixo lado, você tem apresentados riscos em tecido plano, Indique para cada 
um deles: 
a) O tipo do encaixe quanto à modelagem. 
b) O tipo de modelagem. 
c) O símbolo gráfico indicativo do tipo de tecido 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIO FREQUENCIA 
 
Apresentados dois tipos de Riscos Marcadores, escreva na Grade de 
Tamanhos respectiva, a Freqüência correspondente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS GASTO MEDIO 
 
Calcule o Gasto Médio correspondente a um Risco Marcador de calça 
onde foram riscadas três (3) peças tamanho 38, duas e meia (2,5) peças 
tamanho 40 e uma (1) peça tamanho 50, tendo esse Risco atingido o 
comprimento de 6,50m. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO FREQUENCIA MÁXIMA 
 
Sabendo-se que o comprimento útil para enfesto de uma Mesa de Corte é 
14,0 m e que o Gasto Médio do artigo a ser cortado é 1,05m, calcule a 
Freqüência Máxima do mencionado artigo para planejar e fazer o risco 
Marcador.

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