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Apostila Planejamento de Risco e Corte - Senai Goiás

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PLANEJAMENTO DE RISCO E CORTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SENAI GOIÁS 
2 
 
3 
 
 
Diariamente, docentes e alunos utilizam-se das informações contidas nos materiais 
didáticos para transformá-las em conhecimentos, ampliar suas experiências, 
embasar e enriquecer sua vida profissional. O material didático torna-se, então, 
importante elemento no processo ensino-aprendizagem. 
O SENAI de Goiás, com o objetivo de oferecer melhor material didático para seus 
alunos, conta com o apoio de outros Departamentos Regionais que disponibilizam 
seus recursos instrucionais no Banco de Recursos Didáticos do Departamento 
Nacional. Dessa forma, este material pode beneficiar alunos em todo o país. 
Este Departamento Regional manifesta o seu agradecimento aos docentes da 
Unidade Ítalo Bolonha que desenvolveram e disponibilizaram este material didático. 
 
Gerência de Educação Profissional 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
5 
Presidente do Conselho Regional do SENAI/GO 
Pedro Alves de Oliveira 
 
Diretor Regional do SENAI/GO 
Paulo Vargas 
 
Diretor de Educação e Tecnologia 
Manoel Pereira da Costa 
 
Gerente de Educação Profissional 
Ítalo de Lima Machado 
 
Coordenação Técnica 
Moacir Cândido Silva 
 
Revisão Linguística 
Fernanda Marques de Oliveira 
 
Revisão Técnica 
Organização e Ilustração: Uldanci Delmiro Cardoso da Silva, Ângela Maria, Luciano 
Praxedes, Claudinei Soares de Sousa, Mônica Rodrigues, Hélia Maria de Farias. 
Participação na revisão do conteúdo: Uldanci Delmiro Cardoso da Silva. 
Coordenação do vestuário: Hélia Maria de Farias. 
 
Trabalho padronizado, conforme normas do Núcleo de Material Didático – DR/GO. 
 
 
6 
 
7 
Sumário 
9 1. Apresentação 
9 1.1. A seção de corte 
9 1.2. Programação 
10 1.3. Custo 
10 1.5. Qualidade 
13 2. As atribuições dos profissionais da seção de corte 
15 3. Ferramentas para o corte 
15 3.1. Máquina de faca vertical 
17 4. Máquina de disco ou faca circular 
19 5. Serra de fita ou fita circular 
21 6. Sistema de corte automático 
23 7. Tipos de moldes 
23 7.1. Moldes 
23 7.2. Moldes simétricos 
24 7.3. Moldes assimétricos 
29 8. Tipos de tecidos 
31 9. Tipos de enfestos 
31 9.1. Enfesto único e enfesto par 
33 9.2. Enfesto com enfestadeira manual 
36 9.3. Enfesto de malha 
39 10. Planejamento do encaixe 
39 10.1. Convencional 
39 10.2. Miniaturizado 
39 10.3. Computadorizado 
41 11. Riscos marcadores matrizes para corte 
42 11.1. Riscos normais 
44 11.2. Riscos atravessados 
47 12. Tipos de encaixes 
Pág. 
8 
47 12.1. Encaixe par 
47 12.2. Encaixe ímpar 
48 12.3. Encaixe par e ímpar 
49 12.4. Encaixe em tecido xadrez e listrado 
51 13. Frequência 
55 14. Gasto médio por peça 
57 15. Frequência máxima 
59 16. Percentual de reajuste do pedido 
61 18. Desperdício do corte 
61 18.1. Tipo de desperdício 
62 18.2. Características dos moldes 
65 19. Empacotamento e etiquetagem 
66 19.1. Tipos de etiquetagem 
69 20. Controle de qualidade no corte 
69 20.1. A inspeção 
73 21. Cálculos dos desperdícios 
75 22. Talão de pedidos 
77 23. Formulário de preparação da ordem de fabricação 
81 24. Planejamento de risco sem reajuste 
85 25. Planejamento de risco com reajuste de 10% 
87 Referências 
 
 
 
9 
1. Apresentação 
1.1. A seção de corte 
 A seção de corte é, sem dúvida alguma, a mais importante de todo o sistema produtivo 
de uma fábrica de roupas. Quanto maior o porte da empresa, maiores serão as quantidades de 
materiais processados e consequentemente maiores poderão ser as perdas desnecessárias de 
material e qualidade. 
 Em qualquer tipo de empresa, os moldes componentes de uma vestimenta, precisam 
ser riscados e cortados para que posteriormente, por meio das operações de costura, sejam 
unidos, formando uma peça tridimensional - a roupa. Essas atividades, em escala industrial, 
precisam ser feitas, reunindo certa quantidade de roupas que serão processadas de uma só 
vez. 
 Dentre as razões que apontamos para tornar esta seção a mais importante, podemos 
citar: 
 Programação. 
 Custos. 
 Qualidade. 
 
1.2. Programação 
 A seção de corte na fábrica de roupas trabalha como se fosse um órgão programador 
para as demais seções de costura. As atividades realizadas por essa seção, tais como risco, 
enfesto, corte das peças, separação e preparação dos pacotes, são tarefas que consomem um 
tempo considerável, geralmente durando horas, bastante diferente das operações de costura, 
que consomem, às vezes, fração de minuto. Dessa forma, faz-se com que a seção de costura 
consuma em pouco tempo a quantidade de produção, que muitas vezes o corte levou horas 
para processar. Como é necessário haver um perfeito equilíbrio entre o trabalho produzido pelo 
corte e o consumido pela costura, torna-se necessário que a seção de costura deverá 
consumir, para evitar que haja interrupções no processo de produção. 
 Se a seção de corte não conseguir fornecer as quantidades de peças necessárias a 
todas as seções de costura, haverá certamente um desequilíbrio na programação da fábrica. 
Isso acarretará a falta de serviço em alguma seção, parando-a por algum tempo e 
comprometendo, dessa forma, as metas estabelecidas. 
 Para evitar tal descompasso entre essas duas seções, recomenda-se que o corte 
trabalhe com certo estoque de material cortado, para ser entregue à costura. Porém, esses 
estoques devem ser criteriosamente estabelecidos, visto que, hoje em dia, os estoques de 
material cortado representam um grande investimento de recursos e também deve ser 
10 
lembrado o quanto representa o custo da matéria-prima no custo final do produto. Há quem 
recomende que o corte trabalhe com pelo menos meio dia de sua produção na frente da 
costura. 
 
1.3. Custo 
 Mão de obra: os níveis salariais da seção de corte são normalmente mais elevados que 
do resto da fábrica. Ela deve ser constantemente balanceada e controlada para reduzir ou 
eliminar o desperdício de tempo nas atividades do corte. 
 Matéria-prima: os materiais representam cerca de 50 a 60% do custo da massa de 
roupas produzidas e são os componentes de valores mais altos no custo final da peça. 
 Para ter uma ideia do grau de importância que tem o custo na seção de corte, basta 
considerar o volume total de recursos consumidos para a produção de certa quantidade de 
roupas, cerca de 50% deste total foi consumido na compra de tecido. 
 O consumo excessivo de tecido, causado pela falta de um planejamento detalhado junto 
aos enfestos e cortes mal feitos, pode causar sérias perdas para a empresa e aumento dos 
custos, com a consequente redução dos lucros. 
 Na maioria das vezes, a atenção dos gerentes se volta unicamente para as economias 
conseguidas na seção de costura, sem perceberem que os ganhos são muito mais 
significativos no corte. 
 É preciso lembrar que no corte são produzidos praticamente todos os desperdícios de 
tecido e, por menor que seja a economia de tecido, isso se traduz em maiores ganhos para a 
empresa. Portanto, é muito importante o acompanhamento dos riscos, dos enfestos e cortes 
efetuados, a fim de controlar e reduzir o consumo de tecido. 
 Ainda é comum, principalmente em empresas pequenas, encontrar um único operador, 
o cortador, realizando todas as atividades, do corte, do risco, do enfesto, sem a mínima noção 
da responsabilidade sobre o maior ou o menor percentual de desperdício a alcançar, 
realizando encaixes de alto custo sem planejamento anterior, enfestos mal feitos e 
dispendiosos e corte de qualidade inferior. E, o que é pior, desmotivados, sem nenhum 
treinamento e recebendo salários irrisórios. 
 
1.5. Qualidade 
 Outra razão fundamental para mostrar o efeito da seção de corte no processo produtivo 
é a qualidade. A maior parte dos valores comerciais de qualidade de um produto nasce de um 
corte bem feito. Parase obter um corte de qualidade, é necessário principalmente dispor de 
uma equipe de profissionais especializados, devidamente treinados e motivados, para 
produzirem com qualidade. 
11 
 No mercado competitivo de roupas, produtos com a mesma especificação, será 
certamente a qualidade o fator motivador das vendas. 
 Devemos lembrar que até há algum tempo, o consumidor costumava aceitar a 
qualidade dos produtos que lhe era imposta como sendo a ideal, quase sempre sem reclamar. 
Atualmente, com a Lei do Consumidor em plena vigência, os consumidores já começam a 
exigir melhor qualidade nos produtos que compram por meio de reclamações nos pontos de 
consumo, ou mesmo com a devolução das peças defeituosas. As empresas são, então, 
obrigadas a reporem as peças defeituosas. Isso não só desgasta a imagem da empresa, como 
também aumenta os seus custos. 
 Como principais valores comerciais de qualidade, podemos citar: 
 Caimento (a roupa vestir bem). 
 Medidas que não excedam às tolerâncias especificadas. 
 Tonalidade. 
 Casamento de listras. 
 Casamento de bordas e piques de costura. 
 
 Tudo isso depende do corte. Se considerarmos novamente as razões apresentadas, 
veremos como é importante na fabricação de roupas. De fato, podemos afirmar que o nível de 
realização das operações de corte é o fator chave para o bom funcionamento de uma fábrica 
de roupas. 
 Estrutura de uma seção de corte: 
 
 
 
 A estrutura típica mais comumente encontrada nas fábricas é a apresentada no 
organograma acima em que, muitas vezes, o riscador realiza o estudo do encaixe em tamanho 
natural, na própria seção de corte pouco antes do enfesto ser cortado. 
 Em fábricas menores, há apenas uma pessoa realizando todas as atividades, ou seja, 
essa pessoa, normalmente chamada de cortador, faz o encaixe, o risco, o enfesto e o corte, 
determinando ela própria a melhor utilização do tecido. Além disso, são ainda responsáveis 
12 
pela requisição do tecido do almoxarifado, preenchimento de formulários de controle e, às 
vezes, até pelo transporte do material. 
 Porém, seguindo tendência mais moderna e, o que ocorre nas fábricas maiores, isso 
não deve acontecer, pois se o cortador fizer tudo, ele certamente não estará fazendo da melhor 
maneira, com rendimento e qualidade. Recomenda-se, então, que haja profissionais 
especializados em cada uma das atividades produtivas da seção. Apresentamos, a seguir, as 
razões para que se tenham especialistas: 
 Para que possam ser treinados mais facilmente em sua atividade específica. É mais 
fácil e rápido treinar uma pessoa em apenas uma atividade do que em um conjunto 
delas. 
 Para que possam ser controlados mais facilmente em sua atividade. 
 Para que possam aumentar sua eficiência. 
 Para que possam usar menos equipamentos e, portanto, a quem se possa fornecer o 
melhor. 
 Também para que o profissional não venha ser sobrecarregado com varias funções ao 
mesmo tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
2. As atribuições dos profissionais da 
seção de corte 
 Supervisor do corte: 
 Recebe a ordem de fabricação (O.F.) do setor de planejamento. 
 Estabelece a sequência e prioridades de trabalho de seção. 
 Programa e controla o trabalho da seção. 
 Executa o balanceamento do trabalho. 
 Controla a qualidade. 
 Treina e “retreina” o seu pessoal. 
 Controla a produção. 
 Motiva o pessoal. 
 Mantém a ordem e a disciplina. 
 
 Encarregado do corte: 
 Substitui o supervisor nas suas ausências. 
 Emite e controla as ordens de enfestamento. 
 Distribui a carga de trabalho da seção. 
 Efetua o controle da produção. 
 Preenche formulários. 
 Controla a qualidade. 
 Controla o fornecimento e organiza o manuseio do material. 
 
 Enfestador: 
 Enfesta o tecido manualmente, com carrinho ou máquina. 
 Controla a qualidade do tecido que está enfestando. 
 Elimina os defeitos durante o enfestamento. 
 Preenche formulários de enfestamento - ordem de enfesto. 
 Coloca cópia do risco em cima do enfesto e prende-o. 
 Auxilia o cortador. 
 
 Cortador: 
 Corta as peças riscadas. 
 Checa a qualidade periodicamente para corrigir condições deficientes de corte. 
 Faz marcações: piques e furos nos blocos cortados. 
 Marca cada bloco, identificando-os com seus tamanhos correspondentes. 
14 
 
 Separador (Empacotador): 
 Faz o etiquetamento das peças de cada bloco: manual ou com máquina. 
 Divide os pacotes de acordo com a cor e tonalidade. (lotes) 
 Conta as peças e amarra os pacotes. 
 Prepara as etiquetas de pacote. 
 Inicia o preenchimento do controle de pacote. 
 
 Auxiliar (Atendente): 
 Com a ordem de enfesto, prepara: tecido, entretela, cópia do risco, carro de transporte 
de material. 
 Prepara todo o material necessário ao corte. 
 Apanha o material requisitado no almoxarifado. 
 Coloca todo o material próximo à mesa do enfesto. 
 Transporta pacotes prontos para a seção de costura. 
 Transporta as máquinas de corte de uma mesa para outra. 
 
 A função do atendente é evitar que o enfestador e o cortador percam tempo à procura 
de material. 
 
15 
3. Ferramentas para o corte 
3.1. Máquina de faca vertical 
 
 Essa é a máquina mais comum usada na seção de cor das indústrias de confecção. 
 Chama-se máquina de faca porque sua lâmina tem as características normais de uma 
faca, trabalha em movimento constante de vai e vem no vertical. 
 A máquina de faca é constituída das seguintes partes: 
 
1 – Alça 7 – Base 
2 – Tomada 8 – Roldanas 
3 – Motor 9 - Protetor da faca 
4 – Interruptor 10 – Faca 
5 – Manopla 11 - Conjuntos de afiador 
6 - Suportes da faca 12 – Alavanca 
 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
16 
 Devemos chamar a atenção para o protetor da faca. É uma peça localizada na parte 
frontal da máquina, acompanhando a mesma direção da faca. Possui uma alavanca que, 
acionada com o dedo indicador da mão direta, libera o protetor e regula sua altura. 
 O protetor tem três funções: 
 Protege as mãos da lâmina. 
 Fixa o enfesto. 
 Serve de guia para o corte. 
 
17 
4. Máquina de disco ou faca circular 
 Essa máquina executa o corte por meio de uma lâmina em forma de disco. É usada 
para enfesto pequeno e de preferência para riscos de linha reta. No uso dessa máquina, deve-
se tomar o cuidado de segurar bem firme o enfesto e a máquina, pois ela, devido ao sistema de 
corte por rotação, tende a puxar o tecido para si. 
 
 
A máquina de disco é constituída das 
seguintes partes: 
1. Motor com rolamentos lacrados 
2 Braço balanceado 
3. Chave de ligação 
4. Terminal de ligação 
5. Protetor do disco 
6. Vedação dos rolamentos 
7. Afiador 
8. Base 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
 O procedimento é igual ao da máquina de faca, com a diferença de o protetor ser 
móvel. Mantenha a mão sempre paralela ao disco. 
 
 
18 
 
19 
5. Serra de fita ou fita circular 
 
 As serras de fita são dispostas geralmente na extremidade da mesa de estendida. Após 
ter sido efetuado o enfesto e o risco cortam-se o material com uma máquina e lâmina circular 
ou vertical. 
 As diferentes seções são levadas manualmente para a mesa da serra fita, na qual são 
cortadas segundo o traçado, possibilitando um melhor corte dos cantos. 
 A serra fita é constituída das seguintes partes: 
1. Mesa de trabalho. 
2. Lâmina de fita. 
3. Volantes ou polias. 
4. Proteção. 
5. Motor. 
 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
20 
 
21 
6. Sistema de corte automático 
 
 Os sistemas CAD/CAM (Computer Aided Design/Computer Aided Manufacture, que 
quer dizer Planejamento Auxiliado por Computador e Manufatura Auxiliada por Computador) 
estão em grande desenvolvimento e serão obrigatórios no futuro. 
 
 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
 Com esse sistema, reduz-se o desperdício, aumenta-se a produtividade e executa-se 
um corte de qualidade superior. 
 A velocidadede corte é variável, dependendo da resistência do material. Por exemplo, 
um enfesto de 20 cm de altura pode cortado a 10 m/min. 
 
Luvas protetoras metálicas 
 
 
Figura 2 
Fonte: google – megacostura.com.br 
 
São luvas feitas em malha de aço, para cinco ou três dedos, com a finalidade de proteger as 
mãos do operador de máquina de corte, sem prejudicar a mobilidade e eficiência. 
http://www.megacostura.com.br/ecommerce_site/arquivos6734/arquivos/1317544766_1.jpg
http://www.megacostura.com.br/ecommerce_site/arquivos6734/arquivos/1317544766_1.jpg
22 
 
23 
7. Tipos de moldes 
7.1. Moldes 
São peças em cartolina ou papel que procuram representar, por meio de medidas 
próprias, as formas do corpo humano. 
Eles compõem, assim, um conjunto de peças de papel ou cartolina que, unidas pela 
costura, servem de guia para o corte de um tecido. 
Para o programador de risco e corte, os moldes são examinados e executados pela 
obediência a dois critérios básicos, a saber: 
 Moldes Simétricos. 
 Moldes Assimétricos. 
 
Que vêm a ser esses dois tipos de moldes? 
 
7.2. Moldes simétricos 
Quando as diferentes partes de um molde servem de maneira igual para os lados direito 
e esquerdo do corpo humano, dizemos que ele é simétrico. 
No exemplo ao lado, você pode observar uma modelagem de calça que, por serem 
simétricos, os moldes do lado direito servem para o lado esquerdo, desde que invertidos, ou vice-
versa. 
Assim, moldes simétricos são aqueles que servem para cortar peças em tecidos que vestem 
de maneira igual os dois lados do corpo humano (direito e esquerdo), porém, separadamente, ou 
seja, um molde para o lado esquerdo e outro igual, mas invertido, para o lado direito. 
 
24 
 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
Observação: moldes simétricos permite riscar peças pela metade (0,5), completas (1 – 2 - 3...) e 
fracionária (1,5 – 2,5...), se espelhar o molde podemos usar o enfesto único ou par, se não espelhar 
o molde só podemos usar o enfesto par. 
 
7.3. Moldes assimétricos 
Quando o molde, que serve para vestir o lado esquerdo do corpo, não é exatamente 
igual e inverso ao que serve para vestir o lado direito (ou vice-versa) dizemos que ele é 
assimétrico, ou seja, um lado diferente do outro. 
No exemplo a seguir, você pode observar uma modelagem de camisa e poderá também 
notar que os moldes das duas frentes não são exatamente iguais. Já o molde das costas, por 
não estar dividido em duas partes, mas por ser uma peça única, é também, para efeito de 
programação de risco, assimétrico. 
25 
 
 
Figura 2 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
Portanto, moldes assimétricos são aqueles que servem para cortar peças em tecidos, 
que só se prestam a vestir um único lado do corpo (o direito ou esquerdo), porém, formando 
peça única ou que apresente algum detalhe no lado direito, que seja diferente do lado 
esquerdo ou vice-versa. 
 
Observação: moldes assimétricos permitem riscar peças só completas (1 – 2 – 3...) e o 
enfesto usado é só o único. 
Para o correto posicionamento dos moldes na confecção do risco marcador (matriz), 
você precisará conhecer algumas técnicas, umas relacionadas com as indicações escritas 
sobre os moldes, outras com o tipo de tecidos a ser cortado, e outras, ainda com o tipo de 
modelagem. 
 
Modelagem assimétrica de camisa 
Como você pode ver, a modelagem traz sempre, por escrito, as seguintes referências 
básicas: 
 Nome da parte da peça (frente esquerda, costas, etc.). 
 Tamanho da peça (T.2 - tamanho 2). 
26 
 Quantidade de vezes que a parte aparece (1x = 1 vez; 2 x = 2 vezes, etc.). 
 Sentido do fio. 
 Referência. 
 
 
Figura 3 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
 
27 
Modelagem simétrica de calça 
 
 
Figura 4 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
Atenção: 
Normalmente, esses nomes vêm escritos na própria parte. Você, por certo, notou que 
entre as indicações escritas diretamente sobre as partes dos moldes, existe, entre outras, a 
palavra “fio” que sempre acompanha uma linha reta. 
28 
Que significa essa palavra “fio”, afinal de contas? A que ela se refere? Qual a utilidade 
dessa indicação? É o que você vai aprender em seguida, recordando, com isso, as noções de 
trama e urdimento no setor de tecelagem e de colunas e carreiras, no setor de malharia. 
 
Fio de urdimento 
É aquele que, no tecido corre no sentido do seu comprimento. 
 
Fio de trama 
É aquele que, no tecido, corre no sentido da sua largura. 
 
 
Figura 5 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Colunas 
São sequências de malhas, que se vão superpondo uma às outras em sentido vertical. 
Carreiras 
São sequências de malhas dispostas lado a lado no sentido horizontal do tecido. 
 
 
 
29 
8. Tipos de tecidos 
 
Para efeito de posicionamento dos moldes de uma peça sobre um tecido que deva ser 
cortado, de acordo com eles, é necessário classificar esse tecido quanto à sua aparência. 
Seja qual for o tecido ele pode: 
 Mudar de cor ou tonalidade, quando examinado visualmente de ângulos diferentes; 
 Manter inalterada sua cor ou tonalidade, independente do ângulo de onde esteja sendo 
observado; 
 Mudar de tonalidade, de acordo com o sentido para onde forem deslocados os seus 
pelos; 
 Ter direito e avesso; 
 Não ter direito ou avesso. 
Observação: Você deverá levar em consideração essas diferentes características, a fim de 
efetuar um planejamento de risco preciso e adequado para cada tipo de tecido. 
Ficou, portanto, bem claro que o posicionamento dos moldes sobre um tecido, para efeito de 
risco, e posterior corte dependerá sempre do tipo de tecido que vai ser usado. Na indústria de 
vestuário, as características de um tecido podem apresentar-se isoladamente ou estarem 
combinadas entre si. 
 
Veja no quadro a seguir, como essa terminologia e esse simbolismo estão começando a 
ser empregados na indústria do vestuário. 
 
Tabela 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
Tipo de tecido Descrição Símbolo 
Sem sentido com direito e avesso 
Visto de qualquer ângulo tem a mesma cor e 
tonalidade 
 
Sem sentido e sem direito e avesso 
Visto de qualquer ângulo ou face tem a mesma 
cor e tonalidade 
 
Com sentido e com direito e 
avesso 
Visto de ângulos diferentes muda de cor e 
tonalidade 
 
Com pé e com direito e avesso 
Estampas, desenhos e escritos voltados para o 
mesmo lado, o toque modifica o tom, de acordo 
com a inclinação dos pelos e barrados e 
degradê. 
 
30 
 
31 
9. Tipos de enfestos 
Denomina-se enfesto a operação pela qual o tecido é estendido em camadas 
completamente planas e alinhado nas bordas, a fim de serem cortadas em pilhas. Para se 
processar o enfestamento, é necessário levar em conta as características dos moldes e dos 
tecidos que serão processados. Os enfestos podem ser de dois tipos: 
 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
Qual a diferença entre ambos e qual a importância desse conhecimento? 
 
9.1. Enfesto único 
É aquele em que todas as folhas do tecido a ser cortado serão sobrepostas com a 
mesma face (direito e avesso) voltada para o mesmo lado. 
 
 
Figura 2 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
Observação: tanto faz, no enfesto único, que as folhas do tecido estejam com seus lados 
direitos para cima ou com seus lados voltados para baixo. O que não pode ocorrer é que 
existam, na pilha de folhas, alguns lados direitos para cima e outros para baixo. 
Existe, no entanto, uma forma fácil de evitar, na prática, que ocorra essa superposição 
desordenada de folhas de tecidos. Basta que, na hora de fazer um enfesto único, você corte as 
ENFESTO 
32 
folhas do tecido exatamente como ilustrado na figura acima, ou seja, sem retirar o rolo de 
tecido da sua posição inicial e puxando sempre o tecido na direção da seta. 
Em resumo, para execução de um enfesto único você precisa: 
 Ter sempre a mesma face do tecido voltada para a mesma direção. 
 Cortar sempre o tecido no sentido transversal à sua saída do rolo. 
 
Três diferentestipos de tecidos, já por você estudados, prestam-se para o enfesto 
único. Aqui estão eles: na coluna A, com face direita voltada para cima e, na coluna B, com a 
face direita voltada para baixo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Observação:No enfesto único, se a modelagem for simétrica, temos que espelhar o molde, ou 
seja, (riscar o lado direito e lado esquerdo da peça). Se for assimétrica, o molde já vem o lado 
direito e o lado esquerdo. 
 
Enfesto par 
O tecido ficará folhas de tecidos faces direitas frente a frente com direitas, no mesmo 
enfesto haverá faces esquerdas frente a frente com esquerdas.O motivo de tal coisa acontecer 
poderá ser facilmente compreendido pela ilustração a seguir: 
 
No enfesto único, se a modelagem for simétrica, temos que espelhar o molde, ou seja, 
riscar o lado direito e o lado esquerdo da peça. Se for assimétrica, no molde já vem o lado 
direito e o lado esquerdo. 
 
 
 
33 
Enfesto par 
 O tecido ficará folhas de tecidos faces direitas, frente a frente com direitas, no mesmo 
enfesto haverá faces esquerdas frente a frente com esquerdas. O motivo de tal coisa acontecer 
poderá ser facilmente compreendido pela ilustração a seguir: 
 
 
 
Figura 3 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
 
Figura 4 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
9.2. Enfesto com enfestadeira manual 
É utilizado no caso das fabricações em série. Pode ser feito por meio do carrinho 
enfestador, da enfestadeira para tecido plano e da enfestadeira para tecido tubular. 
O carrinho enfestador tem as seguintes características: 
 É indicado para tecidos planos, como popeline, jeans ,brim, plástico, etc. 
 
34 
 
Figura 5 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
A enfestadeira para tecido tubular tem as seguintes características: 
 Pode ser alimentada em fraldas ou em canudos. 
 Enfesta até sete polegadas de altura (meia-malha, moleton e jérsei). 
 Mantém a uniformidade no alinhamento lateral e longitudinal do enfesto. 
 Enfesta face a face com dobras. 
 
 
Figura 6 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
 
35 
E se o tecido tiver sentido ou pé, como se processo o enfesto par? 
 
1ª Fase 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
2ª Fase 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
Seja o enfesto de que tipo for, o número máximo de folhas permitido para sua 
colocação na máquina de corte vai depender da espessura de cada folha do tecido e da 
capacidade da mencionada máquina. 
 
Observação: No enfesto não se usa modelagem assimétrica, só modelagem simétrica. Na hora 
de riscar o molde, podemos espelhar o molde, ou não, dependendo do jeito que economizar 
melhor o tecido. 
ENFESTO 
ENFESTO 
36 
9.3. Enfesto de malha 
 Os dois métodos acima descritos podem ser aplicados na malha. Se a malha está 
aberta, coloca-se uma folha de cada vez, e se a malha for tubular, colocam-se duas folhas por 
cada passagem, direito com direito e avesso com avesso, o que permite colocar meios 
modelos simétricos na borda da malha, como mostra a figura. 
 
 
Figura 9 
Fonte: SENAI-GO, s/d 
 
Todas as malhas e meia-malha deverão passar por um período de descanso após seu 
desfraldamento, de no mínimo, 24 horas. Isso evitará o encolhimento ou outro tipo de alteração 
nas medidas de comprimento e largura das peças cortadas. 
 
37 
 
Exercícios 
1. As figuras abaixo ilustram os tipos de enfesto. Marque com um “X” o tipo a que elas 
correspondem. 
 
 
 
Rolo de tecido 
Rolo de tecido 
1ª Fase 
Rolo de tecido 
2ª Fase 
Rolo de tecido 
38 
B 
A 
C 
D 
E 
F 
G 
2. Os símbolos abaixo ilustram os tipos de enfesto. Marque “X” o tipo a que eles correspondem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
H 
 
 
 
 
I 
 
 
 
 
J 
 
 
39 
10. Planejamento do encaixe 
10.1. Convencional 
Trabalha-se com os moldes no tamanho normal, tendo como parâmetro a largura do 
tecido. O planejamento é desenvolvido sobre uma folha de tecido ou uma folha de papel 
equivalente. 
 
10.2. Miniaturizado 
Feito com moldes em miniatura, feita com aparelho pantógrafo numa escala de 1 : 5 
para moldes de peças grandes (calças, camisa paletó, jaleco, etc.) e 1 : 3 para moldes de 
peças pequenas (calcinha, biquíni). Esse estudo, feito no setor de planejamento, facilita a visão 
do trabalho a ser desenvolvido. 
 
10.3. Computadorizado 
É o melhor modo de planejar o encaixe, ótimo aproveitamento do tecido, agilidade na 
obtenção do risco, além de podermos gravar na memória do computador todos os encaixes 
desejados. 
 
40 
 
41 
11. Riscos marcadores 
Matrizes para corte 
São folhas de papel com a largura e o comprimento úteis das folhas do enfesto, sobre 
as quais são transportados os contornos e marcações de diferentes moldes, correspondentes a 
diferentes tamanhos e/ou modelos distintos que se repetem uma, ou várias vezes, para fins de 
colocação sobre o enfesto e posterior corte. 
Assim, os riscos marcadores podem ser classificados, quanto ao tipo de tecido, em: 
 Riscos Normais: o fio do molde segue o fio urdimento na tecelagem ou o fio colunas na 
malharia. 
 Riscos Atravessados: o fio do molde segue o fio trama na tecelagem ou o fio-carreira na 
malharia. 
 
Observação: 
No caso de lingerie, que na maioria das vezes usamos tecidos com muita elasticidade, 
deve-se observar o sentido do fio dos tecidos, ou seja, em que sentido o tecido tem maior 
elasticidade (horizontal ou vertical). 
Se a elasticidade do tecido for maior na horizontal (de ourela a ourela), então, o molde 
deve ficar posicionado de maneira a ficar de pé no comprimento do tecido, como indica a seta 
interna. 
 
Elasticidade horizontal (de ourela a ourela) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
____________________________ Posição do molde 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
________________________________________________________________________ 
Ourela 
 
Ourela 
 
 
E
l
a
s
t
i
c
i
d
a
d
e
E
R 
E
E
e 
42 
Exemplo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11.1. Riscos normais 
O símbolo indica que o risco será feito para tecido sem sentido. 
 
Conclusão: as partes dos moldes, mesmo aqueles que correspondam a um mesmo 
tamanho, podem ser riscadas em qualquer sentido, porém, obedecendo sempre à direção 
indicada de “fio”, dada no molde, deverá ficar na direção do fio urdimento ou colunas. 
 
Exemplo 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
 
Ourela 
 E
l
a
s
t
i
c
i
d
a
d
e 
43 
Importante: Observe como as partes do tamanho 50, por exemplo, encontram-se 
riscadas ora num sentido, ora noutro, no risco acima. 
O símbolo indica que o risco será feito para tecido com sentido. 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: As partes dos moldes de um mesmo tamanho deverão ser riscadas sempre 
no mesmo sentido, enquanto a(s) de outro(s) tamanho(s) em sentido contrário, porém, sempre 
obedecendo à indicação de “fio”, dada no molde, deverá ficar na direção do fio urdimento ou 
colunas. 
 
Exemplo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Importante: Observe como as partes do tamanho 40, por exemplo, encontram-se 
riscadas em sentido oposto. O símbolo indicaque será feito para tecido com pé. 
 
 
 
 
Conclusão: Todas as partes, de todos os tamanhos, participantes de um mesmo risco 
marcador deverão, obrigatoriamente, ser riscadas no mesmo sentido, porém, sempre 
obedecendo à indicação de “fio”, dada no molde, deverá ficar na direção do fio urdimento ou 
colunas. 
44 
Exemplo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Importante: Observe como todas as partes dos diferentes tamanhos se encontram 
fielmente riscadas no mesmo sentido e como não existe nenhuma riscada em sentido oposto. 
 
11.2. Riscos atravessados 
O símbolo indica que o risco será feito para tecido sem sentido. 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: as partes dos moldes, mesmo as que correspondem a um mesmo tamanho, 
podem ser riscadas em qualquer sentido, porém, neste tipo de risco, a indicação de “fio”, dada 
no molde, deverá ficar na direção do fio de trama (ou carreira). 
 
Exemplo 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
45 
 
Importante: observe como, no risco acima, o tamanho 44, por exemplo, encontra-se 
riscado tanto de cabeça para cima como de cabeça para baixo, porém, com a indicação de “fio” 
disposta em sentido contrário ao do urdimento (ou coluna, se fosse tecido de malha). 
O símbolo indica que o risco será feito para tecido com pé. 
 
 
 
 
 
 
Conclusão: todas as partes de todos os tamanhos de um mesmo risco marcador 
deverão obrigatoriamente, ser riscadas no mesmo sentido, porém, neste tipo de risco, a 
indicação de “fio” deverá ficar na direção do fio trama (ou carreira). 
 
Exemplo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Veja, este tipo de risco é usado para os chamados “degradê” ou barrados, ou seja, para 
aqueles que apresentam mudanças de tonalidades ou de tamanho de estampa no sentido de 
sua largura. 
 
Tecido “dégradé” com variação do tamanho da estampa. 
46 
Exercícios 
 
1. Dados três tipos de riscos normais, identifique-os quanto ao tipo de tecido cada um deles na 
letra A e qual enfesto deverá usar para cortar cada matriz na letra B 
 
 
 
47 
12. Tipos de encaixes 
12.1. Encaixe par 
São peças riscadas, todas completas. (1 – 2 – 3...). O encaixe é par quando 
distribuímos sobre o tecido todas as partes que compõem um modelo. Esse é o tipo de encaixe 
é obrigatório em moldes assimétricos e o enfesto usado só o único. 
 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Observação: No caso da modelagem ser simétrica, se for cortar no enfesto único, tem que 
espelhar o molde, se for cortar no enfesto par, podemos espelhar o molde ou não, o que 
aproveitar melhor o tecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
12.2. Encaixe ímpar 
São peças riscadas todas pela metade (0,5). Esse tipo de encaixe só pode ser usado 
para moldes simétricos. No encaixe ímpar, distribuímos sobre o tecido apenas metade dos 
moldes. Por exemplo, no caso de uma camisa (simétrica), colocamos só um lado da frente, só 
48 
uma manga, metade das costas (dobrando o molde), etc. O tecido está dobrado ou tubolar. No 
caso das calças, vai riscar só uma frente e uma costa etc. Para cortar um encaixe ímpar, só se 
pode usar o enfesto par e modelagem simétrica. 
 
 
Figura 3 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
 
 
 
 
Figura 4 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
12.3. Encaixe par e ímpar 
São peças riscadas pela metade (0,5), completas (1-2-3...) ou fracionárias (1,5- 2,5...) 
todas na mesma matriz. Apenas faz encaixe par e ímpar só com moldes simétricos e o 
enfesto somente o par. 
Esse processo é bastante utilizado, quando há o setor de trabalho com grande 
produção diária, pois ganha-se tempo em todas as operações: no encaixe, no risco, no enfesto 
e no corte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
49 
12.4. Encaixe em tecido xadrez e listrado 
As folhas de tecido devem ser dispostas de tal modo que as listras e xadrez fiquem 
acasaladas, isto é, emparelhadas, para dar melhor qualidade à peça cortada. Às vezes, somos 
obrigados a deixar um espaço para posterior acasalamento. Outras vezes, o riscador verifica 
possibilidades de acasalamento no próprio encaixe, como, por exemplo, uma camisa, na qual é 
possível encaixar uma frente com a outra, como se fosse uma peça inteiriça (somente 
abriríamos ao meio). 
 
 
Figura 6 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Exercícios 
 
1. Marque com F ou V as afirmações abaixo, conforme elas sejam falsas ou verdadeiras. 
 
a) ( ) O encaixe ímpar se caracteriza por ser proveniente de uma modelagem simétrica. 
b)( ) O encaixe par só pode ser feito com modelagem assimétrica. 
c) ( ) O encaixe ímpar só pode ser feito com modelagem simétrica. 
d) ( ) Com a modelagem é assimétrica, só podemos fazer o encaixe ímpar. 
e) ( ) No encaixe par e ímpar, podemos cortar no enfesto únicos. 
f) ( ) No encaixe par e ímpar, podemos usar modelagem assimétrica. 
 
2. A seguir, você tem apresentados quatro riscos em tecido plano. Indique para cada um deles: 
 
a) O tipo de encaixe. 
b) O tipo de modelagem. 
c) O tipo de tecido. 
d) O tipo de enfesto. 
 
 
50 
 
 
 
51 
13. Frequência 
Frequência é a quantidade de vezes em que um determinado tamanho se repete num 
risco marcador. A frequência é indicada, na ordem de risco, ao jeito de uma fração ordinária, 
em que o numerador é representado pela grade de tamanhos e o denominador por um número 
indicador da quantidade de vezes em que os tamanhos se repetiam no risco marcador. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Veja a seguir, três diferentes riscos marcadores, acompanhados de suas respectivas 
frequências. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
53 
Exercícios 
 
1. Apresentamos dois tipos de encaixes; escreva na grade os respectivos tamanhos, e a 
frequência correspondente: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
55 
14. Gasto médio por peça 
 É o comprimento de tecido que se consome, em média, para riscar uma peça 
completa. Sempre que você fizer um risco marcador encaixe/matriz completo, quaisquer que 
ele seja, é natural e lógico que ocorram um determinado consumo ou gasto de tecido por peça. 
Como calcular o gasto médio? Aplique esta fórmula: 
 
 asto médio omprimento do risco marcador
Somat rio das frequ ncias
 
 
Pense... 
Como, porém, há tecidos com larguras maior ou menor, o consumo do comprimento de 
tecido necessário ao risco marcador encaixe/matriz irá variar na seguinte proporção: 
 
Proporção 
Quanto maior a largura do tecido, menor será o comprimento deste para o risco de uma 
peça. Quanto menor a largura do tecido, maior será o comprimento deste para o risco de uma 
peça. 
Suponha que um risco marcador encaixe/matriz de 1,48 m de largura por 5,50 m de 
comprimento, você registra a existência da seguinte frequência: 
 
38 40 44 50 
1,5 2 1 0,5 
 
Some, em primeiro lugar, as frequências: 
 
1,5 + 2 + 1 + 0,5 = 5 
 
O que significa o número 5 que você obteve? 
Significa que 5 é a quantidade total de tamanhos completos que entraram no 
mencionado risco marcador – encaixe / matriz. 
Agora, conhecido o somatório das frequências (5), você só precisará dividir o 
comprimento do seu risco marcador (5,50m) por esse somatório, ou seja: 
 
 , 
 
 , m 
Consequentemente: 
 
1,10m = Gasto Médio de Tecido por peça 
56 
 
No entanto: 
 
Pense... 
Para manter inalterada a frequência do exemplo em estudo, usando-se tecido com 
menor largura, haverá necessidade de maior comprimento, com evidente aumento do gasto 
médio. 
 
Exercícios 
 
1. Calcule o gasto médio correspondentea um risco marcador de calças em que foram 
riscadas três (3) peças, tamanho 38, duas e meia (2,5) peças, tamanho 40 e uma (1) peça, 
tamanho 50, tendo esse risco atingido o comprimento de 6,50 m. 
 
 
 
 
2. Complete as afirmações abaixo, com a palavra que lhes dará sentido correto: 
 
a) Calcula-se o Gasto Médio, dividindo o comprimento do Risco Marcado Matriz pela 
____________________________ das frequências. 
 
b) A noção do gasto médio corresponde ao _______________________ de tecido que se 
consumiu para riscar uma peça. 
 
c) Quanto __________________________ for a largura do tecido, menor será o comprimento 
deste para o risco de uma peça. 
 
d) Quanto __________________________for a largura do tecido, maior será o comprimento 
deste para o risco de um peça. 
57 
15. Frequência máxima 
É a quantidade máxima de vezes que diferentes tamanhos de um modelo podem estar 
contidos num mesmo risco, levando em consideração o comprimento útil da mesa de corte. 
 
Como calcular a frequência máxima? 
Bastará que você divida o comprimento útil para enfesto da mesa de corte pelo gasto 
média da peça. O resultado dessa divisão fornecerá a frequência máxima. 
Qual, portanto, é a regra? 
 
 requ ncia máxima omprimento til da mesa de corte
 asto médio
 
 
Importante: conhecido o gasto médio e a frequência, você também poderá calcular o 
comprimento do risco marcador – encaixe / matriz. 
 
Exercícios 
 
1. Sabendo que o comprimento útil para o enfesto de uma mesa de corte é de 14,0 m e que o 
gasto médio do artigo a ser cortado é 1,05 m. Calcule a frequência máxima do mencionado 
artigo para planejar e fazer o risco marcador / matriz. 
 
 
 
 
2. Assinale com F ou V as afirmações abaixo, conforme elas sejam falsas ou verdadeiras: 
 
a) ( ) Quando se leva em conta a quantidade máxima de vezes em que determinados 
tamanhos de peças podem participar de um mesmo risco marcador, diante do 
comprimento útil da mesa de corte, você está calculando a frequência máxima por 
modelo no mencionado risco. 
 
b) ( ) Acha-se a frequência máxima, multiplicando o comprimento útil para enfesto da mesa 
de corte pelo gasto médio da peça. 
 
c) ( ) Frequência máxima é para saber quantas vezes cada tamanho ou modelo vai caber 
riscada na mesa toda. 
 
58 
d) ( ) Caso seja necessário reduzir, num risco marcador, a frequência máxima, a redução 
pode ser feita. 
3. Sabendo-se que o comprimento útil para enfesto de uma mesa de corte é 15,0 e que o gasto 
médio do artigo a ser cortado é 0,60, calcule frequência máxima do mencionado 
artigo para planejar e fazer o risco marcador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
16. Percentual de 
reajuste do pedido 
Em todas as indústrias do vestuário, quase como regra, há uma quantidade conhecida, 
por ser mais ou menos constante de peças encomendadas que, ao final da fabricação, saem 
defeituosas. 
São peças que foram mal cortadas, que saíram com tonalidades diferentes, que foram 
confeccionadas com tecido defeituoso, etc., e que, por isso, são separadas do lote de peças 
perfeitas, jamais chegando à mão do cliente que as encomendou. 
A essas peças convencionou-se dar o nome genérico de peças não de 1ª. 
Que são, portanto, peças não de 1ª. 
 
Peças não de 1ª 
São peças de qualidade inferior, por apresentarem diferentes defeitos de fabricação. 
A reunião dessas peças deficientes compõe um percentual médio e constante, que 
varia de fábrica para fábrica, em função de maior ou menor atuação do seu setor de controle 
de qualidade. 
Atenção: a maior ou menor atuação do setor de controle de qualidade depende de uma 
série de fatores internos e próprios de cada fábrica, o que não significa, portanto, que quanto 
maior seja o percentual de peças não de 1ª, pior seja o desempenho do mencionado setor. 
Consequentemente, cada fábrica conhece o seu percentual de peças não de 1ª 
podendo, portanto, saber com antecedência a quantidade aproximada das que não sairão 
perfeitas da linha de fabricação. 
 
Pense... 
Cada fábrica, de posse desse conhecimento, pode usar esse percentual para justar os 
diferentes pedidos que recebe, de modo a fabricar com exatidão as quantidades pedidas pelos 
clientes. 
De que forma se aplica esse percentual? Em primeiro lugar, precisa saber que esse 
cálculo é aproximado e, de maneira alguma, rígido, exigindo muita atenção e vivacidade. 
Vejamos um exemplo: 
Se a quantidade pedida de um determinado tamanho são 95 peças e o percentual de 
peças, não de 1ª da fábrica, é de 10%, no seu Formulário de Planejamento de Risco, você 
deverá registrar 105 peças (95 + 9,5 = 104,5 ou 105, com arredondamento). 
Dissemos que você deveria registrar 105 peças, porque a verdadeira quantidade você 
só conhecerá depois de assimilar alguns critérios: 
60 
 Lançar no formulário de planejamento de risco um percentual menor de reajuste do que o 
previsto, desde que o(s) tamanho(s) por ele atingido(s) não seja(m) de grande saída. 
 Lançar no formulário de Planejamento de Risco um percentual maior de reajuste do que o 
previsto, desde que o(s) tamanho(s) por ele atingido(s) seja(m) de muita saída. 
 
Exercício 
 
1. Marque com F ou V as afirmações abaixo, conforme elas sejam falsas ou verdadeiras: 
 
a) ( ) Nas indústrias do vestuário, a quantidade de peças produzidas com defeitos é um 
fato conhecido. 
b) ( ) Todas as peças defeituosas recebem o nome de peças não de 1ª. 
c) ( ) O percentual de peças não de 1ª é igual para todas as fábricas. 
d) ( ) Lançar no formulário de planejamento de risco um percentual maior de reajuste do que o 
previsto, desde que o(s) tamanho(s) por ele atingido(s) seja(m) de muita saída 
e) ( ) O percentual de reajuste pode ser arredondado para mais ou para menos. 
 
Atenção: Além das criadas ferramentas de trabalho, você precisará, para ter bom êxito, 
usar outra, de muita importância, que já nasceu com você e que ninguém poderá lhe ensinar: a 
vivacidade. 
 
 
61 
18. Desperdício do corte 
Todas as partes do material que não entram na constituição final da peça são 
chamadas de desperdício. 
 
18.1. Tipo de desperdício 
 
Desperdício de planejamento 
Decorre da dificuldade para o planejador de escolher sempre as melhores soluções na 
preparação das ordens do corte 
 
Desperdício de encaixe 
Partes do tecido que se encontram entre os moldes que não se encaixam 
perfeitamente. Esse tipo de desperdício é tecnicamente muito interessante para estudo. Ele está 
ligado diretamente a dois fatores: as características dos moldes e dos encaixes. Um molde quase 
nunca é uma peça perfeitamente quadrada ou retangular, que se encaixa dentro do tecido, ele 
apresenta curvas, quinas, concavidades e convexidade que influem sobre as possibilidades de 
encaixá-los dentro da menor área retangular possível. 
 
Desperdício básico 
Proveniente da qualidade dos materiais, tais como, defeito variação de largura, 
extremidades das peças rasgadas ou manchadas, etc. 
 
Desperdício de enfesto 
Surge devido à falta de habilidades ou descuido do enfestador. 
 
Qualquer desperdício que possamos evitar é lucro para a empresa. 
As características do encaixe (risco) são a largura e o número de moldes ou de 
tamanhos riscados juntos, dentro de uma seção (risco). 
 
Observação: O desperdício é menor, em termos percentuais, quanto maior tamanho contiver o 
encaixe (dentro de um limite). Quanto maior o número de moldes mais possibilidades de troca. 
 
O desperdício diminui quando aumenta a largura do encaixe. Também diminui quando 
aumenta o número de tamanhos riscados ou, mais precisamente, o número de tamanhos 
riscados. 
62 
O fato de aumentar a largura, diminuindo o desperdício é relativo, já que, às vezes, um 
aumento de 10 cm na largura poderia não comportar nenhuma peça da nossa modelagem (ou 
modelo). 
Causas de desperdício e soluções possíveis 
 Condições do tecido. 
 Característica dos moldes. 
 Encaixe. Planejamento. 
 Enfesto. 
 Reposições. 
 
 Condição do tecido 
O nível de qualidade, as diferenças de tonalidade, dentro dos mesmos lotes, e as 
variações de largura de uma peça para outra são causas importantes de desperdício, que 
podem ser evitados por meio de um sistema de revisão e armazenamento adequado. 
 
18.2. Características dos moldes 
 Encaixe 
O desperdício diminui quando aumenta a largura do encaixe e também quando se eleva o 
número de moldes riscadores Também influencia bastante o número de moldes grandes, que se 
encaixam dentro da largura útil do tecido. O conhecimento desses fatores, associado às técnicas 
de encaixes, com moldes miniaturizados, com ou sem assistência do computador, permite reduzir 
consideravelmente o desperdício nessa área. 
 
Planejamento 
Possibilita ou não as situações favoráveis ou desfavoráveis ao bom aproveitamento do 
material. 
Devem-se planejar: 
 Os encaixes com dimensões adequadas. 
 Tecidos com larguras homogêneas. 
 Misturas adequadas de tamanhos, etc. 
 
 
 
 
63 
 Enfesto 
Depende da habilidade do operador e ocorre essencialmente: 
 Nas pontas. 
 Nas emendas (de peça para peça ou defeito cortado). 
 Na borda reta do enfesto. 
 
Esse tipo de desperdício é mais fácil de controlar, permanece dentro das normas. O 
controle das emendas e, muitas vezes, esquecidos. O operador corta as sobras excessivas nas 
pontas, dando a falsa impressão de um enfesto perfeito. 
 
 Reposições 
As reposições podem constituir uma das áreas mais importantes de desperdício. 
Na maioria das indústrias de confecção, existe a tendência de responsável pela costura 
atribuir seus problemas ao setor de corte e o responsável pela sala de corte, atribuindo o 
desperdício com as peças estragadas ao pessoal do colega de trabalho. 
O controle de desperdício de material envolve a participação efetiva de técnicos de bom 
nível geral e matemática. 
 
 
 
 
64 
 
65 
19. Empacotamento e etiquetagem 
 
Pacote Integral 
Consiste em reunir num mesmo pacote todas as partes componentes de um produto. 
Usado quando se trabalha com produtos não padronizados, quantidades diárias indefinidas, 
reduzido o número de operações. 
 
Pacote desmembrado 
Consiste em reunir em pacotes diferentes as partes componentes de um mesmo 
produto. 
Exemplo: pacote para frente, outro para costas, outro para gola, etc.… Usado quando 
se trabalha com produtos padronizados, quantidades diárias de produção definida, grandes 
operações. 
 
Etiquetagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
É o ato de codificar, com etiquetadoras ou carimbos, as partes cortadas das peças, de 
acordo com o tamanho, tonalidade, direito e avesso e outras indicações, para orientar os 
trabalhos na confecção. 
A etiquetagem pode ser feita: 
 Manualmente com giz: a empacotadora com giz marcador marca a peça de cima e de 
baixo do pacote. 
 Máquina de etiquetar Soabar: etiqueta costurada ou grampeada. 
 
Depois que as peças estiverem cortadas em pilhas, elas devem ser identificadas e 
separadas adequadamente para facilitar o manuseio durante as operações de costura. 
66 
O corte é feito, misturando-se várias cores, mas depois estas devem ser separadas 
novamente para evitar mudanças contínuas e excessivas da linha de costura. 
A tonalidade é outro problema. Dois rolos de tecidos da mesma cor têm tonalidades 
ligeiramente diferentes, o que só se nota quando são colocados juntos. Algumas vezes, isso 
acontece até com as peças cortadas do princípio e do fim do mesmo rolo. Portanto, temos que 
nos certificar que todas as peças de uma mesma vestimenta venham da mesma camada de 
tecido. 
Para evitar qualquer mistura, cada parte da vestimenta é identificada em ordem 
sequente, por meio de máquina de etiquetar ou carimbos. Esta identificação (etiqueta) deve 
conter tamanho, ordem de fabricação e número da peça. 
Após todas as partes terem sido destacadas do enfesto, iniciar a etiquetagem, fazendo 
o devido acerto dos dígitos (tamanho e código de tonalidade), colocando a etiqueta no avesso 
e fora do alcance das costuras. 
Os códigos selecionados nos dígitos deverão ser utilizados até que todas as peças do 
conjunto sejam etiquetadas. 
Dessa maneira, economiza-se tempo, sem mudanças desnecessárias de código e 
diminui-se a probabilidade de erros. 
Durante esse trabalho, deve-se aproveitar a disposição das peças para conferir 
qualitativa e quantitativamente o corte, verificando se todas as partes componentes foram 
cortadas devidamente. 
 
19.1. Tipos de Etiquetagem 
 
Por peça 
Consiste em identificar peça por peça de um corte. É usada quando não há repetição de 
cores no enfesto. Nesse caso, selecionam-se no visor da etiquetadora os dígitos relacionados 
aos tamanhos das peças, como por exemplo, 40, 41, 44 etc. 
 
Por lote 
Consiste em identificar apenas o pacote do qual várias peças fazem parte. Usada quando 
há repetição de cores no enfesto. Nesse caso, os dígitos selecionados são relativos ao número 
da cor do lote e aos tamanhos das peças, como por exemplo: 01 40 – em que 01 é o número do 
lote e 40 é número do tamanho da peça. 
 
67 
Por peças e por pacotes 
Consiste em identificar cada peça e cada pacote. Usada quando se encontra mudança 
de cor na mesma peça de tecido ou quando há muitas repetições de cores. Nesse caso, todas 
as folhas devem ser etiquetadas, com etiquetas que contenham o número a que se refere a 
sua posição no enfesto e o tamanho do molde. 
Esse tipo de enfesto ocorre muito em aproveitamento de pontas ou quando se vai cortar 
em grandes quantidades, porém, com peças de tecidos de pouca metragem, que obriga 
aumentar as repetições. 
 
 Carimbos e marcadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Após a operação de etiquetagem, já podemos começar a separar as pilhas em pacotes. 
A quantidade de peças num pacote depende de uma série de fatores. Vejamos alguns: 
 Quantidade cortada por tamanho e cor na ordem de fabricação: já que não devemos 
misturar as peças de tamanhos diferentes. 
 Tipo de artigo: peso e volume. 
 
O pacote poderá ter a sua qualidade especificada pelo talão do pacote feito pela 
programação. 
Os pacotes devem ser completos (contendo todas as partes do artigo) ou divididos em 
diversos de acordo com o sistema de fabricação utilizado na confecção. 
Para se obter um encaixe perfeito e necessário: 
 Conhecer o sentido do fio das partes componentes dos moldes e colocar sobre o 
enfesto de maneira que aproveite o máximo todo espaço do tecido. 
 A disposição dos moldes feita de maneira econômica e os indícios de desperdícios são 
os menores. 
 O tipo de encaixe é adequado ao tipo de molde, ao tipo de tecido. 
 
68 
 
69 
20. Controle de qualidade no corte 
É um método de inspeção, análise e ação corretiva, aplicado no processo de 
fabricação, visando atingir e manter o desejável nível de qualidade. 
São inspecionados: as matérias-primas, os produtos em fabricação, os produtos finais e 
os equipamentos. Todas as causas e defeitos são investigados e analisadas as reações dos 
receptores dos produtos acabados. 
Pelo controle de qualidade, podemos controlar uma produção no nível mais econômico 
possível. 
É imprescindível o controle de qualidade na seção de corte, pois todo o processo 
produtivo se inicia nele, pois nas fases anteriores de produção de desenhos, modelagem e 
montagem de protótipo e até mesmo mostruários eram em pequenas quantidades. 
Qualquer uma das fases de trabalho no setor de corte, enfesto, encaixe, risco, corte, 
etiquetagem, separação e embalagem, se desenvolvidas sem qualidade, poderá causar 
atrasos na produção e danos materiais que resultarão em prejuízos. 
E a melhor maneira de garantir a qualidade e a inspeção 
 
20.1. A inspeção 
É o processo de medida, exame teste ou verificação da unidade de produto, segundo as 
normasespecificadas. 
Unidade de produto e o item inspecionado para a classificação, quanto à qualidade. 
A unidade de produto pode ser um simples artigo, um par um subconjunto um conjunto, 
um componente, um produto acabado, um comprimento, uma área, um volume, uma 
quantidade, etc. 
No setor de corte, todas as fases de trabalho devem ser inspecionadas. Os pontos 
observados em cada uma dessas fases. 
 
Fatores de inspeção 
Na seção de corte: todas as fases de trabalho devem ser inspecionadas. Os pontos 
observados em cada uma dessas fases são: 
No encaixe 
 A modelagem deve estar completa. 
 Todas as partes que compõem o modelo devem estar presentes, com as informações 
necessárias voltadas para cima. 
 A média de consumo de tecido prescrita deve ser respeitada. 
 Os tipos de encaixe devem estar condizentes com os tipos de modelo e tecido. 
 Todos os moldes devem ter a linha indicadora do fio paralelo à ourela. 
70 
No risco 
 As linhas devem ser únicas, sem formação de bifurcação, degraus ou rabiscos. 
 Todas as marcações devem ser obedecidas, como piques, aberturas, posicionamento 
dos bolsos, etc. 
 As margens de segurança nas extremidades do risco devem estar marcadas no sentido 
da largura. 
 As dimensões originais dos moldes devem ser mantidas após seu contorno com lápis, 
caneta ou giz. 
 
No enfesto 
 O esquadrejamento da primeira folha do enfesto deve ser feito em papel, com precisão. 
 Os acessórios (grampos, prendedores de enfesto, garras ou barras) devem ser 
colocados cuidadosamente, respeitando o esquadrejamento. 
 O tipo de enfesto deve estar adequado ao tipo de molde ou de tecido. 
 Uniformidade no acerto de ourelas e nas extremidades dobradas ou cortadas no 
enfesto. 
 Separação de tonalidades. 
 A variação na largura das camadas de tecido enfestado não deve ser frequente e nem 
mostrar diferenças muito acentuadas. 
 Quantidade de folhas de tecido no enfesto. 
 Colocação e fixação do risco marcador sobre o enfesto, que deve estar bem estendido, 
sem rugas ou dobras. 
 
 
 No corte 
 Observação dos piques, aberturas e marcações feitas manualmente ou à máquina. 
 Uniformidade das medidas de todas as peças cortadas, da primeira à última folha do 
bloco de enfesto (todas devem ter as mesmas medidas do molde riscado). 
 Profundidade dos piques. 
 Verificação de todas as peças, uma a uma, com reposição imediata das partes com 
defeitos de corte ou tecido. 
 
Na separação e embalagem 
 A montagem dos lotes deve ser de forma adequada ao uso do setor a que se destinam. 
 A amarração deve ser firme e bem feita para que não se percam as partes pequenas. 
 A ficha de identificação do pacote deve fornecer informações suficientes para sua 
utilização posterior. 
71 
 
Na etiquetagem 
 As partes componentes do modelo devem estar uma ao lado da outra, com a mesma 
numeração, num esquema que facilite a etiquetagem. 
 A codificação deve evitar que haja mistura de partes provenientes de peças de tecido 
diferentes ou de tamanhos diferentes. 
 As etiquetas devem ser colocadas, pelo avesso, em local visível sem atrapalhar a 
costura. 
 
72 
 
73 
21. Cálculos dos desperdícios 
Aplique esta fórmula: 
 
 eso das perdas x 
 eso do tecido consumido
 
 
Exemplo: foram adquiridos 300 kg de malhas para fabricar 1.800 blusinhas. Após terem 
feito o corte, os retalhos foram pesados e obtivemos 9kg. Qual o percentual de desperdício? 
 
 
 g x 
 g
 
 g
 g
 de desperdício 
 
Exercícios 
 
1. Foram adquiridos 15.500 kg de malhas para fabricar 100 camisetas. Após terem feito o 
corte, os retalhos foram pesados e obtivemos 2.650 kg. Qual o percentual de desperdício? 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
2. Após realizar o corte de 300 bermudas jeans, as peças cortadas foram pesadas, obtivemos 24.000 kg 
e os retalhos pesaram 3.500 kg. Qual o percentual de desperdício? 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
3. Adquiri 10 peças de tecidos. Pesando-as, ainda embaladas, obtive 220.000 kg. Depois de 
enfestado todo o tecido, pesei as embalagens e obtive 2.500 kg. Pesei os retalhos após o corte, 
obtive 20.000kg. Calcule o percentual de desperdício? 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
74 
4. Calcule o desperdício de um corte em que a matriz pesou 0,390 kg. Foi colocado no enfesto 
50 folhas de tecido e os retalhos pesaram 1,300 kg. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
5. Calcule o desperdício de um corte no qual a matriz foi feita em papel, medindo 3,95 m. 
Pesando um retalho de 3,68 m, encontramos 1.200 kg. No enfesto, colocamos 53 folhas de 
tecido, após o corte os retalhos foram pesados e obtivemos 8.150 kg. 
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
____________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
75 
22. Talão de pedidos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O pedido que você acabou de ver vai ser estudado passo a passo, a fim de que não restem 
dúvidas. 
Figura 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
O que é que você nota no impresso preenchido que acaba de ser apresentado? 
Observe: 
 O pedido do cliente indica 4 (quatro) modelos diferentes (Alfa, Beta, Delta e Gama). 
 Sabe-se, pela Referência idêntica em todos os modelos (15 L), que o tecido a ser usado 
é o mesmo. 
76 
 A Grade de Tamanhos indica as quantidades por manequim (34, 36,38, 40,42, 44, 46, 
48, 50 e 52) e por cores (azul, verde, limão e rosa), bem como o total geral por cor e por 
modelo. 
 Todos os modelos têm a mesma data de entrega. 
 Cada modelo tem a indicação do seu preço unitário de venda ao cliente. 
 
Se você entendeu tudo que havia no pedido do cliente, é preciso agora, passar todas 
essas informações, porém de outra forma ordenada, para outro formulário, que, desta vez, será 
preenchido por você mesmo. 
Sempre aproveitando o caso concreto que está sendo estudado, passemos à próxima 
etapa. 
 
77 
23. Formulário de preparação da 
ordem de fabricação 
 O formulário em estudo serve para receber o transporte do pedido por cor e modelo. 
Assim, você terá de preencher tantos desses formulários quantos sejam os modelos 
pedidos e suas respectivas cores. 
Portanto: 
Pense... 
Como no caso em estudo, o cliente pediu quatro modelos em quatro cores, você deverá 
preparar 16 formulários (4 x 4= 16), uma para cada cor de modelo. 
Aqui tem você o formulário de preparação da ordem de fabricação ainda em branco. 
 
MOD: REF: COR: TECIDO: LARG: 
Nº do 
pedido 
 0 1 2 3 4 5 6 
Total 
 PP P M G GG2 4 6 8 10 12 14 16 
34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela 1 
Fonte: SENAI-GO, s/d SENAI-GO, s/d 
 
Pense... 
Numa fábrica de confecção de vestuário, você não teria, apenas, um pedido para 
transportar para o formulário de preparação da ordem de fabricação. Na verdade, há dezenas, 
centenas deles. 
Portanto, embora os pedidos possam ser muitos – e, na prática o são – o processo de 
transporte para o formulário de preparação da ordem de fabricação é sempre o mesmo, ou 
seja: 
 
78 
 
 
 
 
 
 
 
Agrupar cada modelo por cor e tamanho, realizando, ao final, a soma de todas as 
quantidades, a fim de saber o número de peças da mesma cor para cada modelo. 
Com os conhecimentos e noções até aqui apresentados, você já pode, diante de 2 ou 
mais pedidos, fazer o seu transporte para o formulário de preparação da ordem de fabricação. 
Vamos ver se você já domina essa técnica? Faça o exercício a seguir. 
Na verdade, ela se repetirá, seja qual for a quantidade de modelos (Alfa, Beta, Gama, 
Delta, etc.), de cores (azul, verde, limão, rosa, etc.), ou tamanhos (36, 38, 40, etc.), que o 
pedido do cliente contenha. 
Assim, cada modelo terá um formulário específico indicando seu total por cor. 
A soma das cores de cada modelo indicará quantos deles, naquela cor, precisarão ser 
fabricados dentro dos respectivos tamanhos. 
No entanto, atenção, é possível e quase sempre acontece, existirem na expedição da 
fábrica, peças já prontas que sobraram de ordens de fabricação anteriores, seja por desistência 
ou cancelamento do cliente, seja porque ultrapassaram o prazo de entrega estipulada pelo 
fabricante. 
Assim, você deverá, depois de somadas, no seu formulário, as cores dos respectivos 
modelos e tamanhos, consultar a expedição sobre essas peças que sobraram e, obtidas as 
quantidades ali existentes, abatê-las do seu total. 
 
 
 
 
 
 
 
No seu formulário de ordem de fabricação, você verificou que há necessidade de 
fabricar 200 modelos Beta, na cor limão, tamanho 36. Após consultar a expedição, você é 
informado de que ali existem 50 modelos Beta na cor limão e no tamanho 36. Logo, você só 
precisará mandar fabricar 150. Esse abatimento será feito por você na sua ordem de 
fabricação. 
Eis um 
exemplo 
teórico: 
79 
Assim sendo, tente, agora, fazer sozinho o exercício a seguir: 
 
Exercícios 
 
1. Na preparação de uma ordem de fabricação, você verifica que é preciso fabricar, dentre 
outros, 180 modelos Gama na cor verde, no tamanho 44 (1ª / 2ª pedidos) e 115 modelos Gama 
(1ª / 2ª pedidos) na cor verde, tamanho 36. Consultando a Expedição, você é informado que 
existem 45 modelos gama na cor verde, tamanho 44 e 9 modelos Gama na cor verde, tamanho 
36. Escreva, no formulário abaixo, o subtotal de todos os tamanhos, o desconto e o total geral 
de todos eles. 
 
MOD: REF: COR: TECIDO: LARG: 
 
Nº do 
pedido 
 0 1 2 3 4 5 6 
Total PP P M G GG 
 2 4 6 8 10 12 14 16 
34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 
7893 - - 60 70 90 88 100 80 50 45 20 603 
8002 - - 55 65 85 120 80 75 48 40 22 590 
Subtotal 
Desconto: 
Total 
Geral 
 
 
 
 
Se você não teve a menor dificuldade em fazer, com êxito, o exercício acima, já pode 
chegar ao ponto central da sua aprendizagem, que é a Programação de Risco e Corte. Vamos, 
então, fazer uma pequena pausa e, depois, continuar a sua aprendizagem. 
 
2. Na elaboração de uma ordem de fabricação, você verifica que é preciso fabricar as 
quantidades que se encontram indicadas no respectivo formulário “A”. Consultada a expedição, 
esta informa que existem, para o modelo Beta Vermelho, as quantidades registradas na tabela 
B. Indique no formulário “A”, o subtotal, o desconto e o total geral de todos os tamanhos. 
 
80 
MOD: REF: COR: TECIDO: LARG: 
 
Nº do 
pedido 
 0 1 2 3 4 5 6 
Total PP P M G GG 
 2 4 6 8 10 12 14 16 
34 36 38 40 42 44 46 48 50 52 
4856 12 30 88 100 45 58 118 69 30 50 600 
7895 6 42 12 15 5 19 5 96 10 100 310 
Subtotal 
Desconto: 
Total 
Geral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
81 
24. Planejamento de risco sem 
reajuste 
Exercícios 
1. Abaixo, você tem vários formulários de planejamento de risco, apenas preenchidos com as 
quantidades pedidas para cada tamanho, e a modelagem é simétrica. Faça o planejamento de 
risco correspondente, apresentando a menor quantidade de risco possível. 
 
Frequência máxima - 8 n° folhas do enfesto - 20 reajuste - 0% 
RISCO MOD: X REF.: X COR: 01 
CÓD N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOT 
PEDIDO 20 60 100 70 50 50 20 10 10 390 
REAJUSTE 
 
 
 
 
 
 
 
Frequência máxima: 4 nº de folhas do enfesto: 40 reajuste 0% 
RISCO MOD: X REF.: X COR: 01 
CÓD N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOT 
PEDIDO 20 100 150 90 80 20 50 10 10 530 
REAJUSTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
82 
 
Frequência máxima: 12 nº de folhas do enfesto: 80 reajuste 0% 
RISCO MOD: X REF.: X COR: 01 
CÓD N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOT 
PEDIDO 150 520 740 470 280 150 120 120 120 2.670 
REAJUSTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Frequência máxima: 10 nº de folhas do enfesto: 60 reajuste 0% 
RISCO MOD: X REF.: X COR: 01 
CÓD N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOT 
PEDIDO 120 370 480 400 170 150 110 90 90 1.980 
REAJUSTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
83 
Frequência máxima - 12 n° de folhas do enfesto - 80 reajuste 0% 
RISCO MOD: X REF.: X COR: 01 
CÓD N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOT 
PEDIDO 140 520 740 460 280 2.140 
REAJUSTE 
 
 
 
 
 
 
 
A partir de agora, você irá aprender a fazer o seu planejamento de risco com números 
não redondos (ou “picados”), que são os mais comuns na prática fabril. 
Além desses números não redondos, você passará a utilizar, numa etapa posterior, o já 
conhecido, mas ainda não aplicado, percentual de reajuste do pedido. 
O bom êxito do seu planejamento, com esses novos elementos, vai depender de todas 
as noções teóricas que você já aprendeu nos módulos anteriores desta série e da prática 
obtida na feitura de Planejamento de Riscos com números redondos. 
Comecemos, portanto, como sempre, com um caso concreto em que, numa primeira 
etapa, você deva fazer um planejamento de risco, relativo a apenas uma cor, porém, com 
pedidos de tamanhos, cujos números, ora são redondos (inteiros), ora são redondos 
(“picados”), para um artigo R , referência KL, na cor 01, de modelagem simétrica. 
 
Desafio: faça um planejamento de risco com 3 riscos marcadores, o pedido não vai fechar, 
haverá sobras. 
 
84 
 FREQ. 4 Nº FOLHAS: 50 FREQ. 6 Nº FOLHAS: 40 
Risco 
Mod: RD REF: XL COR: 
01 
 Risco Mod: REF: COR: 
Cód 
N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOT Cód 
N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOT 
Pedido 9 48 115 76 60 44 47 25 10 434 Pedido 13 54 158 84 51 18 20 13 13 424 
Reajuste Reajuste85 
25. Planejamento de risco com 
reajuste de 10% 
 
Frequência máxima: 8 nº de folhas do enfesto: 60 reajuste 10% 
 
RISCO 
MOD: X REF.: X COR: 01 
CÓD N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOTA
L 
PEDIDO 29 145 275 161 143 100 74 30 28 985 
REAJUSTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Frequência: 10 Nº de folhas do enfesto: 80 reajuste: 10% 
 
RISCO 
MOD: X REF.: X COR: 01 
CÓD N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOTA
L 
PEDIDO 142 527 696 461 288 2.114 
REAJUSTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
86 
Frequência: 10 Nº de folhas do enfesto: 60 reajuste: 10% 
 
RISCO 
MOD: X REF.: X COR: 01 
CÓD N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOTA
L 
PEDIDO 477 398 168 138 85 1.266 
REAJUSTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Frequência: 12 Nº de folhas do enfesto: 70 reajuste: 10% 
 
RISCO 
MOD: X REF.: X COR: 01 
CÓD N 
FLS 
36 38 40 42 44 46 48 50 52 TOTA
L 
PEDIDO 279 422 571 605 219 2.096 
REAJUSTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
87 
Referências 
CARR, Harold e LATHAM, Bárbara (1998). The Techonology of Clothing Manufacture: 
Núcleo de Publicações (CEETIQT), Editora BSP Prorfessional Books. 
Revista Costura Industrial, Julho de 1978. 
Programação de Risco e Corte - Módulos Instrucionais SENAI / CETIQT. Paulo Dis Nazareth. 
Apostila: A Seção de Corte, SENAI / CETIQT. Cícero Ataualpa nobre de Almeida, 1989. 
ALMEIDA, Cícero A. N. de. A seção de corte. 
COOKLIN, Gerry. Introdução à fabricação de roupas. 
PICKEN, Mary Brook. Livro de Costura Singer. 
SOUZA, Sidney Cunha de. Introdução à tecnologia da modelagem industrial. 
BARNES, Ralph. Estudos de Movimentos e Tempos.

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