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1 2 Todos os direitos reservados a Abracomex - Associação Brasileira de Consultoria e Assessoria em Comércio Exterior. Material teórico didático para subsídio no processo de ensino e aprendizagem. Coordenador do Curso: João Marcos Andrade Direção por: Marcus Vinícius Franquine Tatagiba. SOBRE ESTE CONTEÚDO: 3 APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR Professor: Marco Antonio da Silva. Administrador com ênfase em Comércio Exterior pela Faculdades Tibiriçá, MBA em Gestão de Negócios Internacionais e Despacho Aduaneiro, CEO do Grupo Comex Online, consultor, palestrante, escritor, professor e instrutor de Comércio Exterior. 4 INTRODUÇÃO À EXPORTAÇÃO 5 TÓPICOS A SEREM ABORDADOS: Forças Proativas e Reativas. Aspecto Comercial. Aspecto Administrativo. Fluxograma da Exportação. 6 POR QUE OPTAR PELA EXPORTAÇÃO NA SUA EMPRESA? FORÇAS PROATIVAS Aumento do lucro. Produto único e diferenciado. Vantagem tecnológica. Vantagem logística. Benefícios fiscais. FORÇAS REATIVAS Pressões competitivas. Excesso de produção. Queda nas vendas do mercado interno. Proximidade de clientes e mercado. 7 PREMISSAS BÁSICAS ASPECTO COMERCIAL: Promoção da empresa e/ou do produto em feiras de negócios, internet, federações de classe, MRE (Secom´s), Apex, etc. Identificar o mercado potencial. Noções das leis do país de destino. Fatores de diferenciação cultural (idioma, religião e educação). 8 PREMISSAS BÁSICAS Planejamento interno (pesquisa do mercado destino, formação de preços para exportação, embalagens, etc). Melhor maneira de operar: direta, via distribuidor, via agente. Envio de catálogos comerciais/amostras. Viagens e, Crédito X Investimento. 9 ASPECTO ADMINISTRATIVO Registro no RADAR da RFB. • Submodalidade Expressa • Submodalidade limitada • Submodalidade ilimitada • Condução do processo de habilitação por meio de PROCESSO DIGITAL – Via Portal Único de Comércio Exterior. Registro no REI (registro de importador e exportador da SECEX). Sempre na primeira operação e não gera número. 10 FLUXOGRAMA DE EXPORTAÇÃO 11 RESUMO FINAL Foram analisadas os fatores proativos e reativos para se exportar. Logo após as premissas básicas de como fazer, passado pelos aspectos comerciais e administrativos. Finalizamos observando o fluxo das informações na exportação. 12 PORTAL ÚNICO DE COMÉRCIO EXTERIOR 13 TÓPICOS A SEREM ABORDADOS: O Portal Único de Comércio Exterior. Declaração Única de Exportação – DU-E. Passo a Passo Para elaboração da DU-E. 14 O PORTAL ÚNICO DE COMÉRCIO EXTERIOR O Programa Portal Único de Comércio Exterior é uma iniciativa de reformulação dos processos de importação, exportação e trânsito aduaneiro. Com essa reformulação, busca-se estabelecer processos mais eficientes, harmonizados e integrados entre todos os intervenientes públicos e privados no comércio exterior. O Programa Portal Único de Comércio Exterior nasce baseado em três pilares: Site: http://www.portalsiscomex.gov.br/ http://www.portalsiscomex.gov.br/ 15 DECLARAÇÃO ÚNICA DE EXPORTAÇÃO - DU-E A DU-E é um documento eletrônico que contém informações de natureza aduaneira, administrativa, comercial, financeira, tributária, fiscal e logística, que caracterizam a operação de exportação dos bens por ela amparados e definem o enquadramento dessa operação (art. 7° da IN RFB n° 1.702, de 2017). A DU-E servirá de base para o despacho aduaneiro de exportação (art. 7°, inciso II, da IN RFB n° 1.702, de 2017), em substituição aos atuais Registro de Exportação (RE), Declaração de Exportação (DE) em suas versões na web e no Grande Porte e Declaração Simplificada de Exportação (DSE). 16 PASSO A PASSO PARA ELABORAÇÃO DA DU-E ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DA DU-E 1. Uma vez dentro do Portal, o usuário deve acessar o menu “exp” ou clicar no botão “Exportação” conforme indicado (marcação vermelha) na imagem abaixo: 17 PASSO A PASSO PARA ELABORAÇÃO DA DU-E 2. Em seguida basta acessar o menu “Declaração Única de Exportação” e escolher a opção “Elaborar DU-E”, conforme indicado na imagem abaixo: 18 PASSO A PASSO PARA ELABORAÇÃO DA DU-E 3. O usuário deve preencher os campos da aba denominada Informações Gerais, conforme abaixo, e em seguida clicar no botão “Avançar”: Obs: os campos marcados com asterisco vermelho são de preenchimento obrigatório. 19 ELABORAÇÃO DE DU-E 20 ELABORAÇÃO DE DU-E 21 ELABORAÇÃO DE DU-E CPF/CNPJ do Declarante: campo obrigatório. O usuário deverá digitar o CPF ou CNPJ do declarante. O despachante aduaneiro, no exercício de suas atribuições, não é considerado um declarante. Forma de exportação: campo obrigatório. O usuário deve selecionar a opção adequada. RUC: campo opcional. Caso o declarante ou exportador não informe uma RUC, o sistema automaticamente criará uma ao final do processo de registro da declaração. Moeda de negociação: campo obrigatório. O usuário deve selecionar dentre uma lista fornecida. 22 ELABORAÇÃO DE DU-E URF de despacho: campo obrigatório. O usuário deve selecionar uma Unidade da Receita Federal onde será realizado o despacho aduaneiro. Para o piloto, as Unidades serão Uruguaiana ou Foz do Iguaçu. Indicador se o despacho será realizado em recinto: campo obrigatório. No atual estágio da DU- E, apenas despachos em recinto são permitidos. Dessa forma, a opção “SIM” já virá selecionada. Recinto de despacho: campo obrigatório, no atual estágio da DU-E. O usuário deve selecionar dentre uma lista fornecida. Para o piloto em Uruguaiana e Foz do Iguaçu devem ser indicados os respectivos portos secos rodoviários. 23 ELABORAÇÃO DE DU-E URF de embarque: campo obrigatório. O usuário deve selecionar dentre uma lista fornecida. Para o piloto, as Unidades serão Uruguaiana ou Foz do Iguaçu. Indicador se o embarque se dará em recinto: campo obrigatório. Para o piloto em Uruguaiana e Foz, será necessário que seja selecionado o “Sim”. Recinto de embarque: se foi indicado que o embarque será feito a partir de recinto, obrigatoriamente o usuário deverá selecionar um dentre lista fornecida. Para o piloto em Uruguaiana e Foz do Iguaçu devem ser indicados os respectivos portos secos rodoviários. 24 ELABORAÇÃO DE DU-E Via especial de transporte: se for o caso, o usuário deverá selecionar uma das opções disponíveis (meios próprios, em mãos, por reboque, dutos, linhas de transmissão). A indicação de uma via especial de transporte indica ao sistema que à operação não haverá uma manifestação de carga obrigatória. Ex: não há que se falar em manifesto de carga quando a mercadoria é transportada em mãos. Informações complementares: campo opcional. 25 ELABORAÇÃO DE DU-E 4. O usuário deve informar as chaves de acesso das NF-e de exportação que instruirão a DU-E e clicar no botão “Adicionar”. Após adicionadas todas as notas de exportação, o usuário deve clicar no botão “Avançar”. 26 ELABORAÇÃO DE DU-E Podem ser informadas várias NF-e para uma mesma declaração desde que o importador seja o mesmo em todas elas. Na instrução da DU-E, o Portal Único Siscomex somente aceitará NF-e de exportação que esteja disponível no ambiente nacional do SPED, autorizada, válida, com finalidade “normal” ou “devolução”, com CFOP de exportação, com unidade de medida estatística compatível com a NCM e que não esteja vinculada a outra DU-E (não cancelada). Uma mesma NF-e não pode ser vinculada a mais de uma DU-E “ativa”. Porém, quando a DU-E é cancelada, as notas fiscais de exportação ficam novamente disponíveis para serem utilizadas em nova DU-E. 27 ELABORAÇÃO DE DU-E Em função do tipo de operação informada pelo declarante, o Portal Único Siscomex automaticamente fará as seguintes validações: a) Se a operação for por conta própria, o sistema só aceitará NF-e cujo emitente seja igual ao declarante informado. Para efeitos de registro de DU-E, filiais de uma mesma empresa não são consideradas como pessoas distintas. Dessa forma, numa exportação própria, o declarante pode sera filial A e as notas podem ter sido emitidas pelas filiais B, C e D. b) Se a operação for conta e ordem de terceiro, o sistema só aceitará NF-e cujo emitente seja pessoa distinta do declarante. 28 ELABORAÇÃO DE DU-E c) Se a operação for por meio de operador de remessa expressa/postal, o sistema só aceitará NF- e cujo emitente seja pessoa distinta do declarante e este obrigatoriamente deve ser empresa de remessa expressa ou Correios. 29 ELABORAÇÃO DE DU-E 5. Na aba “Detalhamento dos Itens” estarão listados os itens de DU-E originados a partir dos itens das notas fiscais de exportação: No exemplo acima, foram informadas três NF-e de exportação, cada uma com um item. Assim, foram originados 3 itens de DU-E. O ícone vermelho (hífen vermelho), na última coluna à esquerda, indica que faltam informações a serem prestadas naquele item de DU-E. 30 ELABORAÇÃO DE DU-E 6. O usuário deve então clicar em cada um dos itens para que possa informar os demais dados necessários à declaração e que não constam da NF-e. Na imagem a seguir foi selecionado o item 001 da DU-E (a linha do item fica com o fundo azul claro) e abaixo da lista de itens passam a ser exibidos os campos do item em questão. Obs: nas imagens a seguir, o que está marcado de verde são informações vindas diretamente da NF-e e não podem ser editadas. O que está marcado de laranja é informação proveniente da Tabela Siscomex. 31 ELABORAÇÃO DE DU-E Neste primeiro bloco de informações do formulário, o usuário pode indicar: Tratamento prioritário: campo opcional. Permite informar que trata-se de carga viva, perecível, perigosa ou partes/peças para manutenção de aeronaves ou embarcações que, por força do Art. 61 da IN RFB No 1.702/2017, possuem prioridade de tratamento no despacho aduaneiro. 32 ELABORAÇÃO DE DU-E Descrição complementar: campo opcional. Este campo pode ser utilizado para complementar a descrição da mercadoria (obtida da NF-e), uma vez que o campo de descrição da nota fiscal possui uma limitação de 120 caracteres, o que muitas vezes impossibilita uma adequada e completa descrição, conforme determina o inciso III, do §2º e §3º do Art. 69 da Lei No 10.833/2003. 33 ELABORAÇÃO DE DU-E Peso líquido total (KG): campo obrigatório. Deve ser informado, em quilogramas, o peso líquido total do item de DU-E em questão. Condição de venda: campo obrigatório. Deve ser selecionada a condição de venda acertada com o importador estrangeiro. VMCV: campo obrigatório. É o valor da mercadoria na condição de venda, na moeda de negociação. 34 ELABORAÇÃO DE DU-E VMLE: campo obrigatório. É o valor da mercadoria no local de embarque, na moeda de negociação. Na exportação corresponde ao valor FOB da mercadoria. Comissão do Agente (%): campo opcional. Refere-se a comissões pagas por exportadores brasileiros a seus agentes de venda no exterior (§3º, do Art. 2º do Decreto Nº 6.761/2009). Deve ser informado em termos percentuais e obedecer a limites estabelecidos por NCM (vide Tabela VI disponível no site do MDIC). 35 ELABORAÇÃO DE DU-E Nota: caso a NCM em questão possua algum Atributo (que atualmente no RE é chamado de “destaque NCM”), o campo será exibido na tela para o usuário informá-lo. Inicialmente, os atributos serão equivalentes aos destaques de mercadoria, sendo que o conteúdo é o que corresponde aos dois dígitos do código atual do destaque de NCM. 36 ELABORAÇÃO DE DU-E Enquadramentos de operação: campo obrigatório. Podem ser informados até quatro enquadramentos por item de DU-E e estes devem respeitar às mesmas regras de combinação atualmente aplicáveis ao Registro de Exportação (RE). A verificação da compatibilidade dos enquadramentos informados será realizada quando do registro da declaração. Havendo incompatibilidade entre enquadramentos de um mesmo item de DU-E ou entre enquadramentos de diferentes itens da DU-E, o sistema exibirá mensagem de erro e impedirá o registro da declaração. 37 ELABORAÇÃO DE DU-E Exportação temporária – prazo pretendido (em dias): deve ser preenchido caso o enquadramento indicado seja de exportação temporária. Exportação temporária – dossiê digital de atendimento : deve ser preenchido caso o enquadramento indicado seja de exportação temporária. 38 ELABORAÇÃO DE DU-E País de destino: campo obrigatório. Deve ser indicado o país de destino final da mercadoria. Nesta versão da DU-E, por enquanto, apenas 1 deverá ser selecionado. 39 ELABORAÇÃO DE DU-E Notas Fiscais Referenciadas: campo opcional. Caso existam, devem ser informadas as chaves de acesso das NF-e de remessa interna com fins de exportação que guardam vínculo direto com o item de DU-E em questão. Devem ser informados também o número do item da NF referenciada e a sua quantidade na unidade de medida estatística que está associada ao item de DU-E. Exemplo: a empresa A vendeu mercadoria com fins de exportação para a empresa B (ou seja, emitiu uma nota fiscal de saída interna com fins de exportação). Por sua vez, a empresa B emitiu nota de exportação para a mesma mercadoria. 40 ELABORAÇÃO DE DU-E Na DU-E o exportador poderá indicar que aquele determinado item de DU-E (gerado a partir do item da NF-e de exportação) guarda vínculo com um determinado item da NF de saída interna. Esse registro tem o objetivo de dispensar, no futuro, o Memorando de Exportação que os exportadores têm que apresentar junto ao Fiscos Estaduais. Importante: as notas referenciadas não são notas instrutivas do despacho, pois elas não são notas de exportação. 41 ELABORAÇÃO DE DU-E Após preenchidos os campos, deve-se clicar no botão “Concluir Preenchimento de Item de DU- E”. 42 ELABORAÇÃO DE DU-E O item de DU-E que já foi preenchido fica sinalizado com um ícone verde, na coluna mais à direita: 43 ELABORAÇÃO DE DU-E O usuário deve então selecionar os demais itens de DU-E e preencher seus campos. Assim que todos forem preenchidos, o botão “Registrar” ficará ativo. Ao clicar em “registrar”, a DU-E é submetida a validações de preenchimento, de enquadramentos e depuração estatística junto à Secex. Caso algum problema seja detectado, uma mensagem será exibida. Caso não existam erros impeditivos de registro, a DU-E será efetivamente registrada, recebendo sua numeração identificadora e uma mensagem de sucesso será exibida para o usuário. Esta mensagem conterá o número da DU-E, da RUC e uma chave de acesso. Esta chave de acesso é um código que apenas o declarante/exportador terá acesso. 44 ELABORAÇÃO DE DU-E Ela serve para que Instituições Financeiras possam acessar o conteúdo completo da DU-E (exceto exigências fiscais), quando isso for necessário. Caberá ao exportador fornecer à chave de acesso e o número da DU-E para a Instituição Financeira. Ou seja, é o próprio exportador quem franqueará acesso à Instituição Financeira. 45 RESUMO FINAL Com a implementação do programa Portal Único de Comércio Exterior conseguiu-se chegar na implementação da Declaração Única de Exportação o que permitiu a redução de custos e a transparência dos procedimentos de exportação. Estima-se que com a plena implementação da DU-E, o tempo médio do despacho aduaneiro será reduzido de 13 para 8 dias, o que trará maior competitividade para os exportadores brasileiros. 46 PROCEDIMENTOS DE EXPORTAÇÃO 47 TÓPICOS A SEREM ABORDADOS: Procedimentos na Exportação. Documentação que instrui o despacho aduaneiro na exportação. Presença de Carga. Canais de Parametrização. Montagem de Envelope. 48 PROCEDIMENTOS DE EXPORTAÇÃO 49 INÍCIO DO DESPACHO E EMBARQUE DA MERCADORIA Após a fatura pró-forma ter o aceite do importador, a fatura comercial é emitida pelo exportador. Aguarda-se a prontidão da mercadoria. Estando pronta, o frete é contratado (a responsabilidade pelo contrato dependerá do INCOTERM negociado). 50 INÍCIO DO DESPACHO E EMBARQUE DA MERCADORIA Solicitar o Booking para o transportador da carga (reserva de praça). Com o booking em mãos, o exportador se planejarácom as datas (DEAD LINE) e iniciará os procedimentos operacionais; Retirada do container vazio (terminal de container vazio) para a ovação/estufagem da carga; 51 INÍCIO DO DESPACHO E EMBARQUE DA MERCADORIA Para esse trâmite o exportador contratará uma transportadora rodoviária para fazer o transporte: Retirada container vazio x ovação/estufagem x Redex ou porto seco ou porto. Caso a carga tenha madeira, deverá receber o tratamento de FUMIGAÇÃO. 52 INÍCIO DO DESPACHO E EMBARQUE DA MERCADORIA IMPORTANTE: Após a ovação/estufagem do container o exportador emitirá a NF-e, cuja base legal é a TIPI e deve conter os dados da negociação da exportação, como: CFOP, importador, descrição e quantidade do produto, classificação fiscal, valor unitário e total em moeda nacional, pesos líquido e bruto, tipo de volume e sua quantidade. Este documento acompanhará a mercadoria até o último ponto dentro do território nacional antes do embarque. 53 INÍCIO DO DESPACHO E EMBARQUE DA MERCADORIA Há portos que recebem a mercadoria sem a necessidade prévia de agendamento. Outros, porém, somente com a confirmação da abertura do gate (booking), o container/carga, poderá ser recepcionada. Nesses portos, a transportadora deverá solicitar a programação para recepção conforme o booking e somente após recebimento do dia e hora, o caminhão poderá entregar o container/ carga no porto. 54 INÍCIO DO DESPACHO E EMBARQUE DA MERCADORIA Com a entrada do container no porto a responsabil idade da operação passa para o Despachante Aduaneiro, iniciando o Despacho Aduaneiro de Exportação propriamente dito. Nesse momento o exportador possui os seguintes documentos para enviar ao Despachante Aduaneiro: Fatura Comercial ou Instrução de Embarque, Packing List, Booking e Nota Fiscal. De posse desses documentos o primeiro passo é a análise e verificação se todas as informações estão de acordo. 55 INÍCIO DO DESPACHO E EMBARQUE DA MERCADORIA VAMOS ORGANIZAR: 56 INÍCIO DO DESPACHO E EMBARQUE DA MERCADORIA Com base na Fatura Comercial ou Instrução de Embarque, Packing List e Nota Fiscal, todos documentos emitidos pelo exportador, o Despachante Aduaneiro inicia a confecção e registro da DU-E – Declaração Única de Exportação. O registro da Declaração Única de Exportação – DU-E marca o início do Despacho Aduaneiro de Exportação. Uma DU-E pode conter uma ou mais Notas Fiscais: Desde que o importador seja o mesmo em todas elas. 57 INÍCIO DO DESPACHO E EMBARQUE DA MERCADORIA Após o registro da DU-E é elaborado o rascunho do conhecimento de embarque, este documento chamamos de Draft de BL. O draft de BL deve conter todos os dados da carga que será embarcada, como: exportador, consignatário, notificado, descrição da carga, quantidade de volumes, nome do veículo, portos de embarque e destino, pesos bruto e liquido, cubagem, número, lacre e tara do container, DU- E, NCM, e as cláusulas necessárias. Esse documento deverá ser confeccionado e enviado junto com o extrato da DU-E, dentro do prazo estipulado no booking, chamado “dead line” de draft. 58 O QUE JÁ FIZEMOS? Retirada e ovação/estufagem da carga. Confecção e Registro da DU-E e draft do B/L. Entrega do container no porto. Com todas essas etapas efetivadas, o próximo passo é solicitar ao recinto a presença de carga. Para que o recinto dê a presença devemos apresentar: extrato da DU-E e Packing List. 59 PRESENÇA DA CARGA Pelo Fiel Depositário em recinto alfandegado; Pelo administrador, em Redex permanente; Pelo exportador, em Redex Eventual. A presença de carga significa que a carga esta dentro do recinto alfandegado. O recinto lança o numero da DU-E no SISCOMEX. 60 SELEÇÃO PARAMETRIZADA Após a envio da declaração via sistema (SISCOMEX), será feita a parametrização. O Despachante Aduaneiro aguardará a parametrização para verificar qual o procedimento deverá ser adotado. CANAIS DE PARAMETRIZAÇÃO: Verde – desembaraço automático pelo sistema. Laranja – exame documental. Vermelho – exame documental e verificação da mercadoria. 61 MONTAGEM DO ENVELOPE RELAÇÃO DOS DOCUMENTOS PARA A ALFÂNDEGA: Declaração Única de Exportação – DU-E com presença de carga. Nota Fiscal. Fatura Comercial. Packing List. Outros exigidos por legislação local. Ex: Ticket de pesagem com assinatura do Fiel depositário. 62 RESUMO FINAL Passamos pelo passo a passo no ato do despacho aduaneiro de exportação, bem como sua forma de seleção do processo para fiscalização, incluindo os documentos necessários para instruir o registro e declaração da exportação. 63 SELEÇÃO ADUANEIRA 64 TÓPICOS A SEREM ABORDADOS: Distribuição e Conferência Aduaneira. Fluxo de Seleção Aduaneira. Conceito de Desembaraço Aduaneiro. Manifesto dos dados de Embarque. Averbação de Embarque. Resumo das Etapas de Exportação. 65 DISTRIBUIÇÃO ADUANEIRA As declarações selecionadas para conferência aduaneira serão distribuídas aos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil responsáveis pelo procedimento, por meio do módulo Conferência Aduaneira (CA) do Portal Siscomex (art. 59 da IN RFB nº 1.702/2017) 66 CONFERÊNCIA ADUANEIRA O Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil responsável pela conferência aduaneira poderá limitá-la às hipóteses determinantes da seleção a que se refere o art. 58 da IN RFB nº 1.702/2017, nos termos disciplinados em ato normativo da Coana (art. 60 da IN RFB nº 1.702/2017), o que não impedirá a extensão da conferência aduaneira a outras hipóteses além das determinantes da seleção, por decisão daquela autoridade. As exigências formuladas no curso da conferência aduaneira da DU-E e a conclusão da conferência serão registradas exclusivamente no módulo Conferência Aduaneira (CA) do Portal Único e por meio dele notificadas ao declarante. 67 CONFERÊNCIA ADUANEIRA INTERRUPÇÃO TEMPORÁRIA: Até o cumprimento das exigências legais, quando caracterizada fraude relativa a preço, peso, medida, classificação e qualidade da mercadoria. INTERRUPÇÃO DEFINITIVA: Quando for mercadoria com saída proibida, vedada ou suspensa. 68 DESEMBARAÇO ADUANEIRO Ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência aduaneira e autorizado o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria. IMPORTANTE: Todos os procedimentos até o desembaraço aduaneiro deverão ocorrer até a data limite informada para liberação da carga, ou seja, até o “dead line” de liberação. Isso é importante para que aconteça o embarque da carga no navio reservado. 69 DESEMBARAÇO ADUANEIRO FLUXO -Rec eb im ento d o b o o k ing , Fatura Co m erc ial, P ac k ing Lis t e No ta F isc al -Confirm ação c om as C ias M arítim as do Book ing - E laboração e registro da DU -E e draf t do B /L - Aguardar ingresso da carga no porto -Container no Term inal: -Solic itar Presenç a de C arga ao f iel depositário: Extrato da D U -E + Pac k ing List DEA DLINE Despachante D espachante D R A F T C A R G A R e s p o n s a b i l i d a d e 70 DESEMBARAÇO ADUANEIRO FLUXO 71 MANIFESTAR DADOS DO EMBARQUE Após o desembaraço aduaneiro, a carga está pronta para o embarque. O Despachante Aduaneiro deverá acompanhar com o agente de carga ou armador a confirmação de embarque da mercadoria. Assim que o navio sai do porto, o agente de carga ou armador devem manifestar, no Siscomex, os dados embarcados. Significa que a carga liberada foi embarcada no navio informado na Declaração Única de exportação. 72 AVERBAÇÃO DE EMBARQUE É o ato final do Despacho Aduaneiro de Exportação e consiste na confirmação, pela fiscalização aduaneira, do embarque da mercadoria ou transposição de fronteira: Automática; Manual, com divergência. MANIFESTAR DADOS DO EMBARQUE AVERBAÇÃO AUTOMÁTICA: Quando as informações lançadas no SISCOMEX pelo transportador são as mesmas lançadas na DU-E pelo Despachante Aduaneiro. 73 MANIFESTAR DADOS DO EMBARQUE NA AVERBAÇÃO MANUAL COM DIVERGÊNCIA, O AFRFB: Exigirá do transportador ou exportador a documentação ou as correçõesnecessárias; Procederá ao registro da recepção dos novos documentos; Procederá ao registro das divergências. 74 MANIFESTAR DADOS DO EMBARQUE RESUMO DAS ETAPAS NO DESPACHO: Registro da DU-E; Recepção da Presença de Carga; Distribuição e Conferência; Parametrização; Desembaraço Aduaneiro; Manifesto dos Dados de Embarque; CCE – Carga Completamente Exportada; Averbação de Embarque. 75 RESUMO FINAL Esta fase consistiu em mostrar o fluxo de seleção e a forma de distribuição e conferência aduaneira, bem como a etapa posterior de Manifesto dos dados de embarque, o status de Carga Completamente Exportada e deste modo finalizando o processo de liberação com a Averbação de Embarque e a carga passando a estar apta para embarque ao exterior. 76 DOCUMENTAÇÃO A CONFECCIONAR 77 TÓPICOS A SEREM ABORDADOS: Documentação Fiscal; Documentação Comercial; Documentação Logística. 78 RETIRADA DO CONHECIMENTO DE CARGA BL / AWB / CRT Após confirmação do embarque marítimo, é efetuado o pagamento das taxas de capatazia e de liberação do BL, e dependendo da condição também o frete; O embarque rodoviário é efetuado no próprio estabelecimento do produtor, ou em local pré- estabelecido pelo importador. A liberação da mercadoria para embarque é feita mediante a verificação física e documental realizada pelo Auditor da Receita Federal nos terminais aduaneiros de fronteira. No embarque aéreo a liberação do conhecimento é feita mediante o pagamento das taxas e dependendo da negociação também o frete. 79 RETIRADA DO CONHECIMENTO DE CARGA BL / AWB / CRT DOCUMENTOS: Os documentos confeccionados pelo Exportador ou seu Despachante Aduaneiro: Fatura Comercial / Commercial Invoice; Romaneio de Carga / Packing List; Certificado de Origem. 80 RETIRADA DO CONHECIMENTO DE CARGA BL / AWB / CRT O Certificado de fumigação é emitido pela empresa autorizada pelo MAPA. E o Conhecimento de embarque será emitido pela agência de carga/ armador. O Despachante Aduaneiro deve confeccionar todos os documentos que a carta de crédito (L/ C) solicita. Os documentos devem ser enviados para o importador ou para o banco – em vias originais. 81 RESUMO FINAL Analisamos os conceitos de cada documento que instrui o despacho, inclusive classificando em: fiscal, comercial e logístico. 82 OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO - OEA 83 TÓPICOS A SEREM ABORDADOS: O que é? Programa Brasileiro de OEA IN RFB nr. 1598/2015. Operador Econômico Autorizado. Acesso via Portal Único SISCOMEX. 84 OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO - OEA O QUE É? Consiste na Certificação concedida pelas Aduanas aos operadores da cadeia logística internacional que atendem aos níveis de segurança, conformidade e confiabil idade estabelecidos em seus Programas OEA. 85 PROGRAMA BRASILEIRO DE OEA IN RFB NR. 1598/2015: Art.1º O Programa Brasileiro de Operador Econômico Autorizado (Programa OEA) será disciplinado de acordo com as disposições desta Instrução Normativa. §1º Entende-se por Operador Econômico Autorizado (OEA) o interveniente em operação de comércio exterior envolvido na movimentação internacional de mercadorias a qualquer título que, mediante o cumprimento voluntário dos critérios de segurança aplicados à cadeia logística ou das obrigações tributárias e aduaneiras, conforme a modalidade de certificação, demonstre atendimento aos níveis de conformidade e confiabilidade exigidos pelo Programa OEA e seja certificado nos termos desta Instrução Normativa. 86 PROGRAMA BRASILEIRO DE OEA IN RFB NR. 1598/2015: §2º O Programa OEA tem caráter voluntário e não adesão por parte dos intervenientes não implica impedimento ou limitação na atuação do interveniente em operações regulares de comércio exterior. §3º Os benefícios concedidos pelo Programa OEA restringem-se aos operadores certificados nos termos desta Instrução. 87 OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO: São Operadores cujos processos de gestão minimizam os riscos existentes em suas operações de comércio exterior e que cumprem voluntariamente: Critérios de Segurança aplicados à cadeia logística; Obrigações Tributárias e Aduaneiras. São exemplos: Importadores, Exportadores, Despachantes Aduaneiros, Transportadores, Agentes de Carga e Depositário de mercadorias sob controle aduaneiro em recinto alfandegado. Art. 4º da IN RFB 1598/2015. 88 OPERADOR ECONÔMICO AUTORIZADO: ACESSO VIA PORTAL ÚNICO SISCOMEX: https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/ https://portalunico.siscomex.gov.br/portal/ 89 RESUMO FINAL O Programa Brasileiro OEA (Operador Econômico Autorizado) é a adesão por parte de nossa aduana (Receita Federal do Brasil) aos programas já aderidos pelas aduanas de outros países, respeitando o Acordo de Reconhecimento Mútuo – ARM, na tentativa de agilizar, desburocratizar e reduzir custos para todos os intervenientes na cadeia logística internacional. 90 PONTOS DE ATENÇÃO 91 TÓPICO A SER ABORDADO: Dicas e Cuidados. 92 DICAS E CUIDADOS Utilização de sistemas de Gestão. Antecipação das etapas quando possível. Análise criteriosa da documentação. Correta aplicação da classificação fiscal (sendo que a decisão final e responsabilidade sempre será do exportador. Parcerias com agentes embarcadores/cooperação. Avaliar Zona Primária versus Portos Secos. Analisar o uso de regimes aduaneiros especiais. Sempre sugerir a contratação de seguro. 93 RESUMO FINAL Nesta fase abordamos alguns pontos de atenção que são importantes no processo de despacho aduaneiro e também na exportação como um todo. Importante dizer que sempre que possível, deve-se revisar o processo, ou seja, uma pessoa confecciona e outra revisa. 94
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