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Conceitos importantes na parasitologia

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Agente Etiológico - É o agente causador ou 
responsável pela origem da doença. Pode ser um vírus, 
bactéria, fungo, protozoário, helminto. 
Agente Etiológico - É o agente causador ou 
responsável pela origem da doença. Pode ser um vírus, 
bactéria, fungo, protozoário, helminto. 
Anfixenose - Doença que circula indiferentemente 
entre humanos e animais, isto é, tanto os humanos 
quanto os animais funcionam como hospedeiros do 
agente. Exemplo: doença de Chagas, na qual o 
Trypanosoma cruzi pode circular nos seguintes tipos de 
ciclo: 
Ciclo silvestre: gambá-triatomíneo-gambá; 
Ciclo peridoméstico: ratos, cão-triatomíneo-ratos, 
cão; 
 Ciclo doméstico: humano-triatomíneo-humano; cão, 
gato-triatomíneo-cão, gato 
Antroponose - Doença exclusivamente humana. Por 
exemplo, a filariose bancrofiiana, a necatorose, a gripe 
etc. 
Antropozoonose- Doença primária de animais, que 
pode ser transmitida aos humanos. Exemplo: brucelose, 
na qual o homem é um hospedeiro acidental. 
Cepa - Grupo ou linhagem de um agente infeccioso, de 
ascendência conhecida, compreendida dentro de uma 
espécie e que se caracteriza por alguma propriedade 
biológica e/ou fisiológica. Ex.: a cepa "Laredo" da E. 
histolytica se cultiva bem a temperatura ambiente, com 
média patogenicidade. 
Contaminação - É a presença de um agente infeccioso 
na superficie do corpo, roupas, brinquedos, água, leite, 
alimentos etc 
Doença Metaxênica - Quando parte do ciclo vital de um 
parasito se realiza no vetor; isto é, o vetor não só 
transporta o agente, mas é um elemento obrigatório 
para maturação e/ ou multiplicação do agente. Ex.: 
malária, esquistossomose 
Enzoose - Doença exclusivamente de animais. Por 
exemplo, a peste suína, o Dioctophime renale, 
parasitando rim de cão e lobo etc 
Endemia- É a prevalência usual de determinada 
doença com relação a área. Normalmente, considera-se 
como endêmica a doença cuja incidência permanece 
constante por vários anos, dando uma idéia de 
equilíbrio entre a doença e a população, ou seja, é o 
número esperado de casos de um evento em 
determinada época. Exemplo: no início do inverno 
espera-se que, de cada 100 habitantes, 25 estejam 
gripados. 
Epidemia ou Surto Epidêmico - É a ocorrência, numa 
coletividade ou região, de casos que ultrapassam 
nitidamente a incidência normalmente esperada de uma 
doença e derivada de uma fonte comum de infecção ou 
propagação. Quando do aparecimento de um único caso 
em área indene de uma doença transmissível (p. ex.: 
esquistossomose em Curitiba), podemos considerar 
como uma epidemia em potencial, da mesma forma que 
o aparecimento de um único caso onde havia muito 
tempo determinada doença não se registrava (p. ex.: 
varíola, em Belo Horizonte). 
Epidemiologia- É o estudo da distribuição e dos fatores 
determinantes da frequência de uma doença (ou outro 
evento). Isto é, a epidemiologia trata de dois aspectos 
fundamentais: a distribuição (idade, sexo, raça, 
geografia etc.) e os fatores determinantes da 
freqüência (tipo de patógeno, meios de transmissão 
etc.) de uma doença. Exemplo: na epidemiologia da 
esquistossomose mansoni, no Brasil, devem ser 
estudados: idade, sexo, raça, distribuição geográfica, 
criadouros peridomiciliares, suscetibilidade do 
molusco, hábitos da população etc 
Espécies Alopátricas. São espécies ou subespécies do 
mesmo gênero, que vivem em ambientes diferentes, 
devido a existência de barreiras que as separaram.
 
Espécies Simpátricas. São espécies ou subespécies 
do mesmo gênero, que vivem num mesmo ambiente. 
Espécie Euritopa. É a que possui ampla dislribuiqão 
geográfica, com ampla valência ecológica, e até com 
hábitats variados. 
 Espécie Estenótopa. É a que apresenta distribuição 
geográfica restrita com hábitats restritos. 
Estádio. É a fase intermedihia ou intervalo entre duas 
mudas da larva de um &pode ou helrninto. Ex.: larva de 
1" estádio, larva de 3* estádio, estádio adulto (em 
entomologia, estádio adulto é sinônimo de instar). 
Estágio. É a forma de transição (imaturos) de um 
artrópode ou heirninto para completar o ciclo biológico. 
Ex.: estágio de ovo, larva ou pupa (portanto, o estágio 
larva pode passar por dois ou três estádios). 
Fase Aguda. É aquele período após a infecção em que 
os sintomas clínicos são mais marcantes (febre alta 
etc.). É um período de definição: o indivíduo se cura, 
entra na fase crônica ou morre 
Fase Crônica. É a que se segue a fase aguda; 
caracteriza-se pela diminuição da sintomatologia 
clínica e existe um equilíbrio relativo entre o 
hospedeiro e o agente infecc,ioso. O número do 
parasitos mantém uma certa constância. E importante 
dizer que este equilíbrio pode ser rompido em favor de 
ambos os lados. 
Fômite. É representado por utensílios que podem 
veicular o parasito entre hospedeiros. Por exemplo: 
roupas, seringas, espéculos etc. 
Fonte de Infecção. "É a pessoa, coisa ou substância da 
qual um agente infeccioso passa diretamente a um 
hospedeiro. ~sia fonte de infecção pode estar situada 
em qualquer ponto da cadeia de transmissão. Exemplos: 
água contaminada (febre tifóide), mosquito infectante 
(malária), carne com cisticercos (teníase)." OMS, 1973. 
Hábitat. É o ecossistema, local ou órgão onde 
determinada espécie ou população vive. Ex.: o Ascaris 
lumbricoides tem por hábitat o intestino delgado 
humano. 
Heteroxeno. Ver Parasito heteroxênico. 
Hospedeiro. É um organismo que alberga o parasito. 
Exemplo: o hospedeiro do Ascaris lumbricoides é o ser 
humano. 
Hospedeiro Definitivo. É o que apresenta o parasito 
em fase de maturidade ou em fase de atividade sexual. 
 Hospedeiro Intermediário. É aquele que apresenta o 
parasito em fase larvária ou assexuada. 
Hospedeiro Paratênico ou de Transporte. É o 
hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre 
desenvolvimento, mas permanece encistado até que o 
hospedeiro definitivo o ingira. Exemplo: Hymenolepis 
nana em coleópteros. 
 Incidência. É a freqüência com que uma doença ou fato 
ocorre num período de tempo definido e com relação à 
população (casos novos, apenas). Exemplo: a incidência 
de piolho (Pediculus humanus) no Grupo Escolar X, em 
Belo Horizonte, no mês de dezembro, foi de 10%. (Dos 
100 alunos com piolho, 10 adquiriram o parasito no mês 
de dezembro.) 
Infecção. Penetração e desenvolvimento, ou 
multiplicação, de um agente infeccioso dentro do 
organismo de humanos ou animais (inclusive vírus, 
bactérias, protozoários e helmintos). 
Infecção Inaparente. Presença de infecção num 
hospedeiro, sem o aparecimento de sinais ou sintomas 
clínicos. (Nesse caso, pode estar em curso uma 
patogenia discreta, mas sem sintomatologia; quando 
há sintomatologia a infecção passa a ser uma doença 
infecciosa.) 
Infestação. É o alojamento, desenvolvimento e 
reprodução de artrópodes na superficie do corpo ou 
vestes. (Podese dizer também que uma área ou local 
está infestado de artrópodes.) 
Letalidade. Expressa o número de óbitos com relação a 
determinada doença ou fato e com relação a população. 
Por ex.: 100% das pessoas não-vacinadas, quando 
atingidas pelo vírus rábico, morrem. A letalidade na 
gripe é muito baixa. 
Morbidade. Expressa o número de pessoas doentes 
com relação a população. Exemplo: na época do inverno, 
a morbidade da gripe é alta [isto é, o número de 
pessoas doentes (incidência) é grande]. 
Mortalidade. Determina o número geral de óbitos em 
determinado período de tempo e com relação a 
população. Exemplo: em Belo Horizonte morreram 1 
.O32 pessoas no mês de outubro de 2004 (acidentes, 
doenças etc.). 
 Parasitemia. Reflete a carga parasitária no sangue do 
hospedeiro. Exemplo: camundongos X apresentam 
2.000 tripanossomas por cm3 de sangue. 
Parasitismo. É a associação entre seres vivos, em que 
existe unilateralidade de benefícios, sendo um dos 
associados prejudicados pela associação. Desse modo, 
o parasito é o agressor,o hospedeiro é o que alberga o 
parasito. Podemos ter vários tipos de parasitos: 
 Endoparasito. O que vive dentro do corpo do 
hospedeiro. Exemplo: Ancylostoma duodenale. 
Ectoparasito. O que vive externamente ao corpo do 
hospedeiro. Exemplo: Pediculus humanus (piolho). 
Hiperparasito. O que parasita outro parasito. Exemplo: 
E. histolytica sendo parasitado por fungos (Sphoerita 
endogena) ou mesmo por cocobacilos 
Parasito Acidental. É o que parasita outro hospedeiro 
que não o seu normal. Exemplo: Dipylidium caninum, 
parasitando criança. 
Parasito Errático. É o que vive fora do seu hábitat 
normal. 
Parasito Estenoxênico. É o que parasita espécies de 
vertebrados muito próximas. Exemplo: algumas 
espécies de Plasmodium só parasitam primatas; outras, 
só aves etc. 
Parasito Eurixeno. É o que parasita espécies de 
vertebrados muito diferentes. Exemplo: o Toxoplasma 
gondii, que pode parasitar todos os mamíferos e até 
aves. 
Parasito Facultativo. É o que pode viver parasitando, 
ou não, um hospedeiro (nesse último caso, isto é, 
quando não está parasitando, é chamado vida livre). 
Exemplo: larvas de moscas Sarcophagidae, que podem 
desenvolver-se em feridas necrosadas ou em matéria 
orgânica (esterco) em decomposição. 
Parasito Heterogenético. É o que apresenta 
altemância de gerações. Exemplo: Plasmodium, com 
ciclo assexuado no mamífero e sexuado no mosquito. 
Parasito Heteroxênico. É o que possui hospedeiro 
definitivo e intermediário. Exemplos: Trypanosoma 
cruzi, S. mansoni. 
Parasito Monoxênico. É o que possui apenas o 
hospedeiro definitivo. Exemplos: Enterobius 
vermicularis, A. lumbricóides 
Parasito Monogenético. É o que não apresenta 
alternância de gerações (isto é, possui um só tipo de 
reprodução sexuada ou assexuada). Exemplos: Ascaris 
lumbricoides, Ancylostomatidae, Entamoeba histolytica 
Parasito Obrigatório. É aquele incapaz de viver fora 
do hospedeiro. Exemplo: Toxoplasma gondii, 
Plasmodium, S. mansoni etc. 
Parasito Periódico. É o que frequenta o hospedeiro 
intervaladamente. Exemplo: os mosquitos que se 
alimentam sobre o hospedeiro a cada três dias 
Parasitóide. É a forma imatura (larva) de um inseto 
(em geral da ordem Hymenoptera) que ataca outros 
invertebrados, quase sempre levando-os a morte 
(parasitóide = parasito proteleano). Ex.: os 
micromenópteros Telenomous fariai e Spalangia endius 
desenvolvendo-se, respectivamente, em ovos de 
triatomíneos e pupas de moscas 
Partenogênese. Desenvolvimento de um ovo sem 
interferência de espermatozóide (parthenos = virgem, 
mais genesis = geração). Ex.: Strongvloides stercoralis. 
Patogenia ou Patogênese. É o mecanismo com que um 
agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro. Ex.: o 
S. mansoni provoca lesões no organismo através de 
ovos, formando granulomas. 
Patogenicidade. É a habilidade de um agente infeccioso 
provocar lesões. Ex.: Leishmania braziliensi tem urna 
patogenicidade alta; Taenia saginata tem patogenicidade 
baixa 
Patognomônico. Sinal ou sintoma característico de 
uma doença. Ex.: sinal de Romana, típico da doença de 
Chaga 
Pedogênese. É a reprodução ou multiplicação de uma 
forma larvária (pedos =jovem, mais genesis = geração). 
Ex.: a formação de esporocistos secundários e rédias a 
partir do esporocisto primário 
Período de Incubação. É o período decorrente entre o 
tempo de infecção e o aparecimento dos primeiros 
sintomas clínicos. Ex.: esquistossomose mansoni-
penetração de cercária até o aparecimento da 
dermatite cercariana (24 horas). 
Periodo Pré-Patente. É o período que decorre entre a 
infecção e o aparecimento das primeiras formas 
detectáveis do agente infeccioso. Ex.: esquistossomose 
mansoni-período entre a penetração da cercária até o 
aparecimento de ovos nas fezes (formas detectáveis), 
aproximadamente, 43 dias. 
Poluição. É a presença de substâncias nocivas 
(produtos químicos, por exemplo) mas não-infectantes, 
no ambiente (ar, água, leite, alimentos etc.) 
Portador. Hospedeiro infectado que alberga o agente 
infeccioso, sem manifestar sintomas, mas capaz de 
transmiti-lo a outrem. Nesse caso, é também conhecido 
como "portador assintomático"; quando ocorre doença 
e o portador pode contaminar outras pessoas em 
diferentes fases, f temos o "portador em incubação", 
"portador convalescente", "portador temporário", 
"portador crônico". 
Premunição ou Imunidade Concomitante. É um tipo 
especial do estado imunitário ligado a necessidade da 
presença do agente infeccioso em níveis 
assintomáticos no hospedeiro. Normalmente, a 
premunição é encarada como sendo um estado de 
imunidade que impede reinfecções pelo agente 
infeccioso específico. Ex.: na malária, em algumas 
regiões endêmicas, o paciente apresenta-se em estado 
crônico constante, não havendo reagudização da 
doença. Existe um equilíbrio perfeito entre o hospedeiro 
o hóspede. 
Prevalência. Termo geral utilizado para caracterizar o 
número total de casos de uma doença ou qualquer 
outra ocorrência numa população e tempo definidos 
(casos antigos somados aos casos novos). Ex.: no Brasil 
(população definida), a prevalência da esquistossomose 
foi de 8 milhões de pessoas em 1992. 
Profdaxia. É o conjunto de medidas que visam a 
prevenção, erradicação ou controle de doenças ou 
fatos prejudiciais aos seres vivos. Essas medidas são 
baseadas na epiderniologia de cada doença. (Prefiro 
usar os termos "profilaxia", quando uso medidas contra 
uma doença já estabelecida e "prevenção", quando uso 
medidas para evitar o estabelecimento de uma doença.) 
Reservatório. São o homem, os animais, as plantas, o 
solo e qualquer matéria orgânica inanimada onde vive e 
se multiplica um agente infecioso, sendo vital para este 
a presença de tais reservatórios e sendo possível a 
transmissão para outros hospedeiros (OMS). O conceito 
de reservatório vivo, de alguns autores, é relacionado 
com a capacidade de manter a infecção, sendo esta 
pouco patogênica para o reservatório. 
Sinantropia. É a habilidade de certos animais 
silvestres (mamíferos, aves, insetos) frequentar 
habitações humanas; isto é, pela alteração do meio 
ambiente natural houve uma adaptação do animal que 
passou a ser capaz de conviver com o homem. Ex.: 
moscas, ratos e morcegos silvestres frequentando ou 
morando em residências humanas. 
Vetor. É um artrópode, molusco ou outro veículo que 
transmite o parasito entre dois hospedeiros 
Vetor Biológico. É quando o parasito se multiplica ou 
se desenvolve no vetor. Exemplos: o T cruzi, no T 
infestam; o S. mansoni, no Biomphalaria glabrata. 
Vetor Mecânico. É quanto o parasito não se multiplica 
nem se desenvolve no vetor, este simplesmente serve 
de transporte. Ex.: Tunga penetram veiculando 
mecanicamente esporos de fungo 
Virulência. É a severidade e rapidez com que um 
agente infeccioso provoca lesões no hospedeiro. Ex.: a 
E. histolytica pode provocar lesões severas, 
rapidamente. 
Zooantroponose. Doença primária dos humanos, que 
pode ser transmitida aos animais. Ex.: a 
esquistossomose hansoni no Brasil. O humano é o 
principal hospedeiro 
Zoonose. Doenças e infecções que são naturalmente 
transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. 
Atualmente, são conhecidas cerca de 100 zoonoses. Ex.: 
doença de Chagas, toxoplasmose, raiva, brucelose (ver 
Anfixenose, Antroponose e Antropozoonose).

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