Buscar

didáctica de Laboratórios

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MATUSALÉM FRANCISCO ALBERTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estrutura e Organização de um Laboratório 
 
Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão de Laboratório 
3º Ano 
 
 
 
Janeiro de 2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Licungo 
Quelimane 
2021 
Trabalho de carácter 
avaliativo a ser entregue na 
cadeira de Didáctica de 
Laboratório, recomendado 
pelo docente: 
Msc: Alegre Cadeado 
1 
 
 
1. Introdução 
A presente ficha de reflexão da cadeira didáctica de Laboratório tem como objectivo, descrever 
os conteúdos das aulas decorridas durante o percurso da mesma cadeira. 
O mesmo, apresenta uma estrutura sequencial das aulas que descrevem da seguinte maneira: 
 Definição, Objectivos e Tipos de laboratórios; 
 Estrutura física/ instalações ambientais; 
 Normas de segurança no laboratório; 
 Trabalho laboratorial 
 Laboratórios virtuais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
2. Conceito e objectivo de um Laboratório 
Segundo Richmond et al. (2001), o laboratório é um espaço físico equipado especialmente por 
diversos instrumentos, elementos ou equipamentos de medição, a fim de atender as demandas e 
necessidades de diversas experiências ou pesquisas, conforme a área que pertence o laboratório. 
O principal objectivo das aulas de laboratório ´e desenvolver sua capacidade de observação, 
análise e compreensão de sistemas e técnicas de controlo. Como parte deste aprendizado, 
esperasse que o aluno melhore sua habilidade em expor de forma clara, objectiva e precisa o 
trabalho realizado nas experiencias por meio da elaboração de pré-relatórios e relatórios. 
3. Constituição Básica de um Laboratório 
De acordo com a OMS (2004), O laboratório é um ambiente extremamente hostil, convivem no 
mesmo espaço equipamentos, reagentes, soluções, microrganismos, pessoas, papéis, livros, 
amostras, entre outros elementos. 
A característica fundamental de qualquer laboratório são as condições ambientais controladas e 
normalizadas com a finalidade de que nenhum agente externo provoque algum tipo de alteração 
ou desequilíbrio na pesquisa a ser realizada, garantindo assim uma exaustiva fidelidade em 
termos de resultados. A temperatura, a humidade, a pressão atmosférica, a energia, o pó, a terra, 
as vibrações, o ruído, entre outros, são as questões mais enfatizadas para que estejam controladas 
e não sejam contrárias às necessidades e exigências estabelecidas. 
Assim sendo, e de acordo com CRQ - IV Região (SP-MS), um laboratório deve conter os 
seguintes componentes: 
a) Pisos 
O piso deve ser impermeável, antiderrapante, resistente mecânica e quimicamente e não deve 
apresentar saliência nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a 
movimentação de materiais. 
b) Paredes 
3 
 
 
As paredes devem ser claras, foscas e impermeáveis, revestidas com material que permita o 
desenvolvimento das actividades em condições seguras, sendo resistentes ao fogo e a substâncias 
químicas, além de oferecer facilidade de limpeza. 
c) Teto 
O teto deve atender às necessidades do laboratório quanto à passagem de tubulações, luminárias, 
grelhas, isolamento térmico e acústico, estática. 
d) Portas e Janelas 
Os laboratórios deverão dispor de saídas em número suficiente, de modo que aqueles que se 
encontrarem nesses locais possam abandoná-los com rapidez e segurança em caso de 
emergência. A largura mínima das aberturas de saídas deverá ser de 1,20m e com sentido de 
abertura da porta para a parte externa do local de trabalho. 
 Recomenda-se o uso de visores em divisórias, paredes, portas e onde mais for possível. Os 
acabamentos das portas devem ser em material que retarde o fogo. 
e) Janelas 
Orienta-se que sejam localizadas acima de bancadas e equipamentos, numa altura aproximada de 
1,20m do nível do piso e que a área de ventilação/iluminação seja proporcional à área do recinto, 
numa relação mínima de 1:5 (um para cinco). Deverá haver sistema de controle de raios solares, 
como persianas metálicas ou breezes (anteparos externos instalados nas janelas que impeçam a 
entrada de raios solares, mas não impeçam a entrada de claridade). Porém, sob nenhuma hipótese 
deverão ser instaladas cortinas de material combustível. 
Os caixilhos devem ser amplos e facilmente manipuláveis. As janelas devem estar afastadas das 
áreas de trabalho e dos equipamentos, tais como cabines de segurança biológica, balanças e 
capelas de exaustão química, entre outros que possam ser afectados pela circulação de ar. 
Devem ser empregados materiais de construção e acabamentos que retardem o fogo, que 
proporcionem boa vedação, sejam lisos, não porosos, de fácil limpeza e manutenção. As janelas 
devem ser dotadas de dispositivos de abertura, sempre que necessário. 
4 
 
 
f) Sala de armazenagem de reagentes 
Critérios rígidos devem ser seguidos para armazenar produtos químicos variados. Deve-se levar 
em conta que produtos químicos podem ser: voláteis, tóxicos, corrosivos, inflamáveis, 
explosivos e peroxidáveis. Assim sendo, o local de armazenagem deve ser amplo, bem ventilado, 
preferencialmente com exaustão, dotado de prateleiras largas, seguras e instalações eléctricas à 
prova de explosões. Se necessário refrigerador ou câmara de refrigeração, o equipamento deverá 
ser a prova de explosões, isto é, isento de faiscamentos eléctricos na parte interna, como 
precaução contra explosões quando da necessidade de armazenar líquidos inflamáveis de pontos 
de fulgor abaixo de 36 °C. 
g) Água, Fonte de Energia e Gás 
 Gás 
O gás poderá ser instalado de diferentes formas. A mais segura é a de um único botijão de gás, 
instalado fora do prédio, em uma caixa ventilada, porém fechada com cadeado e de preferência 
numa área inacessível a alunos, como meio de se obter maior segurança possível. A partir do 
botijão a instalação deve ser feita através de tubulação de cobre dirigida para os locais onde se 
encontram os bicos de gás. Outra alternativa, muito usada nos laboratórios de nossas escolas, é o 
abastecimento de cada bico de gás com botijão pequeno, tipo liquinho, individual para cada 
grupo de alunos, porém este procedimento é menos seguro que o anterior. 
Actualmente outra forma muito prática e económica é o uso de liquinhos com fogareiros, no 
lugar do bico de gás. Neste caso teremos também botijões pequenos para cada grupo de alunos. 
No entanto esta opção requer um maior cuidado, tendo-se sempre que utilizar mangueiras 
próprias para este fim e atenção para um possível vazamento de gás. 
 Água 
Ao planejar-se a instalação de água para o laboratório recomenda-se a utilização de tubulação 
externa de plástico (padrão de segurança cor verde), que igualmente será dirigida para os locais 
previamente escolhidos para a localização das pias e tanques. Estas são indispensáveis para a 
realização de um grande número de actividades experimentais, bem como para a limpeza do 
equipamento a ser utilizado no laboratório. Sugere se a construção de no mínimo duas pias e um 
5 
 
 
tanque, em pontos não muito próximos um do outro, a fim de evitar o congestionamento de 
alunos durante uma determinada actividade experimental, em que a água se fizer necessária. 
As pias e tanques, podem ser confeccionadas de aço inoxidável, de louça ou revestidas com 
azulejos. 
 Electricidade 
Os fios de electricidade devem passar por uma tubulação externa, sendo igualmente dirigidos 
para as tomadas e interruptores de luz existentes no laboratório. 
Quanto às fontes de electricidade, recomenda-se a instalação de tomadas de 110V e 220V 
sinalizadas com cores, diferentes, por exemplo amarela para 110V e laranja para 220V. 
Dependendo da distribuição das mesas no laboratório, as tomadas poderão ficar junto a essas 
mesas ou ao longo dos balcões laterais. É conveniente dispor de uma tomada para cada grupo. 
Caso isso seja inviável, convém localizar as tomadas em pontos opostos da sala, a fim de evitara 
concentração de muitos alunos num mesmo local, durante os trabalhos práticos. 
h) Iluminação 
O nível de iluminação recomendado é de 500 a 1000 lux, devendo ser evitados a incidência de 
reflexos ou focos de luz nas áreas de trabalho. É importante avaliar a necessidade de sistema de 
iluminação de emergência, conforme estabelece a citada norma. As luminárias devem ser 
embutidas no forro e as lâmpadas fluorescentes devem ter protecção para evitar queda sobre a 
bancada ou o piso do laboratório. 
i) Mesas e Bancos 
Podem ser fixas ou móveis. Tanto uma como o outro apresentam vantagens e desvantagens. Num 
trabalho experimental os alunos se organizam em grupos, para tanto o mais conveniente são 
mesas e cadeiras (ou banquetas) soltas, possibilitando seu deslocamento. Essa flexibilidade trás 
inúmeras vantagens, pois conforme a actividade a ser realizada, há momentos que a disposição 
das mesas e cadeiras ficam mais funcionais se dispostas perto das paredes, deixando o centro da 
sala livre, e noutros momentos sua distribuição por toda sala torna-se mais eficiente. Outro 
aspecto positivo de haver mesas e cadeiras móveis é a possibilidade de aumentar ou diminuir o 
6 
 
 
número de alunos por grupo, tornando também mais fácil o arranjo dos alunos em círculo no 
momento de uma discussão com toda a turma ou no caso de realizar um trabalho mais 
expositivo. 
No entanto, mesas e cadeiras fixas apresentam vantagens como: maior estabilidade e 
durabilidade, e acima de tudo, permitem instalação eléctrica e de gás, permanente. Por outro 
lado, apresentam a desvantagem de não permitir seu deslocamento em ocasiões em que isso se 
faz necessário. 
A disposição dos móveis irá depender muito das dimensões e formato do laboratório. Podem 
ficar dispostos lateralmente ou arranjados uniformemente na sala. Esta organização dependerá 
também, em grande parte, da forma como se encontram distribuídos pela sala as fontes 
eléctricas, de gás, luz e água. 
As mesas e cadeiras devem ser resistentes, firmes e fáceis de limpar. Recomenda-se para tanto 
seu revestimento com fórmica fosca, de cor clara. 
Mesa com prateleira abaixo do tampo são muito práticas, pois permitem que o aluno guarde 
aquele material que não está sendo utilizado no momento, deixando desta forma a mesa o mais 
livre possível para a realização da actividade experimental. 
j) Armários e Lavatórios 
Dependendo das condições físicas do laboratório, financeiras da escola e mesmo do tipo de 
equipamento que se tem para guardar, os armários poderão ser dos mais variados tipos e 
dimensões. Dentre os mais seguros, duráveis e práticos tem-se os armários de aço inoxidável, 
com prateleiras reguláveis. No entanto, armários de madeira, com portas de correr e prateleiras 
móveis, revestidas com fórmica são também muito práticos e úteis. Substâncias químicas de 
risco (venenosas) devem ficar em um armário isolado e fechado à chave. Para uma maior 
segurança recomenda-se ainda afastar os reagentes sólidos dos líquidos voláteis e ácidos. De 
preferência, devem ser colocados nas prateleiras mais baixas como medida de maior segurança. 
É importante também que os armários apresentem aberturas para uma boa ventilação e acima de 
tudo que suas prateleiras tenham calços de segurança, devido ao peso dos frascos de reagentes. 
7 
 
 
Esse tipo de armário deve receber limpeza e revisão periódicas, a fim de se manter um bom 
controlo das substâncias químicas aí contidas. Quanto à localização, o ideal é ter os armários em 
uma sala própria (almoxarifado) anexa ao laboratório, pois oferece maior isolamento e segurança 
do material. 
No entanto, nossa realidade é outra. Dificilmente encontra-se à nossa disposição um 
almoxarifado. Neste caso os armários ficarão distribuídos pela sala do laboratório, da forma mais 
prática, fechados a chave, a fim de se evitar a perda de material. 
k) Lavatórios 
Em cada sala de laboratório deve existir um lavatório, se possível com água corrente, de 
preferência perto da porta de saída. 
l) Extintor de incêndio 
Os laboratórios devem estar equipados com um número suficiente de extintores de incêndio do 
tipo correcto para ser usado nos materiais questão sendo manipulados. 
O material de combate incêndios deve ser colocado perto das portas das salas e em pontos 
estratégicos de corredores e vestíbulos. Tal material deve incluir mangueiras, baldes (de água ou 
areia) e extintores. 
Deverá haver pelo menos um extintor e cada Laboratório e dois no corredor. Cada tipo de 
extintor destina-se a tipo específico de fogo. 
 
m) Ventilação e Exaustão 
Todo laboratório necessita de um sistema de exaustão e ventilação correctamente projectado para 
as actividades realizadas, incluindo capelas, coifas, ar condicionado, exaustores e ventiladores. A 
manutenção deve ser periódica, para garantir a eficiência das instalações. 
O projecto de ventilação geral deve contemplar a troca contínua do ar fornecido ao laboratório de 
forma a não aumentar as concentrações de substâncias odoríferas e/ou tóxicas no transcorrer da 
8 
 
 
jornada de trabalho. Por se tratar da parte mais complexa na montagem de um laboratório, 
recomenda-se seguir as orientações de profissional habilitado da área de ventilação industrial. 
4. Tipos de Laboratórios 
Mesquita (2017, p.06), fala que os laboratórios podem variar em diversos tipos de aplicação e em 
variadas áreas das ciências e de ambientes educacionais diferentes, assim SCHIMIDT e 
TAROUCO (2008) , referenciam-se de três tipos de laboratórios mais aplicados usualmente, 
sendo: 
 Laboratórios presenciais; 
 Laboratórios remotos e; 
 Laboratórios virtuais. 
i. Laboratórios presenciais 
São constituídos de espaços físicos localizados em instituições de ensino, onde os alunos 
encontram artefactos para realização de suas actividades e experimentos. É necessário destacar 
que neste ambiente é prática comum que os alunos estejam acompanhados por docentes e 
colegas, e em alguns casos, visto a disponibilidade de recursos financeiros, é preciso revezar os 
equipamentos enquanto as práticas forem ocorrendo, pois a constituição de laboratórios físicos é 
uma prática custosa para as instituições. 
ii. Laboratórios Remotos, 
Não é necessária a presença física do aluno na instituição para realizar experimentos, sendo este 
tipo de ferramenta oferece ao aluno uma interface digital com práticas guiadas por um docente, 
que lhe permite manipular os experimentos a distância, sendo necessário destacar que nem todos 
os estudantes dispõem de um acesso direito aos laboratórios para realizar experimentos, seja por 
problemas de deslocamento ou por limitações físicas, assim a opção de praticar em um 
laboratório remoto é uma óptima saída para ter este tipo de conhecimento prático em seu ensino. 
Porém, como destaca AMARAL et al. (2011) apud Mesquita (2017, p.06), a entrada em 
laboratórios remotos exige um reconhecimento do aluno que está acessando o ambiente e 
requerimento por parte dele para o acesso aos instrumentos e experimento desejados. Após uma 
autenticação, os estudantes podem completar os experimentos nas estações remotas de trabalho. 
9 
 
 
iii. Laboratórios virtuais 
Os estudantes estão imersos em ambiente simulado, onde interagem com representações virtuais 
que reproduzem um ambiente real de laboratório pelo meio digital. De acordo com AMARAL et 
al. (2011) apud Mesquita (2017, p.06), este tipo de aplicação dos laboratórios é todo baseado em 
simulações, criando apenas representações computacionais da realidade. 
Neste contexto, por não existir uma limitação de recursos e instrumentos disponíveis no 
laboratório virtual, ele pode comportar um número maior de alunos-usuários para as práticas 
experimentais, estes ambientes não precisam necessariamente ser conduzidos por um docente, 
podem ser programados para executarem acções ou actividades conforme o planeamento prévio 
do ambiente. 
No processode classificação também há que destacar os seguintes tipos segundo a sua natureza: 
Laboratórios Escolares 
Os laboratórios em escola costumam ser mais básicos, pois não necessitam promover dados 
muito detalhados de seus experimentos. Em geral são laboratórios escolares de física, química e 
biologia. As informações são observadas no período da aula e servem de exemplo ou aplicação 
para alguma disciplina estudada. Nesses espaços é comum conter microscópios ópticos, vidrarias 
para realização de soluções e espectrofotómetros para medir a concentração de amostras, por 
exemplo. 
Laboratórios Universitários 
No interior da faculdade, os laboratórios se tornam mais complexos quando comparados ao 
ambiente escolar. O tipo de laboratório poderá variar de acordo com a disciplina ministrada e a 
área de actuação do curso. Eles se diferem desde aplicações em biologia até a área de 
bioinformática ou nanotecnologia. 
Os mais comuns e utilizados durante a graduação são os laboratórios de histologia e anatomia. O 
primeiro necessita principalmente de microscópios para visualizações das preparações 
histológicas. Já os laboratórios de anatomia são compostos principalmente por manequins 
anatómicos que servem como base para os estudos na área. 
Laboratórios de Pesquisas 
10 
 
 
Os laboratórios de pesquisas podem ser subdivididos de acordo com o tipo de pesquisa que 
desenvolvem. Há os laboratórios de química, de virologia, de fisiologia, de biologia celular ou 
animal. Cada um estuda uma área específica e fornecem informações à sociedade sobre esses 
diversos campos. Os equipamentos necessários nesses laboratórios variarão de acordo com a 
necessidade de cada um. 
Por exemplo, um laboratório que trabalha com biologia celular precisará de uma estufa para 
manutenção das células, além de microscópios de luz e electrónicos para visualização das 
estruturas celulares. Em contrapartida, laboratórios de química essencialmente necessitam de 
uma capela de exaustão para proteger os profissionais ao manipularem os produtos químicos. 
Laboratórios Industriais 
Os laboratórios indústrias podem ter diversas áreas de actuação dependendo do âmbito em que a 
indústria está inserida. Em geral, estão relacionados à análise ou controle de qualidade de 
produtos provenientes da área industrial, utilizando a metrologia para qualificar o estado desses 
materiais. 
Laboratórios Farmacêutico 
Esses laboratórios produzem e comercializam fármacos. São geralmente automatizados, pois é 
necessário que haja uma padronização da produção. A maioria possui os seus próprios centros de 
pesquisa, já que muitos testes devem ser realizados antes da disponibilização de um novo 
produto farmacêutico. 
Além disso, possuem segmentos que realizam o controlo da qualidade desses materiais, 
utilizando métricas para efectuarem as medições, como em um laboratório industrial. Dessa 
forma, usam tanto equipamentos comuns aos laboratórios de pesquisa, como aos industriais. 
Laboratórios Alimentícios 
Essa área necessita de um criterioso controlo de qualidade. Além de determinar o estado dos 
alimentos, são necessários a realização de testes de análise microbiológica e determinação 
nutricional. Para isso são utilizados equipamentos como microscópios, espectrofotómetros e a 
manipulação, em geral, é realizada no ambiente de fluxo laminar. 
11 
 
 
A variedade nos tipos de laboratório e a quantidade de profissionais actuantes nessas áreas 
evidencia ainda mais o quanto o trabalho de investigação e análise é importante para a geração 
de informação e conhecimento. Informar sobre o exercício árduo desses especialistas é essencial 
para que haja uma melhor valorização da profissão e do ambiente de trabalho. 
Richmond et al. (2001), refere-se que há uma grande diversidade de laboratórios, entre os mais 
destacados estão: 
a. Laboratórios de Análises Clínicas 
Esses laboratórios são responsáveis pela colecta e análises materiais biológicos provenientes de 
um indivíduo. As amostras podem ser diversas e dependem exclusivamente do que se deseja 
observar. Profissionais que atuam nesses locais podem ter formações distintas como Farmácia, 
Biologia, Bioquímica, Biomedicina ou Medicina. 
Entretanto, devem ter a qualificação na área de análises clínicas para exercer a profissão nesse 
âmbito. Os resultados obtidos auxiliam os médicos no diagnóstico de patologias e devem ser 
analisados de acordo com a sua área por profissionais específicos. 
b. Laboratórios Químicos 
Química Inorgânica 
Realizam ensaios para determinação de nutrientes, metais, semi-metais, compostos inorgânicos 
não metálicos, agregados orgânicos e outros parâmetros físico-químicos em amostras de 
interesse ambiental (água tratada, água bruta, água residuária, lodo, sedimento, solo, resíduo 
sólido, tecido biológico) como suporte a diversos interesses, destacando-se o licenciamento, a 
fiscalização, o monitoramento e a gestão ambiental. 
 Química Orgânica 
Realizam ensaios para determinação de compostos orgânicos voláteis, semi-voláteis (pesticidas, 
PCBs, dioxinas e furanos, etc) e parte de análise de agregados orgânicos em amostras de 
interesse ambiental (água tratada, bruta e residuária, sedimento, solo, resíduos sólidos, tecido 
biológico e ar) como suporte a diversos interesses da companhia como o monitoramento e 
12 
 
 
avaliação do impacto desses poluentes no meio ambiente e subsidiar as acções de fiscalização e 
controle do órgão ambiental. 
c. Laboratórios Biológicos 
1) Microbiologia e Parasitologia 
Realizam análises para detecção de microrganismos indicadores de contaminação fecal e de 
qualidade higiénica, além de bactérias, vírus e parasitas patogénicos para o homem, empregando 
métodos microbiológicos tradicionais, imunológicos e de biologia molecular em amostras de 
águas, sedimento, ar, solo, resíduos sólidos, esgotos, etc. em suporte aos programas de 
monitoramento e diagnóstico da qualidade ambiental, bem como atendimento às legislações 
ambientais vigentes, incluindo balneabilidade das praias. Sistematicamente, o laboratório atua 
realizando a vigilância ambiental da cólera e da poliomielite: para esse fim amostras de esgoto 
são rotineiramente analisadas quanto à presença dos agentes etiológicos, ou seja Vibrio cholerae 
e poliovírus. 
2) Hidrobiologia 
Realizam estudos de identificação das espécies e quantificação dos organismos das comunidades 
fitoplanctônica e zooplanctônica (algas e animais microscópicos que vivem nas águas) e betónica 
(pequenos animais que vivem no fundo dos corpos hídricos), e a determinação da concentração 
da clorofila a em ambientes aquáticos, para o diagnóstico e monitoramento da qualidade 
ambiental. 
Esses laboratórios conduzem trabalhos que envolvem a pesquisa de poluentes acumulados nos 
tecidos de organismos, principalmente em peixes e dão suporte a eventos críticos que envolvam 
organismos aquáticos, tais como mortandades de peixes ou outros organismos aquáticos, 
florações de algas e cianobactérias ou crescimento excessivo de macrófitas (plantas aquáticas), 
bem como atendimento de emergência em eventos que envolvem derrames de produtos tóxicos 
na água. 
3) Ecotoxicologia 
Realizam ensaios ecotoxicológicos com organismos aquáticos de água doce (Daphnia similis, 
Ceriodaphnia dubia, Hyalella azteca e Chironomus sancticaroli) e marinha (Lytechinus 
13 
 
 
variegatus, Leptocheirus plumulosus, Vibrio fischeri) em amostras de água superficiais e 
sedimentos para avaliar a qualidade desses ecossistemas, e em efluenteslíquidos para avaliar o 
impacto desses despejos lançados em rios, reservatórios, estuários e no mar. 
4) Toxicologia 
Realiza análises toxicológicas em matrizes biológicas de seres humanos, peixes e plantas, testes 
de genotoxicidade (Salmonella/microssoma – teste de Ames, indução de micronúcleos e ensaio 
cometa em células de peixes) e determinação de actividade estrogénica em amostras ambientais 
para avaliaçãoda qualidade ambiental. 
Tipos de Laboratório Segundo Níveis de Segurança e Equipamento 
Os níveis são designados em ordem crescente, pelo grau de protecção proporcionado ao pessoal 
do laboratório, meio ambiente e à comunidade (OMS, 2004). 
 Nível de Biossegurança 1 
O nível de Biossegurança 1, é o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de 
ensino básico. Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom 
panejamento espacial e funcional e a adopção de boas práticas laboratoriais. 
 Nível de Biossegurança 2 
Segundo OMS, (2004), o nível de Biossegurança 2 diz respeito ao laboratório em contenção, 
onde são manipulados microrganismos que oferecem pouco perigo. Se aplica aos laboratórios 
clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adopção 
das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e 
equipamentos de protecção individual) e secundárias (desenho e organização do laboratório). 
 Nível de Biossegurança 3 
O nível de Biossegurança 3 é destinado ao trabalho com microrganismos para manipulação de 
grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da classe de risco. Para este nível de 
contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais 
especiais. Deve ser mantido controlo rígido quanto a operação, inspecção e manutenção das 
14 
 
 
instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre 
procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos. 
 Nível de Biossegurança 4 
O nível de Biossegurança 4, ou laboratório de contenção máxima, destina-se a manipulação de 
microrganismos patogénicos, onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma 
unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. Esses laboratórios requerem, 
além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de 
contenção (instalações, desenho equipamentos de protecção) e procedimentos especiais de 
segurança. 
5. Normas de Segurança no laboratório 
Machado at al. (2008, p.05), considera como situações de risco mais comum num laboratório 
químico: 
 Uso de substâncias tóxicas, corrosivas e inflamáveis; 
 Trabalho a pressão e temperaturas elevadas; 
 Uso de fogo; 
 Uso de electricidade; 
 Manuseamento do material de vidro. 
As indicações que se seguem são muito importantes para poder trabalhar no laboratório com 
segurança, pelo que se recomenda que as leia com atenção e as siga escrupulosamente: 
 Ter sempre presente que o laboratório é um local de trabalho sério e de risco potencial; 
 Conhecer a localização das saídas de emergências, dos extintores, da caixa de primeiro 
socorros e os restantes equipamentos de protecção; 
 Conservar as bancas arrumadas e limpas, o chão limpo e seco; 
 Não obstruir os locais destinados à livre circulação; 
 Fazer uma verificação periódica do estado de conservação das condutas e das tubagens de 
todo o material existente no laboratório; 
 Trabalhar em pé e sempre acompanhado de outras pessoas; 
15 
 
 
 Usar óculos de protecção, (obrigatórios para quem usa lentes de contacto), luvas 
apropriadas e máscaras sempre que as situações assim o aconselhem; 
 Não usar lentes de contactos, pois, em caso de necessidades, elas não poderão ser 
retiradas com facilidade; 
 Usar sempre batas limpas e justa, de preferência de algodão, não só para proteger a roupa 
mas, sobretudo, para proteger a pele; 
 Usar sempre calçado fechado e o cabelo quando comprido, devidamente amarrado; 
 Não usar anéis; 
 Antes de se manusear qualquer substância, deve se ler atentamente o rótulo, tomar 
conhecimento dos riscos possíveis e cuidados a ter na sua utilização; 
 Antes do início de qualquer trabalho laboratorial deve-se ter o cuidado de fazer uma 
preparação correcta, lendo os produtos e assinalando todas as precauções a tomar; 
 Lavar as mãos, com frequências, durante e no fim do trabalho laboratorial; 
 Proteger feridas expostas e evitar o manuseamento dos aparelhos eléctricos com as mãos 
húmidas; 
 Usar pinças ou luvas apropriadas para manuseamento de material que foi aquecido; 
 Qualquer salpico de reagente na pele deve ser removido com água abundante e sabão; 
 Verificar sempre se não existem solventes inflamáveis na vizinhança antes de acender 
qualquer chama e reciprocamente, não utilizar solvente inflamável sem antes confirmar a 
inexistência de chamas nas proximidades; 
 Evitar chamas desnecessárias. Apagar o bico de Bunsen quando não estiver a ser 
utilizado; 
 Em caso de incêndio nunca deita água sobre um solvente orgânico em chama. Apagar o 
fogo com a manta ou com um extintor. Não se esqueça de desligar sempre o quadro 
eléctrico; 
 Nunca pipetar com a boca: usar pompetas, macro controlador de pipetas, entre outras; 
 Nunca provar ou cheirar directamente soluções ou produtos químicos e utilizar a “Hotte” 
ou capela de protecção sempre que haja produção de gases ou vapores nocivos; 
 Não comer, nem beber ou fumar no laboratório; 
 Nunca realizar experiências não autorizadas; 
16 
 
 
 Manuseia todos os reagentes químicos com cuidado; 
 Coloca as tampas ou rolhas em todos os frascos e garrafas imediatamente após o seu uso; 
 Limpa de imediata qualquer quantidade de reagente derramada, especialmente 
derramada, especialmente próximo de balanças ou prateleiras de reagentes; 
 Nunca deixar um recipiente com um reagente sem rótulo ou com o rótulo danificado. 
Substitua-os sempre que for necessário; 
 Nunca utilizar um solvente orgânico para limpar um reagente químico que 
acidentalmente tenha caído na pele. Isso pode aumentar a velocidade de absorção através 
da pele; 
 No caso de ter qualquer dúvida sobre o manuseamento em segurança de algum reagente 
esclareça-se junto do docente; 
 No final do trabalho todos os equipamentos e reagentes utilizados devem ser devidamente 
arrumados; 
 Verificar no final do trabalho se as torneiras de abastecimento de água e de gás 
encontram-se fechadas e os aparelhos eléctricos desligados; 
 Todos os acidentes devem ser comunicados de imediato e ser objecto de relatório. 
 
5.1. Princípios de organização de um laboratório 
 Funcionalidade; 
 Identificação de material; 
 Organização em Kits experimentais; 
 Agrupamento de material e substâncias de acordo com o perigo. 
5.2. Pictogramas 
Os pictogramas são signos de comunicação visual, gráficos e sem valor fonético, de 
natureza icónica figurativa e de função sinalética. São auto explicativos e apresentam 
como principais características: concisão gráfica, densidade semântica e uma funcionalidade 
comunicativa que ultrapassa barreiras linguísticas. 
Ou o pictograma é um símbolo que representa um objecto ou conceito por meio de desenhos 
figurativos. 
17 
 
 
Pictogramas de Substâncias Químicas 
 
EXPLOSIVAS 
 
Classificação 
Substâncias que reagem de forma exotérmica e que detonam segundo as condições de 
ensaio fixadas, podem explodir quando aquecidas. 
Precaução 
Evitar choque, percussão, atrito, formação de faísca, fogo e ação do calor. 
 
OXIDANTES 
 
 Classificação: Substâncias que em contacto com outras substâncias, em especial 
com substâncias inflamáveis, produzem uma reacção fortemente exotérmica. 
 Precaução: Evitar todo contacto com substâncias combustíveis. 
 Perigo de inflamação: Podem favorecer os incêndios já começados e dificultar 
sua extinção. 
 
18 
 
 
INFLAMÁVEL (F) 
 
 
Facilmente inflamáveis podem ser: 
 Líquidos comum ponto de inflamação inferior a 21ºC, mas que não são 
altamente inflamáveis. 
 Substâncias sólidas e preparados que por acção breve de uma fonte de 
inflamação podem inflamar-se facilmente e logo podem continuar queimando-
se ou permanecer incandescentes. 
 Precaução: Manter longe de chamas,faíscas e fontes de calor. 
 
EXTREMAMENTE INFLAMÁVEL (F+) 
 
Extremamente inflamáveis podem ser: 
 Líquidos com um ponto de inflamação inferior a 0ºC e um ponto de ebulição 
máximo de 35ºC. 
 Gases e misturas de gases, que a pressão normal e temperatura ambiente são 
inflamáveis no ar. 
 Precaução: Manter longe de chamas, faíscas e fontes de calor. 
TÓXICO (T) 
 
 Perigos: a inalação, ingestão ou absorção cutânea em pequenas quantidades 
podem provocar problemas consideráveis de saúde, eventualmente com 
consequências mortais. 
19 
 
 
 Precaução: evitar qualquer contacto como corpo. Em caso de mal-estar consultar 
imediatamente um médico. Em caso de manipulação destas substâncias devem ser 
estabelecidos procedimentos especiais. 
 
MUITO TÓXICO (T+) 
 
 Perigos: a inalação, ingestão ou absorção cutânea de quantidades muito pequenas 
podem provocar problemas de saúde de magnitude considerável, eventualmente 
com consequências mortais. 
 Precaução: evitar qualquer contacto com o corpo. Em caso de mal-estar consultar 
imediatamente um médico. 
NOCIVO (Xn) 
 
 
 Perigos: a inalação, ingestão ou absorção cutânea em pequenas quantidades 
podem provocar problemas de saúde agudos ou crónicos. Perigo só para a 
reprodução, perigo de sensibilização por inalação; 
 Precaução: evitar o contacto com o corpo. 
IRRITANTE (Xi) 
 
 
 Perigo: sem ser corrosivas, podem produzir inflamações em caso de contato 
breve, prolongado ou repetido com a pele ou mucosas. 
 Precaução: Evitar o contacto com olhos e pele; não inalar vapores. 
20 
 
 
CORROSIVAS 
 
 Perigo: Destruição do tecido cutâneo em toda sua espessura no caso de pele sã, intacta. 
Precaução: 
 Mediante medidas protectoras especiais evitar o contacto com os olhos, pele e 
indumentária. 
 Não inalar os vapores. 
Em caso de acidente ou mal-estar consultar imediatamente um médico. 
PERIGOSA AO MEIO AMBIENTE 
 
 Perigo: no caso de ser deitado no meio ambiente pode produzir um dano ao 
ecossistema natural. 
 Precaução: segundo o potencial de perigo, não deixar atingir o médio ambiente. 
 
Pictograma de Hommel 
 
21 
 
 
Pictogramas da GHS 
 
Pictograma de extintores 
 
TIPOS DE INCÊNDIOS E EXTINTOR 
 
22 
 
 
Incompatibilidade de Substâncias Químicas 
 
Equipamento de emergência nos laboratórios 
Deve ser do conhecimento de todos (usuários),quais os equipamentos de emergência disponíveis 
nos laboratórios, bem como a sua localização e utilização. De modo que aprendam oque fazerem 
uma emergência. 
Trautmann (2008),afirma que os equipamentos de emergência incluem: 
 Extintores; 
 Manta anti-fogo; 
 Lava - olhos; 
 Chuveiros de emergência; 
 Kit de primeiros socorros; 
 Saídas de emergência. 
 Telefone para emergências; 
 Betoneira de alarme; 
6. Trabalho Laboratorial 
É o estudo de fenómenos naturais através de observações e experiências realizadas no laboratório 
ou no campo; 
23 
 
 
Inclui todas as actividades laboratoriais de demonstrações pelos professores, observação e 
manuseamento de objectos reais e materiais pelos estudantes e trabalho de campo. 
6.1. Objectivos 
O trabalho laboratorial permite ao estudante: 
 Tornar os fenómenos reais; 
 Promover o raciocínio lógico de pensamento; 
 Procurar factos e chegar a princípios; 
 Elevar ou estimular o interesse e a auto-estima; 
 Desenvolver a capacidade de comunicação e cooperação; 
 Desenvolver determinadas atitudes disciplinadas; 
 Desenvolver habilidades específicas de manuseio; 
 Verificar factos e princípios aprendidos; 
 Desenvolver atitude crítica; 
 Aprender técnicas de experiencias padronizadas. 
6.2. Tipos de trabalho laboratorial 
Trabalho Laboratorial - refere-se a actividades que requerem a utilização de materiais de 
laboratório, mais ou menos convencionais, podendo ser realizadas num laboratório ou mesmo 
numa sala de aula, desde que não sejam necessárias condições especiais, sobretudo de segurança, 
para a realização das mesmas. Estes materiais podem também ser utilizados numa actividade de 
campo (DOURADO, 2001 apud CHAVES, 2003). 
Trabalho de Campo - proporciona a possibilidade de nos apercebermos da amplitude, 
diversidade e complexidade dos fenómenos naturais, da diversidade da fauna e flora de uma dada 
região e da sua interacção com o meio, favorecendo ocasiões privilegiadas para a aquisição de 
conhecimentos e para o desenvolvimento de capacidades, nomeadamente no que respeita à 
observação, à interpretação, à reflexão e à análise dos fenómenos em ambiente natural. 
Leite (2001) apud Chaves (2003), destaca que o Trabalho Experimental envolve todas as 
actividades que exigem o controlo e manipulação de variáveis. Logo, as actividades 
experimentais podem corresponder a actividades laboratoriais, de campo ou a qualquer outro tipo 
de trabalho prático. 
24 
 
 
É fundamental compreender e clarificar a distinção do conceito de Trabalho Experimental e 
outros tipos de Trabalho Prático. Refira-se que, para alguns autores, Trabalho Prático é Trabalho 
Experimental e, por sua vez, Trabalho Experimental baseia-se na prática ou no conhecimento 
adquirido pela prática. 
As actividades experimentais criadas e implementadas durante a nossa investigação seguem um 
modelo construtivista, mas procurando o recurso a estratégias de ensino que promovam uma 
aprendizagem com um cariz investigativo, capaz de desencadear não só mudanças conceptuais, 
mas também mudanças metodológicas e atitudinais. 
Segundo Gil Pérez et al. (1999) apud Chaves (2003), deve ser a resolução de problemáticas com 
interesse para o aluno a determinar as orientações construtivistas do ensino/aprendizagem, e não 
o persistente e sistemático questionamento das suas ideias com o intuito de produzir as mudanças 
conceptuais. Desta forma, o trabalho experimental por nós implementado seguiu o modelo de 
ensino pós-mudança conceptual, o Ensino Por Pesquisa. 
6.3. Processo de avaliação 
Hodson (1992) apud Leite (2000, p.06) defende que para além de funções sumativa e formativa 
(a qual inclui a diagnóstico), a avaliação deve desempenhar mais duas funções: 
 Função avaliativa - que tem a ver com o facto de a avaliação dever fornecer informação 
sobre a eficácia do currículo e das actividades de aprendizagem implementadas, 
permitindo, assim, ao professor ir reflectindo sobre a sua prática e tomando medidas no 
sentido de a melhorar; 
 Função educativa – que se prende com o facto de as próprias actividades usadas para 
efeitos de avaliação deverem, também elas, servir para o aluno desenvolver as suas 
aprendizagens. Assim, a avaliação não é vista como algo adicional ao processo de ensino-
aprendizagem mas, pelo contrário, torna-se parte integrante desse processo. 
6.4. Técnicas e instrumentos de avaliação 
A informação pode ser recolhida à custa de três técnicas diferentes (DeKetele & 
Roegiers, 1996 apud Leite, 2000, p.07): 
25 
 
 
 Por observação dos alunos aquando da realização das actividades laboratoriais; 
 Por inquérito, através de respostas dadas pelos alunos, por escrito ou oralmente, a 
questões que lhes são colocadas antes, durante ou após a execução do procedimento 
laboratorial; 
 Com base em documentos produzidos pelos alunos. 
As diversas técnicas podem ser concretizadas através de um ou mais tipos de instrumentos, 
conforme se indica no quadro a seguir: 
 
7. Laboratórios Virtuais 
7.1. Conceito 
De acordo com FERNANDEZ et all (2000) apud Artins (2005), "o ambiente que permite o 
acompanhamento e controle de experimentos e ensaios remotamente é chamado de laboratório 
virtual". Ou Um laboratório virtual é definido como "ambiente de desenvolvimento interactivo 
para criar e conduzir experimentos simulados". Por outra, Os laboratórios virtuais são 
laboratórios baseados na simulação por computador que produz resultados similares aos reais. 
7.2. Laboratório Exclusivamente Virtual 
O laboratório chamadoexclusivamente virtual tem por característica principal o seu 
funcionamento. É um laboratório onde todos os seus componentes são virtuais. 
26 
 
 
7.3. Laboratório Remoto 
Nos laboratórios remotos podem ser realizados experimentos e ensaios com a veracidade de um 
experimento em um laboratório real. O diferencial neste tipo de laboratório é a questão da não 
presença no local onde o experimento é realizado. 
O laboratório remoto surgiu como importante alternativa para a realização de práticas 
laboratoriais de qualidade sendo que, os primeiros laboratórios remotos foram apresentados na 
área de engenharia de automação e controle. 
Laboratório remoto permite a interacção com processos reais permitindo ao usuário a análise de 
problemas práticos “do mundo real” como ruídos, a não-linearidade de processos, entre outros, 
os quais usualmente não são tratados em teoria, mas que na prática devem ser considerados 
devido a sua influência nos resultados esperados. 
7.4. Laboratório Virtual Remoto 
Um laboratório virtual remoto consiste de um laboratório real no qual os equipamentos são 
controlados remotamente, a partir de um computador conectado à web. A estrutura básica de um 
laboratório desse tipo é formada por um conjunto de instrumentos interfaceados a um 
computador. Esse computador tem a função de controlar, através de softwares específicos, o 
funcionamento dos equipamentos a ele interligado. O usuário remoto acessa, controla o 
computador do laboratório, acciona equipamentos, faz observações, testa condições e colecta 
dados. O alcance desse tipo de tecnologia é vasto desde um simples laboratório que não permite 
ao usuário criar sua própria experiência, até laboratório virtual de alcance mundial formados pela 
conexão de vários laboratórios". 
7.5. Realidade virtual em laboratórios de simulação 
A realidade virtual é a construção de interfaces avançadas, onde os usuários podem ficar imersos, 
navegando e interagindo em um ambiente de simulação tridimensional que é planejado e 
construído por meio de tecnologias e que agregam sensações multissensoriais de percepção. 
Hoje muitos softwares e hardwares, conforme explicam NETTO et al. (2002) apud Mesquita 
(2017), podem ser encontrados no mercado, a um custo baixo e com desenvolvimento 
27 
 
 
aprimorado ao usuário, que permitem simular situações da realidade em um computador básico, 
dando a impressão do usuário estar em um novo lugar. Outro avanço desta tecnologia permitiu às 
empresas utilizarem-se deste conceito para vender produtos de forma eficaz, testar protótipos, 
fazer treinamentos e capacitações com seus colaboradores, e em instituições de ensino, auxiliam 
alunos a praticarem e testarem práticas de forma rápida e segura. 
7.8. Modelos e Exemplos de Laboratórios Virtuais 
Laboratório virtual Pearson 
No laboratório da Pearson os alunos são postos em um ambiente virtual onde têm a liberdade de 
fazer escolhas e tomar decisões que enfrentariam em um laboratório de ensino real; assim, 
podem experimentar suas consequências. 
 
Dentro deste ambiente virtual de laboratório, existem as opções de escolha de conteúdos de 
física, química, química orgânica e biologia. Em cada um dos laboratórios os estudantes são 
expostos a um ambiente personalizado de acordo como assunto abordado e tem actividades, 
vídeos e simulações para melhor fixação do aprendizado. 
28 
 
 
Laboratório virtual da secretaria de estado de ciência, tecnologia e ensino superior de 
minas gerais 
 
A construção deste material virtual é feita em 2D, com imagens e ilustrações voltadas para 
actividades de clicar e arrastar, preenchimento e selecção. Não apresenta a simulação de inserção 
nos ambientes com realidade aumentada. 
Laboratório Little Alcemy 
 
Neste ambiente a Alchemy desenvolve um laboratório interactivo que simula uma aprendizagem 
por meio de testes de elementos químicos que quando combinados resultam em novos elementos 
devido a variação de suas combinações. 
A construção é feita com imagens e ilustrações 2D e o visual é bastante simples, para melhor 
atenção e clareza aos testes. 
29 
 
 
Referências bibliográficas 
1. CHAVES, R. (2003). Actividades de trabalho experimental no ensino Das ciências: um 
plano de intervenção com alunos do ensino básico. Lisboa 
2. Conselho Regional de Química-IV Região. (2007). Guia de Laboratório para o Ensino de 
Química: instalação, montagem e operação. São Paulo: Comissão de Ensino Técnico 
3. LEITE, Laurinda. (2000). As actividades laboratoriais e a avaliação das aprendizagens dos 
alunos. Braga: Universidade do Minho. 
4. MACHADO, José Caetano at al. (2008). Segurança e Técnicas de Laboratório I. Minas 
gerais: UFMG. 
5. MESQUITA, Noémia Souza. (2017). Simulação de actividades práticas Por meio de 
laboratórios virtuais. Santa Catarina : UniSul. 
6. Organização Mundial da Saúde. (2004). Manual de Segurança Biológica em Laboratório (3a 
Ed). Genebra 
7. Richmond et al. (2001). Biossegurança em Laboratórios Biomédicos e de Microbiologia (4a 
Ed.). Brasília: Funassa. 
8. TRAUTMANN, Ricardo, (2008). Manual de segurança e boas práticas em laboratórios 
Químicos.

Outros materiais