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RECURSO ESPECIAL CIVIL

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO 
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
PROCESSO DE ORIGEM: AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS C/C 
PERDAS E DANOS – COMARCA DE BAURU/SP-PROCESSO N° xxxxxxxxxxx 
 
 
VIAÇÃO METEORO LTDA​, já qualificada nos autos em epígrafe, inconformada com 
a decisão proferida no recurso vem, respeitosamente, por seu procurador 
infra-assinado, interpor o presente ​RECURSO ESPECIAL​ com base nos artigos 
1.029, do CPC/2015 e art. 105, inciso III, alínea a, da CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 
requerendo a sua admissão e remessa à instância superior, após serem observadas 
as formalidades legais. 
 
Requer a juntada dos comprovantes de pagamento das custas recursais, nos 
moldes do art. 1.007, do CPC/2015. 
 
 
Termos em que, pede deferimento. 
 
 
São Paulo, 11 de Janeiro de 2019. 
 
Advogado / OAB-SP XXX. XX 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA- STJ 
 
 
APELAÇÃO​ N° XXXX/2017 
Recorrente: ​VIAÇÃO METEORO LTDA 
Recorrido:​ CIPIRA HOTALIÇAS-ME 
 
I – RAZÕES DO RECURSO e CABIMENTO 
O acórdão recorrido foi julgado em última instância pelo Tribunal 
Regional e caminhou, desta vênia, em sentido contrário à lei federal, afrontando-lhe, 
contra dizendo-lhe e negando-lhe vigência. 
Assim à luz do artigo 105, III, alínea a, da CF e, também, do artigo 
1.029, II, do novo CPC, é cabível o presente Recurso Especial para alcançar o fim 
desejado, qual seja a reforma do acórdão objurgado. 
 
II – DA TEMPESTIVIDADE 
Nos termos do artigo 1003, §5° do novo CPC, o prazo para interpor o 
presente recurso é de 15 dias. Desta forma, considerando que a decisão dos 
embargos de Declaração fora publicada no DEJ-SP 0001 em data de 18/12/2018, 
domingo, ressaltando que o judiciário entra em recesso nos dias 20/12/2018 a 
06/01/2019. Portanto, a partir dos julgados, como advogado cujo prazo fatal seria em 
24/01/2019, logo, reconhecidamente o Recurso é tempestivo e merece acolhimento. 
 
III – DO PREPARO 
Cumprindo mais uma exigência para o recebimento do presente 
recurso, as custas referentes ao preparo já foram recolhidas, conforme comprovante 
em anexo. 
 
IV – DO PREQUESTIONAMENTO 
Para o acolhimento do RECURSO ESPECIAL exige-se que a matéria 
tenha sido prequestionada. No caso telado este requisito foi devidamente cumprido, 
inclusive com a interposição de EMBARGOS DECLARATÓRIOS visando provocar o 
Tribunal “a quo” sobre a matéria aqui invocada. 
 
V – RESUMO DOS FATOS RELEVANTES 
Busca a empresa/recorrente VIAÇÃO METEORO LTDA, alegar 
omissão com o propósito de prequestionar o dispositivo relacionado à culpa 
concorrente (arts. 944 e 945 do Código Civil), aduzindo que o caso seria de culpa 
exclusiva da autora. 
Alegar ainda omissão em relação à necessidade de aplicação do artigo 85, 
parágrafo 14, do CPC/2015, no que diz respeito à compensação dos honorários 
advocatícios, bem como de negativa de vigência aos artigos 86. Parágrafo único, do 
CPC/2015, no que tange à distribuição dos honorários e custas processuais, que 
aduzem ser responsabilidade total da parte quando há sucumbência mínima, bem 
como a negativa de vigência com relação ao artigo 85, parágrafo 11, do código de 
processo civil de 2015 que aduz pela necessidade de acréscimo do honorário de 
advogado, em razão do trabalho adicional do procurador. 
 
No dia 11/02/2017, o SENHOR Barnabé retornava a Bauru/SP conduzindo a sua 
Pick-up após mais um dia cansativo de trabalho. Naquela noite, chovia e a estrada 
estava escorregadia, e havia também muita neblina. Ocorre que, quando trafegava 
na curva do KM 447 da rodovia BR-345, NO MUNICÍPIO DE JAÚ/SP, o SENHOR 
Barnabé perdeu o controle do seu veiculo. Os pneus traseiros derraparam, e o 
veículo rodopiou por sua pista, ficando atravessado na pista, sem, contudo, invadir a 
pista contrária. No entanto, um ônibus da VIAÇÃO METEORO LTDA, que trafegava 
na pista contrária, assustou-se com a manobra efetuada pelo senhor barnabé, e 
pisou no freio. 
 Como a pista estava escorregadia e com um pouco de óleo, o motorista perdeu o 
controle do seu veiculo e bateu de frente no pick-up ranger. Com o impacto, a 
pick-up foi arremessada por cerca de 10 (dez) metros, e bateu no barranco da pista. 
Com o impacto, o SENHOR Barnabé feriu-se gravemente, apresentando um corte 
na testa, fratura nas pernas e nos braços. 
Pelo conjunto probatório dos autos (pericial e testemunhal) juntado aos autos não 
resta dúvidas de que a ​causa direta​ deste acidente deve-se a dois motivos: 
 
1 – Tendo em vista que foi constatado que a maior parte da culpa 
ocorreu por parte do autor​, que invadiu a contramão direcional, e 
colaborou de forma decisiva para a realização do acidente. 
 
2 ​– Falta de situação adequada​ da pista antes da invasão, com forma 
de melhor condução da situação. 
 
O relatório ora juntado indica outra versão para o acidente, através da posição dos 
veículos e de relatos de passageiros. Foi ainda apurado, da análise do ​Tacógrafo 
do veículo, que este trafegava em velocidade compatível com a via de trânsito. 
Portanto, com base nessa conclusão, este entendeu pela não realização de 
qualquer​ acordo​, mediante o entendimento de que o causador deste acidente foi ​o 
AUTOR​ da presente demanda. 
 
Porém entendeu a R. Sentença que houve culpa por parte do motorista da ré (no 
evento danoso). É o que se extrai do acordão. 
 
EMENTA​: Indenização por danos materiais e danos emergentes. 
Preliminar. Acolhimento para julgamento imediato. Inteligência do art. 
1.009, parágrafo3, do CPC/2015. Acidente de trânsito – culpa 
concorrente, com preponderância da empresa autora reconvinda – 
redistribuição das condenações e da sucumbência – compensação de 
honorários – aplicação da súmula 306 do STJ 
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO​. 
1 – Considerando o disposto no art. 1.013, parágrafo 3, inciso III, o 
Tribunal pode julgar questões não decididas em primeira instância. 
Estando o valor da causa em desacordo com o art. 292, inciso V, do 
CPC. 
2- As provas nos autos indicam que a culpa preponderante no acidente 
de trânsito foi do veículo da autora, motivo pelo qual deve haver a 
redistribuição da responsabilidade civil pelo acidente para 80% para a 
autora/reconvinda e 20% para até/reconvinte. Inteligência dos arts. 944 
e 945, do Código Civil Brasileiro. 
3 – Considerando que SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA não 
revogou o disposto na súmula 306, os tribunais de justiça devem 
respeitá-la, motivo pelo qual devem os honorários de advogado ser 
compensados. 
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO​. 
 
A obrigação de reparar reclama dois pressupostos: um concreto, outro abstrato. O 
fator concreto se desdobra em três elementos: fato do homem, o dano e a relação 
de causa e efeito entre um e outro. O fato abstrato se materializa na culpa. 
 
O art. 186 caput do Código Civil Brasileiro estatui que todo “aquele que, 
por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar 
direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a reparar o dano”. 
 
No caso em apreço, estão ausentes dois destes pressupostos, quais sejam a 
relação de causa e efeito e a culpa. Conforme a doutrina do insigne professor 
Fernando Noronha: 
“Para que surja uma obrigação” de indenizar, será necessário que 
alguém tenha sofrido um dano, que este tenha sido causado por fato 
antijurídico de outrem (ou, em certas hipóteses excepcionalíssimas, 
que tenha simplesmente acontecido no exercício de atividade da outra 
pessoa), que tal fato possa ser imputado à pessoa que se pretende 
responsabilidade, a título de culpa (incluindo dolo) ou de risco criado, e 
finalmente que o dano sofrido tenha cabimento no âmbito ou escopo da 
norma violada. Estes são os pressupostos da responsabilidade civil 
“(Apostila apresentada ao curso de graduação em Direito da UFSC, 
pág.: 225)”. 
 
Da doutrina acima colacionada extrai-se que para a reparação do dano material 
mostra-se imprescindíveldemonstrar-se o nexo de causalidade entre a conduta 
indevida do terceiro e o efeito prejuízo patrimonial que foi efetivamente suportado. 
No caso dos autos não restou comprovado o nexo de causalidade. O autor não agiu 
com culpa e não se pode afirmar que a sua conduta foi causa eficiente para a 
deflagração do sinistro. 
E contrariamente à prova dos autos, entendeu o MM julgador que: 
 
“Baseado nos mesmos fundamentos, e considerando o arbitramento de 
culpa concorrente, à proporção de 60% da ré e 40% da autora, julgo 
parcialmente procedente o pedido da reconvenção, para condenar a 
autora reconvinda a ressarcir à ré reconvinte o correspondente à 
quantia de 40% do valor, o que corresponde a R$ 8.800,00(oito mil e 
oitocentos reais)”. 
 
Veja que a convicção do MM juiz foi firmada NÂO no conjunto probatório dos autos. 
Não houve a correta valoração da prova pelo julgador sentenciante, que não instruiu 
o processo, tampouco teve contato direto com as testemunhas e, portanto, tinha o 
dever de fazer uma análise de todo o arcabouço probatório e não apenas 
“escolher​”. 
E o pior, excelências, é que as provas juntadas aos autos não foram avaliadas de 
forma precisa, quais sejam: 
a) A policia tomou ainda o depoimento do motorista do ônibus, que 
“afirmou que invadiu a pista contrária em razão de tentar 
desviar do veículo que estava derrapando e indo a sua 
direção”. 
b) Relatório do tacógrafo do veiculo da ré indica que esta estava 
dentro dos limites da via (90 km/h); 
c) Tendo em vista a culpa exclusiva da autora, vez que não configura 
o elemento culpa concorrente, vez que a autora manteve seu 
veículo paralisado na via sem sinalização (art.46 e 48 §1° e 182, V 
do CTB). 
È bem verdade que no ordenamento jurídico prevalece o sistema do livre 
convencimento motivado, porém a liberdade do julgador na apreciação da prova não 
lhe autoriza a​ preferir esta ou aquela prova​ em detrimento das demais. 
 
Ora, agentes públicos (policiais civis e militares) e outros motoristas chegaram no 
local ​logo após o acidente​ não confirmaram a versão das testemunhas do 
recorrido, pelo contrário foram firmes em informar que naquele momento devido a 
forte chuva era inconclusivo dizer de quem seria a culpa pelo acidente. 
 
“O depoimento da testemunha1, qualificada na ata de audiência, 
demonstra que o veículo ônibus conseguiu parar primeiro, e foi atingido 
posteriormente. No entanto, o depoimento da testemunha, bem como 
dos peritos que cobriam o evento, indicavam que o veículo da autora 
teria invadido a contramão direcional, vindo a colidir no veículo da ré”. 
 
 
Mesmo sem ter o recorrido se desvencilhado do ônus da prova dos fatos 
constitutivos do seu direito (a ​ocorrência do acidente, a data)​ o Ilustre Relator do 
Acordão objurgado condenou a recorrente nos danos morais e materiais. 
 
Contudo, o Tribunal de Justiça rejeitou os embargos de Declaração aos 
fundamentos ementados abaixo: 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – ALEGAÇÃO DE OMISSÕES – 
MERO INCONFORMISMO​ ​DA PARTE.​ O tribunal não é obrigado a 
responder a todos os fundamentos alegados pelas partes, 
especialmente, quando as questões foram todas decididas no 
julgamento. “Embargos de Declaração Improvidos.” 
 
Assim, e diante de todo exposto, viu-se a recorrente obrigada a interpor o presente 
Recurso Especial, tendo em vista tratar-se de questão de JUSTIÇA. 
 
VI – NEGATIVA DE VIGÊNCIA AO PARÁGRFO 11, DO ART. 85 DO 
CPC/2015. 
 
Observa-se que, após o julgamento do Recurso de Apelação, a turma decidiu 
pela condenação dos honorários em 10% sobre o proveito econômico obtido na 
ação, deixando, contudo, de se manifestar sobre eventual majoração de honorários. 
 
A recorrente alegou omissão na decisão, com relação ao pedido de 
majoração dos honorários de sucumbência. 
 
Contudo, a turma julgadora rejeitou os Embargos de Declaração, suscitando 
ser a peça recursal mero inconformismo, omitiu-se com relação à aplicabilidade do 
dispositivo expresso no CPC, que ressalta a necessidade de majoração dos 
honorários de sucumbência quando há recurso de apelação. 
 
Nesse diapasão, dispõe o art. 85, parágrafo 11, do CPC: 
 
Art.85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao 
advogado do vencedor. 
§ 11. O tribunal ao julgar recurso, majorará os honorários fixados 
anteriormente levando em conta o trabalho adicional realizado 
em grau recursal, observando, conforme o caso, o disposto nos 
§§2° a 6°, sendo vedado ao tribunal, no cômputo geral da 
fixação de honorários devidos ao advogado do vencedor, 
ultrapassar os respectivos limites estabelecidos nos §§ °2 e 3° 
para a fase de conhecimento. 
 
Sobre o referido disposto, disserta Celso Amorim Assumpção Neves: 
“Não resta dúvida de que a nova regra é justa porque remunera 
um trabalho do advogado que ainda está por vir e que, por tal razão, não poderia ser 
considerado pelo juiz que proferiu a decisão recorrida”. Não se duvida que um 
processo no qual a sentença transitada em julgado por ausência de interposição de 
apelação dá muito menos trabalho do que aquele que chega até os tribunais 
superiores, em razão da sucessiva interposição de recursos. (...) 
 
“Há, entretanto, outra razão de ser do dispositivo legal. A norma 
servirá como desestímulo à interposição de recursos, que no 
novo Código de Processo Civil passarão a ficar mais caros para 
a parte sucumbente.” 
 
 
Quanto ao cabimento do recurso especial para tal fim, o mesmo autor ressalta 
que “quando os honorários forem fixados em julgamentos de segundo grau de 
jurisdição, ainda será cabível o recurso especial para impugnar essa matéria...” 
(Neves, Daniel Amorim Assumpção. Novo CPC Comentado. Salvador. Ed Jus 
Podium, 2017, pg. 156/157). 
 
Assim, considerando que o tribunal deixou de considerar tal situação, 
conclui-se que foi violado o referido dispositivo, motivo pelo qual deve o Superior 
Tribunal de Justiça aplicar a lei, para reformar a decisão, determinando assim a 
majoração dos honorários de sucumbência, até o percentual máximo permitido. 
 
 
VII – DO REQUERIMENTO 
 
Isto posto, requer a V. EX° que se digne determinar a intimação do recorrido 
para, se quiser, apresentar as suas contrarrazões, nos termos do art. 1.030, do 
CPC2015. 
 
 
VIII – DOS PEDIDOS 
 
 
Diante do exposto requer que seja o presente Recurso recebido, 
intimando-se a parte adversa para, querendo, contrarrazoá-lo no prazo legal; 
 
Que seja provida a reforma do acordão, descaracterizar a culpa 
concorrente (arts. 944 e 945 do Código Civil), aduzindo que o caso seria de culpa 
exclusiva da autora. 
 
 
Que seja provida a reforma do acordão aplicando-se o artigo 85, 
parágrafo 14, do CPC/2015, no que diz respeito à compensação dos honorários 
advocatícios, bem como de negativa de vigência aos artigos 86, parágrafo único, do 
CPC/2015, no que tange à distribuição dos honorários advocatícios e custas 
processuais, que aduzem ser responsabilidade total da parte quando há 
sucumbência mínima, bem como a negativa de vigência com relação ao artigo 85, 
parágrafo 11, do Código de Processo Civil de 2015 que aduz pela necessidade de 
acréscimo de honorários de advogado, em razão do trabalho adicional do procurador 
para EXCLUIR a condenação dos danos materiais e morais deferidas em favor do 
recorrido, já que o mesmo não se desvencilhou de provar os fatos constitutivos do 
seu direito, não servindo, consoante razão retro expendida; 
 
 
Caso não seja este o entendimento dos Preclaros Julgadores, requer 
então, pelo menos, que seja afastada a condenação imposta a título de danos 
materiais, em face de afronta literal aos artigos 186 e 927 do CC, já que não restou 
demonstrado o nexo de causalidade – que é elemento essencial à persecução da 
reparação pretendida – somado ao fato de que a situação narrada na peça de 
introito (mesmo que admitida como verdadeira) até pode ter representado um 
transtornos, o que é do nosso cotidiano, sem permitir, entretanto, a ocorrência de 
danos morais,ou então, no mínimo, a minoração dos valores arbitrados para os 
parâmetros já fixados pela jurisprudência pátria, por ser de ​DIREITO E JUSTIÇA. 
 
Pede deferimento. 
 
Bauru​/SP, em 11 de Janeiro de 2019. 
 
ADVOGADO: XXXXXXXX 
 
OAB-SP: XXX.XX

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