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segurança e conflitos internacionais

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Questões resolvidas

Entre 1989 e 2000 registrou-se um total de 111 conflitos armados. Destes, 33 estavam ainda ativos em 2000 [...]. Para todo esse período registraram-se sete conflitos interestatais, dos quais dois ainda estavam ativos em 2000 [...]. Existe uma maior proporção de novos e menores conflitos armados a serem resolvidos do que de conflitos longos e de larga escala.
Por que, no pós-guerra fria, os conflitos no interior dos estados são mais numerosos do que entre estados?
Porque a privatização do Estado por meio de reformas liberais incentiva a violência.
Porque os estados estão perto da paz perpétua, conforme o conceito de Kant, e tendem a eliminar os exércitos.
Porque as reformas econômicas e políticas nos Estados levam a uma maior distribuição de renda à população.
Porque a guerra entre estados já não é um bom “negócio”.
Porque na nova guerra há forte presença de grupos não estatais violentos, capazes de questionar o monopólio da violência do Estado.

“Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética não foram um período homogêneo único na história do mundo. (…) dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da URSS”.
O autor está se referindo ao período conhecido como Guerra Fria, cuja origem pode ser atribuída à:
Assinatura do Pacto de Varsóvia, que proibiu a Iugoslávia de receber ajuda econômica e militar dos Estados Unidos.
Declaração unilateral da URSS da “Detente”, que exprimia o desejo de buscar a coexistência pacífica entre os dois sistemas ideológicos.
Construção de um discurso inglês e norte-americano, que procurou mostrar os perigos do expansionismo soviético.
Divisão do território alemão pelas potências vencedoras da II Guerra Mundial e às divergências quanto à sovietização do Oriente Médio.
Doutrina Truman, que incentivou os soviéticos a ampliarem seu domínio político nos países do Leste europeu.

Analise as questões abaixo sobre política e segurança.
Assinale a alternativa correta:
I. A política externa dos Estados diz respeito a condução pacífica das relações internacionais, tendo a diplomacia como instrumento, ao passo que o recurso a medidas coercitivas e, em última instância, ao emprego da força é alheio ao repertório da política externa por ser medida excepcional e de caráter temporário.
II. Para a consecução de objetivos externos dos Estados, cabe, formal e legalmente, à diplomacia obter, de forma irrestrita, informações que abranjam aspectos políticos, econômicos, sociais e acontecimentos externos e que sejam consideradas indispensáveis à adequada formulação e execução da política externa.
III. Durante a Guerra Fria, os temas de segurança estiveram virtualmente ausentes ou foram relegados a posições secundárias na agenda da política externa do Brasil, então voltada fundamentalmente para preocupações com o desenvolvimento, mas adquiriram grande relevância a partir do início do século XXI em razão do fortalecimento das ameaças de natureza e alcance globais, notadamente a proliferação de armas de destruição em massa, o terrorismo e os conflitos etno-religiosos.
IV. No período pós-Guerra Fria a natureza transnacional das novas ameaças à segurança internacional — terrorismo internacional, proliferação de armas de destruição em massa, crime organizado e narcotráfico — ensejou a cooperação entre o aparato de segurança, incluídas as agências de inteligência de países anteriormente rivais.
Apenas a alternativa IV está correta.
Apenas a alternativa III está correta.
I e IV estão corretas.
I, II e III estão corretas.
I, III e IV estão corretas.

“Crescimento econômico contínuo exigia estabilidade política nacional e internacional. O governo democrata chefiado por Truman (1945-1952), sob a pressão dos seus partidários do Sul, dos republicanos, e do empresariado, abandonou suas intenções de empreender mais reformas sociais, favorecendo uma aliança entre empresas, governo e Forças Armadas com concessões limitadas à classe trabalhadora.”
Sobre o contexto retratado pelo excerto, assinale a alternativa correta:
Fundado em 1944, o FMI passou a ser o meio pelo qual os Estados Unidos dominaram os países após a Segunda Guerra Mundial. Exemplo disso foram os vultosos empréstimos concedidos pelo órgão a nações do sudeste asiático, resultando no surgimento dos “Tigres Asiáticos”.
A Guerra Fria abriu oportunidades de desenvolvimento bélico e tecnológico aos Estados Unidos. Por isso, conflitos diretos entre o país e a União Soviética, além de constantes, se mostraram extremamente eficientes para a continuidade da estabilidade da economia estadunidense.
O envolvimento dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial abriu a possibilidade de investimentos em países europeus. A presença marcante de empresas estadunidenses na Alemanha, no imediato pós-Guerra, é o principal exemplo desses investimentos.
Os esforços, movidos para a vitória na Segunda Guerra Mundial, resultaram em um crescimento acelerado da economia estadunidense. Para mantê-la, o governo adotou, após o conflito, uma política de juros altos, concessão de empréstimos facilitados e intervenções militares em países da América Latina.

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Questões resolvidas

Entre 1989 e 2000 registrou-se um total de 111 conflitos armados. Destes, 33 estavam ainda ativos em 2000 [...]. Para todo esse período registraram-se sete conflitos interestatais, dos quais dois ainda estavam ativos em 2000 [...]. Existe uma maior proporção de novos e menores conflitos armados a serem resolvidos do que de conflitos longos e de larga escala.
Por que, no pós-guerra fria, os conflitos no interior dos estados são mais numerosos do que entre estados?
Porque a privatização do Estado por meio de reformas liberais incentiva a violência.
Porque os estados estão perto da paz perpétua, conforme o conceito de Kant, e tendem a eliminar os exércitos.
Porque as reformas econômicas e políticas nos Estados levam a uma maior distribuição de renda à população.
Porque a guerra entre estados já não é um bom “negócio”.
Porque na nova guerra há forte presença de grupos não estatais violentos, capazes de questionar o monopólio da violência do Estado.

“Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União Soviética não foram um período homogêneo único na história do mundo. (…) dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela situação internacional peculiar que o dominou até a queda da URSS”.
O autor está se referindo ao período conhecido como Guerra Fria, cuja origem pode ser atribuída à:
Assinatura do Pacto de Varsóvia, que proibiu a Iugoslávia de receber ajuda econômica e militar dos Estados Unidos.
Declaração unilateral da URSS da “Detente”, que exprimia o desejo de buscar a coexistência pacífica entre os dois sistemas ideológicos.
Construção de um discurso inglês e norte-americano, que procurou mostrar os perigos do expansionismo soviético.
Divisão do território alemão pelas potências vencedoras da II Guerra Mundial e às divergências quanto à sovietização do Oriente Médio.
Doutrina Truman, que incentivou os soviéticos a ampliarem seu domínio político nos países do Leste europeu.

Analise as questões abaixo sobre política e segurança.
Assinale a alternativa correta:
I. A política externa dos Estados diz respeito a condução pacífica das relações internacionais, tendo a diplomacia como instrumento, ao passo que o recurso a medidas coercitivas e, em última instância, ao emprego da força é alheio ao repertório da política externa por ser medida excepcional e de caráter temporário.
II. Para a consecução de objetivos externos dos Estados, cabe, formal e legalmente, à diplomacia obter, de forma irrestrita, informações que abranjam aspectos políticos, econômicos, sociais e acontecimentos externos e que sejam consideradas indispensáveis à adequada formulação e execução da política externa.
III. Durante a Guerra Fria, os temas de segurança estiveram virtualmente ausentes ou foram relegados a posições secundárias na agenda da política externa do Brasil, então voltada fundamentalmente para preocupações com o desenvolvimento, mas adquiriram grande relevância a partir do início do século XXI em razão do fortalecimento das ameaças de natureza e alcance globais, notadamente a proliferação de armas de destruição em massa, o terrorismo e os conflitos etno-religiosos.
IV. No período pós-Guerra Fria a natureza transnacional das novas ameaças à segurança internacional — terrorismo internacional, proliferação de armas de destruição em massa, crime organizado e narcotráfico — ensejou a cooperação entre o aparato de segurança, incluídas as agências de inteligência de países anteriormente rivais.
Apenas a alternativa IV está correta.
Apenas a alternativa III está correta.
I e IV estão corretas.
I, II e III estão corretas.
I, III e IV estão corretas.

“Crescimento econômico contínuo exigia estabilidade política nacional e internacional. O governo democrata chefiado por Truman (1945-1952), sob a pressão dos seus partidários do Sul, dos republicanos, e do empresariado, abandonou suas intenções de empreender mais reformas sociais, favorecendo uma aliança entre empresas, governo e Forças Armadas com concessões limitadas à classe trabalhadora.”
Sobre o contexto retratado pelo excerto, assinale a alternativa correta:
Fundado em 1944, o FMI passou a ser o meio pelo qual os Estados Unidos dominaram os países após a Segunda Guerra Mundial. Exemplo disso foram os vultosos empréstimos concedidos pelo órgão a nações do sudeste asiático, resultando no surgimento dos “Tigres Asiáticos”.
A Guerra Fria abriu oportunidades de desenvolvimento bélico e tecnológico aos Estados Unidos. Por isso, conflitos diretos entre o país e a União Soviética, além de constantes, se mostraram extremamente eficientes para a continuidade da estabilidade da economia estadunidense.
O envolvimento dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial abriu a possibilidade de investimentos em países europeus. A presença marcante de empresas estadunidenses na Alemanha, no imediato pós-Guerra, é o principal exemplo desses investimentos.
Os esforços, movidos para a vitória na Segunda Guerra Mundial, resultaram em um crescimento acelerado da economia estadunidense. Para mantê-la, o governo adotou, após o conflito, uma política de juros altos, concessão de empréstimos facilitados e intervenções militares em países da América Latina.

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Pergunta 1 
0,2 / 0,2 pts 
Entre 1989 e 2000 registrou-se um total de 111 conflitos armados. Destes, 33 
estavam ainda ativos em 2000 [...]. Para todo esse período registraram-se sete 
conflitos interestatais, dos quais dois ainda estavam ativos em 2000 [...]. Existe uma 
maior proporção de novos e menores conflitos armados a serem resolvidos do que 
de conflitos longos e de larga escala. 
Por que, no pós-guerra fria, os conflitos no interior dos estados são mais numerosos 
do que entre estados? 
Correto! 
 
Porque a privatização do Estado por meio de reformas liberais incentiva a violência. 
 
Com as privatizações, a passagem de um bem público a uma empresa privada pode 
significar perda de um patrimônio à população e representar apenas lucro para a empresa. 
As privatizações também levam a uma tendência à precarização do trabalho e à diminuição 
da renda dos assalariados. Os serviços à população também tendem a não ter a mesma 
eficiência do Estado, por conta da frágil fiscalização. 
 
Porque os estados estão perto da paz perpétua, conforme o conceito de Kant, e 
tendem a eliminar os exércitos. 
 
 
Porque as reformas econômicas e políticas nos Estados levam a uma maior 
distribuição de renda à população. 
 
 
Porque a guerra entre estados já não é um bom “negócio”. 
 
 
Porque na nova guerra há forte presença de grupos não estatais violentos, capazes 
de questionar o monopólio da violência do Estado. 
 
 
Pergunta 2 
0,2 / 0,2 pts 
“Os 45 anos que vão do lançamento das bombas atômicas até o fim da União 
Soviética não foram um período homogêneo único na história do mundo. 
(…) dividem-se em duas metades, tendo como divisor de águas o início da década 
de 70. Apesar disso, a história deste período foi reunida sob um padrão único pela 
situação internacional peculiar que o dominou até a queda da URSS”. 
(HOBSBAWM, Eric J. Era dos Extremos. São Paulo: Cia das Letras,1996). 
O autor está se referindo ao período conhecido como Guerra Fria, cuja origem pode 
ser atribuída à: 
 
Assinatura do Pacto de Varsóvia, que proibiu a Iugoslávia de receber ajuda 
econômica e militar dos Estados Unidos. 
 
 
Declaração unilateral da URSS da “Detente”, que exprimia o desejo de buscar a 
coexistência pacífica entre os dois sistemas ideológicos. 
 
Correto! 
 
Construção de um discurso inglês e norte-americano, que procurou mostrar os 
perigos do expansionismo soviético. 
 
Em 1946 ficou famoso o discurso de Wilston Churchill, Primeiro Ministro britânico, que 
afirmava que “uma cortina de ferro descia sobre a Europa” e precisava ser combatida, em 
alusão ao crescimento soviético no continente. Tal posicionamento foi adotado, também, 
pelos EUA, dando início à Guerra Fria. 
 
Divisão do território alemão pelas potências vencedoras da II Guerra Mundial e às 
divergências quanto à sovietização do Oriente Médio. 
 
 
Doutrina Trumam, que incentivou os soviéticos a ampliarem seu domínio político nos 
países do Leste europeu. 
 
 
Pergunta 3 
0,2 / 0,2 pts 
Analise as questões abaixo sobre política e segurança. 
I. A política externa dos Estados diz respeito a condução pacífica das relações 
internacionais, tendo a diplomacia como instrumento, ao passo que o recurso a 
medidas coercitivas e, em última instância, ao emprego da força é alheio ao 
repertório da política externa por ser medida excepcional e de caráter temporário. 
II. Para a consecução de objetivos externos dos Estados, cabe, formal e legalmente, 
à diplomacia obter, de forma irrestrita, informações que abranjam aspectos políticos, 
econômicos, sociais e acontecimentos externos e que sejam consideradas 
indispensáveis à adequada formulação e execução da política externa. 
III. Durante a Guerra Fria, os temas de segurança estiveram virtualmente ausentes 
ou foram relegados a posições secundárias na agenda da política externa do Brasil, 
então voltada fundamentalmente para preocupações com o desenvolvimento, mas 
adquiriram grande relevância a partir do início do século XXI em razão do 
fortalecimento das ameaças de natureza e alcance globais, notadamente a 
proliferação de armas de destruição em massa, o terrorismo e os conflitos etno-
religiosos. 
IV. No período pós-Guerra Fria a natureza transnacional das novas ameaças à 
segurança internacional — terrorismo internacional, proliferação de armas de 
destruição em massa, crime organizado e narcotráfico — ensejou a cooperação 
entre o aparato de segurança, incluídas as agências de inteligência de países 
anteriormente rivais. 
Assinale a alternativa correta: 
Correto! 
 
Apenas a alternativa IV está correta. 
 
“A política externa dos Estados diz respeito a condução pacífica das relações internacionais, 
tendo a diplomacia como instrumento, ao passo que o recurso a medidas coercitivas e, em 
última instância, ao emprego da força é alheio ao repertório da política externa por ser 
medida excepcional e de caráter temporário” - o item está errado, já que não se pode 
afirmar que o recurso a medidas coercitivas e ao emprego da força é alheio ao repertório da 
política externa de um Estado Nacional. Vale lembrar que a política externa é a política de 
Estado que define a inserção e a atuação dos Estados no sistema internacional, um 
ambiente anárquico (destituído de autoridade central que goze do monopólio do uso da 
força) em que podem ocorrer relações pacíficas, de cooperação e colaboração, e também 
relações conflituosas, de disputa do poder, que, no limite, podem levar ao emprego da força 
em um conflito armado interestatal. Há uma conexão clara entre política externa, política de 
defesa e política de inteligência, como fiz questão de lembrar inúmeras vezes no nosso 
curso. 
“Para a consecução de objetivos externos dos Estados, cabe, formal e legalmente, à 
diplomacia obter, de forma irrestrita, informações que abranjam aspectos políticos, 
econômicos, sociais e acontecimentos externos e que sejam consideradas indispensáveis à 
adequada formulação e execução da política externa” – a assertiva está errada, pois se é 
verdade que, com grande frequência, os Estados recorrem a ações que têm por objetivo 
obter informações que abranjam todas as esferas mencionadas (política, econômica, social 
e internacional) com a finalidade de incrementar sua capacidade de busca pelos seus 
objetivos externos, também é verdade que nem todas as informações podem ser acessadas 
de forma legal. Como vimos em nossas aulas, há informações sigilosas (como, por exemplo, 
segredos militares, segredos diplomáticos e segredos industriais), que não pode ser 
acessada irrestritamente. 
“Durante a Guerra Fria, os temas de segurança estiveram virtualmente ausentes ou foram 
relegados a posições secundárias na agenda da política externa do Brasil, então voltada 
fundamentalmente para preocupações com o desenvolvimento, mas adquiriram grande 
relevância a partir do início do século XXI em razão do fortalecimento das ameaças de 
natureza e alcance globais, notadamente a proliferação de armas de destruição em massa, 
o terrorismo e os conflitos etno-religiosos” - a assertiva está errada. A segurança é um tema 
tradicional da política externa brasileira, estando presente desde suas origens pós-
independência até hoje, não sendo diferente no período da Guerra Fria. Temas como a 
segurança regional, a participação em operações de paz, o posicionamento no debate sobre 
armas nucleares e o combate ao narcotráfico sempre estiveram na agenda do Brasil. Vale 
mencionar ainda que não a preocupação com o desenvolvimento e a preocupação com 
temas de segurança não são excludentes e que o discurso diplomático brasileiro sempre 
tratou o desenvolvimento como um tema estreitamente vinculado à segurança. Exemplo 
disso foi o célebre discurso dos três D’s, proferido pelo Chanceler Araújo Castro em 1963, 
que enfatiza os temas Desenvolvimento, Descolonização e Desarmamento, este último um 
importante tema de segurança. 
“No período pós-Guerra Fria a natureza transnacional das novas ameaçasà segurança 
internacional — terrorismo internacional, proliferação de armas de destruição em massa, 
crime organizado e narcotráfico — ensejou a cooperação entre o aparato de segurança, 
incluídas as agências de inteligência de países anteriormente rivais” - a assertiva está certa. 
Com o final da lógica bipolar que prevaleceu ao longo da segunda metade do Século XX, as 
ameaças para a segurança internacional se tornaram cada vez mais complexas, mais 
fluídas, possuindo um caráter claramente não territorializado, transnacional e com uma 
organização em redes, o que demanda grande cooperação entre os Estados, sobretudo por 
meio da cooperação e do intercâmbio entre agências inteligência. No pós-11 de setembro, 
houve grande intercâmbio de informações entre as comunidades de inteligência russa e 
norte-americana, por exemplo. 
 
Apenas a alternativa III está correta. 
 
 
I e IV estão corretas. 
 
 
I, II e III estão corretas. 
 
 
I, III e IV estão corretas. 
 
 
Pergunta 4 
0,2 / 0,2 pts 
“Crescimento econômico contínuo exigia estabilidade política nacional e 
internacional. O governo democrata chefiado por Truman (1945-1952), sob a 
pressão dos seus partidários do Sul, dos republicanos, e do 
empresariado, abandonou suas intenções de empreender mais reformas sociais, 
favorecendo uma aliança entre empresas, governo e Forças Armadas com 
concessões limitadas à classe trabalhadora. Comentou Charles E. Wilson, 
presidente da General Motors, que o melhor cenário seria uma 
‘economia permanente de guerra’”. 
Sean Purdy. “O século americano”. In: Leandro Karnal (org.) História dos Estados 
Unidos. 3ª ed. São Paulo: Editora Contexto, 2017, p. 227 
Sobre o contexto retratado pelo excerto, assinale a alternativa correta: 
 
Fundado em 1944, o FMI passou a ser o meio pelo qual os Estados Unidos 
dominaram os países após a Segunda Guerra Mundial. Exemplo disso foram os 
vultosos empréstimos concedidos pelo órgão a nações do sudeste asiático, 
resultando no surgimento dos “Tigres Asiáticos”. 
 
 
A Guerra Fria abriu oportunidades de desenvolvimento bélico e tecnológico aos 
Estados Unidos. Por isso, conflitos diretos entre o país e a União Soviética, além de 
constantes, se mostraram extremamente eficientes para a continuidade da 
estabilidade da economia estadunidense. 
 
 
O envolvimento dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial abriu a 
possibilidade de investimentos em países europeus. A presença marcante de 
empresas estadunidenses na Alemanha, no imediato pós-Guerra, é o principal 
exemplo desses investimentos. 
 
 
Os esforços, movidos para a vitória na Segunda Guerra Mundial, resultaram em um 
crescimento acelerado da economia estadunidense. Para mantê-la, o governo 
adotou, após o conflito, uma política de juros altos, concessão de empréstimos 
facilitados e intervenções militares em países da América Latina. 
 
Correto! 
 
A Segunda Guerra Mundial abriu oportunidades de crescimento econômico aos 
Estados Unidos. Com o intuito de manter tal crescimento, e diante da nova realidade 
da Guerra Fria, o governo adotou uma política de militarização da economia 
americana. 
 
O Partido Democrata nos EUA, ao longo da História, defendeu uma maior atuação do 
Estado no social e na economia, basta observar o New Deal elaborado por F.D. Roosevelt 
na década de 1930 e o “Fair Deal” implantado no governo do presidente Harry Truman, 
1945-1952. O Partido Republicano, por sua vez, defendia o Liberalismo, ou seja, menor 
atuação do Estado. Conforme o texto do historiador Leandro Karnal, ocorreu uma pressão 
dos republicanos sobre o presidente democrata Truman que acabou adotando uma 
economia permanente de guerra. 
 
Pergunta 5 
0,2 / 0,2 pts 
Os conflitos no Afeganistão e Iraque servem como fértil terreno de análise sobre a 
evolução e magnitude dos contratos privados em serviços de natureza militar. A 
presença massiva destas empresas nestes dois conflitos capitais do pós-Guerra Fria 
denuncia uma silenciosa transformação nos moldes da guerra contemporânea e na 
agenda internacional de segurança, dois fenômenos que vêm consolidando-se 
desde o final da década de 1980 e que assumem particular intensidade e 
importância no início do século XXI. Essas empresas representam um tipo muito 
especial de atores transnacionais que passam a ter um papel decisivo na formulação 
de política externa sobre segurança, e que lançam desafios sobre o entendimento 
das relações internacionais. 
A partir disso, o que significa dizer que a segurança internacional vive um período de 
privatização? 
 
Que os países desenvolvidos têm mais benefícios com a medida de privatização das 
forças civis de segurança. 
 
Correto! 
 
Que cada vez mais civis morrem na guerra (interna ou externa) e cada vez morrem 
menos soldados; de outro lado, que a segurança internacional é cada vez mais 
fornecida por efetivos militares privados. 
 
Como aponta o texto início desta questão, cada vez mais são realizados contratos privados 
em serviços de natureza militar, o que por conseguinte morrem mais civis na guerra do que 
soldados. 
 
Que o Estado cedeu completamente o gerenciamento da violência internacional a 
empresas militares privadas. 
 
 
Que as Forças Militares privadas se tornaram os únicos combatentes dos estados 
na guerra. 
 
 
Que o Estado continua fornecendo todos os efetivos militares na guerra.

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