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Resumo Homicídio

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HOMICÍDIO – ART. 121, CP 
 
1. CRIME CONTRA A VIDA 
 
 
FUNDAMENTO 
CONSTITUCIONAL 
- art. 5º, caput, CF; direito supraestatal, aceito por todas as nações; 
- direito fundamental formal (normatizado na CF) e materialmente 
constitucional (inerente à estrutura do Estado, organização dos poderes e 
às garantias fundamentais); 
COMPETÊNCIA 
Tribunal do Júri (art. 5º, XXXVIII, “d”, CF) 
Exceção: homicídio culposo (art. 121, §3º, CP) – juízo singular 
AÇÃO PENAL Pública incondicionada 
 
OBS.: o direito à vida é relativo. Destarte, e a CF admite a pena de morte em tempo de guerra (art. 5º, 
XLVII, “a”, CF) e o CP afasta a ilicitude do fato típico praticado em legítima defesa (art. 25), além de 
apontar as hipóteses em que o aborto é permitido (art. 128). 
OS DIREITOS E GARANTIAS INDIVIDUAIS NÃO TÊM CARÁTER ABSOLUTO. Não há, no 
sistema constitucional brasileiro, direitos ou garantias que se revistam de caráter absoluto, mesmo 
porque razões de relevante interesse público ou exigências derivadas do princípio de convivência das 
liberdades legitimam, ainda que excepcionalmente, a adoção, por parte dos órgãos estatais, de medidas 
restritivas das prerrogativas individuais ou coletivas, desde que respeitados os termos estabelecidos pela 
própria Constituição. O estatuto constitucional das liberdades públicas, ao delinear o regime jurídico a 
que estas estão sujeitas - e considerado o substrato ético que as informa - permite que sobre elas 
incidam limitações de ordem jurídica, destinadas, de um lado, a proteger a integridade do interesse 
social e, de outro, a assegurar a coexistência harmoniosa das liberdades, pois nenhum direito ou garantia 
pode ser exercido em detrimento da ordem pública ou com desrespeito aos direitos e garantias de 
terceiros. 
http://www.jusbrasil.com/legislacao/1027008/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
 
 
 
Preparação de qualidade para concursos? http://www.ebeji.com.br/ 
 
(MS 23.452/RJ, j. 16.09.1999) 
 
2. DISPOSITIVO LEGAL 
Homicídio simples 
Art. 121. Matar alguém: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 Crime de elevado potencial ofensivo 
Causa de diminuição de pena – Homicídio Privilegiado 
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o 
domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a 
pena de um sexto a um terço. 
Homicídio qualificado 
§ 2° Se o homicídio é cometido: 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou 
por outro motivo torpe; 
II - por motivo fútil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, 
asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, 
ou de que possa resultar perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante 
dissimulação ou outro recurso que dificulte ou 
torne impossível a defesa do ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a 
impunidade ou vantagem de outro crime: 
VI - contra a mulher por razões da condição de 
sexo feminino: 
 VII – contra autoridade ou agente 
descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição 
Federal, integrantes do sistema prisional e da 
Força Nacional de Segurança Pública, no exercício 
da função ou em decorrência dela, ou contra seu 
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo 
até terceiro grau, em razão dessa condição: 
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
 
- Motivos do crime: incisos I e II 
- Meios e modo de execução do crime: incisos III 
e IV 
- Conexão (especial finalidade almejada pelo 
agente): inciso V 
- Feminicídio (vincula-se ao sexo da vítima e 
também ao motivo do crime): inciso VI; 
- Cometido contra integrantes dos órgãos de 
segurança pública ou pessoas a eles vinculadas 
pelo casamento, união estável ou parentesco: 
inciso VII 
Crime de elevado potencial ofensivo 
§ 2º-A Considera-se que há razões de condição de 
sexo feminino quando o crime envolve: 
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à condição de 
mulher. 
http://www.ebeji.com.br/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
 
 
 
Preparação de qualidade para concursos? http://www.ebeji.com.br/ 
 
Homicídio culposo 
§ 3º Se o homicídio é culposo: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
Crime de médio potencial ofensivo 
Aumento de pena 
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância 
de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, 
não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante 
(circunstanciado culposo). Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o 
crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
(circunstanciado doloso). 
Perdão Judicial – Quando culposo 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da 
infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
Aumento de pena - circunstanciado doloso 
§ 6o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por milícia privada, 
sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio. 
Aumento de pena - feminicídio 
§ 7º A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado: 
I - durante a gestação ou nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
II - contra pessoa menor de 14 (catorze) anos, maior de 60 (sessenta) anos, com deficiência ou 
portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou 
mental; (Redação dada pela Lei nº 13.771, de 2018) 
III - na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima; (Redação dada pela Lei 
nº 13.771, de 2018) 
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas nos incisos I, II e III do caput 
do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. (Incluído pela Lei nº 13.771, de 2018) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APONTAMENTOS 
Homicídio simples: não é hediondo, em regra. 
Homicídio privilegiado: incomunicável (diminuição obrigatória da pena), não é hediondo; 
eutanásia (ainda é crime, mas pode ser admitida como causa supralegal de exclusão da 
ilicitude). 
Homicídio qualificado: é sempre hediondo; privilegiado-qualificado (possível, desde que 
qualificadoras de natureza objetiva; porém, não é hediondo); pluralidade de qualificadoras 
(uma qualifica; a outra agrava a pena – divergência). 
Homicídio culposo: não admite tentativa 
Perdão judicial: deve ser concedido na sentença (declaratória de extinção da punibilidade 
– STJ); ato unilateral; não gera reincidência. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13771.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13771.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13771.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13771.htm#art1
 
 
 
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3. HOMICÍDIO SIMPLES 
 
 
CONCEITO 
Supressão da vida humana extrauterina por outra pessoa. 
- supressão da vida intrauterina: aborto 
- se já iniciado o trabalho de parto: infanticídio, se presentes as elementares do 
art. 123, CP, ou homicídio, se ausente uma dessaselementares. 
 
 
 
CARÁTER 
HEDIONDO 
Em regra, não é crime hediondo. 
Exceção: quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que 
por um só agente (Lei 8.072/90, art. 1º, I). 
- a atividade típica de extermínio, mesmo sem a efetiva existência deste, enseja a 
qualificadora do motivo torpe (art. 121, §2º, I, CP) e a hediondez da prática. Ex.: 
matar moradores de rua para valorização da área urbana; 
- se o agente matar outras pessoas em atividade de grupo de extermínio, sem 
realmente integrá-lo, mas com relevante valor social, estará caracterizado o 
homicídio privilegiado (art. 121, §1º, CP), que não é crime hediondo. Ex.: policial 
que, durante sua folga, mata ladrões que aterrorizavam uma pacata cidade. 
 
OBJETIVIDADE 
JURÍDICA 
Vida humana extrauterina, que inicia-se com o processo respiratório 
autônomo, demonstrável por prova pericial (docimasias respiratórias). É 
irrelevante a vitalidade (possibilidade de permanecer vivo) do ser nascente, basta 
o nascimento com vida, mesmo que eivado de anomalias. 
OBJETO 
MATERIAL 
O ser humano que morre 
 
 
NÚCLEO DO 
Crime de forma livre (admite qualquer meio de execução), podendo ser 
praticado por meio de: 
- ação ou omissão (desde que presente o dever de agir – art. 12, §2º, CP): Ex.: 
CLASSIFICAÇÃO 
Simples Material 
Comum De dano 
De forma livre Progressivo 
Comissivo (regra) ou 
omissivo impróprio (exceção) 
Instantâneo (regra) ou 
instantâneo de efeitos permanentes (exceção) 
Unissubjetivo (regra) Plurissubsistente (regra) 
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TIPO – MATAR 
 
 
 
 
 
 
 
NÚCLEO DO 
TIPO - MATAR 
médico plantonista que, cientificado da gravidade da doença, determina o retorno 
para casa, sem prestar atendimento; pode ser responsabilizado devido à sua 
condição de garante” (vide STF, HC 92.304,j. 05.08.2008); 
- forma direta (o meio de execução é manuseado diretamente pelo agente) ou 
indireta (ex.: ataque por um cão feroz); 
- relações sexuais ou atos libidinosos (ex.: durante o ato sexual, uma pessoa infecta 
outra com vírus da AIDS, com a intensão de matá-la; se esta vem a falecer, 
homicídio consumado, se não falecer, homicídio tentado); não há que se falar em 
crime perigo de contágio venéreo (art. 130, CP), tendo em vista o dolo do agente 
de matar a vítima. O mesmo raciocínio se aplica na hipótese de alguém, fazendo 
uso de uma seringa, injetar o vírus HIV em outrem com a intensão de mata-lo. 
Cleber Masson entende não se tratar de lesão corporal gravíssima, em face da 
enfermidade incurável (art. 129, §2º, II, CP), visto que esta não leva à morte, 
diferentemente da AIDS; 
- materiais (atingem a integridade física) ou morais (produção de trauma psíquico 
na vítima que agrava uma doença preexistente, conduzindo à morte, ou provoca 
reação orgânica que conduza uma enfermidade que a leve à morte). 
 
 
 
SUJEITO ATIVO 
É crime comum: 
- pode ser praticado por qualquer pessoa; 
- admite o concurso de pessoas (admite coautoria e coparticipação); 
- crime cometido por xifópagos (irmãos siameses): se há confluência de vontades, 
serão coautores; se um não estava de acordo, e sendo impossível a separação dos 
corpos, há de se absolver o sujeito ativo, visto que o outro não pode responder 
por crime que não cometeu 
 
 
 
 
 
 
SUJEITO 
PASSIVO 
Qualquer pessoa humana, após o nascimento, desde que esteja viva. 
- crime cometido contra xifópagos (irmãos siameses): duplo homicídio 
 - 1 conduta com intenção de matar ambos: concurso formal imperfeito (art. 
70, caput, CP); 
 - 1 conduta com intenção de matar 1, mas ambos morrem: concurso formal 
imperfeito, com dolo direito em relação a um e dolo de segundo grau ou de 
consequências necessárias em relação ao outro; 
 - 1 conduta com intenção de matar 1, sendo que o outro é salvo: concurso 
formal imperfeito entre homicídio consumado e tentativa de homicídio. 
- pessoa morta: crime impossível (afasta a tipicidade – art. 17, CP) 
- a tipificação do homicídio pode ser transferida para leis extravagantes em razão 
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de características da vítima. Ex.: matar o presidente da república configura crime 
contra a segurança nacional (Lei 7.170/83 
 
 
 
ELEMENTO 
SUBJETIVO 
Dolo (animus necandi ou animus occidendi) 
- admite-se o dolo eventual: o agente não quer o resultado morte, mas assume 
o risco de produzi-lo. Ex.: “racha” (art. 308, Lei 9.503/97; vide STJ, HC 99.257, 
DF, j. 19.08.2008), acidente de transito com condutor embriagado (vide STJ, 
REsp 705.416-SC, j. 23.05.2006). Cleber Masson pondera que o segundo exemplo 
pode caracterizar dolo eventual ou culpa consciente, a depender do caso concreto: 
pessoa que, após beber um drink no almoço, atropela e mata um transeunte (culpa 
consciente); pessoa que, após beber a noite inteira, atropela várias pessoas na faixa 
(dolo eventual). 
- a intenção do agente pode caracterizar uma qualificadora ou causa de diminuição 
de pena. 
 
 
CONSUMAÇÃO 
- com a morte (crime material), a qual se verifica com a cessação da atividade 
encefálica (art. 3º, caput, Lei 9.434/97); 
- a prova da materialidade realiza-se pelo exame necroscópico; 
- crime instantâneo: se consuma em momento determinado, sem continuidade 
no tempo. Alguns autores dizem tratar-se de crime instantâneo com efeitos 
permanentes, visto que seu resultado é imutável. 
 
TENTATIVA 
É possível. 
- branca ou incruente: a vítima não é atingida; 
- vermelha ou cruente: a vítima sofre ferimentos. 
 
4. HOMICÍDIO PRIVILEGIADO 
 
NATUREZA JURÍDICA 
Causa de diminuição da pena em abstrato (limites mínimo e máximo). 
INCOMUNICABILIDA
DE DO PRIVILÉGIO 
O privilégio possui caráter subjetivo do agente, não se comunicando aos 
demais coatores ou partícipes (art. 30, CP). 
DIMINUIÇÃO DA 
PENA 
Obrigatória. A expressão “pode” refere-se ao quantum de diminuição, que 
deve ser motivado e dentro dos parâmetros legais. 
HEDIONDEZ Não é crime hediondo. 
 
 
Motivo de relevante valor social: interesse da coletividade; 
Ex.: matar um estuprador de mulheres e crianças 
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CIRCUNSTÊNCIAS 
QUE ENSEJAM O 
RECONHECIMENTO 
DO PRIVILÉGIO 
Motivo de relevante valor moral: interesse particular do indivíduo; 
Ex.: matar o estuprador se sua esposa 
- Eutanásia em sentido estrito: é o modo comissivo; é crime; 
- Ortotanásia: é a eutanásia por omissão; deixar de prestar os cuidados 
necessários para a sobrevivência do enfermo; é crime; 
- Distanásia (obstinação terapêutica): prolongar a vida pelos recursos 
oferecidos na medicina, ainda que mediante profundo sofrimento; não é 
crime; 
- Mistanásia: morte precoce e miserável em razão de omissão, descaso ou 
maldade, seja de outras pessoas ou do próprio Estado. Ex.: ineficiência do 
SUS, erro médico, tráfico de órgãos; é crime. 
Domínio de violenta emoção – concepção subjetivista (vela em conta 
o ânimo do indivíduo) – pode ser estênica (estado de excitação) ou 
astênica (estado de depressão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Privilégio (art. 121, §1º) Atenuante genérica (art. 65, III, c) 
Aplicável apenas ao homicídio 
doloso 
Aplicável a qualquer crime, inclusive o 
homicídio doloso, ausente um 
requisito do privilégio 
Domínio de violenta emoção Influência de violenta emoção 
Injusta provocação da vítima Ato injusto da vítima 
Reação imediata - logo em 
seguida 
Reação a qualquer momento 
- a emoção deve ser intensa ao ponto de alterar o estado de 
ânimo ordinário do agente (não se confunde com paixão, que tem 
caráter mais duradouro); 
- injusta provocação da vítima, mesmo sem ser intencional 
(basta que o agente sinta-se provocado)e dirigida a terceira 
pessoa ou animal (mãe do agente, p.ex.); se existir agressão por 
parte da vítima, estaremos diante da legítima defesa; 
- reação imediata: verificada no caso concreto; aferível desde o 
conhecimento da provocação por parte do agente. 
 
 
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- Esse privilégio é compatível com o erro na execução 
Ex.: logo após injustamente provocado, efetue disparos que atinjam 
terceira pessoa; 
- A premeditação impossibilita a aplicação do privilégio 
- Esse privilégio é compatível com o dolo eventual 
Ex.: logo após injustamente provocado, decide reagir agressivamente, mas 
acaba matando 
 
 
5. HOMICÍDIO QUALIFICADO 
É crime hediondo, qualquer que seja a qualificadora (art. 1º, I, Lei 8.072/90). 
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 
motivo torpe; 
II - por motivo fútil; 
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura 
ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar 
perigo comum; 
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou 
outro recurso que dificulte ou torne impossível a defesa do 
ofendido; 
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime: 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo 
feminino: 
VII – contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 
da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da 
Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou 
em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou 
parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa 
condição. 
 ÍNDOLE SUBJETIVA 
(não se comunicam aos 
coautores e partícipes – 
art. 30, CP; não permite o 
homicídio híbrido, ou 
seja, privilegiado- 
qualificado). 
ÍNDOLE OBJETIVA 
(comunicam-se aos 
coautores e partícipes, 
desde que conhecidas - 
art. 30, CP). 
- É possível, em regra, o 
homicídio privilegiado-
qualificado. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
 
 
 
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OBS.: MAJORITARIAMENTE ENTENDE-SE QUE, EM REGRA, É POSSÍVEL O 
HOMICÍDIO HÍBRIDO (PRIVILEGIADO-QUALIFICADO) QUANDO SE TRATAR DE 
QUALIFICADORAS DE ÍNDOLE OBJETIVA. Como o privilégio, sempre subjetivo, no tribunal 
do júri é votado antes das qualificadoras, uma vez reconhecido, em observância ao princípio da 
soberania dos veredictos, fica impedido o juiz de indagar aos jurados acerca de qualificadoras subjetivas: 
1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido do 
reconhecimento da conciliação entre homicídio objetivamente qualificado e ao 
mesmo tempo subjetivamente privilegiado. Noutro dizer, tratando-se de 
circunstância qualificadora de caráter objetivo (meios e modos de execução do 
crime), é possível o reconhecimento do privilégio (sempre de natureza subjetiva). 
(HC 98265/MS) 
 
-> Em raras situações, qualificadora objetiva pode ser incompatível com o privilégio no caso 
concreto. Ex.: homicídio praticado sob domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, mediante emboscada (a violenta emoção não se coaduna com a emboscada); -
> o Homicídio privilegiado – qualificado não é crime hediondo. 
 
 MEDIANTE PAGA OU PROMESSA DE RECOMPENSA, OU POR OUTRO MOTIVO 
TORPE; 
 
 Rol exemplificativo – interpretação analógica 
a) - paga: o executor recebe a vantagem, ou parte dela, e depois pratica o homicídio; 
 - promessa de recompensa: não é necessário que seja previamente definida nem que haja o efetivo 
recebimento 
OBS.: o pagamento pode ser em qualquer espécie de bem, assim como a vantagem não precisa ser 
econômica, como é o caso de prestação de favores sexuais, p. ex. 
 crime plurissubjetivo ou de concurso necessário: devem existir, ao menos, mandante e executor; 
 entende Cleber Masson que esta qualificadora aplica-se tão somente ao executor, não abrangendo o 
mandante (em relação a este, pode incidir a qualificadora de motivo torpe). O tema é controverso 
na doutrina: Nelson Hungria entende ser possível aplicar ao mandante tal qualificadora, vez que “a 
incomunicabilidade das circunstâncias pessoais cessa quando estas entram no conceito do crime”; 
 é possível ser o mandante condenado por homicídio privilegiado e o executor por homicídio 
qualificado. Ex.: pai de mulher estuprada paga outrem para matar estuprador 
b) Motivo torpe 
 a vingança não caracteriza automaticamente a torpeza, vai depender do motivo que levou o indivíduo 
a vingar-se de alguém 
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Ex.: pai de família matar estuprador de filha (privilégio) x traficante que mata outro (torpe) 
 ciúme não é considerado motivo torpe. 
 
 POR MOTIVO FÚTIL, DESPROPORCIONAL À NATUREZA DO CRIME PRATICADO; 
 
 não se confunde com a ausência de motivos; neste caso, deve ser o agente condenado por homicídio 
simples (vide HC 152.548/MG); 
 ciúme não é considerado motivo fútil; 
 não pode ser aplicada quando presente o estado de embriaguez, já que o embriagado não tem 
controle sobre seu modo de agir; há quem entenda de maneira diferente; 
 não se confunde com motivo injusto; todo crime é injusto; 
 não pode ser fútil e torpe ao mesmo tempo; ou é uma coisa ou outra; 
 a futilidade imediata ou indireta é que qualifica o homicídio, ao contrário da mediata ou indireta, 
que não o qualifica. Ex.: A mata B no auge de uma discussão oriunda de motivo fútil; não incidirá a 
qualificadora do motivo fútil, pois é causa indireta. 
A qualificadora do motivo fútil é compatível com o homicídio praticado com dolo eventual, quando o 
réu assume o risco de produzir o resultado more. (STJ. 6ª Turma. REsp 1601276/RJ, Rel. Min. Rogerio 
Schietti Cruz, julgado em 13/06/2017) 
 
 COM EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, ASFIXIA, TORTURA OU 
OUTRO MEIO INSIDIOSO OU CRUEL, OU DE QUE POSSA RESULTAR PERIGO 
COMUM; (Rol exemplificativo – interpretação analógica) 
 
 Gêneros de qualificadoras 
a) meio insidioso: uso de estratagema para cometer um crime sem que a vítima perceba; Ex.: cortar os 
freios de um automóvel para matar seu proprietário 
b) meio cruel: proporciona à vítima intenso e desnecessário sofrimento físico e/ou psicológico, quando 
a porte poderia ser provocada de maneira menos dolorosa; 
Ex.: inúmeros golpes de faca em regiões não letais do corpo, morrendo o indivíduo por hemorragia; 
OBS.: não incide a qualificadora quando o meio cruel é aplicado após a morte da vítima - neste caso, 
está configurado o crime de destruição, total ou parcial, de cadáver (art. 211, CP). 
c) meio que possa resultar perigo comum: expõe, além da vítima, indeterminadas pessoas. Não é 
necessário provar que a situação efetivamente oferecia perigo a outras pessoas, basta a possibilidade em 
abstrato de o meio utilizado atingir pessoas alheias à vítima. Caso demonstrado que ocorreu dano a outras 
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https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/cd758e8f59dfdf06a852adad277986ca?categoria=11&subcategoria=103&assunto=258
 
 
 
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pessoas, o agente responderá por homicídio qualificado em concurso formal com o crime de perigo 
comum (art. 250 a 259, CP). Ex.: desferir diversos tiros contra a vítima em meio à multidão. 
 Espécies (podem se enquadrar em uma dos gêneros acima, a depender de como 
empregados): 
 
a) veneno: também considera-se veneno substâncias que, embora inócuas para a maioria das pessoas, 
quando no organismo da vítima individualmente considerada, sejam aptas a levar à morte, desde que o 
agenteconheça a vulnerabilidade do organismo da vítima à substância. 
Ex.: injetar glicose em diabético. 
b) Fogo; 
c) Explosivo; 
OBS.: se, durante o uso de fogo ou explosivo, forem danificadas coisas alheias, o crime de dano 
será afastado, diante da subsidiariedade expressa no art. 163, p. ún. que determina a ocorrência de dano 
qualificado somente “se o fato não constitui crime mais grave”. 
d) Asfixia: 
 Mecânica: 
 - Estrangulamento: constrição do pescoço da vítima por meio de instrumento que não seja o corpo 
da vítima; Ex.: uso de corda; 
 - Enforcamento: constrição do pescoço da vítima provocada pelo seu próprio peso; Ex.: forca; 
 - Esganadura: constrição do pescoço da vítima provocado diretamente pelo agressor, que se vale do 
seu próprio corpo; Ex.: “chave de braço”; 
 - sufocação: emprego de objetos que vedam a entrada de ar pelo nariz ou pela boca da vítima; Ex.: 
colocar saco plástico na garganta da vítima, sem que ela possa retirar; 
 - afogamento: não é exigida a imersão da vítima. Ex.: afundar em uma piscina ou fazer ingerir água 
até a morte; 
 - soterramento: submersão em meio solido; Ex.: enterrar pessoa viva; 
 - imprensamento (sufocação indireta): colocação de peso sobre o diafragma, impedindo sua 
respiração. 
 Tóxica: 
 - gás asfixiante ou inalação. Ex.: prender a vítima e ligar o gás de cozinha; 
 - confinamento: colocação em lugar fechado, onde não há renovação do oxigênio. Ex.: colocar a 
vítima em um caixão e enterrar. 
e) Tortura: constitui, nitidamente, meio cruel; 
ARTIGO 1º, Dec. 40/91: 
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1. Para os fins da presente Convenção, o termo "tortura" designa qualquer ato pelo qual dores ou 
sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim 
de obter, dela ou de uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato que 
ela ou uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou 
coagir esta pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de 
qualquer natureza; quando tais dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário 
público ou outra pessoa no exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu 
consentimento ou aquiescência. Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que 
sejam consequência unicamente de sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções 
ou delas decorram. 
Art. 1º, Lei 9.455/97 - Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou 
mental: 
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa; 
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; 
c) em razão de discriminação racial ou religiosa; 
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, 
a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter 
preventivo. 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento 
físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida 
legal. 
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las, 
incorre na pena de detenção de um a quatro anos. 
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro 
a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos. 
 
Homicídio qualificado pela tortura (art.121, 
§2º, III, CP) 
Tortura qualificada pelo resultado morte (art. 
1º, §3º, Lei 9.455/97) 
Dolo (direto ou eventual) para o resultado morte Dolo (direto ou eventual) para torturar 
O agente utiliza-se da tortura para provocar a 
morte da vítima 
A morte é resultado culposo (dolo no antecedente 
e culpa no resultado) 
Competência do Tribunal do Júri Competência do Juízo Singular 
Pena: 12 a 30 anos de reclusão Pena: 8 a 16 anos de reclusão 
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Vejamos, ainda, o seguinte exemplo: “A tortura B para obter informação. Em seguida, 
para manter a impunidade do crime, A mata B”. Neste caso, há tortura simples (art. 1º, I, a, Lei 9.455/97) 
e homicídio qualificado pela conexão (art. 121, §2º, V, CP) em concurso material, pois a tortura neste 
caso configurou crime autônomo, e não modo de execução da vítima. 
 
 Á TRAIÇÃO, DE EMBOSCADA, OU MEDIANTE DISSIMULAÇÃO OU OUTRO 
RECURSO QUE DIFICULTE OU TORNE IMPOSSÍVEL A DEFESA DO OFENDIDO; 
 
 Rol exemplificativo – interpretação analógica 
 Traição (homicidium proditorium): o agente se vale da confiança depositada pela vítima para matá-
la em momento que se encontra desprevenida e sem vigilância; não será aplicada se a vítima teve 
tempo para fugir ou se o ataque foi frontal e repentino (neste caso, pode caracterizar a surpresa); é 
crime próprio, pois somente pode ser cometido por quem detém especial confiança; 
 - Física. Ex.: atirar pelas costas; 
 - Moral. Ex.: atrair para um precipício; 
OBS.: na traição, a relação de confiança preexiste ao crime; se o agente, para cometer o crime, faz 
nascer esse vínculo de confiança, a qualificadora é a dissimulação. 
 Emboscada (homicidium ex-insidiis): tocaia 
 Dissimulação: conduta disfarçada, que oculta a real intensão do agente 
- Material: utilizar-se de farda policial, p. ex.; 
- Moral: demonstração de falsa amizade para atrair a vítima a local ermo e mata-la. 
 A surpresa é exemplo de meio que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima. É incompatível 
com o dolo eventual, pois é inconcebível que alguém pretenda matar outrem “de maneira 
imprevisível”; destarte, não incide essa qualificadora se o crime foi precedido de desavença. Por fim, 
destaque-se que a superioridade de armas não qualifica, por si só, o homicídio: é necessário que haja 
o ataque. 
OBS.: a conduta inesperada é intrínseca ao crime de homicídio, caso contrário estaria configurado o 
duelo. 
 PARA ASSEGURAR A EXECUÇÃO, A OCULTAÇÃO, A IMPUNIDADE OU 
VANTAGEM DE OUTRO CRIME: 
 
 A doutrina convencionou chamar de conexão. 
a) Conexão teleológica: o homicídio é praticado para assegurar a execução de outro crime. Ex.: matar 
o segurança de um empresário para em seguida sequestra-lo; 
 Não é necessária a efetiva execução desse outro crime, basta a intensão de praticá-lo; 
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 O agente responde pelo homicídio qualificado e pelo crime cuja execução se buscava assegurar, em 
concurso material; 
 Incide a qualificadora mesmo que o agente não chegue efetivamente a cometer o outro crime; 
 Não Incide a qualificadora quando o agente mata para assegurar prática de contravenção penal, assim 
como quando o crime é impossível ou putativo, vez que atípicos (pode incidir a qualificadora do 
motivo torpe ou fútil); 
OBS.: A lei, de maneira explícita, prevê alguns casos em que o agente responde por crime específico. 
Ex.: latrocínio (roubo seguido de morte) – princípio da especialidade. 
b) Conexão consequencial - o homicídio é praticado para assegurar a: 
 Ocultação do crime: evitar que o crime venha a ser conhecido. Ex.: matar testemunha para que esta 
não denuncie; 
 Impunidade do crime: o crime é conhecido e se busca evitar o conhecimento do responsável. Ex.: 
matar a vítima para não ser reconhecido; 
OBS.: em ambos os casos, o crime pode ter sido cometido por terceiro. 
 Vantagem do crime. Ex.: matar o coautor para ficar com a vantagem só para si. 
OBS.: em todas as hipóteses da qualificadora, é indiferente o tempo entre o homicídio e o outro 
crime. Inclusive:Art. 108, CP - A extinção da punibilidade de crime que é pressuposto, elemento constitutivo ou 
circunstância agravante de outro não se estende a este. Nos crimes conexos, a extinção da 
punibilidade de um deles não impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da 
conexão. 
Assim, se, p. ex., 8 anos após um crime, o agente mata testemunha recém surgida, mesmo 
que o crime anterior já tenha prescrito, a pena de homicídio será aumentada. 
OBS.: a Conexão ocasional (criação doutrinária - um crime é cometido em virtude da ocasião 
proporcionada pela prática de outro delito) não qualifica o delito, vez que não previsto em lei. 
 
 CONTRA A MULHER POR RAZÕES DA CONDIÇÃO DE SEXO FEMININO - 
FEMINICÍDIO: 
 
FEMINICÍDIO homicídio praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino 
FEMICÍDIO homicídio praticado contra a mulher por qualquer outro motivo 
 
a) violência doméstica e familiar; 
Art. 5o, Lei 11.340/06: Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a 
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, 
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sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial: 
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente de pessoas, 
com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas; 
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que são ou se 
consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade expressa; 
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a 
ofendida, independentemente de coabitação. 
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação sexual. 
OBS.: um pequeno adendo – exige-se a violência doméstica ou familiar 
Para o reconhecimento do feminicídio, nessa hipótese, é necessário uma interpretação 
conjunta do §2º-A e do §2º, VI, ambos do art. 121, CP: que o homicídio tenha se dado em situação de 
violência doméstica ou familiar, em razão da condição do sexo feminino. 
 
b) menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
Aqui, é necessário tão somente o menosprezo ou discriminação em razão da condição do 
sexo feminino. 
NATUREZA DA 
QUALIFICADORA 
Índole subjetiva – incompatível com privilégio (não existe feminicídio 
privilegiado-qualificado) 
 
 
 
 
SUJEITOS DO 
DELITO 
- Crime comum (pode ser cometido por qualquer pessoa); 
- Em regra, não admite o concurso de pessoas. Exceção: quando o coautor 
ou partícipe também atuar impulsionado por razões de condição de sexo 
feminino; 
- Sujeito ativo: homem ou mulher; 
- Sujeito passivo: mulher, independentemente de sua idade e de sua 
orientação sexual; 
Transexual? Entende a doutrina e a jurisprudência que não pode ser 
sujeito passivo de feminicídio! 
Mulher que faz cirurgia de troca de sexo? É sujeito passivo do feminicídio, 
vez que biologicamente mulher. 
 
 
I - durante a gestação; 
- se o agente sabe da gravidez: responde por feminicídio e aborto sem o 
consentimento da gestante (art.125, CP), com dolo direito ou eventual, em 
concurso formal impróprio ou imperfeito; 
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CAUSAS DE 
AUMENTO DE 
PENA 
Art. 121, § 7º, CP A 
pena do feminicídio é 
aumentada de 1/3 
(um terço) até a 
metade se o crime for 
praticado: 
- se o agente não sabe da gravidez: não pode ser imputada nem a majorante 
nem o aborto. 
b) nos 3 (três) meses posteriores ao parto; 
II - a) contra pessoa menor de 14 (catorze) anos; 
 b) contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos; 
 c) contra pessoa com deficiência (física, mental, intelectual ou 
sensorial): 
Art. 2o, Lei 13.146/15: Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem 
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou 
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua 
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as 
demais pessoas. 
d) portadora de doenças degenerativas que acarretem condição 
limitante ou de vulnerabilidade física ou mental. 
III - Na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da 
vítima: 
- não importa o grau de parentesco entre a vítima e a testemunha do crime; 
- não abrange colaterais (irmãos, tios, primos, sobrinhos, etc.); 
- passa a prever a presença virtual do ascendente ou descendente da vítima no 
momento do crime. Ex.: assassinar mulher enquanto conversa via Skype com 
filho. 
IV - em descumprimento das medidas protetivas de urgência previstas 
nos incisos I, II e III do caput do art. 22 da Lei nº 11.340, de 7 de agosto 
de 2006. 
 
IMPORTANTE!! 
Está equivocada parcela da doutrina que entende o feminicídio como manifestação da função 
simbólica do direito penal (dar o que a população reivindica como forma de “pacificação social”), a 
pretexto de já existirem outras qualificadoras que abarquem as situações por ele regulamentadas. 
Destarte, embora trate de maneira distinta homens de mulheres, é entendimento sedimentado 
a sua constitucionalidade, não havendo ofensa ao princípio da igualdade, vez que o aspecto material 
deste princípio exige o tratamento diferenciado de categorias em situação de desigualdade, como é o 
caso. Trata-se de ação afirmativa que visa compensar uma desigualdade histórica (o STF já se 
posicionou nesse sentido quando tratou da Lei Maria da Penha, que versa sobre situação semelhante - 
ADC 19/DF). 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22i
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22ii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art22iii
 
 
 
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Não caracteriza bis in idem o reconhecimento das qualificadoras de motivo torpe e de 
feminicídio no crime de homicídio praticado contra mulher em situação de violência doméstica e 
familiar. Isso se dá porque o feminicídio é uma qualificadora de ordem OBJETIVA - vai incidir sempre 
que o crime estiver atrelado à violência doméstica e familiar propriamente dita, enquanto que a torpeza é 
de cunho subjetivo, ou seja, continuará adstrita aos motivos (razões) que levaram um indivíduo a praticar 
o delito. STJ. 6ª Turma. HC 433898-RS, Rel. Min. Nefi Cordeiro, julgado em 24/04/2018 (Info 625) 
 
 CONTRA AUTORIDADE OU AGENTE DESCRITO NOS ARTS. 142 E 144 DA 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL, INTEGRANTES DO SISTEMA PRISIONAL E DA FORÇA 
NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA, NO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO OU EM 
DECORRÊNCIA DELA, OU CONTRA SEU CÔNJUGE, COMPANHEIRO OU 
PARENTE CONSANGUÍNEO ATÉ TERCEIRO GRAU, EM RAZÃO DESSA 
CONDIÇÃO: 
 
a) Autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da CF: 
Trata-se de norma penal em branco com complemento constitucional: 
 
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica (...) 
Art. 144. (...) I - polícia federal; II - polícia rodoviária federal; III - polícia ferroviária federal; IV 
- polícias civis; V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. (...) 
§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais (...) 
 
b) Integrantes do sistema prisional: 
Todos aqueles que atuam na esfera administrativa da execução da PPL e da medida de 
segurança detentiva (internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico, ou à sua falta, em 
estabelecimento adequado); 
c) Integrantes da Força Nacional de Segurança Pública: 
Formada por policiais e bombeiros dos grupos de elite dos Estados, que se submetem a 
treinamento especial na AcademiaNacional de Polícia Federal, em Brasília. Após esse treinamento, os 
agentes se reintegram às suas respectivas funções em seu Estado, onde repassam os conhecimentos 
adquiridos aos demais. 
OBS.: nos três grupos acima é necessário que o agente tenha conhecimento da função pública 
exercida pela vítima e que o crime seja cometido no exercício da função ou em decorrência 
dela a agente da ativa. Ou seja, não incide a qualificadora nos seguintes casos ilustrativos: 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art142
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144
 
 
 
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- em uma briga de trânsito, um sujeito assassina policial que, embora em serviço, encontrava-se 
desfardado e em viatura descaracterizada; 
- embora saiba da função exercida pela vítima, em razão de desavenças em um jogo de futebol, um 
torcedor mata policial que estava lá como pero expectador; 
- recém aposentado, policial é morto por traficante em retaliação por prisão de comparsa. 
d) Cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau dos agentes descritos acima, em 
razão dessa condição: 
- as palavras “cônjuge” e “companheiro” abarcam relações hetero e homossexuais; 
- engloba relações de parentesco até 3º grau: em linha reta (ascendentes: pais, avós e bisavós; 
descendentes: filhos, netos e bisnetos) ou colateral (irmãos, tios e sobrinhos); 
- não abarca o parentesco civil (filho adotivo) e por afinidade (sogros, genros, noras, cunhados, etc.); 
- o crime deve ocorrer em razão da condição de parente do agente. Ex.: traficante mata filho de 
Delegado para se vingar de apreensão de droga. 
OBS.: ESQUECIMENTO DOS INTEGRANTES DO PODER JUDICIÁRIO (juízes, 
desembargadores e ministros) E DO MP (promotores e procuradores de justiça - âmbito estadual - e 
procuradores da república - âmbito federal). A qualificadora acima, a estes não se aplica!!! 
PLURALIDADE 
DE 
QUALIFICADORAS 
Majoritariamente entende-se que o magistrado deve usar uma delas para 
qualificar o crime e as demais como agravantes genéricas, na segunda fase, 
pois as agravantes do homicídio encontram correspondência no art. 61, CP 
(vide RJC 114.458/MS, j. 25.02.2014). 
PARENTESCO Não qualifica o homicídio; é mera agravante genérica. 
CRIME TENTADO Todas as qualificadoras do homicídio são compatíveis com a tentativa. 
QUALIFICADORAS 
E DOLO 
EVENTUAL 
- Apenas não se coaduna com o dolo eventual a emboscada; 
- Recentemente entendeu o STF ser compatível com o dolo eventual o 
motivo torpe e o motivo fútil (vide RHC 92.571/DF, j. 30.06.09). 
A 
PREMEDITAÇÃO 
Não qualifica; deve funcionar como circunstância judicial para a dosimetria 
da pena-base (art.59, CP). 
 
6. CAUSASDE AUMENTO DE PENA NO HOMICÍDIO DOLOSO 
 
6.1 VÍTIMA MENOR DE 14 (QUATORZE) OU MAIOR DE 60 (SESSENTA) ANOS – ART. 121, 
§4º, 2º PARTE 
 
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A idade é aferida no momento da conduta (teoria da atividade). Ou seja, se o ofendido 
foi atacado quando tinha menos de 14 anos, sobrevindo a morte depois de completada esta idade, será 
aplicável a causa de aumento. Por outro lado, se no tempo do crime a vítima tinha menos de 60 anos e 
veio a falecer após completar esta idade, a causa de aumento não irá incidir. 
Ademais, a causa de aumento deve ser compreendida pelo dolo do agente, de modo 
que o desconhecimento da idade ou o erro de tipo sobre tal circunstância impedem a aplicação. 
Por fim, frise-se que, em observância ao ne bis in idem, a configuração da causa de aumento 
de pena afasta as agravantes genéricas do art. 61, II, h, CP, referentes ao crime cometido contra 
criança ou maior de 60 anos. 
6.2 MILÍCIA PRIVADA E GRUPO DE EXTERMÍNIO – ART. 121, §6º 
 
 
MILÍCIA 
PRIVADA 
Grupamento armado e estruturados de civis ou militares fora de suas funções, 
que tem como “finalidade” combater a criminalidade, em face da ineficiência do 
Poder Público, sendo financiados por empresários e pessoas em geral. Ocorre 
que esses “guerreiros de paz” por vezes instauram verdadeiro terror nos 
territórios que visam dominar; 
- Embora não exista previsão legal nesse sentido, é crime hediondo; 
- O crime deve ser cometido “sob o pretexto de serviço de segurança”, sendo 
indiferente o fato de os assassinos realmente terem sido contratados para esse 
fim. 
 
GRUPO DE 
EXTERMÍNIO 
É uma associação de matadores que visa uma limpeza social, eliminando da 
sociedade todos aqueles indivíduos tidos como indesejados, por conta própria, 
sem intervenção do poder público. É crime hediondo por expressa previsão 
legal. 
 
7. HOMICÍDIO CULPOSO 
 
A culpa é elemento normativo do tipo. 
O individuo realiza uma conduta voluntária, com violação do dever objetivo de cuidado a 
todos imposto, e assim produz um resultado naturalístico (morte) involuntário, não previsto nem querido, 
mas objetivamente previsível, que podia com a devida atenção ser evitado. 
IMPRUDÊNCIA 
(CULPA POSITIVA) 
Prática de ato perigoso. 
Ex.: manusear arma de fogo carregada em meio à multidão. 
NEGLIGÊNCIA Deixar de fazer aquilo que a cautela recomenda. 
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(CULPA NEGATIVA) Ex.: deixar arma de fogo carregada ao alcance de outras pessoas. 
 
IMPERÍCIA 
(CULPA 
PROFISSIONAL) 
Falta de aptidão para o feito que o agente, embora autorizado a exercer, 
não possui conhecimentos suficientes para tanto. 
Ex.: cirurgião plástico que mata paciente por falta de habilidade em 
determinado procedimento. 
 
A culpa (salvo a culpa imprópria) é incompatível com a tentativa. 
 
OBS.: Ao homicídio culposo praticado na direção de veículo automotor, aplica-se o crime do 
art. 302 do CTB (princípio da especialidade). Esse tratamento, segundo o STF não viola o princípio 
da isonomia: 
“3. O princípio da isonomia não impede o tratamento diversificado das situações quando houver 
elemento de discrímen razoável, o que efetivamente ocorre no tema em questão. A maior freqüência 
de acidentes de trânsito, com vítimas fatais, ensejou a aprovação do projeto de lei, inclusive com o 
tratamento mais rigoroso contido no art. 302, parágrafo único, da Lei nº 9.503/97. 4. A majoração das 
margens penais - comparativamente ao tratamento dado pelo art. 121, § 3º, do Código Penal - 
demonstra o enfoque maior no desvalor do resultado, notadamente em razão da realidade brasileira 
envolvendo os homicídios culposos provocados por indivíduos na direção de veículo automotor.” (RE 
428.864/SP) 
NOVIDADE LEGISLATIVA 
Lei 13.546/2017 - altera o crime de lesão corporal culposa no trânsito (art. 302, CTB) 
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor: (SIMPLES) 
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para 
dirigir veículo automotor. 
§ 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à 
metade, se o agente: (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) (MAJORADO) 
I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação; (Incluído pela Lei nº 12.971, de 
2014) (Vigência) 
II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) 
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente; (Incluído pela 
Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) 
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de 
passageiros.(Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) 
V - (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008) 
§ 2o (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 
§ 3º Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância 
psicoativa que determine dependência: (QUALIFICADO) 
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http://www.jusbrasil.com/topico/10588942/artigo-302-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
http://www.jusbrasil.com/topico/10588909/par%C3%A1grafo-1-artigo-302-da-lei-n-9503-de-23-de-setembro-de-1997
http://www.jusbrasil.com/legislacao/1027029/c%C3%B3digo-de-tr%C3%A2nsito-brasileiro-lei-9503-97
http://www.jusbrasil.com/topico/10625629/artigo-121-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com/topico/10625335/par%C3%A1grafo-3-artigo-121-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com/legislacao/91614/c%C3%B3digo-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm#art302%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm#art302%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L12971.htm#art20
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11705.htm#art9
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L9503Compilado.htm#art302%C2%A72
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13281.htm#art6
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13281.htm#art7
 
 
 
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Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibição do direito de se obter a permissão ou a 
habilitação para dirigir veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 13.546/2017) 
O que a Lei nº 13.546/2017 fez foi inserir uma nova qualificadora relacionada com o crime de 
homicídio culposo no trânsito. 
 
7.1 CAUSAS DE AUMENTO DE PENA 
 
a) Inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício 
 
INOBSERVÂNCIA DE REGRA TÉCNICA 
DE PROFISSÃO, ARTE OU OFÍCIO 
IMPERÍCIA 
Reúne conhecimentos teóricos ou práticos, mas 
por desídia não os observa; 
Ex.: cardiologista que não segue as regras básicas 
em cirurgia de coração 
Não reúne conhecimentos teóricos ou práticos; 
Ex: médico ortopedista que mata paciente ao 
realizar cirurgia cardíaca 
 
O STF já sedimentou o entendimento que não configura bis in idem aplicar esta causa 
de aumento de pena a homicídio culposo fundado em imperícia, desde que presentes duas condutas 
aptas a fundamentar a culpa e a majorante (vide HC 63.929-RJ). Inclusive, o STJ fá afastou o bis in idem 
até mesmo quando presente uma única conduta, apta a caracterizar, simultaneamente, a modalidade de 
culpa e causa de aumento da pena (vide HC 181.847/MS). 
Só se aplica a PROFISSIONAL. 
b) Deixar de prestar imediato socorro à vítima 
- Não se aplica aos crimes de trânsito (princípio da especialidade – art. 302, §1º, CTB); 
- tendo o agente provocado a morte culposamente, e não tendo prestado socorro à vítima, responde por 
homicídio culposo com a pena aumentada, e não por homicídio culposo em concurso com omissão de 
socorro, em decorrência da subsidiariedade tácita desse ultimo dispositivo; 
- se o agente não provoca a morte diretamente, seja culposa ou dolosamente, mas ao presenciar o fato 
não socorre a vítima, podendo fazê-lo, responde por omissão de socorro com pena majorada pela porte 
(art. 135, p. ún.). 
- basta o dolo de perigo, ou seja, não se exige a vontade de matar a vítima depois de provocados 
culposamente os ferimentos que levaram a morte. Ex.: após provocar culposamente ferimentos em 
outrem, o agente, em razão de ficar muito nervoso no momento, tem como impulso fugir do local (incide 
a qualificadora); 
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- não incide a causa de aumento de pena no caso de morte instantânea incontestável para o agente. 
Contudo, se houver para o agente dúvida quanto ao estado da vítima (vivo ou morto), é 
impositiva a prestação de socorro (vide STJ, HC 269.038/RS); 
- não incide quando o sujeito deixou de prestar socorro porque não tinha condições de fazer, seja 
por questões físicas (também estava gravemente ferido, p. ex.), seja por existência de risco pessoal 
(ameaça de linchamento, p. ex.) – vide STJ, REsp 277.403/MG; 
- havendo socorro por terceiros aptos para tal, é inadmissível a causa de aumento de pena (ex.: logo após 
a conduta culposa, surge um médico socorrista); se, contudo, terceiros socorrem a vítima porque o 
agressor se evadiu do local, a incidência ocorre; 
- por fim, quando o agente, no homicídio culposo, socorre a vítima, não incide a atenuante genérica 
presente no art. 65, III, b (vide STJ, HC65.971-PR), apenas não é aplicada a majorante ora em 
estudo. 
c) Não procurar diminuir as consequências do seu ato 
- além de não prestar socorro, não procura mitigar as consequências; 
Ex.: por medo de ser linchado, agente foge do local, mas liga para as autoridades para comunicar o fato 
e pedir socorro – não incide a causa de aumento. 
d) Fugir para evitar prisão em flagrante 
 
7.2 PERDÃOJUDICIAL 
 
O perdão judicial somente é possível no homicídio culposo!! 
 Aplicável quando a consequência do crime já são tão graves ao agente que a punição é 
desnecessária; o próprio resultado naturalístico já exerceu a função retributiva do direito penal. 
As circunstâncias para aplicação do perdão judicial devem ser analisadas no caso concreto, 
levando em conta as condições pessoais do agente e da vítima, que sempre deverão ter uma relação 
de parentesco ou afinidade (vide STJ, REsp 1.455.178QDF). 
A sentença que confere o perdão judicial é declaratória de extinção da punibilidade 
(art. 107, IX; Súm 18, STJ), não subsistindo qualquer efeito condenatório (não gera reincidência, não 
autoriza o lançamento do nome do réu no rol dos culpados e não configura a obrigação de reparar o 
dano provocado). 
É direito subjetivo do réu, devendo o juiz aplicar o benefício, quando presentes os 
requisitos legais. 
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É ato unilateral (não precisa ser aceito pelo réu para surtir efeitos), diferentemente do 
perdão do ofendido, aplicável somente à ação penal privada e depende de aceitação pelo agente da 
infração penal. 
OBS.: Em face da pena mínima cominada ao delito (1 ano), o homicídio culposa comporta o 
benefício da suspensão condicional do processo, desde que presentes os demais requisitos 
presentas no art. 89, Lei 9.099/95 
 
 
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