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Lei Kandir e seus impactos na economia paraense • Lei federal, complementar, nº 87/1996 (Lei Kandir); • Dispõe sobre o imposto dos estados e do Distrito Federal, nas operações relativas à circulação de mercadorias e serviços (ICMS); • A lei pega emprestada o nome de seu autor, o economista e ex- deputado federal Antônio Kandir (PSDB). O artigo 3º da Lei diz: “O imposto NÃO INCIDE sobre: operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semi-elaborados, ou serviços. Qual o objetivo da criação desta lei? Fomentar as exportações, buscando recuperar a balança comercial brasileira, que apresentava números ruins, devido a valorização da nossa moeda, o recém criado Real. Balança Comercial Brasileira no período • 1994 - superávit de US$10,4 bilhões; • 1995 - déficit de US$3,4 bilhões; • 1996 – déficit de US$5,6 bilhões. Resultados da Lei Kandir • Aumento das exportações; • Perdas na arrecadação de impostos estaduais; • O governo federal ficou comprometido em compensar tais perdas, mas os repasses nunca ocorreram na mesma proporção; • Os estados são obrigados a indenizar as empresas do ICMS cobrado sobre insumos usados para as exportações. Impactos da Lei Kandir a economia paraense • Fomento as exportações; • Perda de arrecadação fiscal (impostos); • Já superam o valor de R$38 bilhões; • Menor capacidade de investimentos. Impactos da Lei Kandir a economia paraense Gerou perdas importante causadas pela base de cálculo tributário para uma unidade federativa do tamanho que é o estado do Pará e que, é grande exportador de produtos primários. Algumas informações sobre nossa economia: • Exportações Paraenses em 2018 - US$ 13.704.091 bilhões; • Destaque é o minério de ferro - crescimento de 18,20%; • Principal destino - China; • A relevância do setor se deve muito pelo fato do Pará ser a maior província mineral do mundo. CONCLUSÃO A Lei Kandir, ao isentar o ICMS, se constituiu num instrumento de fomento as exportações do país, mas afetou os cofres públicos estaduais com a queda da arrecadação fiscal e consequentemente redução da capacidade de investimentos, isso foi mais prejudicial aos estados que tem base econômica primária como é o caso do Pará. EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DO CONTEÚDO 1. (Prof. Walter-2020) Sobre a Lei nº 87/1996, conhecida como Lei Kandir, e seus impactos na economia paraense, marque a alternativa correta: a) ao taxar os produtos primários, afetou severamente a economia paraense, pois dificultou a exportação. b) ao isentar os produtos industrializados, afetou severamente a economia paraense, pois reduziu a arrecadação de impostos c) ao taxar os produtos industrializados, afetou severamente a economia paraense, pois dificultou a exportação d) ao isentar os produtos primários, afetou severamente a economia paraense, pois dificultou a exportação e) ao isentar os produtos primários, afetou severamente a economia paraense, pois reduziu a arrecadação de impostos 02. (Fadesp-CFOPMPA-2016) A grande polêmica causada pela Lei Kandir em alguns estados brasileiros, inclusive o Pará, ocorre porque: a) desonera o ICMS da exportação de bens primários e semielaborados, prejudicando a capacidade de investimento do Estado. b) as diretrizes da lei aumentam a capacidade de gasto sem prestação de contas pelo Governo do Estado. c) em prejuízo da União, os municípios e estados recebem mais dividendos das exportações de bens industrializados. d) a União vem sendo obrigada a compensar financeiramente, de forma devida, os estados exportadores, em especial, o Pará. 03. (FADESP-PMM-2019) O estado do Pará tem no extrativismo, mineral e vegetal, uma de suas principais atividades econômicas, sendo a mineração predominante na região sudeste do estado, onde se situa o Município de Marabá. Mas em função da chamada Lei Kandir (Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996, que dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, e dá outras providências), estados produtores de minério perderam em arrecadação dessa atividade, porque a lei: a) isenta de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS – operações e prestações que destinem ao exterior mercadorias, inclusive produtos primários e produtos industrializados semielaborados, ou serviços. b) retira dos estados a competência de instituir o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação. c) transferiu para os municípios a arrecadação de ICMS relativo à produção mineral. d) define que os estados passam a dividir com a União os impostos arrecadados com a exportação de produtos primários e produtos industrializados semielaborados ou serviços. OBRIGADO!
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