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PNCEBT - PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E DA TUBERCULOSE ANIMAL

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1 RAYSSA YARED TRENTIN 
PNCEBT – PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE E ERRADICAÇÃO DA BRUCELOSE E DA TUBERCULOSE ANIMAL 
- O PNCEBT foi instituído em 2001 pelo MAPA com o intuito de diminuir o impacto negativo dessas zoonoses na saúde 
humana e animal. 
- O PNCEBT introduziu a vacinação obrigatória contra a brucelose bovina e bubalina em todo o território nacional e 
definiu uma estratégia de certificação de propriedades livres ou monitoradas. 
 
Objetivos do programa: reduzir a prevalência e a incidência de novos focos de brucelose e tuberculose; criar um 
número significativo de propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose ou monitoradas, e que 
ofereçam ao consumidor produtos de baixo risco sanitário. 
 
Propostas técnicas 
- Vacinação contra a brucelose: vacinação realizada apenas por médicos veterinários credenciados em fêmeas bovinas 
e bubalinas de 3 a 8 meses de idade. Fêmeas com mais de 8 meses podem ser vacinadas, porém com vacinas que não 
interfiram no diagnóstico. 
 
- Certificação de propriedades livres de brucelose e tuberculose: de adesão voluntária. Testa-se todos os animais e 
sacrifica os positivos. Os testes em todo o rebanho serão repetidos até a obtenção de três testes sem um único animal 
positivo, ao longo de um período de nove meses. Depois disso, a propriedade obtém o certificado de livre dessas 
doenças, cuja manutenção depende do cumprimento de todas as regras e normas sanitárias estabelecidas, sendo que 
deverão repetir os testes anualmente. Para ingressar algum animal na propriedade são exigidos dois testes negativos 
(se não vierem de outra propriedade livre). Os testes de diagnóstico para brucelose são feitos em fêmeas com idade 
igual ou superior a 24 meses, desde que vacinadas entre 3 e 8 meses; em machos e fêmeas não vacinadas realiza-se o 
diagnóstico a partir dos 8 meses de idade. Para tuberculose, os testes são realizados em todos os animais com idade 
igual ou superior a 6 semanas. 
 
- Certificação de propriedades monitoradas para brucelose e tuberculose: adesão voluntária. Realiza-se testes 
diagnóstico por amostragem. Se nenhum animal for positivo, a propriedade recebe a certificação de monitorada. Se 
for encontrado algum animal positivos, os animais não incluídos na amostragem serão submetidos ao teste e todos os 
animais positivos serão sacrificados, somente após essa etapa que a propriedade recebe o certificado de monitorada. 
Os testes são realizados em fêmeas com mais de 24 meses e machos reprodutores (anualmente para brucelose e a 
cada dois anos para a tuberculose). Só poderão ingressar na propriedade animais com dois testes negativos. 
Essa certificação foi criada pela dificuldade que existia para a aplicação das normas técnicas nas propriedades livres e 
com criação muito extensiva e com muitos animais. Esse certificado é atribuído apenas a fazenda de gado de corte. 
 
- Controle de trânsito e normas sanitárias: exigência de diagnóstico negativo para transito interestadual de animais 
destinados à reprodução ou que participam de exposições. A emissão de GTA também é condicionada à comprovação 
da vacinação das fêmeas na propriedade contra a brucelose, qualquer que seja a finalidade do trânsito animal. 
 
- Habilitação e capacitação de médicos veterinários: o MAPA só habilita médicos veterinários que tenham sido 
aprovados em curso de treinamento em métodos de diagnóstico contra brucelose e tuberculose. A vacinação contra 
a brucelose só pode ser realizada sob responsabilidade de médicos veterinários. Por ser uma vacina viva atenuada, 
sua compra só pode ser feita com receita emitida por médico veterinário. 
 
- Estabelecimento e padronização de diagnóstico: 
o Brucelose: 
o AAT: muito sensível e de fácil execução, teste de triagem realizado por médicos veterinários 
habilitados e por laboratórios credenciados. 
o 2-ME: teste confirmatório, animais que reagirem ao teste de triagem podem realizar o 2-ME. É mais 
especifico, executado em laboratórios credenciados. 
o FC: realizado por laboratórios oficiais credenciados para efeito de trânsito internacional, como teste 
confirmatório aos positivos no teste de triagem ou para diagnóstico de caso inconclusivo ao 2-ME. 
 
2 RAYSSA YARED TRENTIN 
o TAL: monitoramento de propriedades livres ou diagnósticos em sistema de vigilância epidemiologia, 
pode ser executado por médicos veterinários credenciados, por laboratórios credenciados. 
o Tuberculose: 
o TCS: prova de rotina em gado de leite devido à sua boa sensibilidade. 
o TPC: prova de triagem, exclusivo de gado de corte 
o TCC: prova confirmatória de animais positivos ao TPC ou ao TCS, mas pode ser como única prova 
diagnóstica em rebanhos com histórico de reações inespecíficas. 
 
BRUCELOSE 
- Vacinação 
Realiza a vacinação em fêmeas bovinas e bubalinas com 3 a 8 meses, uma vez na vida, com a vacina B19. A vacina deve 
ser aplicada por médicos veterinários credenciados ou vacinador treinado e supervisionado por um médico 
veterinário. 
Se adquire a vacina apenas com receita emitida por médico veterinário credenciado. A vacina deve ser mantida em 
temperatura de 2 a 8°C. Sobras não podem ser aproveitadas. 
Por ser uma vacina viva atenuada e patogênica ao homem, deve ser manuseada com cuidado, recomenda-se o uso de 
óculos e luvas de proteção, os frascos, agulhas e seringas devem ser esterilizados e descartados adequadamente. 
O volume utilizado em cada bezerra deve ser conforme a recomendação do laboratório fabricante. 
As bezerras vacinadas devem ser marcadas a ferro candente com a letra V, acompanhada do algarismo final do ano 
da vacinação, no lado esquerdo da face. 
Comprova-se a vacinação por meio de atestado, emitido pelo médico veterinário responsável pela vacinação, 
conforme a legislação vigente. É obrigatória a comprovação da vacinação de bezerras, no mínimo, uma vez por 
semestre. 
 
- Diagnóstico 
Realizado em fêmeas vacinadas a partir de 24 meses, machos inteiros e fêmeas não vacinadas a partir de 8 meses de 
idade. Machos castrados não precisam realizar o diagnóstico. Fêmeas prenhas realiza 15 dias antes e após o parto e 
repetir 30 e 60 dias pós-parto. 
 
Testes MV habilitados: 
- AAT (Teste do Antígeno Acidificado Tamponado) 
- Material: antígeno para AAT; soro a testar; pipetas de Bang; micropipetador de 30uL; ponteiras; placas 
quadrados de 4 cm delimitados; misturadores de plástico ou de metal; caixa com luz indireta para leitura; soro controle 
positivo; soro controle negativo; agitador de placas (opcional). 
 
 - Precauções: antígeno deve ser mantido em temperatura de 2 a 8°C; a temperatura de execução desejável é 
de 22°C +-4°C; os materiais devem ser limpos adequadamente; soros excessivamente hemolisados devem ser 
desprezados pois podem resultar em falso-positivo; em todos os testes devem ser simultaneamente testados soro 
controle positivo e negativo. 
 
 - Técnica: equilibrar os soros e antígeno à temperatura ambiente, por pelo menos 30 minutos; preencher os 
protocolos de prova; pipetar 30uL de soro na placa, com a pipeta em ângulo de 45°C; pipetar 30uL de antígeno 
homogeneizado ao lado do soro, sem misturar; misturar com o misturador simples ou múltiplo com movimentos 
circulares; agitar a placa com movimentos oscilatórios por quatro minutos; colocar a placa na caixa de leitura com luz 
indireta e realizar a leitura; após quatro minutos desconsiderar as reações de aglutinação. 
 
 - Interpretação dos resultados: 
 Presença de grumos: REAGENTE 
 Ausência de grumos: NÃO REAGENTE 
 
- TAL (Teste do Anel em Leite) 
 
3 RAYSSA YARED TRENTIN 
 - Material: antígeno para TAL; amostras do leite a ser testado; tubos de 10mm x 75mm ou 10mm x 100mm; 
grade para tubos; pipetas de 1mL; micropipetador calibrado para 30uL; estufa ou banho-maria a 37°C. 
 
 - Precauções: as amostras devem ser colhidas de mistura de leite em latão, no máximo três latões por amostra, 
ou em tanque (um tanque por amostra). Antes de colher a amostra, deve-se homogeneizar o leite. Utiliza-se 
conservante o formola 1% ou cloreto de mercúrio 2% (1mL de conservando para 10mL de leite). As amostras podem 
ser mantidas em temperatura de 2 a 8°C por, pelo menos 24 horas antes da realização do TAL. Uma amostragem 
incorreta pode acarretar em excesso ou insuficiência de creme, podendo interferir no resultado do exame. 
 
 - Técnica: equilibrar as amostras de leite e antígeno na temperatura ambiente por, pelo menos, 60 minutos; 
misturar bem as amostras de leite; colocar 1mL de leite nos tubos (2 ml para rebanho de 151 a 450 animais e 3mL para 
rebanhos de 450 a 750 animais), a coluna de leite deve ter, no mínimo, 2cm; adicionar ao leite 30uL de antígeno; 
tampar o tubo e misturar por inversão várias vezes; deixar em repouso por 1 minuto e verificar se a mistura está 
homogênea; incubar por 1 hora a 37°C; realizar à leitura. 
 
 - Interpretação dos resultados: 
 Anel de creme azul e coluna de leite branca ou azulada: REAGENTE 
 Anel de creme branco e coluna de leite azul: NÃO REAGENTE 
 
Testes laboratórios credenciados 
- 2-ME 
- FC 
 
 
 
TUBERCULOSE 
- Diagnóstico – MV habilitados 
Realiza-se em todos os animais acima de 6 meses. 
 
- TPC (Teste da Prega Caudal) 
Só é empregado em rebanhos de gado de corte como prova de triagem ou monitoramento. 
A tuberculina PPD bovina será inoculada via intradérmica na dosagem de 0,1mL, 6cm a 10cm da base da cauda, na 
junção da pele pilosa e da pele glabra, o local deve estar limpo. A formação de uma pápula no local indica que a 
inoculação foi correta. 
Após 72 +- 6 horas da inoculação será realizada a leitura do teste, comparando, por avaliação visual e palpação, a 
prega inoculada com a prega do lado oposto. Qualquer aumento de espessura na prega inoculada classifica o animal 
como REAGENTE. 
 
4 RAYSSA YARED TRENTIN 
 
- TCS (Teste Cervical Simples) 
A inoculação de tuberculina PPD bovina será feita na região cervical, no terço médio, com distancia igual das bordas 
superior e inferior do pescoço, ou escapular, na região da espinha da escápula e a 20cm da cernelha. A região será 
demarcada por tricotomia, devendo-se evitar local com lesão ou presença de ectoparasitas. A espessura da dobra da 
pele será determinada com auxílio do cutímetro antes da inoculação e as medidas serão anotadas. A tuberculina PPD 
bovina será inoculada via intradérmica na dosagem de 0,1mL. A formação de uma pápula no local indica que a 
inoculação foi correta. 
Após 72 +-6 horas da inoculação, será realizada nova medida da dobra da pele no local da inoculação. Faz-se então a 
subtração da medida após 72 horas da inoculação com a primeira medida antes da inoculação (ΔB = B72-B0) 
 
 
 
- TCC (Teste Cervical Comparado) 
É um teste confirmatório utilizado em animais reagentes ao TCS e ao TPC. É também recomendado como teste de 
rotina em estabelecimentos com ocorrência de reações inespecíficas. 
As tuberculinas são inoculadas via intradérmica na dosagem de 0,1mL, sendo o PPD aviário inoculado cranialmente e 
o PPD bovino caudalmente. A formação de uma pápula no local indica que a inoculação foi correta. Deve-se haver uma 
distância mínima de 15 a 20 cm entre as duas inoculações. Recomenda-se que sejam feitas em um mesmo lado em 
todos os animais. Os locais são marcados por tricotomia, devendo-se evitar locais com lesões ou parasitos. A espessura 
da dobra será determinada com auxílio de um cutímetro antes da inoculação. 
Após 72 +-6 horas da inoculação, será realizada nova 
medida da dobra da pele no local de inoculação da 
tuberculina PPD aviaria e bovina. Primeiro subtrai-se a 
 
5 RAYSSA YARED TRENTIN 
medida da dobra 72 horas da inoculação com a medida antes da inoculação, para ambos os PPD’s. Depois subtrai o 
resultado da PPD aviária (ΔA) com o resultado da PPD bovina (ΔB). O resultado é interpretado conforme a tabel 
 
Eliminação de Animais 
Os animais positivos são retirados da produção e isolados, e marca-se a letra “P” no lado direito da face. 
Os animais com diagnóstico positivos devem ser encaminhados ao abate sanitário em estabelecimentos com serviço 
de inspeção de carcaças. Como alternativa, eles podem ser destruídos na própria unidade de criação, mas deve ser 
acompanhada pelo serviço oficial de defesa sanitária animal.

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