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1 Resumo Química – 2° Ano Orientação Comunitária – 2020 A química está presente em tudo em nosso redor (nos alimentos, nas roupas, nos livros, nos pisos, nas paredes, nos aparelhos eletrônicos etc.). Mas o que é a química? A química é o ramo da ciência que estuda a matéria, suas propriedades, estruturas e transformações. O que é matéria? É tudo que possui massa e ocupa lugar no espaço. Ela pode ser encontrada, principalmente, na forma de sólido, líquido ou gás. Como exemplos podemos citar o ar, a mesa, nosso corpo, roupas, cadeira etc, Figura 1. Figura 1: Exemplos de matéria. A matéria é formada por substâncias (na maioria das vezes constituídas por moléculas), e estas, pelas unidades fundamentais, que são os átomos. Existem materiais diferentes, pois as substâncias que os formam são diferentes. Isso só é possível porque existem 118 tipos de elementos químicos conhecidos atualmente, cujos átomos podem combinar-se, unir-se, para formar infinitos tipos de substâncias. A matéria pode passar por processos que modifiquem as suas propriedades que são determinadas de transformação da matéria, Figura 2. Figura 2: Exemplos de transformação da matéria. Essas transformações podem ser físicas ou químicas a diferença entre elas está no fato de alterarem ou não a estrutura interna da matéria. 2 Uma transformação física (ou fenômeno físico) é aquela que não muda a estrutura interna da matéria, ou seja, não muda a identidade química das substâncias nem dos átomos, como exemplos temos as mudanças de estado físico e uma lata de refrigerante amassada, Figura 3. Figura 3: Exemplo de transformação física. A lata de refrigerante, mesmo amassada, continua com sua constituição inicial. Por outro lado, uma transformação química (ou fenômeno químico) é quando há alteração na identidade química das substâncias, mas a identidade dos átomos se conserva, que é o caso de uma reação química, Figura 4. Figura 4: Exemplo de uma transformação química. Um papel depois de queimado, não apresenta as mesmas características de antes. Além disso, algumas transformações químicas ocorrem com liberação de energia (exotérmica) e outras com absorção de energia (endotérmica). 3 Propriedades da matéria As propriedades que nos permitem distinguir uma espécie de matéria de outra são denominadas propriedades específicas da matéria. As propriedades específicas podem ser propriedades químicas ou físicas. As propriedades químicas de um material estão associadas à sua capacidade de transforma-se em outro material. São propriedades que caracterizam individualmente uma substância por meio da alteração da composição dessa substância. Como exemplos, podemos citar, a queima da gasolina e a oxidação do ferro (formando a ferrugem) Já as propriedades físicas são aquelas que podem ser observadas ou medidas sem que ocorra modificação na composição do material, adicionalmente, são propriedades que caracterizam individualmente uma substância como temperatura de fusão, densidade e solubilidade. As propriedades físicas podem ser gerais ou específicas, extensivas ou intensivas. Propriedades físicas gerais da matéria As propriedades físicas gerais da matéria são aquelas que não permitem diferenciar os materiais. Dentre elas, pode-se citar a massa e o volume. Toda matéria tem massa e volume, logo não é possível distinguir um litro de leite e um litro de água por exemplo (sem ver). Propriedades físicas específicas da matéria As propriedades físicas específicas da matéria são aquelas que possibilitam a identificação de determinada matéria. Cada material, apresenta um conjunto exclusivo de propriedades específicas (temperatura de ebulição, temperatura de fusão, densidade, condutibilidade elétrica e térmica, cor, textura, sabor e cheiro). Cor, textura, sabor e cheiro são propriedades específicas organolépticas e são percebidas pelo sentido. Propriedades extensivas da matéria As propriedades extensivas da matéria são aquelas que dependem da quantidade do material contido na amostra. Por exemplo, duas amostras de um mesmo material de tamanhos diferentes apresentam massas e volumes diferentes. Outro caso, é o da energia 4 liberada em uma combustão: duplicando a quantidade de combustível, duplica-se a quantidade de energia liberada. Propriedades intensivas da matéria As propriedades intensivas da matéria são as que não dependem da quantidade de material contido na amostra. Por exemplo, duas amostras diferentes podem apresentar a mesma temperatura. Logo, como propriedades intensivas da matéria, pode-se citar: pressão, pontos de fusão e de ebulição, temperatura, concentração (mol.L –1 ) e viscosidade. Mudanças de estado físico Como citado anteriormente, a matéria pode existir nos estados sólido, líquido e gasoso. A diferença entre eles está no estado de agregação, Figura 5. Figura 5: Estados físicos da matéria: sólido, líquido e gasoso. Quando a matéria está no estado sólido, suas partículas estão extremamente organizadas e estão muito próximas as outras, formando redes de longa extensão. Essas partículas possuem movimento vibracional, conferindo ao sólido forma e volume definidos. Já quando a matéria está no estado líquido, suas partículas estão um pouco mais afastadas, quando comparadas ao estado sólido. Suas partículas apresentam movimentos vibracionais, rotacionais e translacionais (conferindo ao estado líquido forma variável) de 5 curto alcance. Devido a alta proximidade entre suas partículas, um líquido é praticamente incompressível. Por fim, quando a matéria está no estado gasoso, suas partículas estão bem afastadas uma das outras, desorganizadas e com grande movimentação (vibracional, rotacional e translacional). Diante disso, o estado gasoso, possui forma e volume variáveis, ou seja, tomam a forma e o volume que os contém. Um sistema gasoso apresenta altas compressibilidade e dilatabilidade, porque suas partículas estão distantes e podem ser aproximadas ou afastadas com facilidade. Os estados sólido, líquido e gasoso, podem ser transformados uns nos outros, simplesmente pela alteração da temperatura ou pressão, Figura 6. Figura 6: Mudança de estado físicos da matéria. (Imagem retirada do site infoescola) A fusão, vaporização e sublimação ocorrem com aumento da temperatura e absorção de calor. Por outro lado, a liquefação, solidificação e ressublimação (ou sublimação inversa ou simplesmente sublimação) ocorrem com a diminuição da temperatura, portanto, com liberação de calor. A vaporização pode ser dividida entre evaporação, ebulição ou calefação, e a diferença entre elas está na quantidade de energia envolvida. A evaporação é um processo natural, lento e espontâneo que ocorre à temperatura ambiente. Nesse caso, a temperatura do líquido é inferior à sua temperatura de ebulição. Um exemplo deste caso é uma roupa secando. A ebulição é um processo rápido e, normalmente, não espontâneo para os líquidos, à temperatura e pressão ambientes e com formação e desprendimento de bolhas. É o caso da água líquida, que quando aquecida, passa para o estado vapor (ferve). Por 6 fim, temos, a calefação. Um processo de ebulição realizado sob aquecimento excessivo. Neste caso, a temperatura do líquido é superior à temperatura de ebulição, como exemplo, tem-se uma gota d’água sendo jogada em uma panela muito quente. Observação: A temperatura de fusão (TF) é a temperatura que uma amostra passa do estado sólido para o líquido. (Ao nível do mar, a água entra em fusão a 0 °C.) A temperatura de ebulição (TE) é a temperatura que uma amostra parra do estado líquido para o gasoso. (Ao nível do mar, a água entra em ebulição a 100 °C). A TF e a TE são alteradas com o aumento da altitude. Sabendo as temperaturas de fusão e ebulição de uma substância, sabemos qual o seu estadofísico na temperatura ambiente (TA) e em qualquer temperatura: TA < TF < TE → sólido TF < TA < TE → líquido TF < TE < TA → gasoso Gráficos de mudança de estado físico – curvas de aquecimento Uma curva de aquecimento é um gráfico de temperatura versus tempo. Pela sua análise, podemos diferenciar as substâncias puras das misturas. Uma substância pura, apresenta, um patamar constante durante a transição de fase, Figura 7. Figura 7: Diagrama de mudança de estado físico (ou curva de aquecimento) de uma substância pura. (Imagem retirada da apostila do Bernoulli) 7 Onde os estados sólidos, líquidos e vapor, estão representados pelas letras s, l e v, respectivamente. Já a Figura 8, mostra a curva de aquecimento de uma solução, ou seja, de uma mistura. Figura 8: Diagrama de mudança de estado físico (ou curva de aquecimento) de uma mistura. (Imagem retirada da apostila do Bernoulli) Onde t1, t2, t3 e t4, representa as temperaturas de início da fusão, fim da fusão, início da ebulição e fim da ebulição, respectivamente. Com o intervalo da fusão dessa mistura variando de t1 a t2, e o intervalo de ebulição variando de t3 a t4. Uma mistura azeotrópica, é aquela que apresenta a temperatura de fusão variável e a temperatura de ebulição constante. A Figura 9, apresenta o perfil de uma curva de aquecimento de uma mistura azeotrópica. Figura 9: Diagrama de mudança de estado físico (ou curva de aquecimento) de uma mistura azeotrópica. (Imagem retirada da apostila do Bernoulli) Onde os pontos B, C, D = E, representam o início da fusão, o término da fusão e a temperatura de ebulição, respectivamente. 8 Por fim, uma mistura eutética é aquela que apresenta temperatura de fusão constante e temperatura de ebulição variável, Figura 10. Figura 10: Diagrama de mudança de estado físico (ou curva de aquecimento) de uma mistura eutética. (Imagem retirada da apostila do Bernoulli) Onde os pontos B = C, D e E representam a temperatura de fusão, início da ebulição e fim da ebulição, respectivamente. Sistema O universo é constituído de sistema e vizinhança. O sistema é a porção do universo que será o foco da análise. Já a vizinhança é tudo o que cerca o sistema, Figura 11. Figura 11: Representação do sistema e da vizinhança, formando o universo. O sistema pode ser homogêneo e heterogêneo. Um sistema homogêneo é aquele que apresenta as mesmas propriedades em toda a sua extensão e exibe um aspecto uniforme em toda a sua extensão, mesmo quando analisados em aparelhos ópticos. Como exemplos, pode-se citar: água + álcool ou água + sal completamente dissolvido. 9 Um sistema heterogêneo não apresenta as mesmas propriedades como um todo e não exibe aspecto uniforme em toda a sua extensão, mesmo quando analisados em aparelhos ópticos, por exemplo, água + óleo ou água + gelo. Um sistema heterogêneo é formado de várias porções que, separadamente, são homogêneas. Portanto, fases, são as diferentes partes homogêneas que compõem um sistema heterogêneo. Diante disso, podemos concluir que: todo sistema homogêneo é monofásico (única fase); todo sistema heterogêneo é constituído de no mínimo duas fases (podendo conter mais); todo sistema é constituído apenas de gases é monofásico (por exemplo, ar atmosférico isento de partículas em suspensão é uma mistura gasosa, portanto, um sistema homogêneo – monofásico e os sistemas formados por dois ou mais sólidos são polifásicos. Como diferenciar uma mistura de uma substância pura? Toda substância pura apresenta composição fixa e suas propriedades são constantes, tais como, densidade, temperatura de fusão e ebulição etc. Observações: Uma substância simples ou elementar é aquela formada por um único elemento. (Por exemplo, O2, O3, H2, He, Cgrafite, Srômbico, Pbranco etc.) Substância composta ou composto químico é aquela formada por mais de um elemento químico e possui composição definida de acordo com a Lei de Proust. (Exemplos: H2O, NaCl, C6H12O6, H2SO4 etc.) Substância pura é aquela que só possui um tipo de aglomerado de átomos, ou seja, não existe uma substância presente no recipiente que a contém. (Por exemplo, água tridestilada). Unidades de Medida Há duas formas de verificar a ocorrência de fenômenos, por exemplo, a queima de um material possibilita a observação de vários aspectos: sua facilidade para entrar em combustão, a cor da chama e liberação de calor. Essas observações são apenas qualitativas. Porém, muitos fenômenos são mais bem compreendidos por informações quantitativas, como medidas de massa, volume, temperatura etc. 10 Massa Massa é a quantidade de matéria que forma um corpo, ou seja, está relacionada com à quantidade de material presente em um corpo. Pelo sistema internacional (SI), o nome da unidade é quilograma (kg), mas é comum medi-la usando seus submúltiplos, como a grama (g) ou miligrama (mg). Volume O volume é a grandeza que corresponde ao espaço ocupado por um corpo. Pelo sistema internacional (SI), o nome da unidade é metro cúbico (m³), mas as unidades mais usadas no cotidiano são o litro (ℓ) ou mililitro (mℓ). Lembrando que 1 m³ = 1000 ℓ, e dm³ = 1 ℓ e 1 cm³ = 1 mℓ. Temperatura Temperatura é uma propriedade intensiva que determina a direção do fluxo de calor entre dois objetos em contato. Ela também está relacionada com quão quente ou fria está uma amostra. Pelo sistema internacional (SI), o nome da unidade é Kelvin (K), mas no Brasil, a escala mais comum de medida de temperatura é a de graus Celsius (°C) e, podemos converter uma unidade em outra pela seguinte expressão: 𝑻 (𝑲) = 𝒕(°𝑪) + 𝟐𝟕𝟑, 𝟏𝟓 Densidade A densidade é uma grandeza que relaciona a massa de um material com o volume que ele ocupa, e pode ser expressa por: 𝒅 = 𝒎𝒂𝒔𝒔𝒂 (𝒎) 𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 (𝑽) A unidade de densidade no sistema internacional (SI) é o quilograma por metro cúbico (kg/m³), mas as unidades mais usadas no cotidiano são grama por centímetro cúbico (g/cm³) ou grama por mililitro (g/mℓ). A densidade é uma unidade que depende da temperatura, uma vez que os materiais podem sofrer contração ou dilatação de seu volume com a variação da temperatura. Por isso, é importante indicar a temperatura em que foi feita a medição da densidade. 11 Pressão Pressão é a força aplicada sobre um corpo ou objeto dividida pela área sobre a qual a força é exercida, Figura 12. Figura 12: Esquema da força sendo aplicada sobre uma determinada área. (Imagem retirada do site www.fique-sagaz.webnode.com) A pressão pode ser expressa por: 𝒑 = 𝑭𝒐𝒓ç𝒂 (𝑭) á𝒓𝒆𝒂 (𝒂) Pelo sistema internacional (SI), o nome da unidade é Pascal (Pa), mas as unidades mais usadas no cotidiano são milímetro de mercúrio (mmHg) ou atmosfera (atm). Lembrando que 1 atm = 760 mmHg = 760 Torr = 1 bar = 105 Pa. Solubilidade Por definição, solubilidade é o limite na quantidade de soluto que pode ser dissolvido em determinada quantidade de solvente a certa temperatura e pressão. A solubilidade é obtida experimentalmente, e a sua variação com a temperatura pode ser representada em gráficos ou curvas de solubilidade, Figura 13. Figura 13: Solubilidade de alguns compostos em função da temperatura. (Imagem retirada do site brasilescola) 12 Separação de misturas Filtração Comum Método em que é utilizado um filtro, que retém as partículas sólidas e que deixa o líquido ou o gás passar, Figura 14. Um exemplo de filtração comum é a que ocorre no preparo do café. Figura 14: Aparelhagem usada em laboratório para filtração comum. (Imagem retirada do livro Ser Protagonista, volume 1) Filtração a vácuo Já a filtração a vácuo é realizada a baixa pressão, com o uso de uma bomba a vácuo ou uma trompa d’água. Isso faz que a filtração ocorra em menos tempo, Figura 15. Figura 15: Aparelhagem usada em laboratóriopara filtração a vácuo. 13 Decantação Decantação é um processo de separação de misturas que se baseia na diferença de densidade e de solubilidade entre seus componentes. Se a mistura for entre líquidos imiscíveis, ou seja, que não se misturam, como água e óleo, eles podem ser separados pela diferença entre suas densidades, utilizando um funil de decantação ou funil de separação, Figura 16. Figura 16: Funil de decantação usado na separação de líquidos imiscíveis de densidades diferentes. (Imagem retirada do livro Ser Protagonista, volume 1) Por outro lado, no caso das misturas de um líquido com um sólido, deixa-se a mistura em repouso até que o material mais denso afunde e se deposite no fundo do recipiente, Figura 17. Figura 17: Esquema de decantação. 14 Sifonação Método utilizado para separar um líquido de um sólido ou um líquido de outro com diferente densidade. O recipiente que contém a mistura fica em uma posição mais elevada que o recipiente para o qual é transferida uma das fases, Figura 18. Figura 18: Separação de sólido e líquido. (Imagem retirada do livro Ser Protagonista, volume 1) Centrifugação A centrífuga consiste em uma aparelhagem que acelera o processo de sedimentação. Esse processo de separação só é possível quando há diferença de densidade entre os componentes de uma mistura, Figura 19. Figura 19: Esquema de uma centrífuga. 15 Levigação No método da levigação é utilizado água corrente para carregar os sólidos de baixa densidade enquanto os mais densos continuam depositados no fundo do recipiente. Esse método é muito utilizado pelos garimpeiros para separar ouro do barro e da areia, Figura 20 Figura 20: (A) Processo de levigação. (B) Ouro, já separado, na bateia. (Imagem retirada do livro Ser Protagonista, volume 1) Catação Método manual de separação. Um exemplo muito comum, é a escolha do feijão para cozinhar. Peneiração ou Tamização A peneiração ou tamização é utilizada quando os sólidos apresentam grãos de diferentes tamanhos, que são separados com o auxílio de uma peneira, que permite a passagem dos sólidos menores. Um exemplo da sua utilização está na separação do cascalho da areia pelos pedreiros. Ventilação A ventilação é utilizada quando um dos componentes apresenta baixa densidade e pode ser arrastado por uma corrente de ar. Como exemplo podemos citar a separação da casca do amendoim do amendoim. 16 Extração por Solvente Nesse método, é usado um líquido para extrair um dos componentes de uma mistura, Figura 21. Figura 21: Exemplo da extração do álcool da gasolina. A Figura 21, mostra a que a adição de água à mistura de gasolina e álcool, faz com que forme duas fases: uma delas constituída de água e álcool, e a outra, de gasolina. Outro exemplo, do nosso cotidiano, é na preparação de um chá, a água quente extrai alguns componentes da erva responsáveis pela cor, aroma, etc. Separação Magnética A separação magnética é aplicada quando um dos componentes apresenta propriedades magnéticas. Uma mistura formada por limalha de ferro e enxofre pode ser separada por um ímã, que atrai apenas a limalha, Figura 22. Figura 22: Separação da limalha de ferro do enxofre utilizando um ímã. 17 Cristalização Fracionada Na cristalização fracionada, aplica-se a misturas líquidas de vários sólidos em um solvente, quando se quer obter pelo menos uma das substâncias que estão dissolvidas. Nesse processo, pode-se provocar a evaporação do solvente ou o resfriamento da mistura. Independente do caso, um dos componentes se cristaliza e o outro permanece dissolvido, Figura 23. Figura 23: Processo de cristalização fracionada. Destilação Simples A destilação simples é aplicada para separar os componentes de misturas formada, normalmente, por um líquido e um sólido que não se vaporiza facilmente, como por exemplo, água e sal de cozinha. Durante o aquecimento da mistura, o líquido entra em ebulição e os vapores formados no balão de destilação passam para um aparelho chamado condensador. Em contato com as paredes frias do condensador, o vapor transforma-se em líquido novamente e é recolhido em um frasco. No final da destilação, o sólido fica no balão, Figura 24. 18 Figura 24: Esquema de destilação simples. (Imagem retirada do livro Ser Protagonista, volume 1) Destilação Fracionada A destilação fracionada é utilizada para separar misturas de líquidos miscíveis que apresentam temperaturas de ebulição diferentes (e não muito próximas), Figura 25. Os vapores formados durante o aquecimento da mistura entram na coluna de fracionamento. Os componentes com temperaturas de ebulição maiores (menos voláteis) se condensam, retornando ao balão. Os que apresentam temperaturas de ebulição menores (mais voláteis) atravessam a coluna e se condensam ao passar pelo condensador, sendo recolhidos no Erlenmeyer na forma líquida. Figura 25: Esquema de destilação fracionada. (Imagem retirada do livro Ser Protagonista, volume 1) Uma aplicação útil da destilação fracionada é no refino do petróleo, Figura 26. 19 Figura 26: Esquema do refino do petróleo que utiliza como método de separação a destilação fracionada. Referência básica utilizada LISBOA, Julio Cezar Foschini et al. Química: Ser protagonista. v. 1. 3. ed. São Paulo: Edições SM, 2016.
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