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LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE Região Oral É o local onde o alimento ingerido é preparado para chegar no estômago e no intestino delgado; onde ocorre a fase voluntária da deglutição. O alimento é mastigado pelos dentes, com a ajuda dos músculos da mastigação, a saliva que vem das glândulas salivares ajuda na formação do bolo alimentar macio. É composta por cavidade oral, lábios e bochechas, gengivas e bochechas, gengivas e dentes, palato, língua e glândulas salivares. Cavidade Oral (Boca) É nesse local que se sente o sabor dos alimentos e bebidas e onde o alimento é mastigado e manipulado pela língua. VESTÍBULO DA BOCA Espaço parecido com uma fenda entre os dentes e as gengivas e os lábios e as bochechas, comunica-se com o exterior através da rima da boca. O tamanho da rima é controlado pelos músculos periorais. CAVIDADE PRÓPRIA DA BOCA Espaço entre os arcos dentais maxilar e mandibular (os arcos alveolares maxilar e mandibular e os dentes que sustentam). Seu teto é formado pelo palato, na parte posterior ela se comunica com a parte oral da faringe. Quando fechada a boca está fechada e em repouso a cavidade oral pé completamente ocupada pela língua. Lábios e Bochechas LÁBIOS - são pregas musculofibrosas móveis em volta da boca e estendem-se dos sulcos nasolabiais (lateral, “bigode chinês”) e narinas (superior) até o sulco mentolabial (inferior, “risco do queixo”). São cobertos por pele externamente e por uma túnica mucosa internamente, atual como as válvulas da rima da boca. Contém o músculo orbicular da boca, vasos e nervos dos lábios superior e inferior. Vascularização – as artérias labiais sup. e inf., ramos das artérias faciais, anastomosam-se entre si e formam um anel arterial. O lábio superior é irrigado pelos ramos labiais superiores das artérias facial e infraorbital. O lábio inferior é irrigado por ramos inferiores das artérias facial e mentual. Inervação – lábio superior é suprido pelos ramos labiais superiores dos nervos infraorbitais e o lábio inferior é suprido pelos ramos labiais inferiores dos nervos mentuais. Drenagem linfática BOCHECHAS – são as paredes móveis da cavidade oral, suas faces externas formam a região bucal. Sua proeminência acontece na junção das regiões zigomática e bucal. Os principais músculos são os bucinadores. Além dos músc., as bochecham possuem coleções encapsuladas de gordura, as bolsas de Bichat. Vascularização – são irrigadas por ramos bucais da artéria maxilar. Inervação – recebem ramos bucais do nervo mandibular (sensibilidade), nervo facial (motor). Gengivas e Dentes GENGIVAS - formadas por tecido fibroso coberto pela túnica mucosa. A gengiva propriamente dita está presa aos processos alveolares da mandíbula e da maxila e aos colos dos dentes, quando normal é rósea, pontilhada e queratinizada. A túnica mucosa alveolar normalmente é vermelho-brilhante e não queratinizada. DENTES – crianças te 20 dentes decíduos (primários) e adultos tem 32 dente permanentes (secundários), incisivos, caninos, pré-molares, molares. Inervação – é comum pessoas com lesão no trigêmio irem primeiro ao dentista relatando “dor de dente”. Palato Forma o teto curvo da boca e o assoalho da cavidade nasal. A face superior é nasal e coberta por túnica mucosa respiratória LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE e a face inferior é oral e coberta por tunica mucosa oral cheia de glândulas. PALATO DURO – formato de abóboda (côncavo); quando em repouso, é ocupado pela língua; os 2/3 anterior tem um esqueleto ósseo formado pelos processo palatinos da maxila e ass lâminas horizontais do palatino. Os nervos palatinos maiores e menores emergem dos forames palatinos maiores e menores, respectivamente. PALATO MOLE – é móvel, não é ósseo, mas sua parte aponeurótica anterior é reforçada pela aponeurose palatina que se fixa na parte posterior do palato duro; sua parte anterior é espessa e a posterior é fina e se funde com um músculo; na parte posterioinferior tem um processo cônico, a úvula. Durante a deglutição é ele que impede a entrada de alimento na cavidade nasal. Fauces – espaço entre a cavidade oral e a faringe. Elementos superficiais Músculos do palato mole VASCULARIZAÇÃO – o palato possui uma vascularização muito rica, a principal responsável é a artéria palatina maior. As veias do palato são tributárias do plexo venoso pterigóideo. INERVAÇÃO – ramos do NC Glossofaríngeo. O nervos sensitivos do palato são ramos do nervo maxilar. O nervo palatino maior supre gengiva, túnica mucosa e as glândulas da maior parte do palato duro. O nervo nasopalatino supre a túnica mucosa da parte anterior do palato duro. Os nervos palatinos menores acompanham as artérias através dos forames palatinos maior e menor. Língua É um orgão muscular móvel recoberto por túnica mucosa, pode assumir vários formatos e posições. Suas principais função são a articulação (fala) e compressão do alimento para a parte oral da faringe (deflutição), também está assosiado com a mastigação, paladar e limpeza dos dentes. A língua é dividida em raiz, corpo e ápice (ponta), o corpo e o ápice são muito móveis. Ela possui duas faces, a face superior é o dorso da língua. O dorso tem textura áspera por conta das numerosas papilas gustativas. Músculos – Os intrínsecos modificam o formato e os extrínsecos modificam a posição. Inervação – motora - NC XII (nervo hipoglosso), com excessão do músc. palatoglosso. Sensibilidade geral - 2/3 anteriores da língua supridos pelo nervo lingual (ramo do NC V). Paladar – corda do tímpano, um ramo do nervo facial – NC VII - (exceto papilas circunvaladas). Sensibilidade geral e paladar do terço posterior e papilas circunvaladas – ramo lingual do nervo glossofaríngeo (NC IX). Vascularização – principais artéria lingual e veias dorsais da língua. Drenagem linfática – toda linfa da língua acaba drenada para os linfonodos cervicais profundos e chega, via troncos venosos jugulares, ao sistema venoso nos ângulos venosos direito e esquerdo. Glândulas Salivares Secretam saliva que mantém a túnica mucosa da boca úmida, lubrifica o alimento durante a mastigação, inicia a digestão de amidos, atua como “colutório” intrínseco, é importante na prevenção das cáries bucais e no paladar. PRÓTIDAS - se relaciona com o ramo da mandíbula, músculos da mastigação, processo mastoideo e músc. esternocleidomastoideo. Dentro dela temos o plexo parotideo que são ramos do NC XII, mas a secreção quem faz é o nervo glossofaríngeo. O ducto parotideo perfura o bucinador. SUBMANDIBULARES – estão ao longo do corpo da mandíbula, seu ducto fica entre os músc. milo-hióideo e hipoglosso. Os óstios e ductos são visíveis ao lado do frênulo da língua. É irrigado pelas artérias submentuais e suprido pelo nervo facial (NC VII). SUBLINGUAIS – está entre a mandíbula e o músc. genioglosso, tem formato de ferradura. No assoalho da boca se abrem inúmeros pequenos ductos delas. São irrigadas pelas artérias sublinguais e submentuais e supridas pelo nervo facial (NC VII). Anotações Tonsila palatina LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE Clínica SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL – gestante que consome álcool durante a gestação -> pode causar alterações na criança -> dismorfias menores -> filtro longo e achatado, vermilion superior bem fino. SÍNDROME DE WILLIAMS – vermilion bem grosso FENDA LABIAL – é uma anomalia congênita que ocorre em 1 a cada 1000 nascimentos. Variam de um pequeno entalhe na zona de transição do lábio e na margem vermelha até uma incisura que atravessa o lábio e vai até o nariz. Em casos mais graves pode ir até o palato. FRAQUEZA DO BUCINADOR – paciente com paralisia facial periférica,lesão no NC VII. Não consegue chupar um canudo ou assoviar. BICHECTOMIA – cirurgia para retirar as bolsas de Bichat. LIPODISTROFIA – uso de antirretrovirais que pode causar distrofia do tecido lipídico. DISTROFIA MUSCULAR – uma doença que pode alterar a musculatura, forma tecido fibroso no lugar das fibras musculares e o paciente pode ficar com fraqueza. Distrofia miotônica – face hipotônica, boca aberta com lábio em formato de arco. HIPERPLASIA GENGIVAL – pode acontecer com medicamento (ex. anticonvulsivo - fenintoína), causa o crescimento exacerbado da gengiva, sangramentos, dor, gengivite. DENTES DE HUNTCHINSON – alteração de formação dos dentes, é um defeito congênito que podemos ver em pacientes com sífilis congênita. PALATO OGIVAL – palato côncavo demais, normalmente ocorre quando o paciente respira muito pela boca. DESVIO DE ÚVULA – lesão de vago e/ou glossofaríngeo – a úvula desvia pro lado que não está paralisado. ÚVULA BÍFIDA – pode não ter problema nenhum ou pode ser sinal de alguma síndrome genética. DESVIO DE LÍNGUA – lesão no nervo hipoglosso. ANEMIA – carência de B 12, língua despapilada e queilite angular. CANDIDÍASE – quadro infeccioso, língua esbranquiçada. PAROTIDITE INFECCIOSA – edema grande da parótida. SIÖGREN – doença autoimune, ponta da língua chega a rachar. (“secura”) SIALOLITÍASE – formação de um cálculo em um ducto de uma glândula submandibular. Anotações ] LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE Faringe É a parte expandida do sistema digestório dividida em três regiões anatômicas: nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Ela conduz o ar para a laringe e o alimento para o esôfago. É estruturada por músculo esquelético e túnica mucosa; seu limite superior é a base do crânio, o inferior é o esôfago (cartilagem cricóide) e o posterior são as vértebras cervicais. Nasofaringe ➢ É a parte nasal da faringe, está localizada posteriormente ao nariz e superiormente ao palato mole. ➢ É a extensão posterior da cavidade nasal e tem função respiratória. ➢ O nariz se abre para a nasofaringe através de dois cóanos. ➢ Vai da base do crânio até o palato mole. ➢ O teto e a parede posterior da parte nasal da faringe formam uma superfície contínua com a esfenoide a porção basilar do occiptal. TONSILAS – massas de tecido linfoide; a abundância desse tecido na faringe forma o anel tonsilar ou anel de Waldeyer. Tonsila faríngea – quando aumentada é chamada de adenoide, fica na túnica mucosa do teto e parede posterior da parte nasal da faringe. Tonsila tubária – coleção de tecido linfoide na tela submucosa da faringe “em cima” do óstio faríngeo da tuba auditiva. ▪ O óstio da tuba auditiva faz a comunicação da faringe com a orelha média (controle de pressão), ao redor dele fica a prega salpingofaríngea que cobre o músculo salpingofaríngeo e controla a abertura do óstio durante a deglutição. Acompanhando o óstio temos uma elevação chamada de toro da tuba auditiva e um pouco acima há uma dobra atrás da tonsila que chamamos de recesso faríngeo. Orofaringe ➢ É a parte oral da faringe e tem função digestória. ➢ Vai do palato mole até a margem superior da epiglote. ➢ Seus limites são: superior, palato mole; inferior, base da língua; laterais, arcos palatoglosso e palatofaríngeo. ➢ É importante para a deglutição. TONSILAS Tonsilas palatinas – fica no intervalo estre os arcos palatinos; ela não ocupa toda a fossa tonsilar entre os arcos em adultos. ▪ A fossa tonsilar é formada pelo músculo constritor superior da faringe e pela lâmina fibrosa e fina da fáscia faringobasilar. Laringofaringe ➢ Também pode ser chamada de hipofaringe. ➢ Fica atrás da laringe, vai da margem superior da epiglote até a borda inferior da cartilagem cricóide. ➢ Tem relação com as vértebras C4 a C6. ➢ Suas paredes posterior e lateral são formadas pelos músculos constritores médio e inferior da faringe; e internamente é formada pelos músculos palatofaríngeo e estilofaríngeo. ➢ Se comunica com a laringe através do ádito da laringe. ➢ Recesso piriforme – pequena depressão da parte laríngea de cada lado do ádito da laringe, é separado do ádito pela prega ariepiglótica. Os ramos dos nervos laríngeo interno e laríngeo recorrente, estão profundamente no recesso piriforme e são alvos fáceis de lesão quando um corpo estranho se aloja nessa região. Músculos da Faringe ELEVADORES – voluntários – Longitudinal interna ▪ Eleva e se alarga para receber o bolo alimentar; Palatofaríngeo, Estilofaríngeo e Salpingofaríngeo. CONSTRITORES – involuntários - Camada circular externa ▪ Fazem o movimento peristáltico para que o bolo alimentar chegue até o esôfago; Superior, Médio e Inferior. FÁSCIAS – mantém a musculatura no lugar. ▪ Faringobasilar - interna e espessa ▪ Bucofaríngea – externa DEGLUTIÇÃO Estágio 1: voluntário; bolo alimentar é empurrado pela língua contra o palato, passando pela boca até a faringe (músculos da língua e do palato mole). Estágio 2: involuntário e rápido; palato mole isola a nasofaringe. A faringe encurta-se e alarga-se para receber o bolo alimentar (elevação da laringe). Estágio 3: involuntário; contração dos constritores da faringe, fazendo com que o bolo alimentar chegue ao esôfago. LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE Inervação Deriva do plexo faríngeo (ramos faríngicos do vago + n. glossofaríngeo + ramo simpático do gânglio cervical superior). As fibras motoras são derivadas do nervo vago. As fibras sensitivas são derivadas do nervo glossofaríngeo e tem uma contribuição dos ramos do trigêmeo. Vascularização Nariz, faringe e laringe - CARÓTIDA EXTERNA, ramos da artéria facial, ramos da artéria maxilar, artérias faríngea ascendente e ramos da tireóidea superior. Drenagem venosa - plexo vascular venoso, drena pra veia jugular interna. Drenagem Linfática – existem 3 cadeias que recebem a linfa: Anteroinferior (cadeia jugular), Lateral (jugulodigástrico) e Posterior (retrofaríngeo). O anel linfático tonsilar drena para linfonodos próximo ao ângulo da mandíbula e jugulodigástrico. Clínica ASPIRAÇÃO PULMONAR – incoordenação dos movimentos de deglutição que leva o alimento a cair dentro da laringe e ir para a traqueia e pulmões. AMGDALITE Anotações
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