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LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE Região Cervical A região cervical é a região do pescoço, nela estão aglomeradas inúmeras estruturas importantes do nosso corpo e por isso é conhecida por ser uma região de muita vulnerabilidade. Seus limites são: superior - margem inferior das mandíbulas, prolongamento até o mastóide; inferior – clavícula; lateral – margem anterior do trapézio; medial – linha média. Osso Hioide Osso móvel que fica na parte anterior do pescoço, no nível da vértebra C3, no ângulo entre a mandíbula e a cartilagem tireóidea. Ele é suspenso por músculos que unem à mandíbula, aos processos estilóides (ligamentos estilohióideos), à cartilagem tireóidea (é firmemente unido a ela), ao manúbrio do esterno e às escápulas. É local de fixação para os músculos anteriores do pescoço e atua como suporte para manter a via respiratória aberta. Fáscia Cervical É composta por 3 lâminas (bainhas) que sustentam as vísceras cervicais, os músculos, os vasos e os linfonodos profundos. Se condensa ao redor das artérias carótidas comuns, veias jugulares internas e dos nervos vagos, formando a bainha carótica. As lâminas também garantem o deslizamento de estruturas do pescoço. ▪ Lâmina Superficial – envolve todo o pescoço por baixo da pele e da tela subcutânea. Divide-se em superficial e profunda nos quatro ângulos do pescoço para revestir o trapézio e o esternocleidomastóideo (inervados pelo NC XI). Forma a capsula fibrosa da parótida. A modificação mais espessa dela é o lig. Estilomandibular. ▪ Lâmina Pré-traqueal – parte anterior do pescoço, inclui uma parte muscular fina, que reveste os músculos infrahióideos, e uma parte visceral, que reveste a tireoide, a traqueia, esôfago e é contínua com a fáscia bucofaríngea da faringe. Ela se funde com as bainhas caróticas. Uma parte mais espessa forma a passagem do tendão intermédio do músculo digástrico que suspende o hioide. ▪ Lâmina Pré-vertebral – forma uma bainha tubular para a coluna vertebral e os músculos associados a ela. Nela estão incrustadas as partes cervicais dos troncos simpáticos. Bainha carótica – revestimento que vai da base do crânio até a raiz do pescoço, se comunica com o mediastino do tórax e contém as seguintes estruturas: - Artérias carótidas comum e interna - Veia jugular interna - Nervo vago (NC X) - Linfonodos cervicais profundos - Nervo do seio carótico - Fibras nervosas simpáticas Espaço retrofaríngeo – é um espaço virtual de tecido conjuntivo frouxo entre a parte superior da lâmina pré-vertebral e a fáscia bucofaríngea que circunda a faringe superficialmente. Uma de suas subdivisões é a fáscia alar. Esse espaço permite o movimento da faringe, esôfago, laringe e traqueia em relação à coluna durante a deglutição. Músculo Platisma É uma lâmina larga e fina de músculo na tela subcutânea do pescoço suprida por ramos do nervo facial (NC VII). Esse músculo tensiona a pele (p. ex. para se barbear), traz a pele do pescoço superiormente quando os dentes são cerrados, exprime tensão e estresse em expressões faciais e traz a boca para baixo. Origem: borda inferior da mandíbula, pele e tec. subcutâneo da face inferior. Inserção: fáscia cobrindo as partes superiores dos músc. peitoral maior e deltoide. Músculo Esternocleidomastóideo É um ponto estratégico, divide cada lado do pescoço em regiões cervical, anterior e lateral. Esse músculo é largo, e possui uma cabeça que se fixa no manúbrio, a cabeça esternal, e uma cabeça que se fixa na clavícula, a cabeça clavicular. Origem: superfície lateral do processo mastoide Inserção: esterno e clavícula Inervação: nervo acessório e nervos C3 e C4; no terço médio há a emergência de quatro nervos sensitivos do plexo cervical. Ações: Contração unilateral: gira a cabeça para o mesmo lado e rota a cabeça superiormente em relação ao lado oposto. • Contração bilateral: (1) extensão do pescoço na articulação atlantoccipital; (2) flexão das vértebras cervicais (aproxima o queixo do manúbrio); e (3) estende as vértebras cervicais superiores com flexão das vértebras inferiores de forma a projetar o queixo para a frente, mantendo a cabeça nivelada. LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE Fossa supraclavicular menor: espaço existente entre as duas cabeças inferiores – trígono – sintopia importante: veia jugular. Músculos Profundos Região anterior: (marcar qual é infra e qual é supra) Grupo latero-vertebral: Plexo Cervical É uma série irregular de alças nervosas, suas raízes são formadas pelos ramos anteriores de C1 a C4. Ramos superficiais: cutâneos/sensitivos – estão nos músculos levantador da escápula e escaleno médio e seguem em sentido posterior. Ramos profundos: motores, incluem as raízes do nervo frênico – principal, raíz C4 - (diafragma não funciona sem ele) e a alça cervical. Estão no músculo ECM e seguem em sentido anteromedial. Raíz superior da alça cervical: C1-C2, se une e se separa para formar o nervo hipoglosso (NC XII) enquanto atravessa a região cervical lateral. Raíz inferior da alça cervical: surge de uma alça entre os nervos C2 e C3, unem-se e formam a alça cervical. Alça cervical: C1-C3, dá origem aos neurônios motores e supre os músculos infra-hióideos, o 4º músculo infra- hióideo (tíreo-hióideo) recebe as fibras de C1 que descem separadas do NC XII (nervo para o músc. tíreo-hióideo). Ramos sensitivos: - Nervo occpital menor: C2 – supre pele do pescoço e o couro cabeludo posterossuperior à orelha; - Nervo auricular magno: C2 e C3 – do ECM para o polo inferior da parótida, supre a pele, o processo mastoide, as duas faces da orelha. - Nervo cervical transverso: C2 e C3 – supre a pele que cobre a região cervical anterior, vai do ECM até a VJI e músc. platisma profundamente dividindo-se em ramos superior e inferior. - Nervos supraclaviculares: C3 e C4 – saem de um tronco em comum debaixo do ECM, enviando ramos para a pele do pescoço que cruzam a lavícula e suprem a pele do ombro. Nervo frênico: vem principalmente de C4, contém fibras nervosas motoras, sensitivas e simpáticas (é o único suprimento motor do diafragma e o suprimento sensitivo de sua parte central, no tórax cada n. frênico supre a parte mediatinal da pleura parietal e o pericárdio). Do lado esquerdo ele cruza na frente da primeira parte da art. subclávia e do lado direito ele fica em cima do músculo escaleno anterior e cruza na frene da segunda parte da art. subclávia. ❖ NERVO VAGO (NC X) – no pescoço, da origem ao faringeo, laringeo (à esquerda – laringeo recorrente – inervação das cordas vocais – passa por baixo do arco aórtico) e cardíaco (passa na bainha carótica). ❖ TRONCO SIMPÁTICO - Gânglios: - Cervical inferior: se funde no primeiro gânflio torácico e forma o gânglio cervicotorácico (gânglio estrelado - sudorese) em 80% das pessoas. - Cervical médio: o menor dos 3 e pode estar ausente; forma os plexos periarteriais da tireoide. LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE - Cervical superior: situado no nível das vertebras C I e C II; fibras pós-ganglionares formam o plexo simpático carótico interno (gânglio carotídeo-controla a vasoconstrição e vasodilatação da carótida), outras saem pro pelxo cardíaco po um nervo cardíaco cervical superior. Trígonos Vascularização Arterial SISTEMA CAROTÍDEO – formado pela artéria carótida comum (ascende na bainha carótica com a VJI e o n. vago, até a cartilagem tireóidea onde vira interna e externa), artérias carótidas interna (não emite ramos no pescoço, entra no crânio através dos canais caróticos) e externa (emite 6 ramos: faríngea ascendente, occipital, auricular posterior, facial, lingual e tireóidea superior; origem na cartilagem tireóidea e vira art. maxilar e temporal superficial) VJI e suas tributárias e as veias jugulares anteriores. Origem: arco aórtico á esquerda e braquiocefálico à direita. Função: irrigação de grande parte das estruturas encefálicas, região cervicale estruturas faciais e externas do crânio. Seio carotídeo: barorreceptor - monitora alterações da PA; sinais eferentes simpáticos e parassimpáticos; NC IX e X. Glomo carótideo: quimiorreceptor – monitora o nível de oxigênio no sangue; +FR e profundidade da inspiração, +FC e +PA; NC IX e X. SUBCLÁVIAS – suprem os membros superiores e enviam ramos para o pescoço e o encéfalo. Origem: a esquerda vem do arco aórtico e a direira do tronco braquicefálico. Ramos: artéria vertebral, artéria torácica interna e tronco tireocervical – da primeira parte - (artéria supraescapular, artéria cervical transversa, artéria tireoideia inferior e artéria cervical ascendente); tronco costocervical – da segunda parte; artéria dorsal da escápula – da terceira parte; Ramo terminal – artéria axilar. • 3 partes em relação ao músculo escaleno: primeira parte é medial ao músculo (as pleuras cervicais, ou cúpulas da pleura, os ápices do pulmão e os troncos simpáticos estão posteriormente à primeira parte das artérias; segunda parte é posterior a ele; terceira parte é lateral a ele. LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE Vascularização Venosa VJI - drena sangue do encéfalo, da região anterior da face, das vísceras cervicais e dos músculos profundos do pescoço. Origem: forame jugular na fossa posterior do crânio como a continuação direta do seio sigmóideo. Dilatações: bulbo superior e bulbo inferior. Tributárias: seio petroso inferior, veias facial e lingual (muitas vezes por intermédio de um tronco comum) e das veias faríngea e tireóideas superior e média. VJE - união da veia retromandibular e da veia auricular posterior; cruza o ECM em direção obliqua, profundamente ao platisma, e entra na região lateral anteroinferior da região cervical lateral; termina na veia subclávia. Drena a maior parte do couro cabeludo e da região lateral da face. VJA – normalmente se origina perto do hioide a partir da confluência das veias submandibulares superficiais e se abre no término da VJE ou na veia subclávia. VEIA SUBCLÁVIA - passa na frente ao escaleno e do n. frênico e une-se com a VJI para formar a veia braquiocefálica. Drenagem linfática Clínica PUNÇÃO DA VEIA JUGULAR INTERNA – possui fins diagnósticos e terapêuticos; a VJI direita é preferida por ser maior e mais reta normalmente. No procedimento o médico apalpa a artéria carótida comum e introduz a agulha na VJI imediatamente lateral a ela em um âng. de 30º, visando o ápice da fossa supraclavicular menor. Depois a agulha é apontada em direção inferolateral, voltada para o mamilo ipsilateral. SECÇÃO, BLOQUEIO E ESMAGAMENTO DO N. FRÊNICO – secção – paralisia da metade correspondente do diafragma; bloqueio – paralisia unilateral do diafragma por um curto período; esmagamento cirúrgico – período mais longo de paralisia (às vezes durante semanas depois de reparo cirúrgico de hérnia diafragmática). Quando existe o n. frênico acessório ele também deve ser comprimido para produzir paralisia completa do hemidiafragma. Lesão pode gerar soluço crônico. MASSAGEM DO SEIO CAROTÍDEO – diminui a frequência cardíaca, controle de taquicardia atrial. Paciente com aterosclerose na região é conta indicado. PUNÇÃO DA VEIA SUBCLÁVIA – colocação de acesso venoso central, se a agulha não for introduzida com cuidado pode perfurar a pleura e o pulmão causando pneumotórax. ECTASIA OU ANEURISMA DE ARCO AÓRTICO - o paciente pode apresentar rouquidão por conta de lesão do n. vago. SÍNDROME DE ROUBO DE SUBCLÁVIA – obstrução de subclávia que gera diminuição do fluxo sanguíneo do lado obstruído e aumento no outro lado, então ao contrário do sangue subir para o polígono de Willis ele desce de volta para a subclávia. Dor no braço por conta de baixo suprimento, tontura, dor no peito. TROMBOSE DA VJI – complicação de acesso venoso, pode complicar pra uma embolia pulmonar. LESÃO DO TRONCO SIMPÁTICO CERVICAL – síndrome de Horner. Anotações
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