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ARTE E TECNOLOGIA MANIFESTAÇÕES Apresenta-se a seguir termos que fazem referência a várias manifestações de arte que acontecem na atualidade, no diálogo com a ciência e a tecnologia. Porém, como essas produções acontecem num contexto de hibridismo – uma característica da arte contemporânea – e com uma visão sistêmica, a delimitação de fronteiras entre essas diversas modalidades torna-se relativa, assim como a própria denominação. Sendo assim, os exemplos de obras aqui apresentados têm uma predominância de aspectos relacionados à manifestação na qual está sendo citada, mas podem se encaixar em outros tipos de manifestações ARTE CINÉTICA No processo de abandono das representações pictóricas, os artistas começaram em 1950, a explorar o movimento real, o tempo, e os dispositivos tecnológicos para o desenvolvimento das obras. Essas obras constituem o que denominamos de Arte Cinética, que tem o movimento como essência da obra. O próprio termo “Cinético” revela uma relação com a física. A primeira exposição cinética é apontada como a “Le Mouvement”, em Paris, em 1955 e apresenta o movimento como tema central, não mais de forma representada através de um objeto estático como a pintura, mas sim através de movimento físico real da obra. Alguns historiadores, como Frank Popper, incluem as obras com movimento através de efeitos visuais, como a Op Arte, dentro da Arte Cinética. Embora as obras de Op Arte sejam estáticas, o movimento resulta da ilusão óptica do público, quando este se desloca frente à obra, criando um efeito visual. Fazem parte da Op Arte artistas como Victor Vasarely e Julio Le Parc. CONCEITO DE OP Arte A palavra Op Art deriva do inglês Optical Art e significa Arte Óptica. Esse termo pode ter sido usado pela primeira vez pelo artista e escritor Donald Judd, em uma revisão de uma exposição de “Pinturas Ópticas” por Julian Stanczak. Mas tornou-se popular por seu uso em um artigo de revista Time, de 1964. Ainda que traga rigor na sua construção, simboliza um mundo precário e instável, que se modifica a cada instante. Apesar de ter ganhado força na metade da década de 1950, a Op Art passou por um desenvolvimento relativamente lento. Ela não tem o ímpeto atual e o apelo emocional da Pop Art, pois é excessivamente cerebral e sistemática, mais próxima das ciências do que das humanidades. Por outro lado, suas possibilidades parecem ser tão ilimitadas quanto às da ciência e da tecnologia. O auge do movimento aconteceu em 1965, quando o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque abraçou o estilo com a exposição The Responsive Eye (O Olho que Responde), que apresentou 123 pinturas e esculturas de artistas como Victor Vasarely, Richard Anusziewicz, Bridget Riley, Ad Reinhardt, Frank Stella, Carlos Cruz-Diez, Jesus Rafael Soto, Josef Albers, Kenneth Noland dentre outros. Muitos visitantes do museu ficaram intrigados pela colisão de arte e ciência, mas críticos como Clement Greenberg foram veementemente contrário ao movimento. A amplitude de exposições como a Responsive Eye também lançou dúvidas sobre o movimento, uma vez que através da inclusão de artistas como Frank Stella, cujos interesses eram tão diferentes dos de Vasarely. As principais características da Op Art são: Explorar a falibilidade do olho pelo uso de ilusões de óticas; Defender para arte “menos expressão e mais visualização”; Quando as obras são observadas, dão a impressão de movimento, clarões ou vibração, ou por vezes parecem inchar ou deformar-se; Oposição de estruturas idênticas que interagem umas com as outras, produzindo o efeito ótico; Observador participante; Busca nos efeitos ópticos sua constante alteração; As cores têm a finalidade de passar ilusões ópticas ao observador. Victor Vassarely (1908-1997) Frank Stella ATIVIDADE – PRODUÇÃO ARTÍSTICA Seguir o passo a passo e construir uma produção artística em Op Arte