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1. INTRODUÇÃO A Física é uma ciência que surgiu a partir da observação dos fenômenos naturais. Essa área de estudo nasceu da necessidade do homem de conhecer melhor o mundo natural e as forças da natureza. Segundo a história, a física teve origem na Grécia Antiga. Onde foram feitos os primeiros estudos sobre os fenômenos da natureza pelos chamados "filósofos naturais", ou pesquisadores interessados em racionalizar o mundo. Todas as formulações físicas surgiram a partir de observações que foram transformadas em conceitos e em linguagem matemática. Os conhecimentos adquiridos ao longo de milhares de anos de estudos e pesquisas, possibilita à sociedade compreender a natureza e evoluir, criando mecanismos, sistemas e dispositivos que contribuem para o desenvolvimento das sociedades. Portanto, a pesquisa cientifica é indispensável para o desenvolvimento dos países. Dessa forma, levando em consideração a importância da ciência no contexto do desenvolvimento econômico, social e político, esse trabalho se propõem em analisar a pesquisa cientifica no Brasil e no mundo. . 2. CIÊNCIAS NO BRASIL É difícil destacar um começo para a prática científica no Brasil. Dependendo do conceito de ciência que se leva em consideração, esse marco inicial pode apontar para várias direções. Se, por exemplo, entendemos ciência como a apropriação da natureza pelo homem, localizamos essa prática já entre os indígenas, capazes de transformar espécies de plantas em medicamentos. Em meados do século XVIII, quando, apesar da proibição de realizar atividades manufatureiras imposta por Portugal, o Brasil viu nomes como Alexandre Rodrigues Ferreira, Vicente Seabra Telles e José Bonifácio de Andrada e Silva - que estudaram fora do País - realizar importantes trabalhos no campo das Ciências Naturais. As transformações políticas no início do século XIX, com a vinda da Família Real para o Rio de Janeiro e a passagem do Brasil para a categoria de Reino Unido ao de Portugal e Algarves, mudam o cenário nacional, com a criação das escolas de Medicina em Salvador e no Rio de Janeiro, a Academia Real Militar e o Museu Real. Após a Independência, esse intercâmbio de cientistas aumentou consideravelmente. O Brasil recebeu cientistas como Charles Darwin, Alfred Wallace, Richard Bates, Peter Lund, Von Martius e Saint Hilaire. A criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Observatório Imperial, da Comissão Geológica do Império, do Museu Paraense, do Museu Paulista, além de outras instituições que contaram com o apoio de D. Pedro II, também colabora para o desenvolvimento de uma nova mentalidade científica. A criação da Universidade de São Paulo em 1934, logo após a Primeira República, constituiu um marco importante no desenvolvimento da ciência no País. Uma evolução gradual vem ocorrendo desde então. Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu um movimento de institucionalização da ciência que culminou com a criação, em 1951, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Atualmente, as pesquisas cientificas no Brasil são realizadas nas universidades públicas e privadas, institutos de pesquisa, ou ainda em instituições particulares, como empresas que possuem seu próprio departamento de Pesquisa e Desenvolvimento. A grande maioria dos pesquisadores, no entanto, estão nas instituições de ensino superior (67,5% do total em 2010). Além disso, são as universidades públicas que apresentam uma maior quantidade de publicações científicas: a lista das 500 universidades mais produtivas do http://www4.usp.br/ http://www.cnpq.br/ http://www.cnpq.br/ mundo de 2018, elaborada pela Center for World University Rankings (CWUR) , conta com universidades brasileiras, tais como USP, UNICAMP, UFMG, UFRJ, UNESP e UFRG, todas de administração pública. Dentro das universidades públicas a produção do conhecimento científico é feita por professores e principalmente por alunos de cursos de pós-graduação stricto sensu, ou seja, programas de Mestrado ou Doutorado. Essa produção cresceu muito desde que a CAPES foi criada. O número de alunos matriculados nos cursos de mestrado em 2015 era de 121.451, enquanto que em cursos de doutorado, o número de matriculados era de 102.365. Segundo levantamento da própria CAPES, estes números apresentam uma tendência de forte crescimento. No Brasil, o financiamento para a pesquisa vem basicamente de órgãos governamentais de fomento a nível federal, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). No nível estadual, quase todos os estados fundaram suas próprias Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs), seguindo o pioneirismo do estado de São Paulo, que criou em 1962 a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Além disso, também são observados financiamentos indiretos através dos orçamentos das próprias universidades, que criam agências próprias de pesquisa, e investimento de empresas públicas (como a Embrapa) ou privadas, através de algum benefício fiscal. Mais da metade dos financiamentos para a pesquisa vem das fontes governamentais. As duas agências federais de fomento à pesquisa, CAPES e CNPq, financiam a pesquisa dos pós-graduandos por meio de auxílios aos projetos de pesquisa e bolsas de pós-graduação. Há pouca variação em relação ao valor das bolsas concedidas entre agências federais: em média R$ 1.500,00 para mestrandos e R$ 2.200,00 para doutorandos. A descontinuidade ou diminuição de recursos para bolsas causam danos irreversíveis para ciência no país. A interrupção de projetos em andamento significa a perda dos recursos investidos, fuga de cérebros e escassez de cientistas qualificados. Por consequência, impactos de médio e longo prazo poderão ser observados em diversos setores, desde a saúde até a economia. Sem inovação a economia tende a desacelerar, o que pode levar a uma crise http://cwur.org/2018-19.php econômica. A pesquisa e desenvolvimento enriquecem a pauta de comércio não apenas em valor agregado, mas no acréscimo de conhecimento. Vale ressaltar que, os recursos para as pesquisas cientificas no Brasil, têm sido sujeitos a altos níveis de instabilidade nos últimos anos, isso se deve ao contexto de estagnação econômica. Por mais significativos que sejam os resultados alcançados em diversas áreas, é perceptível que a falta de recursos financeiros e as burocracias existentes, prejudicam o desenvolvimento cientifico no país. Além disso, os vínculos entre a pesquisa científica e o setor produtivo são tênues, e seu impacto sobre a qualidade do ensino técnico e de graduação é limitado, com raras exceções. 3. CIÊNCIAS NO MUNDO No cenário internacional, isto é, tomando como base os países desenvolvidos, a ciência e tecnologia estão muito mais próximas da indústria e dos mercados. As indústrias precisam não só de processos e produtos, mas também das qualificações necessárias para acompanhar as novas concepções e práticas de gestão, e para isso dependem de conhecimentos especializados que não são e nem podem mais ser gerados internamente, em suas atividades cotidianas. A consequência tem sido o aumento dos investimentos em P&D, a instalação de laboratórios especializados e departamentos de pesquisa, e a busca de novas formas de relacionamento com as universidades. Há uma preocupação renovada com questões de propriedade intelectual, que acompanha uma grande expansão de uma verdadeira indústria do conhecimento, do comércio de marcas e patentes, da assistência técnica e das consultorias internacionais. Observa-se também, que os governos têm se inclinado, nos últimos anos, a partir para uma atuação indireta que visa promover o desenvolvimento de um ambiente de pesquisa orientado parao mercado. Leis e regulamentos considerados obstáculos à difusão e aplicação do conhecimento têm sido eliminados; novas regras foram adotadas para incentivar cientistas a se interessarem mais ativamente pela comercialização de seus trabalhos (por exemplo, permitindo que pesquisadores e instituições acadêmicas possam registrar patentes, mesmo quando a invenção for o resultado de programas financiados com recursos federais; ou relaxando as restrições acadêmicas que impediam professores-pesquisadores de participar de firmas e sociedades comerciais); incentivos foram criados para fomentar as atividades de indústrias de base científica (tais como incentivos fiscais, esquemas para apoiar a contratação de cientistas por empresas, instrumentos de financiamento à pesquisa cooperativa entre universidade e indústrias, etc.). Esta nova ênfase tem sido acompanhada pelo gradual redirecionamento do financiamento público à pesquisa para novos tipos de programas, que canalizam esforços em áreas de maior relevância econômica. Isto tem afetado todos os tipos de atividade de pesquisa. Algumas disciplinas têm recebido atenção especial e apoio crescente quando se relacionam com as "ciências do artificial" ou "ciências de transferência", que vão da Engenharia Química até Medicina e Farmácia. A relevância econômica se torna cada vez mais um parâmetro essencial na análise e seleção de projetos de pesquisa em toda a parte. 4. CONCLUSÃO A pesquisa cientifica e crescimento econômico estão intimamente interligados. A produção cientifica atua como um dos combustíveis para a economia, mas se alimenta do financiamento governamental e, em alguns casos, do financiamento privado. O investimento do Estado em ciência também promove a geração de trabalho, capital, e produção tecnológica. A promoção econômica do setor científico pode ainda atrair o investimento de capital privado, e esse sistema resulta na geração de empregos, produção tecnológica, e consequente aumento na qualidade de vida da população. 5. REFERÊNCIAS FERNÉ, Georges. Science & Technology in the New World Order. Organization of Economic Cooperation and Development, Paris, 1993. SCHWARTZMAN, Simon. Ciência e tecnologia no Brasil: uma nova política para um mundo global. 1993. ILHA DO CONHECIMENTO. Disponível: https://ilhadoconhecimento.com.br/a- importancia-da-ciencia-e-como-ela-e-feita-no-brasil/. Acessado em 07/08/2019. FAZZIO. Uma breve análise do financiamento da pesquisa no Brasil. 2017. Pesquisa ABC. https://ilhadoconhecimento.com.br/a-importancia-da-ciencia-e-como-ela-e-feita-no-brasil/ https://ilhadoconhecimento.com.br/a-importancia-da-ciencia-e-como-ela-e-feita-no-brasil/
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