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Corrimento Vaginal

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CORRIMENTO VAGINAL 
INTRODUÇÃO 
Corrimento significa fluido patológico que escoa de um órgão. 
No caso, o corrimento vaginal é o fluido que escoa do trato genital inferior 
CAUSAS DE CORRIMENTO VAGINAL 
São diversas causas. Podemos dividi-las em: 
• Causas Infecciosas 
o Endógenas (proliferação de bactérias já existentes no trato genital) 
▪ Candidíase 
▪ Vaginose bacteriana 
o ISTs 
▪ Tricomoníase 
▪ Cervicites 
o Iatrogênicas 
• Causas Não Infecciosas 
o Resíduo fisiológico 
o Vaginite atrófica 
o Inflamação descamativa 
o Corpo estranho 
Vale ressaltar que infecções podem se associar às causas não infecciosas de corrimento vaginal 
RESÍDUO VAGINAL NORMAL (“CORRIMENTO VAGINAL NORMAL’”) 
Não é um corrimento por não ser patológico 
Características do resíduo vaginal normal: 
• Assintomático 
• Incolor ou brancacento (variando entre eles com 
fase do ciclo) 
• Consistência homogênea ou flocular 
Composto por: 
• Predomínio de bactérias aeróbicas 
• Células esfoliadas do colo do útero e vagina 
• Transudato vaginal 
• Líquidos endometriais e tubários 
• Poucas células inflamatórias 
A imagem mostra o normal o “corrimento vaginal normal”, acumulado principalmente em sua região 
típica, o fórnice. de saco posterior. 
 
 
 
 
 
MÉTODOS LABORATORIAIS PARA AVALIAÇÃO 
Utilizamos para o diagnóstico 
• Anamnese 
o Avaliar as características do corrimento 
• Exame clínico 
o Avaliar os sinais presentes e características do corrimento 
• Exames Laboratoriais 
o Mostrar as características bioquímicas e presença de microrganismos 
Os principais métodos laboratoriais usados no diagnóstico são (disponibilidade, baixo custo): 
• Exame à Fresco 
• Coloração Gram 
• Medida do pH 
• Teste KOH 
MEDIDA DO PH 
Verificação do pH por meio de uma fita colorimétrica 
Coloca-se uma fita de pH na parede da vagina 
Contaminação com sêmen, ducha, medicações intravaginais e lubrificante pode 
provocar uma alteração no resultado desse teste 
TESTE DO KOH (TESTE DE WHIFF) 
O teste do KOH consiste em adição de KOH em fluido coletado com Swab. 
Se houverem bactérias anaeróbicas na vagina, haverão aminas no corrimento. A adição de KOH 
promove a volatilização das aminas, especialmente da putrecina e da cadaverina. A putrecina e a 
cadaverina volatilizadas geram odor de peixe 
EXAME A FRESCO 
O próprio ginecologista realiza. Ele coleta o conteúdo vaginal com espátula de 
Ayres e a deposita em uma lâmina de vidro. Depois, adiciona-se soro em uma 
extremidade e KOH em outra. Depois, se coloca lamínula de vidro em cada lado 
da mistura. Assim, é só levar para o microscópio 
Permite avaliação rápida do corrimento 
COLORAÇÃO DE GRAM 
Aquela da micróbio que usa coloração violeta e iodo, depois limpa 
com lugol, aí colora com Safranina. Depois disso, as bactérias são 
coradas de acordo com sua capacidade de reter ou não o violeta. As 
gram positivas retêm o violeta e as gram negativas não retém o 
violeta, corando-se pela Safranina. 
Diferencia as bactérias em gram negativas e gram positivas. 
 
 
 
VAGINOSE BACTERIANA 
A causa mais prevalente de corrimento vaginal. É responsável por 40% dos casos. 
É causado por disbiose (alteração da flora vaginal normal). Ocorre pela redução de lactobacilos e 
aumento dos anaeróbios e dos gram-negativos. A seguir vou colocar os principais agentes etiológicos 
 
A Vaginose Bacteriana está correlacionada com: 
• Risco de aquisição de ISTs 
• Complicações cirúrgicas infecciosas 
o Doença inflamatória pélvica (DIP) 
• Complicações gestacionais 
o Rotura prematura de membrana 
o Trabalho de parto prematuro 
o Endometrites e Corioamnionites 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAIS, SINTOMAS E RESULTADO DE EXAMES 
Os sintomas referidos são: 
• Percepção do corrimento vaginal 
• Relato de odor fétido 
o Semelhante a peixe, especialmente após sexo 
sem preservativo 
• Ausência de sinais inflamatórios 
o Sem prurido, ardor ou dispaneuria! 
As características clínicas do corrimento vaginal são 
• Perolado 
• Bolhoso 
• Homogêneo 
• Não aderido 
• Fétido 
• Sem sinais de colpite 
Resultados do teste: 
• Reação de Whiff positiva 
• pH mais básico, acima de 4,5 ou 5 
• Exame a fresco ou Gram mostra: 
o células vaginais esfoliadas 
o Escassez de lactobacilos 
o Ausência de resposta inflamatória 
o Clue Cells 
As Clue Cells são células do epitélio escamoso estratificada recoberta por cocobacilos que se aderem à 
membrana plasmática no microscópio óptico 
 
Os fatores predisponentes para a Vaginose bacteriana são: 
• Ducha vaginal 
• Tabagismo 
• Novo ou múltiplos parceiros sexuais 
• Relação sexual com outra mulher 
• Raça não branca (3x na negra) 
 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico de Vaginose bacteriana é feita por meio dos critérios diagnósticos de Hamsel. Três dos 
quatro critérios diagnósticos de Hamsel precisam estar presentes para termos o diagnóstico de 
Vaginose bacteriana. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO 
O tratamento de primeira escolha é o uso de Metronidazol por Via Vaginal ou por Via Oral. Ambos têm 
indicação boa e evidência boa. Temos clindamicina que também é indicada. O uso de apenas uma 
mega dose oral não tem evidência. 
 
CANDIDÍASE VULVO-VAGINAL 
É a segunda causa mais prevalente. Cerca de 75% das mulheres terão cândida em alguma fase da 
vida. 
Ocorre em pacientes jovens com por volta de 20 anos 
10 a 20% das mulheres são colonizadas de maneira assintomática 
Podem ser provocadas por cândida albicans, cândida globrata e cândida tropicalis. Cerca de 90% dos 
casos são te cândida albicans, que é mais facilmente tratada. As outras são menos comuns e mais 
resistentes ao tratamento. 
Os fatores predisponentes são: 
• Gestação, diabetes, obesidade 
• Uso de estrógenos, corticoides, anticoncepcionais, radioterapia, quimioterapia, antibióticos 
• Uso de DIU, diafragma, espermicida 
• Substâncias alergênicas/irritantes 
• Hábito de higiene e vestuários inadequados 
• Imunodepressão, infecção por HIV 
SINAIS, SINTOMAS E RESULTADO DE EXAMES 
Critérios diagnósticos clínicos. 
• Sinais 
o Eritema 
o Fissuras 
o Corrimento 
o Edema vulvar 
o Escoriações 
o Lesões Satélites 
• Sintomas 
o Prurido 
o Ardência 
o Dispareunia 
o Disúria externa 
o Dor 
O corrimento tem: 
• Aspecto grumoso 
• Esbranquiçado 
• Com placas aderidas na parede vaginal e colo 
 
O pH permanece normal, entre 3 e 4,5. 
Resultados nos exames: 
• Teste de Whiff negativo 
• Exame a fresco e Gram 
o VISUALIZAÇÃO de hifas, pseudo-hifas, brotamentos e micélios 
CLASSIFICAÇÃO DA CANDIDÍASE 
Podemos subdividir os quadros de candidíase de acordo com o grau da infecção. 
• Candidíase Descomplicada 
o Infrequente ou esporádica 
o Sintomas leves à moderados 
o Candida albicans 
o Mulheres imunocompetentes 
• Candidíase Complicada 
o Recorrente 
o Sintomas severos 
o Candidíase não albicans 
o Mulheres imunocomprometidas 
Candidíase recorrente é uma classificação dada quando ocorre mais de 4 episódios de candidíase em 
um intervalo de 1 ano. 
TRATAMENTO 
A primeira escolha é o Fluconazol oral. Tópicos temos várias escolhas; vale ressaltar que a nistatina já 
criou resistência e não está sendo muito utilizados 
 
Não é orientado o tratamento do paciente em NENHUMA condição, exceto parceiro sintomático. 
TRICOMONÍASE 
Causada pela infecção do protozoário flagelado tricomonas vaginalis. 
Período de incubação de 4 a 6 dias. Na maioria dos casos, as apresentações são oligossintomáticos. 
Os fatores predisponentes são: 
• História prévia de IST 
• Tabagismo 
• Duchas vaginais 
• Elevado número de parceiros sexuais 
• Raça negra 
• Não utilização de métodos contraceptivos (barreira física ou anticoncepcionais) 
A infecção por tricomoníase está relacionado com: 
• Doença inflamatória pélvica 
• Eleva risco para outras ISTs 
• Elevação de comorbidades em HIV positivas 
• RN com baixo peso, trabalho de parto pré-termo, roturaprematura de membrana 
SINAIS, SINTOMAS E RESULTADOS DE EXAMES 
Os sinais são: 
• Eritema 
• Edema vulvar 
• Corrimento 
• Colo em morango 
Os sintomas são: 
• Prurido 
• Ardência 
• Dispareunia 
• Disúria 
• Desconforto pélvico 
• Sinusorragia 
O corrimento vaginal tem as seguintes características: 
• Amarelo-esverdeado 
• Bolhoso 
• Espumoso 
• Intenso 
• Odor fétido 
O colo uterino encontra-se manchado de vermelho, a Colpite Macular. Também é chamado de cólon 
em framboesa ou cólon em morango 
 
 
 
 
 
Os testes laboratoriais tem como resultado: 
• pH vaginal mais básico (5 a 7) 
• Teste de KOH positivo (50% dos casos) 
• Teste de GRAM sem bactérias visíveis 
• Exame a fresco com presença de tricomonas visíveis

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