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DIREITO ADMINISTRATIVO JOÃO HENRIQUE PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA JOÃO HENRIQUE DIREITO ADMINISTRATIVO O Direito Administrativo é o ramo do Direito Público que envolve normas jurídicas disciplinadoras da Administração Pública atuando como poder público. O Direito Administrativo integra o ramo do Direito Público, cuja principal característica encontramos no fato de haver uma desigualdade jurídica entre cada uma das partes envolvidas. De um lado encontramos a Administração Pública, que defende os interesses coletivos; de outro, o particular. Slide - 01 Prof.: João Henrique Livia Nota DIREITO ADMINISTRATIVO Administração Pública Slide - 01 Prof.: João Henrique Sentido Amplo Sentido Estrito Governo Adm. Pub Sentido Estrito Objetivo (material ou funcional) Subjetivo (formal ou orgânico) PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Constituem o fundamento, o alicerce, a base de um sistema, condicionando as estruturas subseqüentes e garantindo-lhes validade. Os princípios jurídicos podem ser definidos como sendo um conjunto de padrões de conduta presentes de forma explícita ou implícita no ordenamento jurídico. Os princípios são as ideias centrais de um sistema, estabelecendo suas diretrizes e conferindo a ele um sentido lógico, harmonioso e racional, o que possibilita uma adequada compreensão de sua estrutura. Os princípios determinam o alcance e o sentido das regras de um dado subsistema do ordenamento jurídico, balizando a interpretação e a própria produção normativa. Slide - 01 Prof.: João Henrique PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Os princípios administrativos aparecem, seja de maneira implícita ou explícita, em diversas leis, das quais destacam-se a Constituição Federal de 1988, no caput de seu art. 37, e a Lei nº 9.784/1999, que discorre sobre os processos administrativos no âmbito federal. Slide - 01 Prof.: João Henrique Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. Livia Realce principios constitucionais que estão explícitos na CF 88 SUPREMACIA E INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO Slide - 01 Prof.: João Henrique Os princípios da Supremacia do Interesse Público e da Indisponibilidade do Interesse Público são princípios implícitos no ordenamento jurídico e tidos como pilares do regime jurídico-administrativo. Isto se deve ao fato de que todos os demais princípios da administração pública são desdobramentos desses dois princípios em questão, cuja relevância é tanta que são conhecidos como supraprincípios da administração pública. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE Slide - 01 Prof.: João Henrique ▪É encontrado no inc. II do art. 5º, que diz que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. ▪No Direito Administrativo, tal princípio determina que, em qualquer atividade, a Administração Pública está estritamente vinculada à lei. Assim, se não houver previsão legal, nada pode ser feito. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE Slide - 01 Prof.: João Henrique 1. Os atos dos agentes públicos obrigatoriamente deverão ter como finalidade o interesse público, e não próprio ou de um conjunto determinado de pessoas. 2. Outra vertente deste princípio é a que prevê que os atos não serão imputados a quem os pratica, mas sim à entidade à qual está vinculado. 3. Impessoalidade também se relaciona diretamente com o princípio da isonomia. Livia Realce Livia Nota - deixar de construir rua pq um dono de casa não quer ceder o local da casa. Cidade deixar de crescer por causa de UM é interesse pessoal; - tem que ser de igual pra igual= isonomia; PRINCÍPIO DA MORALIDADE Slide - 01 Prof.: João Henrique Deve o administrador, além de seguir o que a lei determina, pautar sua conduta na moral, fazendo o que for melhor e mais útil ao interesse público. Livia Realce Livia Nota - Tem que respeitar lei mas tem que ser ético; - Tem que ser analisado junto com todos os outros princípios; - PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE Slide - 01 Prof.: João Henrique O administrador público possui a obrigação de dar publicidade, levar ao conhecimento, tornar público todos os seus atos, contratos ou instrumentos jurídicos como um todo. Tornar público é, além de publicar em diário oficial, apresentar os atos na internet, pois esse meio hoje é o que torna todas as informações acessíveis. O princípio da publicidade possui exceções, ou seja, a regra da publicidade não é absoluta. Assim, o que envolve informações pessoais e segurança da sociedade e do Estado não devem ser publicadas. Livia Nota - gestor busca interesse público, não abre mão e só pode fazer o que tá na lei, tratando todos iguais e sem passar por cima de nenhum princípio e tem que ser público (todos tem que saber - por isso tem diário oficial, tem licitação pública, tem que ser mostrado a todos); - Livia Nota - contracheque é pessoal; - valor do salário é público pq está no próprio edital mesmo; - PRF não divulga licitação de compra de arma, etc (desse tipo vale a pena ver lei de acesso a informação); - exceção interesse pessoal e Polícias (que não se fala tudo por questão de segurança de ambos); - publicar resultado de concurso (tudo de Adm. pública) pode publicar até na conchinchina) PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA Slide - 01 Prof.: João Henrique É um princípio introduzido pela Reforma Administrativa veiculada pela Emenda Constitucional nᵒ 19/98, que exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades públicas. O princípio da eficiência implementou o modelo de administração pública gerencial voltada para um controle de resultados na atuação estatal. Nesse sentido, economicidade, redução de desperdícios, qualidade, rapidez, produtividade e rendimento funcional são valores encarecidos por referido princípio. Livia Nota - ele não existia antes; - Administração Pública (pode ser que cobrem erra reforma na Adm. Púb.); - acrescentado esse princípio então existe uma antes e outra depois de 98 (era adm. púb. burocrática) e depois de 98 nova visão de adm. publ. que é GERENCIAL; - princípio implantou adm. gerencial ao contrário da burocrática. A diferença é que: - BUROCRÁTICA é fazer o que tá na lei; é cumprimento de regras; - depois de 98 se tornou Adm GERENCIAL é o foco em cumprir objetivo; dentro da lei apenas pra alcançar finalidade/objetivos; - Livia Realce Livia Realce Livia Realce OUTROS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Slide - 01 Prof.: João Henrique PRINCÍPIO DA FINALIDADE PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE OU DE VERACIDADE. PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA. Livia Nota - São os motivos pra o que pe feito na Adm. púb. - motivos de fato(qual sua intenção) e de lei (qual lei que autorizou a fazer isso); - Livia Nota - Se ta analisando gasto e acha que aquilo foi errado, antes de resolver a decisão tem que dar o direito da pessoa se defender e contradizer. - CONTRADITORIO É CONTRADIZER: eu acuso alguém e o outro vem e contradiz a acusação e mostra a defesa dele. - Livia Nota - tem que ter segurança que se ele fez correto nao vai ser punido; - que tudo que mudar será informado Livia Nota -toda penalidade seja ela qual for, tem que ter razão e proporção ; - se foi a Adm. que errou e não o funcionário então nem punido ele pode ser; - Se o cara se aposentou e erraram o valor da aposentadoria dele, o que fez de boa fé nao pode devolver mas se fizer de má fé devolve é tudo sim.; -mas essa presunção do princípio nao é absoluta é apenas RELATIVA, onde se pode provar o contrário; Livia Nota -Presume-se que tudo que funcionário e gestor diz é legítimo, verdadeiro; - Livia Nota - tutelar é fiscalizar; -autotutela (Prefeito pode fiscalizar a si mesmo e aos seus servidores): gestor pode anular ou revogar seus atos edos seus funcionarios gestores. - ANULAR: anula o que é ILEGAL; - REVOGAR: anular o que não é conveniente, oportuno. algo tá dentro da mas naquele momento nao é necessário ou conveniente. QUESTÕES FGV Slide - 01 Prof.: João Henrique 01. FGV - Est For (MPE RJ)/MPE RJ/2020 O vereador João nomeou sua filha Maria, pessoa sem qualquer qualificação profissional ou experiência na área, para exercer o cargo em comissão de assessor parlamentar em seu gabinete. A Promotoria de Tutela Coletiva da Cidadania local instaurou inquérito civil e confirmou a ilegalidade na conduta do vereador por ofensa direta ao princípio constitucional expresso da administração pública da: a) especialidade, pois Maria não detém conhecimento para exercer a função pública; b) transcendência, que proíbe a nomeação de parentes até o terceiro grau para exercer qualquer cargo público; c) autotutela, eis que o sistema de controle externo deve levar o Executivo municipal a anular o ato de nomeação de Maria; d) impessoalidade, diante do nepotismo decorrente da clara intenção de beneficiar determinada pessoa; e) isonomia, haja vista que os cargos em comissão devem ser providos necessariamente por concurso público. Livia Realce nem é pq isso é criar cargo específico ainda nem foi falado Livia Realce tem nada a ver cm principios constitucionais Livia Realce QUESTÕES FGV Slide - 01 Prof.: João Henrique 02.FGV - Esp Desp (Angra)/Pref Angra/2019 No exercício de suas atribuições, o agente público deve considerar que, além de agir conforme a legalidade, seus atos devem ser executados com presteza, perfeição e rendimento funcional, em consonância com o princípio constitucional a) da moralidade. b) da eficiência. c) da proporcionalidade. d) da razoabilidade. e) da finalidade Livia Realce QUESTÕES FGV Slide - 01 Prof.: João Henrique 03. FGV - AJ (TJ AL)/TJ AL/Oficial de Justiça Avaliador/2018 De acordo com a moderna doutrina e jurisprudência de Direito Administrativo, o instituto que visa à garantia dos princípios da proteção à boa-fé, da segurança jurídica e da confiança, necessários à formação e ao desenvolvimento da noção de Estado de Direito, relativizando as consequências de vícios de legalidade de atos administrativos, é conhecido como: a) teoria dos motivos determinantes; b) supremacia do interesse administrativo; c) estabilização dos efeitos dos atos administrativos; d) dever de prestar contas do Estado; e) teoria da caducidade dos atos administrativos. Livia Realce Livia Realce - não se volta no tempo pra prejudicar; - vai acabar estabilidade pra quem entrar na adm. pública não pra quem já tá nela. (é por isso q adm. pública é mais estável do que empresa privada e por isso todo mundo quer concurso); PODERES ADMINISTRATIVOS JOÃO HENRIQUE PODER HIERÁRQUICO Slide - 01 Prof.: João Henrique A Administração Pública possui o poder de estabelecer uma estrutura hierarquizada com objetivo de se alcançar uma maior organização das ações e serviços. Essa organização, portanto, é alcançada com hierarquia e repartição de competência. PODER HIERÁRQUICO Slide - 01 Prof.: João Henrique Através do Poder hierárquico, decorrem as seguintes faculdades atribuídas ao superior, com relação a seu subordinado: Também decorre do Poder Hierárquico a possibilidade de edição de atos normativos, como instruções, resoluções, portarias etc. Dar ordens Fiscalizar Delegar Avocar Rever PODER DISCIPLINAR Slide - 01 Prof.: João Henrique Diretamente relacionado com o Poder Hierárquico, representa o poder-dever de a Administração Pública para apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e demais pessoas sujeitas á disciplina administrativa. Pode também haver punição de particular submetido ao controle estatal, como no caso daquele que descumpre contrato administrativo. PODER REGULAMENTAR Slide - 01 Prof.: João Henrique Por meio do poder regulamentar, os chefes do Poder Executivo federal, municipal e estadual possuem competência para editar normas gerais e abstratas que explicam a lei, complementando-a e dando sua correta aplicabilidade. No uso do poder regulamentar a Administração Pública não pode nem ampliar e restringir direitos. É aquele inerente aos Chefes dos Poderes Executivos (Presidente, Governadores e Prefeitos) para expedir decretos e regulamentos para complementar, explicitar(detalhar) a lei visando sua fiel execução. PODER REGULAMENTAR Slide - 01 Prof.: João Henrique Portanto, Regulamentos são expedidos para dar a fiel execução da lei (art. 84, IV, CF/88), não podendo ser contrário a ela, tampouco cuidar de assunto não tratado por ela. Não pode inovar, ou seja, criar direitos, obrigações, sanções diversas das previstas na lei que regulamenta, mesmo porque ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo, senão em virtude de lei (art. 5º, II, CF/88). Assim, cabe ao regulamento apenas fixar normas para o cumprimento da lei. PODER REGULAMENTAR Slide - 01 Prof.: João Henrique Decreto Autônomo (art. 84, VI da CF/88) É competente o Presidente da República para dispor, mediante decreto, sobre a organização e funcionamento da Administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos, e a extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos, competência essa que pode ser delegada aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que deverão observar os limites traçados nas respectivas delegações. PODER DE POLÍCIA Slide - 01 Prof.: João Henrique É o poder que a Administração Pública tem de limita, disciplina, fiscaliza na individualidade das pessoas sempre baseado no interesse público. Além disso, através do poder de polícia, se aplicam sanções pelo descumprimento das normas, mas sempre obedecendo ao princípio da legalidade. PODER DE POLÍCIA Slide - 01 Prof.: João Henrique CARACTERÍSTICAS: Limitado (Lei e principio da razoabilidade) Atividade restritiva Limita a liberdade e propriedade Discricionário Generalidade Indelegável QUESTÕES FGV Slide - 01 Prof.: João Henrique 01. FGV - AFM (Pref Salvador)/Pref Salvador/2019 O Decreto nº 29.921/18, editado pelo Prefeito Municipal de Salvador, regulamenta os dispositivos da Lei Municipal nº 8.915/15 e dispõe sobre a Política Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e institui o Cadastro Municipal de Atividades Potencialmente Degradadoras e Utilizadoras de Recursos Naturais - CMAPD, no Município. Pela leitura acima, diante da natureza e do objeto do citado decreto, é correto afirmar que o mesmo foi editado pelo Prefeito com base no poder administrativo a) hierárquico, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder Executivo, tem a prerrogativa de promover inovação no ordenamento em matérias de interesse local. b) legislativo, na medida em que, como autoridade pública máxima em nível municipal, a ele cabe editar os atos infraconstitucionais tendentes a tutelar o meio ambiente. c) regulamentar, que é a prerrogativa de direito público que o autoriza a editar atos gerais e abstratos para complementar a lei e permitir a sua efetiva execução. d) disciplinar, eis que a ele cabe a gestão administrativa e legislativa em nível municipal, devendo praticar os atos normativos necessários para o atendimento do interesse público. e) avocatório, haja vista que, na qualidade de Chefe do Poder Executivo, tem a prerrogativa de trazer para si a competência para disciplinar as matérias de interesse local que configurem direitos fundamentais. QUESTÕES FGV Slide - 01 Prof.: João Henrique 02.FGV - Est For (MPE RJ)/MPE RJ/2020 Um particular proprietário de veículo automotor, atendendo ao que determina o ordenamento jurídico, levou seu veículo para ser submetido à fiscalização pelo DETRAN no Estado da Federação Alfa. No caso em tela, o poder administrativo que embasou a realização de vistoria veicular é o poder: a) de polícia, para adequar e condicionar a propriedade individual em prol do interesse público; b) de império, que emana do Legislativo em razão de sua supremacia sobre o Executivo; c) hierárquico, para limitar direitos individuais de acordo com a discricionariedade do administrador público; d) regulamentar, que permite inovação na atividade legislativa para satisfazer à coletividade; e) disciplinar, que pode ser delegado para pessoa jurídica de direito privado para alcançar o bem comum. QUESTÕES FGV Slide - 01 Prof.: João Henrique 03. FGV - TJ (TJ CE)/TJ CE/Judiciária/2019 A doutrina de Direito Administrativo divide a atividade do poder de polícia em quatro ciclos, sendo o último conhecido como sanção de polícia. Tal sanção decorre da aplicação de penalidades quando o particular descumpre uma norma imposta pelo poder público, como ocorre nas multas e embargos de obras. De acordo com a doutrina, esse último momento, chamado de sanção de polícia, é: a) indelegável à pessoa jurídica de direito privado, por retratar atividade de império; b) indelegável à pessoa jurídica de direito privado, por estar ligada ao poder de gestão do Estado; c) delegável à pessoa jurídica de direito privado, por retratar atividade de império; d) delegável à pessoa jurídica de direito privado, por estar ligada ao poder de gestão do Estado; e) delegável à pessoa jurídica de direito privado, por estar ligada aos poderes discricionário e hierárquico do Estado.
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