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14 - avaliação fonoaudiológica Odontologia Universidade Federal do Pará (UFPA) 28 pag. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark I"WSRQPONMLKJIHGFEDCBA AVALIAÇAO ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA , FO NO AUDIO LO G ICA LUCIANA BADRA ]ABUR U~ '~sm 40E FEDERAL búFEDCBAf ' A R À eur~soO E OOO~TOlOGIA ~AAOt"OItFRANCISCO G.ÁU~ Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICAFEDCBA 2 8 3 SRQPONMLKJIHGFEDCBA INTRODUÇÃO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Desde 1839, com Le Foulon, vários pesquisado- res vêm se dedicando ao estudo das relações exis- tentes entre a presença da má oclusâo dental e 'as anomalias anatomofuncionais da cavidade bucal, Pode-se afirmar que o desenvolvimento mus- cular e ósseo estão em íntima relação. A ação modeladora dos músculos sobre os arcos den- tais quando bem equilibrada e harmoniosa, pode favorecer uma oclusão adequada, Conclui- se que qualquer alteração no mecanismo funcio- nal poderá determinar desvios e conseqüentes deformações ósseas. Os músculos, ao exercerem sua função, mo- delam os ossos e. de certo modo dirigem o seu crescimento. Segundo Graber, apesar de ser o tecido ósseo um dos mais duros do corpo, é um dos mais plás- ticos e que mais respondem ãs forças funcionais. Por isso, é necessário que todos os profissionais que de alguma maneira se relacionam com esta área, os ortodontistas em particular, saibam iden- tificar alterações musculares e funcionais orofa- ciais. O tratamento destas alterações favorece a es- tabilidade dos casos tratados ortodonticamente. A ele deu-se o nome de terapia miofuncional e aqui lA no Brasil é realizada pelo fonoaudiólogo. Os obje- tivos deste tratamento são não só evitar as recidivas oclusais após a retirada do aparelho, como tam- bém, favorecer o tratamento ortodôntico retiran- do as forças musculares contrárias à terapia. Este capítulo pretende fornecer ao ortodon- tista dados para que possa identificar alterações musculares e funcionais. I - DIAG NÓ STICO I-ANAM NESE A avaliação da musculatura oral deve ser pre- cedida de uma anamnese, com o objetivo maior de averiguar se o paciente é portador de algum hábito bucal inadequado como sucção do dedo (Figs. 14.1 e 14.2) ou chupeta (Fig. 14.3) - re- portar ao Capítulo 13 - pois sabe-se que eles podem interferir no padrão regular de cresci- mento facial sendo por isso a etiologia de muitas más oclusões . Além do mais, a permanência do hábito inadequado impedirá a automatização das posturas bucais corretas e afetará a fisiologia oral. Portanto, identificar o hábito bucal inade- quado é fundamental para assegurar a esta- bilidade da correção ortodôntica. " 14.1B fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA F ig . 14.1 A e B - P a c ie n te p o r ta d o r d o h á b ito b u c a l in a d e q u a d o de sucção do p o le g a r . N o ta r a m á p o s iç ã o dos lá b io s e m a n d íb u la q u a n d o o p o le g a r está d e n tro da b o c a , Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 2 8 4 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PL:ANEJAM ENTO CLÍN ICO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA cfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA F ig . , 4.2 - C o n fo rm a ç ã o d o p a la to d u ro d e c o r r e n te d a sucção d o p o le g a r .SRQPONMLKJIHGFEDCBA 2- INTER-RELAÇÃO FO RM A E FUNÇÃO Há muito se admite a importância da inter- relação forma e função e pergunta-se: são as alterações funcionais que causam a má oclusão ou o inverso? Através de pesquisas foi observado que: aqueles que acreditam que a má oclusão causa alterações funcionais preconizam que a forma anatômica determina a função, bastando, por- 14. F ig . , 4 .1 C e D - E fe ito s d o uso in a d e q u a d o d a sucção d o p o le g a r : e v e r sã o d o lá b io in fe r io r e m o rd id a a b e r ta a n te r io r . -. F ig . 1 4 .3 - H á b ito d e su c ç ã o d a c h u p e ta . N o ta r o n úm e ro d e c h u p e ta s in d ic a n d o q u e o s e u u so é c o n tín u o . tanto, conigir a má oclusão para que a função normalize-se espontaneamente. -, Isso pode ocorrer? Sim, mas não se pode prever se ocorrerá. Como também há outros que acreditam que a função determina a forma. Na verdade ainda não se chegou a uma conclu- são exata do que é primário: Forma ou Função. O importante é não dicotomizar forma e função. Ambos os aspectos devem ser avaliados Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICAFEDCBA 2 8 5 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA concomitantemente, sem priorizações, de um sobre o outro. O avaliador deverá realizar um esforço no sentido de tratar o problema na sua totalidade, permitindo todas as possibilidades. É fundamental manter-se aberto à análise das inter-relações variadas entre a oclusão dental e as funções, pois forma e função estão em ínti- ma relação. Recentemente, Bianchini ressaltou a impor- tância da análise cefalométrica como comple- mento à avaliação fonoaudiológica. Ocorre que alguns componentes anatõmicos são bastante difíceis de serem obtidos sem a observação de radiografias. Os dados da análise cefalométrica devem ser fornecidos pelo ortodontista e auxi- liam o diagnóstico. Para o fonoaudiólogo os ângulos mais importantes são aqueles que for- necem os dados para a classificação do tipo fa- cial do paciente, espaço nasofaríngeo e a incli- nação dos incisivos. "A visualização dos espaços orgânicos e mensuração da quantidade de crescimento ós- seo, principalmente em relação à maxila e à mandíbula (plano sagital), pode prever ou esta- belecer padrões posturais de língua e lábios es- pecíficos para aquele indivíduo, assim como pode prever também as dificuldades para o es- tabelecimento destes padrões posturais" (Bian- chini). Para a fonoaudiologia, o trabalho de Bian- chini. foi um passo importante em busca de se estabelecer com maior precisão a relação for- ma e função que deverá ser a base de toda a avaliação.SRQPONMLKJIHGFEDCBA 3- POSTURAS NO RM AIS DE REPO USO Sabe-se que os dentes são mantidos em ali- nhamento pelo equilíbrio de forças musculares antagônicas que, internamente, estão represen- tadas pela ação dos músculos da língua e exter- namente pelos músculos orbicular, mentonia- no e bucinador (periorais). Segundo Winders, a força da língua sobre os dentes é maior que a exercida pelos múscu- los periorais. o A ação modeladora destes músculos é exer- cida tanto em repouso como em ação, ou seja, durante as funções. Portanto, a ação da muscu- latura em repouso é ativa no equilíbrio ósseo. Para mover os dentes são necessárias forças leves e contínuas. As pressões de repouso da língua e lábios atuam desta forma e, portanto, podem influenciar na posição dos dentes. Espe- cialmente considerando que, em freqüência, fica-se mais tempo com a musculatura em re- pouso do que em ação. A postura normal de repouso dos lábios é fechados sem esforço ( F i g . 1 4 . 4 ) . Para isso, o lábio inferior deve cobrir os incisivos superio- res em mais ou menos 2mm. Fig. 14.4 -fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAP o s tu ra n o rm a l d e r e p o u so d o s lá b io s . O b se r v a r " q u e os lá b io s e s tã o o c lu íd o s s em e s fo r ç a . A posição de repouso dos lábios superior e inferior pode ser influenciada pela posição anteroposterior dos incisivos superiores e in- feriores." Conseqüentemente, é importante que osi~cisivos estejam alinhados e coloca- dos corretamente neste sentido para possibi- litar postura labial adequada. Outros quatro fatores podem influenciar o comportamento labial: altura labial com relação ao processo alveolar, força, comprimento e espessura dos lábios. Encontra-se, na literatura, duas formas de definir a postura normal de repouso da língua: a) Toque de toda a porção anterior da língua na região da papila palatina; ela está sempre elevada, conforme Altmann ( F i g . 1 4 . 5 A ) . b) O dorso da língua toca o palato de leve en- quanto a ponta normalmente está em repouso na fossa lingual ou sulco dos incisivos inferio- res, segundo Moyers ( F i g . 1 4 . 5 B ) . Ocorre que a língua possui uma infinidade de movimentos. É muito versátil adapt/ndo-se facilmente às irregularidades da cavidade bucal. Por isso, sua postura geralmente está relaciona- da com as alterações presentes no meio bucal. A posição normal da ponta da língua tem relação com a dimensão anteroposterior e vertical da cavidade oral, conforme Bianchini. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 14.5AFEDCBA 2 8 6 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLíN ICOSRQPONMLKJIHGFEDCBA 11-TÓ PICO S DA AVALIAÇÃO I -O BSERVAÇÃO INFO RM AL Antes do exame clínico propriamente dito, considera-se importante que seja feita uma ob- servação informal, ou seja, uma observação onde o paciente não saiba que está sendo avali- ado. Informações preciosas são captadas a par-. tir desta etapa da avaliação. Constata-se que algumas situações são mui- to comuns de ocorrerem: a) durante o exame clínico o paciente mantém os lábios fechados, enquanto que em situação espontânea fica com eles abertos. b ) o paciente pode repetir corretamente uma palavra que em fala espontânea emite alterada. Por isso, sugere-se que sejam feitas observa- ções em sala de espera ou durante conversa informal. 2 - EXAM E CLíN ICO o exame clínico deve ser feito com o paciente sentado na cadeira, de modo que ua coluna esteja ereta e sua cabeça bem posicionada.fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA F ig . 1 4 .5 . A - P o s tu ra d e re p o u so d a lín g u a e le v a d a , com su a p o rç ã o a n te r io r to c a n d o a p a p ila p a la tin a , (S e g u n d o A ltm a n n ) . B - P o s tu ra d e re p o u so d a lín g u a com a -p om o r e p o u sa n d o n o su lc o d o s in c is iv o s in fe r io r e s o u n a fo s sa lin g u a l (S e g u n d o M o y e r s ) . A - Postura Corporal e Postura de Cabeça A postura de cabeça é importante de ser observada, pois interfere no posicionamento da língua dentro 'da cavidade bucal. "Um desvio de cabeça será; às vezes, suficien te para que a língua ocupe mais um lado da cavidade bucal do que o outro" (Marchesan) . Se não há equilíbrio adequado da cabeça sobre o tronco, pode haver incentivo de cresci- mento anômalo das bases ósseas. A posição da cabeça geralmente está as- sociada com o eixo corporal. Por isso, desvi- os ao nível do eixo corporal como cifóse, escoliose e lordose, podem ter como conse- quência a mudança na postura da cabeça, justificando assim uma avaliação fisioterápi- ca (Fig. 14.6). B - Avaliação das posturas de repouso dos lábios e língua As pressões de repouso dos lábios e língua interferem sobre os dentes e ossos, por isso, torna-se necessário incluir a sua avaliação como parte do exame clínico. Atualmente há concordância em que não se pode avaliar da mesma forma indivíduos com características de oclusão dental e forma esque- lética diferentes. 1 Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 14.6A 4.6CZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICAFEDCBA 2 8 7 14.6B Fig. 14.6.A, B , C - fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAP o s tu ra c o rp o ra l. O b se r v a r in c lin a ç ã o d o s om b ro szyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA e c a b e ç a e s tir a d a p a ra (r e n te . Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark cia entre as bases ósseas. Quando há alteração óssea, as alterações labiais são freqüentes. Os lábi- os têm dificuldade de se manterem fechados em função da distância existente entre eles, r~sultan- te da discrepância óssea. Por isso, o lábio superior tende a se tornar hipofuncionante e algumas ve- zes incompetente. O lábio inferior, por sua vez, pode se tomar evertido e hipotônico. Como re- sultante final existem duas possibilidades: o lábio inferior pode fazer o vedamento bucal com os incisivos superioresFEDCBA( F i g . 1 4 . 7 ) ou algumas vezes 2 8 8 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLíN ICO Por isso, serão citadas as alterações muscula- res e funcionais mais freqüentes em cada tipo de má oclusão. Os pacientes portadores de má oclusão de Classe I geralmente apresentam perfil esquelé- tico reto, por isso, os lábios e a língua têm maio- res possibilidades 'de manterem suas posturas normais de repouso. .' ',' e '. .' Nos pacientes portadores de má oclusão de Classe Ildisisâo 1\ a postura dos lábios e língua fhVíli> depender da existência ou não de discrepân- 1 4 . 7 A SRQPONMLKJIHGFEDCBA 14. Fig. / 4 . 7 . A, B - fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAV is ta d e fr e n te e p e r fi l d o p a c ie n te q u e a p re s e n ta lá b io in fe r io r in te rp o s to e n tr e in c is iv o s su p e r io r e s e in fe r io r e s . Fig./4.7.C - O b se rv a r a in c lin a ç ã o p a ra v e s tib u la r d o s in c is iv o s su p e r io r e s d if ic u lta n d o o v e d am en to la b ia l a d e q u a d o . Fig.14. 7.0 - P o s tu ra d e re p o u so d o s lá b io s , N o ta r q u e o lá b io in fe r io r e s tá a trá s d o s in c is iv o s su p e r io r e s . Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICAFEDCBA 2 8 9 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA pode ocluir com o lábio superior, porém com tensão do músculo mentoniano. Este fica tenso, em conseqüência do esforço excessivo que ele está fazendo para que ocorra o vedamento labial. No paciente com Classe II divisão Ia esqueléti- ca; a postura de repouso da língua geralmente é elevada na su~ porção dorsal e rebaixada no seu ápice devido à dimensão anteroposterior diminuí- da que é caracterizada por desproporção entre a maxila e a mandíbula. A língua em repouso tam- bém pode encontrar-se entre os arcos dentais. Nos pacientes portadores de má oclusão de Classe II divisão 2a, é comum que haja veda- mento labial normal. Pacientes portadores de Classe III com alte- rações ósseas presentes, como por exemplo ma- 14.8AfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA F ig . /4 .7 .E - N o ta r a a d a p ta ç ã o d o lá b io in fe r io r à in c lin a ç ã o d o s in c is iv o s . O b se r v a r lá b io su p e r io r e n c u r ta d o e lá b io in fe r io r a trá s d o s in c is iv o s su p e r io r e s . xila normal e mandíbula avançada, podem apresentar dificuldade de vedamento labial. Os lábios ficam abertos e a língua hipotônica, alar- gada, plana ou elevada, acomodada no soalho da boca, pois a língua tende sempre a ocupar o espaço maior que lhe é oferecido. ~ Pacientes portadores de mordida aberta den- tal, geralmente possuem postura lingual altera- da. A abertura anterior é um convite para a lín- gua avançar e ocupar o espaço vazio, tornando- se portanto projetada. Alguns questionam se foi a língua, com sua postura anteriorizada, que provocou a mordida abertaou se foi a mordida aberta que provocou sua postura anterior. Tan- to a primeira quanto a segunda hipótese são possíveis de serem constatadas (Fig. 14.8). 14.8B F ig . /4 .8 A - P a c ie n te com m o rd id a a b e r ta a n te r io r . B - O b se rv a r p o s tu ra d a lín g u a em r e p o u so q u e e n c o n tra -s e p ro je ta d a e a d a p ta d a à m á o c lu sã o . Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 2 9 0 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLíN ICO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 3- Dolicofacial ou face longa Pacientes portadores de mordida aberta es- quelética podem apresentar dificuldade de ve- damento labial e posicionamento lingual incor- reto em função do terço inferior da face que pode estar aumentado. Em todos os casos citados acima, sem que haja correção da forma, dificilmente consegue- se atingir uma estabilidade postural dos lábios e língua. Por isso, muitas vezes o ortodontista deve interferir antes ou concomitantemente ao tratamento fonoaudiológico. Vale ressaltar, também, que os freios labial e língual têm interferência nas posturas de re- pouso. O freio lingual, tanto de inserção longa como curta no sentido vertical, limita a movi- mentação do terço anterior da língua, interfe- rindo na postura da mesma em repouso e du- rante as funções. Por sua vez, o freio labial curto pode limitar a movimentação labial e, com isso, dificultar o vedamento. c -Descrição d a Face Determinar o tipo facial do paciente é um complemento diagnóstico de grande importân- cia, já que, desproporções entre ossos e partes moles, determinam com freqüência problemas miofuncionais sendo também um auxiliar no prognóstico de tratamento. Pode-se encontrar alterações faciais decor- rentes da combinação dos padrões de cresci- mento sagital e vertical.fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA a - P a d rõ e s fa c ia is v e r tic a is 1 - Mesofacial • padrão de crescimento fa- cial médio • terços da face equilibrados 2 - Braquifacial ou face curta • padrão de crescimento fa- cial horizontal • ângulo goníaco fechado • altura facial inferior dimi- nuída • musculatura forte e encur- tada O terço inferior diminuído limita o espaço interno vertical, restringindo a movimentação da língua. A musculatura forte da face curta pode di- minuir os efeitos causados pela presença de um hábito bucal inadequado. • padrão de crescimento fa- cial vertical • ângulo goníaco aberto • altura facial inferior au- mentada • musculatura débil e esti- rada A altura facial inferior aumentada pode di- ficultar a oclusão labial e o posicionamento da língua. A musculatura mais flácida, associada à face longa, pode levar à exacerbação dos pa- drões funcionais e da forma apresentada pelo indivíduo. b - P a d rõ e s fa c ia is sa g ita is 1- Classe I - perfil esquelético reto 2- Classe II ou Classe II esquelética - perfil con- vexo 3- Classe III ou Classe III esquelética - perfil côncavo D - Avaliação das funções Funções a- Mastigação b- Deglutição c- Respiração d- Fonação Todas as funções referidas são interdepen- dentes e comandadas por grupos musculares que atuam de forma combinada e, em várias delas, concomitantemente. a - M a s tig a ç ã o A mastigação é uma função aprendida, con- dicionada e automática. Assim como a deglutição, a mastigação faz parte de um processo maior que é a digestão. Observa-se que o indivíduo que apresenta uma boa oclusão pode mastigar bilateralmente de forma alternada ou simultânea: mastiga pri- meiro de um lado e depois passa o bolo ali- mentar' para o outro ou mastiga dos dois lados ao mesmo tempo. De acordo com Hedegard e Wictorine, o padrão da mastigação natural, típica e instru- mentada por dentes naturais, consiste em alter- nar o mais homogeneamente possível o lado de trabalho, ou seja, regularmente o alimento vai ora para a direita, ora para esquerda, em número similar de vezes. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICASRQPONMLKJIHGFEDCBA 291zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Muitos estudos têm concluído que a mastiga- ção bilateral alternada estimula as estruturas de suporte e favorece um crescimento harmonioso. Por isso, indivíduos com preferência masti- gatória unilateral de longa duração podem "ter um crescimento assimétrico da face. Este pa- drão de mastigação ocorre com mais freqüên- cia na presença de alterações como mordida aberta posterior, cáries, ausências dentais ou mordida cruzada posterior. Segundo alguns autores, a mastigação unila- teral pode ser a causa ou a conseqüência de uma mordida cruzada posterior. Tem-se obser- vado que indivíduos que possuem mordida cru- zada unilateral têm maior facilidade paxa masti- gar no lado do cruzamento em decorrência da dimensão vertical diminuída. Ao mesmo tempo observa-se que pode haver impedimento dos movimentos de lateralidade da mandíbula por interferência das cúspides. Sabe-se, conforme Bradley, que no lado do trabalho (onde está ocorrendo a mastigação) as forças desenvolvidas durante a mastigação são maiores e duram mais do que o lado opos- to. Isso repercute nas condições dos músculos envolvidos na mastigação. É comum observar nestes casos o masseter do lado do trabalho, mais forte e encurtado e, no lado do balanceio, o masseter mais fraco e estirado justamente pela falta de uso. Tal quadro pode provocar assimetrias faciais, dependendo da fase de cres- cimento do paciente em questão, ou até pro- blemas de ATM. Para se avaliar o músculo mas- seter pode-se tocá-lo levemente durante a mas- tigação ou pedir para o paciente apertar os dentes e procurar sentir a contração, através de palpação. No caso das mordidas cruzadas unilaterais, para que se estabeleça a mastigação bilateral é necessário o descruzamento da mordida. Mui- tos pacientes com mordida cruzada unilateral, quando orientados para a mastigação bilateral, não conseguem modificar seu padrão mastiga- tório o que se atribui a presença do cruzamen- to. Por isso, nestes casos, prioriza-se o trata- mento ortodôntico e somente depois, orien- ta-se o paciente a mastigação bilateral. Alguns estudos têm sido feitos no sentido de se estabelecer relação entre má oclusão e padrão mastigatório. Na mastigação normal os primeiros movi- mentos mandibulares são executados no senti- do vertical e quando o alimento começa a ser triturado os movimentos se dão de forma rota- tória. Recentemente, Junqueira observou que pacientes Classe Ill costumam apresentar movi- mentos mandibulares com pouca rotação e la- teralização da mandíbula. Por sua vez, Bianchini observou que no pa- ciente Classe II esquelética, durante amastiga- ção, há tendência à anteriorização mandibular com dificuldade de oclusão labial. Na Classe III esquelética prevalecem os movimentos mais verticais da mandíbula, mastigação ante- rior ou a utilização excessiva do dorso da lín- gua fazendo o esmagamento do alimento con- tra o palato. Constata-se que são poucas as informações sobre o padrão mastigatório normal para cada tipo de má oclusão. No entanto, admite-se a necessidade do restabelecimento da oclusão para que o padrão mastigatório se normalize.fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA b - D eg lu tiç ã o A deglutíçâo constitui a fase final da masti- gação e o início da digestão dos alimentos. Compreende um conjunto de movimentos que de início são voluntários e posteriormente invo- luntários. O mecanismo da deglutição funciona de forma diferente na criança e no adulto. Até aproximadamente os quatro anos de idade a criança deglute com os maxilares separados e a língua entre eles. Depois desta idade, acriança inicia a passagem para uma deglutição madura que envolve a oclusão de todos os dentes, o toque da língua na parte anterior do palato (região da papila palatina) e a mínima contra- ção dos lábios (Fig. 14.9). O desvio no padrão maduro de deglutição denomina-se deglutição atípica. Diversos autores referem-se à deglutição atí- pica como um dos hábitos bucais a interferir no estabelecimento e manutenção de uma boa Fig.FEDCBA/ 4 . 9 - P o s tu ra d a lín g u a d u ra n te a d e g lu tiç ã o m a d u ra (S e g u n d o M o y e r s ) . Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark língua sobre mais da metade da superfície lin- gual dos incisivos ou cúspides, tanto superio- res como inferiores, ou projeção da língua entre os dentes superiores e inferiores, tanto durante o repouso quanto durante a degluti- ção de saliva, líquidos ou alimentos (Fig. 14.10). Segundo Hanson, caso a projeção da língua, na deglutição, seja observada somente com relação a um dos três elementos, mas, não em repouso, fica descaracterizada a de- glutição atípica.FEDCBA 2 9 2 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLÍN ICO .- " oclusão dental, por isso enfatizam a necessida- de do clínico em saber identificá-la e tratá-Ia. Segundo Hanson, o alinhamento dental é ameaçado quando na presença de pressões atí- picas. Pressões excessivamente fortes e/ou fre- qüentes da língua, geralmente acompanhadas de pressões muito leves e/ou pouco freqüentes dos lábios, contribuem para o desenvolvimento, permanência ou recidiva da má oclusão dental. Segundo o referido autor, a deglutição atí- pica caracteriza-se por apoio ou pressão da Existem alguns sintomas que também são citados como parte do quadro do deglutidor atípico: • musculatura perioral hiperativa - (F Ig . 14.11) • ausência de .contraçâo do masseter Em sendo o segundo ítem o mais contro- vertido, será interessante observar que: para alguns autores, na deglutição normal a con- tração dos masseteres se dá pela elevação e conseqüente estabilização da mandíbula e língua, facilitando assim a deglutição dos só- lidos. Na deglutição dos líquidos esta estabili- zação não é tão necessária e a contração pode ser mínima. Quando há ausência total de contração, geralmente é porque a língua se colocou entre os maxilares, o que será en- tão considerado atípico. Porém, para Marchesan, a ausência de con- tração de masseter não caracteriza atipia, pois através de estudos eletromiográficos demons- trou que a contração de masseter ocorre an- teriormente à deglutição. Isso é explicado pelo fato do masseter levantar a mandíbula e a se- guir relaxar-se, para que o ventre anterior do digástrico tenha sua ação - que é posterior a do masseter - e não conjunta.fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA F ig . /4./ O - D eg lu tiç ã o a típ ic a . P ro je ç ã o da l ín g u a entre os d e n te s su p e r io r e s e in fe r io r e s d u ra n te a d e g lu tiç ã o de sa liv a . Na deglutição atípica ao invés da ponta da língua tocar a papila pala tina, como na degluti- ção normal, ela projeta-se entre os arcos ou simplesmente exerce uma pressão na região anterior ou lateral da face lingual' dos dentes (Fig. 14.12). Considera-se que a deglutiçào atípica caracteri- za-sepelo desvio do padrão maduro de deglutição, por isso alguns autores a chamam de imatura ou infantil. A partir dos 4 anos de idade a criança já tem condições melhores para deglutir com a pon- ta da língua pressionada na papila palatina, já que antes dessa idade ela vem passando por processos de maturação dos órgãos fonoarticulatórios, como também vem sofrendo as alterações anatô- micas estruturais necessárias, tais como: o osso hióide desce, abaixando e retraindo a língua; o esqueleto facial e a cavidade oral crescem pro- porcionalmente mais que a língua, fornecendo espaço para ela desempenhar suas funções; os dentes erupcionam e, em termos funcionais, os lábios, a língua e a mandíbula adquirem funções independentes. Até a criança atingir o padrão maduro de deglutição, ela passa por vários padrões inter- mediários. Por isso, a partir dos 4 anos, a cri- ança deve ser observada com atenção especial, Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICA 293 Fig.FEDCBA' 4 . ' I.A -fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAD e g lu tiç ã o a típ ic a . O b se r v a rzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAa p o s tu ra d e re p o u so d o s lá b io s q u e se e n c o n tram fe c h a d o s com esforço.SRQPONMLKJIHGFEDCBA 4.12A Fig. ' 4 . ' '.B - Na s e q ü ê n c ia , m u sc u la tu ra p e r io ra l h ip e ra tiv a d u ra n te a d e g lu tiç ã o d e líq u id o . Fig. ' 4 . ' 2 - D eg lu tiç ã o a típ ic a . A - Projeção a n te r io r d a lín g u a entre os arcos. B - Projeção la te ra l d a lín g u a e n tr e os a rc o s . ~~ fO AoE FEDE~J\l f i \ ) f" - (:tm ~ () O E O DO NTO LO G IA ~:Jli;iH;;,~RO FD R FRANC ISCO G ,ÁL '>~ 14.12B Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark Muitos autores têm ressaltado a importância de se pesquisar as causas da deglutição atípica para que ela seja efetivamente tratada. Muitas vezes ela pode ser decorrente de um mau fun- cionamento de outras funções como a mastiga- ção e a respiração (Fig. 14.13). Uma mastigação eficiente (caracterizada pela medida do tamanho das partículas' em queFEDCBA 2 9 4 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLÍN ICO pois caso apresente deglutição atípica não acompanhada de outro problema (como alte- rações na fala e/ou respiração bucal), pode apenas manter-se sob observação até os 7 ou 8 anos, pois durante a dentição mista há um pe- . ríodo de transição na maturação dos órgãos fonoarticulatórios. Caso contrário deverá ser encaminhada para o tratamento. 14.13A 14.fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA F ig . /4 ./3 - C a u sa s d a d e g lu tiç ã o a típ ic a . A - O p a c ie n te a p re s e n ta r e sp ira ç ã o b u c a l q u e p rom o v e u m u d a n ç a s na p o s iç ã o d e re p o u so d o s lá b io s , l ín g u a e m a n d íb u la r e su lta n d o em a lte ra ç õ e s n a d e g lu tiç ã o . B - A m íg d a la s h ip e r tr o V a d a s . Se as in fe c ç õ e s fo r em re c o r r e n te s o p a c ie n te te n d e rá a d e g lu tir c om a l ín g u a em p o s iç ã o a n te r io r p a ra e v ita r s e n sa ç ã o d o lo ro sa (S e g u n d o N e tte r ) . . o alimento foi dividido e determinada pela au- sência de partículas grandes) permite uma de- glutição adequada, pois o alimento foi prepara- do de forma correta. Em contrapartida, uma mastigação ineficiente leva o indivíduo a deglu- tir o alimento em partículas maiores dificultan- do a deglutição. Por isso, muitas vezes observa-se o movimento de jogar a cabeça para trás feito como uma tentativa de facilitar a deglutição. Com relação à respiração bucal, sabe-se que ela pode promover mudanças na posição de repouso da língua e mandíbula, acarretando alterações na deglutição. Por isso, é preciso adequar a mastigação e respiração para que a deglutição normalize-se. São também citados como fatores responsá- veis da deglutição atípica: hábitos de sucção inadequados, amígdalas hipertrofiadas, língua hipotônica, espaços abertos durante a dentição mista, tipo facial, más oc1usões, e características genéticas estruturais. Em 1965, Cleall criticou o conceito de de- glutição normal, pois pôde verificar em seus estudos que as posições e os movimentos das estruturas bucais se devem às características morfológicas individuais, ou melhor,o sistema estomatognático possui a habilidade de adap- tar-se às mudanças do meio bucal. Segundo esta mesma linha de pensamento, diversos es- tudos advogam que a interposição lingual é conseqüência de uma relação morfológica anormal e, portanto, de adaptação da língua à má oc1usão. Daí a razão de substituir o termo deglutição atípica por deglutição adaptada. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICA ,FEDCBA 2 9 5 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Para ele, a adaptação pode intensificar ou man- ter a má oclusão. Vários pesquisadores concordam com a idéia de que existe uma relação importante entre o grau e o tipo de má oclusão e a presen- ça ou ausência de deglutição atípica. Para que a língua atue adequadamente e execute pa- drões vegetativos maduros ela necessita de es- paços amplos. Qualquer limitação seja vertical, lateral ou longitudinal faz com que a língua se movimente em direção a um espaço não limita- do, ou seja, a abertura da cavidade bucal, ( F i g . 1 4 . 1 4 ) . Assim nos indivíduos portadores de mordida aberta anterior haverá uma tendência da língua projetar-se para frente. Como disse Moyers, algumas mordidas abertas resultam da posição anormal da língua, enquanto outras provocam uma adaptação na função, ou seja, a língua se expande em conseqüência do meio propício ( F i g . 1 4 . 1 5 ) . 1 4 . 1 4 B Fig. / 4 . / 4 A, B - fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAM o rd id a c ru za d a /im ita n d o a m o v im en ta ç ã o d a lín g u a d u ra n te a d e g lu tiç ã o . 1 4 . 1 5 B Fig. / 4 . / 5 A - M o rd id a a b e r ta a n te r io r . B - V is ta la te ra l . C - P ro je ç ã o a n te r io r d a lín g u a no e sp a ç o d a m o rd id a a b e r ta . Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark l - 1 . 1 6 A zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Considerando-se que a função adapta-se à forma, não se pode esperar que indivíduos com formas diferentes executem as funções de ma- neira igual. O paciente Classe II divisão Ia com sobressaliência pronunciada comumente apre- senta deglutição com interposição do lábio in- ferior atrás dos incisivos superiores e atividade intensa dos músculos do mento e bucinador ( F i g . 1 4 . 1 6 ) . Pode haver concomitantemente deslize mandibular anterior durante a degluti- ção para aumentar o espaço intrabucal. O arco superior pode apresentar-se com grande atresia limitando a movimentação da língua para cima, havendo então interposição lingual entre os arcos. No paciente ClasseSRQPONMLKJIHGFEDCBAIII esquelé- tico a deglutição ocorre com grande anteriori- zação da língua e participação atípica da mus- culatura perioral. 2 9 6 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLÍN ICO Autores como Subtelny, asseveram que a função é uma adaptação à forma encontrada. Para ele a função não deve ser corrigida antes da correção da forma. Após esta, a função pode ter sido normalizada automaticamente ou ter suas alterações diminuídas. Contrapondo-se a eles, pesquisadores como Hanson, Straub e Cooper acreditam que a for- ça da língua é que desequilibra a oclusão. Com relação a esta polêmica tem-se cons- tatado que a normalização da forma pode trazer a normalização da função. Entretanto, em alguns casos, observa-se que mesmo de- pois da correção da forma alguns padrões adaptativos utilizados anteriormente podem permanecer, prejudicando o tratamento or- todôntico e necessitando, portanto, da tera- pia miofuncional.fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA F ig . '4.'6 A - P a c ie n te em p o s iç ã o d e re p o u so . A in c lin a ç ã o d o s in c is iv o s su p e r io r e s fa v o re c e a in te rp o s iç ã o la b ia l . B - N a se q ü ê n c ia o p a c ie n te d e g lu tin d o sa liv a e r e p e tin d o a m e sm a p o s iç ã o . Então, através dos dados apresentados, fica claro que a deglutição é um tema que uscita opiniões bastante controvertidas. E como em todos os outros aspectos o tema deglutição em especial deverá ainda ter seu estudo continuado. 14.~ c - R e sp ira ç ã o A função respiratória normal se faz por via nasal. Nas fossas nasais o ar é limpo, aquecido e umidificado para depois ser conduzido aos pul- mões onde serão efetuadas as trocas gasosas. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICA 297zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Quando há impedimento da respiração nasal, estabelece-se a respiração bucal. O termo respira- ção bucal refere-se àqueles que respiram predo- minantemente pela boca, pois alguns deles po- dem apresentar algum grau de respiração nasal: Aceita-se com freqüência que a respira- ção bucal possa ser a etiologia de muitas más oclusões (Linder-Aronson). Portanto, o tratamento ortodôntico sem o cuidado ade- quado com a respiração bucal corre o risco de recidivar. A função respiratória está diretamente li- gada ao desenvolvimento dentofacial. Todo paciente com obstrução nasal crônica pode tornar-se um respirador bucal, o que nor- malmente leva a alterações na face, princi- palmente durante a fase de crescimento (Mocellin). Freqüentemente as alterações conseqüentes de uma respiração bucal vão depender da idade em que o indivíduo ad- 17A quiriu a obstrução nasal, da severidade e duração da obstrução, como em todas as outras funções. Estas alterações da respiração tem também significativa interferência da carga genética. O indivíduo apresentando determinadas caracte- rísticas hereditárias como espaço nasofaríngeo reduzido, fossas nasais estreitas e outras, ten- derá a apresentar a respiração bucal que nes- ses casos, posteriormente atuará como agente exacerbador das alterações. Estas considera- ções encontram apoio no pensamento de Emslie e Mayoral em que se discute se a respi- racão bucal é a causa ou conseqüência das de- formidades várias. Quando a obstrução nasal ocorre em di- mensões suficientes para impedir a respiração nasal terá como resultante adaptações posturais das estruturas da cabeça e região do pescoço (Figs. 14.17 e 14.18). , 14.17B 18AfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA F ig . 14.17 - P a c ie n te r e sp ira d o r b u c a l. A - O b se r v a r p o s tu ra in a d e q u a d a d e re p o u so d a lín g u a e lá b io s . B - O b se r v a r lá b io s o e /u íd o s com e s fo r ç o . 14.18B F ig . 14.18 A - F a c e d e um r e sp ira d o r b u c a l. N o ta r in c om p e tê n c ia m a n d ib u la r , la b ia l e l in g u a l. O b se r v a r o lh e ira s e a sp e c to c a n sa d o . B «O b se r v a r v e d om en to la b ia l fo r ç a d o . Para o diagnóstico da presença ou não de respiração bucal, deve-se estar atento a sinto- mas que são característicos do quadro, e que serão descritos a seguir. A necessidade de estabelecer um adequado fluxo aéreo por via bucal promoverá trocas posturais da língua e da mandíbula, cujos possíveisefeitos inde- sejáveisno crescimento facial têm sido discutidos. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 298ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA ' D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLíN ICO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Em geral, o respirador bucal não apresenta competência labial que pode ser definida como capacidade de manter os lábios em contato. Eles necessitam ficar abertos para facilitar a entrada de ar pela boca. Conseqüentemente pode haver Alguns respiradoresbucais apresentam hi- potonia e hipofunção dos músculos elevadores da mandíbula (masseter, temporais, pterigoide- os mediais), resultando na mudança da posição de repouso da mesma. Ocorre um rebaixamen- to mandibular para facilitar o fluxo aéreo via bucal e a este fato dá-se o nome de incompe- tência mandibular. A língua, em geral, apresenta-se baixa, em posição inferior para facilitar a entrada de ar pela boca. Algumas vezes pode-se observá-Ia com o dorso elevado com a finalidade de regu- lar o fluxo de ar. Alterações no diâmetro transversal e pro- fundidade palatal foram observados por di- versos autores. No respirador bucal o palato pode apresentar-se alto ou atrésico. Alguns atribuem este fato à posição de repouso da língua no soalho bucal, pois nesta conjuntu- ra ela não exerce força contra o palato, per- dendo assim sua função de modeladora na- tural. Em estudos comparativos entre respiradores nasais e bucais encontrou-se um conjunto de alterações musculares que se denominou Sín- drome da Face Longa ou Faces Adenoideanas (Fig.14.20). Ela caracteríza-se por: • face longa e estreita • ângulo goníaco aumentado pela tendên- cia de crescimento vertical alteração do tônus com hipofunção dos lábios e bochechas. O lábio superior pode apresentar-se retraído ou curto e o inferior evertido e, algu- mas vezes, com aspecto alterado, pois os lábios podem estar secos e rachados (Fig. 14.19). Fig. 14.19 -fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAL á b io s a b e r to s e v e r tid o s , com a sp e c to v o lum o so e r e s s e c a d o _ .c a ra c te r ís t ic o d o re sp ira d o r b u c a l. • base posterior do crânio mais curta • palato alto e/ou atrésico • incompetência mandibular, labial e lingual • narinas estreitas • cabeça má posicionada em relação ao pes- coço (inclinada para trás) Entretanto, vale ressaltar que nem todo respirador bucal apresenta tal quadro. A respiração bucal pode ter uma causa orgâ- nica ou ser apenas um hábito vicioso. A respiração bucal viciosa, é aquela em que não há nenhuma obstrução das vias aéreas su- periores, e sim má posição dos lábios, língua e mandíbula. Ou seja, o indivíduo respira pela boca, embora tenha capacidade anatomofisio- lógica de respirar pelo nariz. A respiração bucal orgânica é aquela em que há problemas orgânicos obstruindo a passagem de ar pelo nariz. As causas da obstru- ção nasal são muitas, mas as mais freqüentes são: hipertrofia da vegetação adenoideana (Fig.SRQPONMLKJIHGFEDCBA14.21, 14.22), rinite alérgica, desvio de septo, sinusite, bronquite, hipertrofia dos cor- netos nasais e infecções crônicas das amígdalas palatinas. Quando a respiração bucal é de origem obs- trutiva, torna-se necessário encaminhar ao otor- rinolaringologista para que ele possa fazer tra- tamento medicamentoso ou mesmo cirúrgico para, só então, iniciar a fonoterapia, visando à instalação da respiração nasal e fortalecimento da musculatura bucal. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICAFEDCBA 2 9 9 9 0 A 4 .2 0 C 1 4 . 2 0 B ~ ~ SRQPONMLKJIHGFEDCBA.,..,.. ... ~ ~zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA S; ;:1 ~ '\:) 'JJ = -:::)o d..,., o it, ;:;o (I & :..... r~ ) ?] (") = Z t:"i("") -; au ; o"fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAr :o o 00 ~'5> x : ~ . 1 4 . 2 0 D Fig. /4.20 - S ín d rom e d a fa c e lo n g a . A, B - F a c e lo n g a ou fa c e s a d e n o id e a n a s . c, O - O b se rv a r in c lin a ç ã o do p la n o m a n d ib u la r , q u e d e v e rá se r c o n firm a d a p e lo s d a d o s d a a n á lis e c e fa lom é tr ic a . Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 3 0 0 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLÍN ICO zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Fig. '4.2' -fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAR a d io g ra fta la te ra l m o s tra n d o h ip e r tro fta d a v e g e ta ç ã o a d e n o id e a n a . Segundo Marchesan e Krakauer, o trata- mento fonoterápico de crianças respiradoras bucais entre 4 a 5 anos, sem características ge- néticas desfavoráveis, tem como finalidade dar condição de postura correta dos lábios e da lín- !TUa,e com a manutenção destas condições faci- litar o desenvolvimento mais harmônico das esrruturas. Segundo as mesmas autoras, os respiradores bucais adultos podem ser divididos em dois tipos: • Os que se tornam respiradores bucais na fase adulta • Os que já eram respiradores bucais desde a infância e só procuraram tratamento na fase adulta. O primeiro grupo geralmente apresenta problemas musculares e não ósseos, uma vez que o crescimento facial já havia terminado quando se tornaram respiradores bucais. As- sim, o suce so do tratamento fonoterápico nes- - - casos é maior. [Q ao segundo tipo, a fonoterapia e ' não levar às condições ideais, uma -:: e o cre cimento craniofacial já finali- ciente pode muitas vezes, apresen- -- acões de po icionamento de bases ós- __ ~- ente acomodação dos múscu- F ig . 1 4 .2 2 - R a d io g ra fta la te ra l d e um p a c ie n te com e sp a ç o n a so fa r ín g e o n o rm a l. Ias nestas bases ósseas alteradas não permiti- rá o pleno sucesso da terapia fonoaudiológi- ca, ja que esta atua apenas sobre a parte mus- cular. d - F o n a ç ã o Através de observações e pesquisas, Cau- hepé chegou à conclusão de que os mes- mos pontos onde à língua toca na degluti- ção serão os pontos de articulação da fala. Por exemplo, os fonemas produzidos com a ponta da língua terão o seu ponto de arti- culação no mesmo lugar onde esta pressiona no ato da deglutição. Assim a projeção ante- rior da língua durante a deglutição pode estar correlacionada a sua projeção anterior durante a emissão dos fonemas fricativos /S/, /Z/ (ce- ceio anterior ou sigmatismo) e linguoalveola- res /T /, /D/, /N/ e /L/. Entretanto, vale res- saltar que nem todo deglutidor atípico apre- senta necessariamente tais alterações. Da mesma forma como nas outras fun- ções, é possível fazer uma associação entre a articulação dos fonemas à má oclusão e tipo facial. Nos indivíduos portadores de Classe II es- quelética, é comum observar distorções na fala, principalmente na emissão dos fonemas Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICASRQPONMLKJIHGFEDCBA 301 fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA F ig .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA/4.23 - P ro je ç ã o a n te r io r d a lín g u a n a em is sã o d o fo n em a S c a ra à e r iza n d o c e c e io a n te r io r . bilabiais, que são aqueles produzidos pelo contato rápido entre lábios superior e infe- rior. São os fonemas /P /, /B/ e/M/. Devido à sobressaliência acentuada causada pela dis- crepância entre as bases ósseas, o contato bila- bial torna-se difícil, por isso o lábio inferior oclui com os incisivos superiores para a emis- são do som. Isto ocorre principalmente quan- do os lábios estão hipotônicos e com pouca mobilidade. É comum, também, haver deslize mandibu- lar e projeção da língua entre os arcos na emis- são das fricativas /S/ e /Z/ (Bianchini). Nos pacientes portadores de Classe 111es- quelética, as distorções mais observadas asso- cia~-se aos fonemas bilabiais ( lP / , /B /, /M/) e aos fonemas labiodentais (lF / e IV/) que podem ser emitidos, freqüentemente, com o lábio superior em contato com o bordo incisal dos incisivos inferiores . .Os movimentos da ponta da língua, por sua vez, podem ser substituídos pelo meio ou dorso na emissão dos fonemas /T/, /D, /N/e /L /. Nas mordidas abertas anteriores é co- mum se observara projeção anterior da língua na emissão dos fonemas /T /, /D /, /N/ e /L/ (que normalmente serão pro- duzidos com o terço anterior da língua to- cando o palato) e ceceio anterior ou sigma- tismo (projeção anterior da língua na emis- são dos fonemas /S/ e /Z/) (Fig. 14.23). Alguns explicam a projeção lingual duran- te a emissão destes sons, como conseqüên- cia do espaço aberto oferecido pela mordi- da. Porém, vale ressaltar que a mordida aberta anterior pode ou não vir acompa- nhada de um ceceio anterior e vice-versa. O ceceio lateral, que se caracteriza por uma distorção dos fonemas /S/ e /Z/ difere do ce- ceio anterior por apresentar escape de ar late- ral e posicionamento posterior da língua. Este tipo de ceceio ocorre comumente em pacien- tes portadores de má oclusão de Classe 11 es- quelética, mordida aberta lateral e sobremor- dida. Especificamente no paciente braquifacial com mordida profunda, o espaço interno ver- tical é bastante diminuído, dificultando a mobilidade lingual e acarretando o ceceio lateral. A falta de espaço pode ser compensa- da por um deslize mandibular anterior, e conseqüentemente um escape posterior da língua bilateralmente, tendo como produto final o ceceio lateral. o paciente face curta, o espaço diminuído faz com que a língua não tenha espaço su- ficiente para elevar suas bordas e produzir os fonemas /S/ e /Z/ com precisão. Os pacientes com face longa podem apre- sentar enfraquecimento na emissão das bila- biais e uma fala com anteriorização de língua. Desta maneira, pretendeu-se ressaltar que algumas distorções da fala, que comumente es- tão associadas a uma disfunção muscular, po- dem estar relacionadas à má oclusão e tipo fa- cial. Assim sendo, freqüentemente, o tratamen- to da má oclusão deve preceder ou ser conco- mitante ao tratamento da fala. 111 - FICHA DE AVALIAÇÃO FUNCIO NAL Na clínica de Pós-Graduação de Ortodontia da Universidade Cidade de São Paulo, utiliza-se a seguinte ficha de avaliação funcional: Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 3 0 2 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLÍN ICOSRQPONMLKJIHGFEDCBA AVALIAÇÃO FUNCIO NALzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA N° Nome: Sexo: Idade: Data: / / RESPIRAÇÃO OBSERVAÇÃO I. Característica miofacial normal ( ) alterada ( ) 2. Competência labial sim ( ) não ( ) 3. Competência lingual sim ( ) não ( ) 4. Competência mandibular sim ( ) não ( ) 5. Reflexo alar sim ( ) não ( ) 6. Forma do palato normal ( ) alterada ( ) 7. Tonsilas normais ( ) alteradas ( ) ausentes ( ) 8. Adenóide normal ( ) alterada ( ) ausentes ( ) 9. Patologias associadas não ( ) sinusites ( ) rinite ( ) bronquite ( ) asma ( ) outras ( ) Avaliação da Respiração NASAL ( ) BUCAt ( ) Obs.: DEGLUTIÇÃO I. Vedamento labial sim ( ) não ( ) 2. Lábios com pressionamento normal ( ) alterado ( ) 3. Mímica peribucal sim ( ) não ( ) 4. Língua (anatomia) normal ( ) alterada ( ) (função) normal ( ) alterada ( ) I (repouso) normal ( ) alterado ( ) 5. Função do masseter normal ( ) alterada ( ) 6. Freio lingual normal ( ) alterado ( ) 7. Emissão de fonemas a. Bilabiais (p/b/m) normal ( ) alterada ( ) b. Lingualveolares normal ( ) alterada ( ) (t/d/n/I) c . Fricativos (s/zJch/g) normal ( ) alterada ( ) Avaliação da Deglutição NORMAL ( ) ATíPICA ( ) Obs.: I Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICAFEDCBA 3 0 3 zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA N° SUCçÃO I. Hábitos de sucção ausente ( ) chupeta ( ) dedo ( ) mamadeira ( ) lábio ( ) outros ( ) Obs.: MASTIGAÇÃO I. Hábito alimentar adequado ( ) inadequado ( ) 2. Preferência mastigatória bilateral ( ) unilateral ( ) 3. Musculatura do masseter simétrica ( ) assimétrica ( ) 4. Hábitos de mastigação ausentes ( ) onicofagia ( ) bruxismo ( ) outros ( ) Obs.: , AVALIAÇÃO COMPLEMENTAR Fonoaudiologia ( ) Otorrinolaringologia ( ) outros ( ) Obs. finais.:fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA (S e g u n d o C a rv a lh o , S a to - T su ji , C o tr im -F e r r e ira , S a n to s J r ., S c a n a v in i , J u lie n e P e re ira J r ) . Esta ficha de avaliação funcional, desen- volvida por fonoaudiólogos e ortodontistas, é dividida de acordo com as funções de respi- ração, deglutição, fonação, sucção e mastiga- ção. Com o intuito de facilitar sua aplicação clínica e visualização, cada característica é anotada na coluna da esquerda (aspectos normais) ou da direita (aspectos alterados). Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 3) Utilizar a terapêutica adequada para cada caso.FEDCBA 3 0 4 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA ' D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLíN ICOSRQPONMLKJIHGFEDCBA IV - CO NSIDERAÇÕ ES FINAIS ~ - .. A proposta deste capítulo foi fornecer al- guns conhecimentos básicos e essenciais a res- peito das funções e das eventuais alterações miofuncionais. O conhecimento das alterações miofun- cionais por parte do ortodontista é funda- mental,já que com ele pode atuar de modo a evitar recidivas das más oc1usões e tornar seus encaminhamentos mais precisos, acerti- vos e eficientes. O avaliador deve ser flexível o suficiente para encarar cada caso como único. Deve evitar fazer padronizações, pois a capacidade adapta- tiva de cada indivíduo- é muito variável. Para alguns, alterações de oclusão, nem que sejam mínimas, podem ser suficientes como fator de- sencadeante de uma alteração da função en- quanto, para outros, isto poderá não ocorrer. Deve-se ter claro, no entanto, que as previsões sobre possíveis alterações são dificeis, já que possuímos dados insuficientes e discutíveis so- bre as relações de causalidade envolvidas. A terapia miofuncional visa adequar a pro- priocepção, o tônus, as posturas de repouso de lábio e língua e as funções. O sucesso do tratamento vai depender de alguns fatores tais como: ...'. 1) Diagnóstico preciso É realmente aquela alteração funcional a causa da não estabilidade do tratamento orto- dôntico? Deve-se saber que alterações miofuncionais podem ser a causa de uma determinada recidi- va ou não. 2) O meio bucal deve estar favorável para cor- reção da função. 4) Motivação do paciente. 5) Maturidade orgânica e emocional do paciente. 6) Ter uma família que favoreça o tratamento. É necessário compreender as limitações da forma para aceitar as limitações do trabalho miofuncional. De maneira geral, pode-se espe- rar melhor prognóstico para pacientes mesofa- ciais com alterações basicamente dentais. O paciente dolicofacial tende a apresentar pior resposta ao trabalho funcional, mesmo após a correção da forma, em razão de sua musculatura mais fraca. Por outro lado, no di- zer de Bianchini, pode-se esperar bons resulta- dos do .paciente face curta moderada, em fun- ção de sua musculatura forte. Com relação ã época do início do tratamen- to miofuncional, não existe uma regra, poden- do ser feito antes, durante ou após o tratamen- to ortodôntico. Uma definição do momento deverá estar vinculada à análise conjunta de todos aspectos acima expostos e variará em fun- ção das características individuais do paciente. Na documentação fotográfica (Fig. 14.25) que se segue, pode-se observar uma paciente que apresenta a postura de repouso e as fun- ções alteradas. Notam-se dois aspectos: 1 -Todas as alterações da postura de repouso e das funções são influenciadas pelo tipo de má oclusão. 2 - As funções são interdependentes de tal modo que uma alteração em qualquer uma delas leva a um desequilíbrio nas outras. Neste caso,em particular, a mastigação ineficiente precedeu a deglutição atípica. Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICAFEDCBA 3 0 5 2 5 A SRQPONMLKJIHGFEDCBA "'C 2 5 E F i g . / 4 . 2 5 A, B - fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAF o to d e fr e n tezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAe p e r fi l . O b se r v a r p o s tu ra d o lá b io in fe r io r . N o ta r q u e e le se p o s ic io n a a trá s d o s in c is iv o s su p e r io r e s , e n q u a n to q u e o lá b io su p e r io r m o s tra -s e e n c u r to d o . C - V isã o in tra b u c a l d a m e sm a p a c ie n te . O - N o ta r p o s ic io n am en to d o s in c is iv o s in fe r io r e s c om re la ç ã o ao p a la to e a o s in c is iv o s su p e r io r e s fa v o re c e n d o a p o s tu ra la b ia l a lte ra d a . E - N o ta r v e s tib u la r iz a ç ã o d o s in c is iv o s su p e r io r e s . 1 4 . 2 5 B 1 4 . 2 5 D Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 3 0 6 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA · D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLíN ICO 1 4 . 2 5 F SRQPONMLKJIHGFEDCBA .. 1 4 . 2 5 H F i g . 14.25 F , G - fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAU t i l iz o u -s ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAum c o p o com á g u a p a ra a v a lia r a d e g lu tiç ã o . H , I - O b se r v a r q u e a d e g lu tiç ã o o c o r r e u em d u a s e ta p a s : p r im e iro os lá b io s se fe c h a ram e em s e g u id a o lá b io in fe r io r a c om o d o u -s e a trá s d o s in c is iv o s su p e r io r e s . 1 4 . 2 5 G 1 4 . Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark AVALIAÇÃO FO NO AUD IO LÓ G ICAFEDCBA 3 0 7 1 4 . 2 5 J zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 5M 1 4 . 2 5 L 1 4 . 2 5 N Fig. / 4 . 2 5 J -fedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAU t i l iz o u -s e um a b o la c h a p a ra a v a lia ra m a s tig a ç ã o . L - O b se r v a r q u e a in c fin a ç ã o d o s in c is iv o s d if ic u lta a m a s tig a ç ã o com lá b io s fe c h a d o s . M,SRQPONMLKJIHGFEDCBAN - O b se rv a r q u e p a ra d e g lu tir a b o la c h a a p a c ie n te r e p e te os m e sm o s m o v im en to s q u e p a ra d e g lu tiç ã o d a á g u a . Os fr a gm en to s d e b o la c h a q u e re s ta ram so b re o lá b io in fe r io r d e n o tam um a m a s tig a ç ã o in e flc ie n te . Document shared on www.docsity.com Downloaded by: LUCAScampos17 (lohanvigarista157@gmail.com) https://www.docsity.com/?utm_source=docsity&utm_medium=document&utm_campaign=watermark 3 0 8 ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBAO RTO DO NT IA ' D IAG NÓ ST ICO E PLANEJAM ENTO CLíN ICO 1 4 . 2 5 0 1 4 . 2 5 Q SRQPONMLKJIHGFEDCBA REFERÊNCIAS BIBLIO G RÁFICASzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 1. Altmann, E.B.C., D'Agostino L & Psillakis, j.M. Tratamento Fonoaudiológico nas Deformida- des Maxilomandibulares. In - Cirurgia Crânio- maxilofacial: Osteotomias Estética da Face Rio de Janeiro Medsi, 1987. 2. Altmann, E.B.C. - Deglutição Atípica. 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