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Fabiana Peçanha 2021.1 Ortodontia Crescimento pós- Natal dos ossos maxilares Introducão: É no crescimento pós-natal que vamos ter de fato a maior influência da ortodontia através da ortopedia facial . Após o nascimento do bebê é importante que essa criança tenha um acompanhamento de forma precoce normalmente orientado que se inicie o acompanhamento ortodôntico a cerca dos 5 anos de idade.. Quando falamos de crescimento um dos conceitos mais importante a ser tratado é os tipos de ossificação. Tipos de ossificação: A ossificação nada mais é do que a construção do osso. Basicamente, temos dois tipos de ossificação: INTRAMEBRANOSA (sutura) esse tipo de formação óssea acontece através das suturas, ou seja, as junções entre os ossos por meio de tensão, presente no endósteo, periósteo e suturas localizada em maior parte do crânio face e parte da mandíbula Do ponto de vista histológico, isso aconteceria naquela região de sutura, células mesenquimais indiferenciadas que por conta dessa tensão que acontece se diferenciariam em osteoblastos que por sua vez depositaria matriz osteoide se mineralizando e formando osso. Como já foi dito, a ossificação intramebranos, acontece na maior parte dos sítios de crescimento da face como é o caso da maxila, já a mandíbula vamos ter o corpo e o ramo com ossificação intramebranosa, porém a cabeça do condilo vamos ter ossificação endocondral ENDOCONDRAL (cartilagem) Já a endocondral acontece baseada em uma cartilagem servindo como base para ossificação., existindo apenas em uma região da face que e na cabeça do côndilo mandibular. Acontece em forma de substituição da matriz cartilaginosa por tecido ósseo ocorrendo em áreas de pressão. Histologicamente falando, células indiferenciadas condroblastos que vao secretar matriz cartilaginosa se hipertrofiam sofrendo apoptose e se degeneram sendo substituído por osteoblastos que irão depositar matriz osteóide. Crescimento mandibular e maxilar Temos 14 ossos que compõem a face: Zigomaticos, palatinos, lacrimais, nasais, conchas nasais, vômer mas que obviamente pelo tamanho e localização maxila e mandíbula são os mais importante, além de que são os que a gente mais tem capacidade de fazer intervenção durante nosso tratamento ortopédico justamente por ser os ossos que acomodam os dentes. Uma outra coisa interessante sobre o crescimento facial é a direção de crescimento, o vetor de crescimento é para baixo e para frente. Crescimento da maxila: Ossificação intramebranosa, crescimento através das suturas que vai acontece por meio de reabsorção óssea e aposição óssea o que nada mais é que a remodelação. DIREÇÃO DE CRESCIMENTO DA MAXILA: Da mesma forma que a face cresce para frente e para baixo a gente vai ter muita dessa resultante por conta do crescimento e localização maxilar. Ela cresce através das suturas, e todas essas suturas se posicionam de forma posterior e as vezes superior a maxila, significando que quando tiver um crescimento essa maxila vai ser empurrada para frente e para baixo Existem regiões onde a calcificação do osso vai acontecr de forma mais intensa que são os sítios de crescimento e na maxila temos 9 sítios. - Arco Maxilar - Pré- Maxila - Processo Alveolar - Sutura Palatina - Tuberosidade Maxilar - Processo Zigomático - Palato - Região Nasal - Orbita Fabiana Peçanha 2021.1 1- Arco Maxilar: região que vai acomodar os dentes. No arco maxilar vai ter um predomínio de crescimento no sentido transverso, maior aposição do lado palatino e reabsorção do lado vestibular, esse crescimento do arco maxilar vai ter o chamado “principio do crescimento em v” que acontece de forma divergente, bordas externas mais largas do que as bordas mais internas. 2- Pré- Maxila: região próxima dos incisivos, onde o lado palatino tem prendominio maior de aposição óssea e o lado vestibular, reabsorção óssea 3- Processo Alveolar: sítio de acometimento presente tanto na maxila quanto na mandíbula e é basicamente a mesma coisa entre eles, tem predomínio no sentido vertical sendo dependente da presença de dentes. 4- Sutura Palatina Mediana: Cresce no sentido transverso, uma área bastante importante ao tratamento ate 10 anos de idade + ou -, período de intervenção chamado de disjunção palatina sentindo transverso resultando em uma mordida cruzada posterior ou seja maxila menor do que a mandíbula. 5- Tuberosidade Maxilar: Cresce no sentido ântero- posterior aumento em comprimento bastante significativo na maxila e cresce também para trás gerando espaço para os molares, principalmente os terceiros molares. Ela também cresce no sistema de “principio de crescimento em v” de forma divergente. 6- Processo Zigomatico: Seu crescimento vai ser no sentido transversal, região anterior mais predominante a reabsorção óssea e região póstero- lateral mais propença para aposição óssea, propicia um aumento de profundidade e larguras faciais e por conta disso há um alargamento da face 7- Palato: Crescimento no sentido vertical, lado bucal mais predominante aposição óssea e lado nasal, reabsorção óssea.. Deslocamento do osso para baixo no sentido vertical, mantém a forma da maxila enquanro o soalho nasal é abaixado 8- Região Nasal: Cresce não so por conta do abaixamento do soalho nasal, mas também por conta da região nasala que também é um sitio de crescimento importante. Palato lado de aposição óssea enquanto que nas paredes superior interior e lateral, vai ser reabsorção óssea o que também vai ajudar no aumento da cavidade nasal 9- Orbita: Crescimento no sentido ãntero-posterior gerando um aumento da distancia bi-pupilar justamente por conta do aumento da cavidade orbitária, resultando em um crescimento do soalho para compensar o deslocamento da maxila. Também há presença de crescimento em “v Crescimento da Mandíbula A mandíbula é osso móvel, grande responsável pela mastigação, fonação, expressão facial e pelas vias aéreas extremamente importante na composição de nossa face Anatomicamente falando, é composta do côndilo, processo coronoide, ramo, corpo, processo alveolar e sínfise/mento. No corpo e Ramo da mandíbula, vai ter crescimento intramembranoso e no côndilo crescimento endocondral. DIREÇÃO DE CRESCIMENTO DA MANDÍBULA: Mesmo sentido da maxila, Vetor de crescimento para cima e para trás, e deslocamento para baixo e para frente.. Sítios de crescimento - Ramo - processo Coronóide - Corpo mandibular - Sínfise - Processo Alveolar - Côndilo 1- Ramo: Crescimento no sentido ântero-posterior quanto no sentindo transversal e vertical, 3 vetores gerando um aumento em comprimento espaço para os molares por conta do sentindo antero-posterior, o crescimento transversal se da através do principio de crescimento em v. 2- Processo Coronóide : Acompanha o processo de crescimento (na mesma proporção) do ramo eminentemente no sentido ântero-posterior com uma Fabiana Peçanha 2021.1 maior aposição óssea na região posterior e reabsorção na região mais anterior. 3- Corpo Mandibular: Cresce em dois sentidos ântero- posterior e sentido transversal, na face vestibular maior aposição óssea e na face palatina maior reabsorção óssea, tem principio de v que é o alargamento divergente. 4- Sínfise: Vai crescer no sentido antero-posterior, na verdade não cresce muito em volume e mais um remodelamento dessa região 5- Processo Alveolar: Crescimento em sentido vertical, aumento em altura assim como o maxilar dependente da presença dos dentes 6- Côndilo: Única região que possui crescimento endocondral, área de importante crescimenro da mandíbula,cresce em todos os sentidos além desse crescimento compensatório para cima e para tras gerando o descolamento para baixo e para frente.. A direção do crescimento condilar impacta diretamente na face do indivíduo influenciando em como a mandíbula vai se deslocar Surtos de Crescimento Outro ponto bem importante de se comentar sobre o crescimento é o surto de crescimento, uma vez que não temos um crescimento de forma linear, ou seja, não crescemos na mesma quantidade o tempo todo. COMO AFERIR O CRESCIMENTO? Geralmente temos dois exames, que é a radiografia de mão e punho e a teleradiografia lateral Crescimento x Tratamento Pq que isso é importante? Entender sobre o crescimento faz com que a gente evite tratamentos complexos durante o processo de tratamento do paciente é fundamental para que tenhamos um tratamento mais conservador e consiga resolver problemas de maneia muito mais simples do que resolveríamos com esse mesmo paciente na fase adulta. Além de ser impressendivel para o diagnóstico, planejamento e tratamento ortodôntico Fabiana Peçanha 2021.1 Desenvolvimento Da Olcusão Normal Dentição Decídua Primeira dentição, uma vez que o ser humano possui duas dentições onde existe uma sequencia, uma média de errupção dentárias : Outra regra interessante é que percebemos que os dentes inferiores irrompem sempre precedendo os superiores, geralmente os primeiros são os incisivos inferiores por volta dos 6 meses de vida terminando com os 2 molares a partir dos 3 anos de idade Irrupção dos Incisivos É importante salientar que a partir do momento que o paciente já tem dente na boca, nós como dentistas devemos orientar a escovação. Outro ponto importante também é a sensibilidade propioceptiva, os bebes quando ainda não possuem dentes não tem muita noção de contato com os materiais que levam a boca e a partir do momento que tem a irrupção dos incisivos, por serem os primeiros dentes vai ter essa sensibilidade propioceptiva que seria a sensação de espaço. Toque dos Incisivos (primeiro senso de Oclusão) Quando o contato dos incisivos superiores e inferiores se tocam vai ocorrer a primeira sensibilidade de toque A partir de 1 ano, vai acontecer a irrupção dos 1 molares inferiores e por volta dos 18 meses + ou – temos a irrupção dos 1 molares superiores. Irrupção dos 1° Molares Quando ocorre a irrupção dos 1° molares superiores e inferiores, vamos ter o primeiro contato posterior de oclusão, uma vez que já temos o primeiro senso de oclusão com os incisivos e agora esse senso de oclusão vai ser estabilizado tendo o primeiro ganho da dimensão vertical. Irrupção dos Caninos Aos 22 meses + ou - vamos ter a irrupção dos caninos inferiores e por volta de 2 anos +/- os incisivos superiores se irrupcionam concluindo basicamente a dentição decídua na arcada inferior faltando apenas os 2 molares superiores. Com a irrupção dos caninos decíduos e a possibilidade de toque entre antagonistas a gente inicia a guia de caninos nos movimentos de lateralidade que ate então, eram inviáveis por conta da ausência de caninos Irrupção dos 2° Molares Por volta dos 3 anos, acontece a irrupção dos 2° molares superiores concluindo a irrupção de todos os dentes decíduos e é nesse momento que vai ocorrer a estabilização do primeiro ganho de dimensão vertical 4 e 5 anos Nessa idade o paciente então começa uma fase de estabilidade, já possui todos os dentes decíduos, sem apihamento, e então começa a fase em que os dentes permanentes vão entrar nos estágios de calcificação e começa o início da absorção dos decíduos. Quando radiografamos o paciente nessa idade, a imagem a seguir representa exatamente o que a gente pode se deparar , muitos pais ate se assustam e ficam preocupados, mas na verdade cabe ao dentista informar que é uma fase fisiológica, normal onde os dentes Fabiana Peçanha 2021.1 permanentes estão ali se formando e se preparando para ocupar o lugar dos decíduos É importante nessa fase, contar a quantidade de dentes, pra ver se possui todos eles, se estão em uma boa posição. Características da Dentição Decídua A dentição decídua possui uma característica muito interessante de acordo a classificação de Baume que conseguiu diferenciar em dois tipos de pacientes : Tipo 1- aqueles pacientes com muitos espaços ou diastemas fisiologico Tipo 2- Aqueles pacientes que não possuem espaços. Diastemas Fisiológicos na Dentição Decídua Arco tipo 1 - Diastemas Interincisais (entre os incisivos) - Espaços Primatas (localizados na mesial dos caninos superiores e na distal dos caninos inferiores) Ao contrário do que muitos pensam, esses diastemas são bem interessantes pelo fato dos dentes decíduos serem menores que os permanentes, isso significa que ter esses espaços nessas regiões minimiza ao máximo chances desse paciente desenvolver o apinhamento severo. Arco tipo 2 – Espaço Primatas, nesse caso quando o paciente tiver espaço, vai ter os espaços primatas na mesial dos caninos superiores e na distal dos caninos inferiores. Na dentição decídua, por via de regra a forma do arco é parabólico, ou seja, não tem muita variação de formato de arco. Inclinações Axiais Do ponto de vista de inclinações axiais, principalmente do em relação a incisivos, os dentes possuem uma inclinação mais vertical, não tem inclinações vestibulares ou linguais dos dentes, eles são bem posicionados verticalmente na base óssea. Nesse sentido, não classificamos muito curva de spee e nem curva de Wilson justamente por conta dessa ausência de inclinações, a sobremordida desse paciente, OVERBITE vai ser muito menor do que na dentição permanente, inclusive consideramos até mordida em topo, do ponto de vista vertical sobremordida considerando normal na dentição decídua e a sobresaliência também vai ser muito menor do que na dentição permanente. Ausência da Curva de Spee Como já foi dito, a ausência da curva de spee devido a falta de inclinações dos dentes posicionados de forma vertical na base óssea Da mesma forma acontece com a Curva de Wislon Plano Terminal Um outro ponto extremamente importante salientar de grande relevância no diagnóstico clínico uma vez que a dentição decídua finaliza na distal la nos 2 molares Fabiana Peçanha 2021.1 decíduos e a relação que esses 2 molares tem pode determinar consideralvemente como vai ser esse paciente na dentição permanente do ponto de vista ântero-posterior. Quando temos esse plano terminando 2 molar inferior com superior, consideramos plano terminal reto. Relação terminal dos molares decíduo em plano vertical resultará em uma classe 1 de Angle em 76% dos casos. Se tiver o 2 molar superior decíduo a frente um poquinho do 2 molar inferior vamos ter um plano terminal com degrau distal. Resultara em uma classe 11 de Angle em 10% dos casos E, a outra situação que podemos ter, é quando o 2 molar superior esta atrás do segundo molar decíduo inferior formando um degrau para mesial para a mandíbula, pode resultar em classe 1 E 11 de Angle em 14% dos casos. Via de regra, o interessante é que o paciente tenha um plano terminal reto ou um plano terminal mesial. Se o paciente tiver um plano terminal distal, isso quer dizer que o arco superior dele esta a frente do arco inferior e se isso já acontece na dentição decídua as chances são grandes em desenvolver uma má oclusão de classe 11 Resumo 1- Arcos de Baume (tipo 1 e tipo 2) 2- Forma de arco: Parabólico 3- Dentes verticaisna base óssea 4- Ausência de Curva de Spee 5- Ausência de Curva de Wilson 6- Plano terminal (Reto, distal e mesial) Dentição Mista Se inicia a partir da irrupção do primeiro dente permanente e seu termino é após a esfoliação do último dente decíduo Podemos dividir a dentadura mista em 3 fases: 1° Período Transicional; Período Intertransicional 2° período Transicional Esses períodos nada mais são do que divisões com relação a fase de irrupção dos dentes permanentes O 1° Período transicional por exemplo, vai ter irrupção dos primeiros molares e incisivos permanentes por volta dos 6 anos de idade e é o momento do 2° levante fisiológico da oclusão que é o contato oclusal entre os primeiro molares permanentes Outra característica interessante do arco inferior é que a irrupção dos incisivos superiores na mandíbula tem um trajeto de irrupção por lingual e se esses dentes decíduos não forem removidos no momento oportuno, vamos ter essa irrupção prolongada.. E o que fazer nesses casos? Remoção dos dentes decíduos que estão com retenção prolongada para dar espaços aos dentes permanentes Aos 7 anos, vai ter a irrupção dos incisivos centrais superiores e incisivos laterais inferiores e aos 8 irrupção dos incisivos laterais superiores e já teremos o paciente com todos incisivos permanentes. Podemos perceber a discrepância anterior, que e a diferença de tamanho dos decíduos para os permanentes, e ai então que entra os 3 processos de compensação Diastemas Interincisais (tipo 1) Espaços Primatas Crescimento Irrupção mais para vestibular (Superiores) Além do processo de compensação igual ao arco inferior para o arco superior vai ter também a irrupção dos incisivos mais vestibularizados. Fabiana Peçanha 2021.1 Após 1° período transicional conluído, começa então o período Intertransicional entre os 9 e 10 anos de idade que é um período de; Estabilidade Extensa reabsorção das raízes dos decíduos (radiograficamente) Incisivos Completam formação radicular É nessa fase também que vai acontecer o chamado fase do patinho feio (8- 12) iniciada no final do 1° período transicional com os incisivos permanentes em boca que vão ter uma inclinação vestibular exagerada. Diastemas entre os incisivos pode ser encontrados por conta da divergência coronária que via de regra é resolvida fisiologicamente após a erupção dos caninos permanentes Sobremordida aumentada O que fazer? Acompanhar o paciente, nessa fase na maioroa dos casos é interessante não fazermos intervenções ortodônticas ao menos que ele tenha um problema de oclusão Após o período de dentadura Mista, vamos ter o 2° período transicional, onde vai ter a irrupção de caninos, pre-molares, 2° e 3° molares 11 anos vai acontecer a irrupção do canino inferior, 1 pre-molar inferior e 1 pre-molar superior 12 anos Canino superior, 2° pre-molar inferior e 2° pre superior Outro ponto importante é que como vimos na parte anterior, vamos ter dentes permanentes incisivos maiores do que os decíduos, porém na parte posterior, vamos ter molares e caninos decíduos com soma maior do que os permanentes e essa diferença de tamanho é o chamamos de espaço livre de nance Obs: espaço livre de nance é a soma dos diâmetros mesio-distais dos caninos e molares decíduos e dos respectivos permanentes. Essa diferença é de suma importância para uma maior migração mesial do molar inferior, alcançando assim a chave de oclusão. E pra concluir, o 2° período transicional por volta dos 11 anos vai ocorrer a irrupção dos 2° molares permanentes e o 3° levante fisiológico da oclusão e a dentição permanente se completa com a irrupção dos 3° molares. Classificação das maloclusões A classificação das maloclusões nada mais é do que uma forma da gente pode agrupar tipos de problemas oclusais.. Nomeclatura de Lischer: Vai usar a direção do desvio dentário + “versão”, ou seja, palvara para onde o dente esta desviado + versão Exemplo: dente esta para palatina, então vai ser palatoversão. Mesioversão: Mesial á posição normal Distoversão: Distal à posição normal Lingoversão: Lingual á posição normal Infraversão: Abaixo a linha de oclusão Supraversão: Acima da linha de oclusão Torsiversão ou Giroversão: Giro longo eixo Transversão: Ordem errada no arco Classificação de Angle Utilizada para classificar as principais maloclusões em pacientes no sentido ântero-posterior de acordo com a posição do 1° molar permanente e seu antagonista.. Princípios Basicos: “ O corpo da mandíbula e seu correspondente arco dentário devem ocupar, na anatomia craniana, uma posição normal mesio-distal ou ântero-posterior” Ele vai chamar essa posição normal de chave de oclusão pq segundo Angle, os primeiros molares permanentes ocupam uma posição fixa e definida em relação à anatomia craniana” Vantagens: 1 Tradicional 2 Prática + Popular 3 simples 4 Clara Desvantagens: Fabiana Peçanha 2021.1 1 Não considera discrepância no plano vertical ou lateral 2 Baseada na posição fixa do 1° molar superior 3 Puramente Dentária Divisão em Classes: Para eu dizer que o paciente é classe 1 o primeiro molar superior precisa ter exatamente sua cúspide mesio- vestibular intercuspidada no sulco mesio-vestibular do 1° molar inferior, os 1° molares possuem 5 cúspides, sendo 2 linguais e 3 vestibulares, isso serve tanto para classe 1 quanto para chave de oclusão Se eu digo que o paciente tem apenas uma chave de oclusão, isso quee dizer que ele tem uma oclusão normal. Porém se ele tiver uma mordida aberta, exagerada, diastema ou apinhamento já é considerado maloclusão de classe 1. Na classe 11, o meu molar inferior vai esta retropossicionado em relação ao molar superior Na classe 111 é uma situação inversa a classe 11, uma vez que a cúspide mesio-vestibular esta atrás do sulco mesio-vestibular do 1° molar inferior Oclusão Normal A oclusão normal, ela é muito parecida no quesito posição de 1° molares em relação a classe 1, tanto na oclusão normal quanto na classe 1, eu vou ter os meus molares em chave de oclusão, a diferença é que na classe 1 vai ter outros problemas oclusais. protrusivos preservadas. Basicamente esses são os fatores que vão determinar que o paciente tenha uma oclusão normal. Oclusao Normal Composicão de Vários Fatores 1- Primeiros molares em chave de Oclusão 2- Caninos em chave 3- Ausência de diastemas 4- Ausência de apinhamento 5- Corretas Inclinações dentárias 6- Sobremordida Ideal 7- Sobressaliência Ideal 8- Pontos de contatos Adequados 9- Ausência de Dentes Cruzados e contatos oclusais equilibrados. Classe 1 : Neutroclusão Maloclusão caracterizada por uma correta relação mesio-distal entre o corpo da mandíbula e a estrutura craniana, os 1° molares vão esta em chave de Oclusão. Mas se o molar está em chave de oclusão, por que a classe 1 é uma maloclusão? Pq envolve outros problemas como, inclinações ruins, diastemas apinhamentos, mordida cruzada e ainda assim meus molares estarem em chave. Nesses casos o paciente é classificado como classe 1. Características; A oclusão normal, não é so dependente da posição de 1° molares permanentes mas sim uma composição de vários fatores. Para ser considerado uma oclusão normal, o paciente não deve ter qualquer problema oclusal. Pontos de contatos ideiais, não ter diastemas ou apinhamento, o paciente deve ter alinhamento e nivelamento ideias, no caso da dentição permanente deve haver uma sobremordida ideal de no máximo 30%. Deve ter uma saliência ou overjet de do máximo 3mm, guias decaninos e guias de incisivos Perfil facial: reto, podendo ser converso Bioprotrusão: molares em chave e incisivos inclinados para frente Tipo facial: Normalmente é o mesocéfalo, aquele paciente que tem os terços da face proporcionais Fabiana Peçanha 2021.1 Ausência de Problemas esqueléticos Pequenos Desvios dentários Classe 1: Biprotusão Variação da classe 1 Molares em chave de oclusão Incisivos Vestibularizados O que acaba gerando no paciente um perfil convexo Para avaliar perfil, vamos traçar 2 linhas na glabela até o sub nasal e do sub nasal ate o mento, se essa linha for pra trás o perfil é convexo. Classe II Diferente da classe 1, vai ter alteração na posição de primeiros molares, onde o 1° molar superior fica a frente do 1° molar inferior, ou seja, a cúspide mesio- vestibular esta posicionada mesialmente ao sulco vestibular do 1° molar inferior. Também chamada de distoclusão, a classe 11 é caracterizada por uma posição mais mesial da maxila em relação a mandíbula, ou seja 1° molar superior mesial em relação ao inferior. Ela pode ser dividida ainda em 2 grupos: 1 Divisão 2 Divisão E dái ainda temos uma outra divisão que é chamada de subdivisão, isso pode acontecer tanto para classe 11 quanto para classe 111. E O QUE É ESSA SUBDIVISÃO? Vamos supor que o paciente tenha o lado direito classe 11, enquanto os dentes do lado esquerdo estejam em classe 1, em chave, automaticamente vamos dizer que esse paciente tenha uma subdivisão, melhor dizendo, ele so tem classe 11 em um lado. Caso tenha classe 11 tanto lado esquerdo quanto direito, não iremos adotar a palavra subdivisão, mas se o paciente tiver classe 11 de um lado e classe 1 do outro, ele é classe 11 primeira ou segunda divisão e subdivisão do lado que ele tenha classe 11. Exemplificando: Se o paciente tem classe 11 do lado direito a subdivisão vai ser do lado direito, se a classe 11 é do lado esquerdo a subdivisão também será esquerda. Caracterísitcas classe II- Primeira Divisão Relação distal do corpo da mandíbula e o correspondente arco dentário com a estrutura craniana Os incisivos superiores apresentam-se com inclinação axial labial Primeira coisa que vou avaliar para saber se o paciente é classe 11 ou 111 é a posição de molar, se a cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior estiver posicionada mesialmente ao sulco mesio- vestibular do primeiro molar inferior ele é classe 11, em seguida vai ser avaliado se é 1 ou 2 divisão. O que determina se o paciente é 1 ou 2 divisão é a posição de incisivos. Quando os incisivos superiores apresentam uma inclinação axial labial ou vestibular é 1 divisão. Algumas características que os pacientes classe 11 primeira divisão podem ter: 1- Sobremordida exagerada 2- Overjet Acentuado 3- Arcos estreitos, projetado e em forma de V 4- Palato profundo 5- Hiperatividade do músc. Mentoniano 6- Associado a Respiração Bucal Características: Perfil facial: Convexo Tipo facial: Dolicocéfalo ou face mais alongada sem harmonia entre largura e altura Lábio superior Curto Incisivos a mostra Base do nariz estreita Mandíbula para trás Fabiana Peçanha 2021.1 Características Classe II - Segunda Divisão Enquanto na primeira divisão dos incisivos superiores estão inclinados para vestibular, na 2 divisão os incisivos centrais vão está verticais ou inclinados para lingual e os incisivos laterais inclinados para a vestibular Características: Sobremordida exagerada Apinhamento anterior superior Associado a respiração Nasal Incisivos laterais superiores inclinados para vestibular e mesial Arcos amplos e achatados na região anterior (Inclinação lingual) Paciente: Tipo facial: Normalmente é o branquicéfalico Boa competência labial Falta de harmonia ântero-posterior Perfil facial: Levemente Convexo Na classe 11 a subdivisão acontece da mesma maneira Maloclusão caracterizada por uma relação distal do corpo da mandíbula e o correspondente arco dentário com a estrutura craniana apenas de um lado Os incisivos superiores apresentam-se verticais ou com inclinação lingual Classe III Mesiooclusão Relação mesial entre o corpo da mandíbula e (correspondente arco dentário) em relação a estrutura craniana, ou seja, o 1° molar inferior vai esta mesialmente posicionado em relação ao superior. Paciente classe III pode desenvolver: Mordida profunda ou aberta Mordida cruzada anterior Mordida cruzada posterior Inclinação lingual dos incisivos inferiores Perfil facial: Côncavo Tipo facial: Meso, braqui ou dolico Deficiência maxilar (maxila pequena) Mandíbula para frente Mento pronunciado Da mesma forma como a classe II, na classe III também pode ter subdivisão Recaptulando: Vou ter na oclusão normal meu paciente vai ter chave de oclusão onde a cúspide mesio-vestibular ta intercuspidando no sulco mesio-vestibular do 1° molar inferior e todas aquelas carcaterísticas de normalidade Posso ter o paciente de classe I onde o paciente mantém a posição ideal de 1° molares, porém vai ter algum outro problema como inclinações equivocadas, apinhamentos, diastemas e por ai vai. Na Oclusão de classe II primeira divisão eu tenho meu primeiro molar superior posicionado a frente do 1° molar inferior e os incisivos inclinados para a vestibular Na segunda divisão, vamos ter os incisivos centrais retro inclinados e os lateria podem estar inclinados para vestibular ou até mesmo para mesial. Por fim na classe III eu tenho uma situação oposta da classe II, onde a cúspide mesio-vestibular do superior vai esta posicionada distalmente ao sulco mesio vestibular do 1° molar inferior. Fabiana Peçanha 2021.1 Etiologia das Maloclusões Fatores Extrínsecos e Gerais : - Hereditariedade - Moléstias ou deformidades congênitas - Meio ambiente - Metabolismo e enfermidades predisponentes - Problemas dietéticos - Hábitos e desvios funcionais Meio Ambiente: Com relação aos fatores extrínsecos ou gerais no que diz respeito ao meio ambiente, ele pode ser sim um fator causador de maloclusão que pode ocorrer tanto antes do nascimento, quanto após o nascimento ou seja, pode exercer Influências pré-natais quanto pós-natais. Influências Pré-natais: Um exemplo importante dessas influências pré-natais é a posição intra-uterina do feto, a depender da posição do feto pode afetar a estrutura esquelética e consequentemente assim afetar a posição maxilares entre si. Influências Pós-Natais: Já nas influências pós-natais tem situações que podem interferir no desenvolvimento dentário e consequentemente no desenvolvimento da oclusão, que são: Uso de drogas durante a gravides Traumatismo na Atm Trauma nos dentes Traumas nos maxilares Uso de medicamentos Hábitos Nocivos Metabolismo e Enfermidades Predisponentes: No que diz respeito a esse fator, doenças como Sarampo, neuropatias e distúrbios neuromusculares, outros distúrbios endócrinos como alterações hormonais, tudo isso pode influenciar na oclusão Todo esse conjunto de fatores, faz com que todo sistemas estomatogntaico acabe sofrendo durante seu desenvolvimento/crescimento e consequentemente o paciente pode desenvolver algum tipo de alteração na posição esquelética ou dentária, causando assim maloclusões. Problemas Dietéticos Outro fator importante é em relação aos problemas dietéticos e dentro desse fator, vamos ter 2 divisões, que é a Natureza do alimento e as Deficiências NutricionaisNatureza do alimento: Com as modificações dos hábitos alimentares ao decorrer dos séculos e se adaptando a novas necessidades naturalmente a estrutura craniana e dentaria foram se modificando. Nos nossos antepassados a quantidade de molares eram muito maiores, existia muito mais a presença de 4 molares pq naquela época a dieta era muito mais crua, alimentos mais fibrosos. Com a evolução da espécie, o ser humano modificou o tipo de dieta.. Se tratando de deficiências nutricionais, sabemos que para termos um bom desenvolvimento esquelético e também dentário é importante que a criança tenha uma alimentação saudável, balanceada, rica e ´se sempre necessário que o leite materno seja em abundância e muitas crianças não têm esse acesso Hábitos e Desvios Funcionais Falar de hábitos e desvios funcionais é importante para a ortodontia pois são os maiores causadores de maloclusões nas crianças. Sucção distal, sucção de dedo, chupeta, mamadeira, tudo isso são potenciais causadores. Fatores Etiológicos Intrínsecos ou Locais O 2 grande grupo no que diz respeito essa divisão didática. Como o próprio nome já diz, fica mais fácil entender pq dividimos em fatores extrínsecos ou gerais e fatores intrínsecos ou locais Como podemos perceber, os fatores intrínsecos são aqueles mais localizados, envolvidos diretamente com a unidade dentária que termina sendo potencial causadores de maloclusões. 1- Anomalias De Número- Ou o paciente pode ter muitos dentes, ou menos Fabiana Peçanha 2021.1 2- Anomalias de tamanho: Maior ou menor que o ideal 3- Anomalias de forma: Alterações da forma natural dos dentes 4- Anomalias de posição: Unidade dentária errupcionada em local inadequado, equivocado do normal Iniciando pelas anomalias de número, pacientes vão ter dentes supranumerários ou ausência de dentes ou agenesia dentárias. DENTES SUPRANUMERÁRIOS: Diagnóstico: Exame clínico e/ou radiográfico Frequência (> maxila): mesiodens que são dentes posicionados na linha média, em seguida temos os incisivo lateral, 3 molar. 4 molar Consequências: Impactação de dentes permanentes, desvio axial dos dentes adjacentes, ausência de intercuspidação, evolução cística, apinhamento dentário. Se eu tenho dentes a mais do que habitualmente normal obviamente vou ter apinhamento Condutas: Exame clinico/radiográfico, exodontia (higidez ou presença de cárie, forma e tamanho, posição), correção ortodôntica, associação de condutas DICA: Contar os dentes! As vezes pode passar despercebido AUSÊNCIA DE DENTES Podem ser do tipo congênitas que é quando o paciente já nasce sem alguns dentes, ou provocada quando ocorre por algum acidente, trauma ou cárie. Esaa agenesia congênita pode ser dividida em 3 grupos: Anodontia – Total Oligodontia – Mais de 6 dentes Hipodontia – De 1 a 6 dentes As causas que geram essas alterações estão associadas com anomalias de desenvolvimento, condições sistêmicas, hereditariedade Consequências: Diastemas, desvios de linha média, migração dos dentes adjacentes, ausência de intercuspidação, retenção prolongada dos dentes decíduos Hpodontia ocorre com mais frequência: 1- 3° molares (25% da população) 2- Incisivos laterais superiores (0,8 – 4% da população) 3- 2° pré-molar inferior 4- 2° pré-molar superior Consequências Clínicas: Presença de espaços no arco Giro de dentes Inclinação dos dentes vizinhos Extrusão do dente antagonista Condutas: Exame clínico/radiográfico Tratamento ortodôntico Manutenção, recuperação ou fechamento de espaço Prótese dentária/implantes Tratamento Interdisciplinar ANOMALIAS DE TAMANHO MICRODONTIA X MACRODONTIA Relativa Generalizada Localizada Origem : hereditariedade Tamanho do dente x Tamanho da arcada Apinhamento x Espaçamento MACRODONTIA: Ela pode ser generalizada verdadeira quando o paciente por exemplo tem uma condição de gigantismo ptuitário (raro) Generalizada Relativa: Quando falta proporção dente/osso ou seja, o dente é muito grande em relação ao osso de suporte Localizada: Quando o próprio paciente relata “um dente grande”. Pode ser evidente ou não MICRODONTIA: Na mesma forma que na macro, ela pode ser generalizada verdadeira pela condição sistêmica de Nanismo Ptuitário Generalizada Relativa: Falta de proporção dente/osso Diastemas generalizados Localizada: Dente específico na arcada com tamanho pequeno Fabiana Peçanha 2021.1 Consequências : Diatemas (micro) Apinhamento (macro) Migração de dentes adjacentes Interferências Oclusais Prejuízo Estético Conduta: Exame clínico/ radiográfico, desgastes interproximais, exodontia, prótese. Ortodontia, Tratamento multidisciplinar ANOMALIAS DE FORMA 1- Fusão: Dentes com câmaras pulpares separadas, ligadas por dentina 2- Geminação: Dentes com cãmaras pulpares em comum 3- Concrescência: Dentes unidos pelo cemento 4- Cúspide em garra (Saliência palatina) na maioria das vezes fator desencadeante da maloclusão 5- Coroa em pá 6- Molares em amora 7- Incisivos de Hutchinson (sífilis congênita, forma de barril) ou fendas nos incisvos 8- Taurodontia (grande volume pulpar 9- Dilaceração radicular 10- Dente conóide Consequências: Diastemas Apinhamento Migração de dentes adjacentes Interferências Oclusais Prejuízo estético Condutas: Exame clinico/radiográfico, desgastes seletivos, exodontia, reabilitação/reanatomização, ortodontia, tratamento multidisciplinar ANOMALIAS DE POSIÇÃO É quando o dente do paciente vai se posicionar em um lugar errado. 1- Transposição: Quando uma unidade dentária ela erupciona no lugar de outra ex: incisivo lateral no lugar do central 2- Retenção prolongada de decíduos: Pode ser causada pela questão hereditária, reabsorção radicular atípica, ausência do permanente, posicionamento inadequado do sucessor, doenças e distúrbios metabólicos e a anquilose 3- Perda precoce de dentes decíduos: Cárie e trauma são as principais causas principalmente em crianças por consequência causando migração patológica dos dentes vizinhos, fechamento dos espaços, extrusão do dente antagonista e diminuição do perímetro do arco-apinhamento.. Conduta Clínica: Supervisão de espaço Manutenção de espaço Recuperação de espaço O que vai determinar o tipo de conduta é o dente que foi perdido, o tempo que foi perdido e as consequências dessa perda 4- Atraso na erupção do dente permanente: Causas: Restos radiculares de dentes decíduos, dentes supranumerários, gengiva muito fibrosa, osso esclerosado-perda precoce de dente decíduo, cistos /tumores e trauma Consequências: Migração patológica dos dentes decíduos: fechamento dos espaços Diminuição do perímetro do arco: apinhamento 5- Cáries interproximais/restaurações inadequadas: Ponto de contato alterado, dentes inclinados 6- Erupção ectópica: Pode acontecer fora do local adequado por falta de espaço Fabiana Peçanha 2021.1 7- Anquilose: Fusão do cemento com o osso alveolar (ausência do ligamento periodontal). Pode acontecer em decíduos quanto em permanentes) Causas Primárias: Defeito de formação do ligamento periodontal Causas Secundárias: Distúrbios metabólicos ou traumatismos Apresenta-se em infra-oclusão em relação aos seus vizinhos (abaixo do ponto de contato) Lembrando sempre queo diagnóstico é clínico não sendo necessário radiografar Consequências: Inclinação dos dentes adjacentes, extrusão do antagonista, diminuição do perímetro do arco. Tratamento: Vai depender da presença, posição e condição do sucessor permanente 8- Diastemas: Espaços ou falta de ponto de contato entre dois ou mais dentes consecutivos. Podem ser: Fisiológicos: Dentição decídua ou mista Patológicos: Dentição permanente : Diagnóstico correto+ Bom tratamento + Contenção Adequada = Sucesso Tratamento interdisciplinar 9- Cistos e tumores: Podem desviar desviar os dentes dos seus devidos lugares de errupção Considerações Finais - Existem muitos fatores causais de má oclusão - Para cada fator etiológico existem condutas adequadas - Independentemente, um bom diagnóstico é fundamental! Hábitos Normais de Pressão De forma didática, são divididos em hábitos Intrínsecos (relacionados a própria cavidade bucal) e Extrínsecos (fatores extrínsecos a boca) Nos hábitos intrínsecos temos 6 aspectos a ser considerados: 1- Deglutição Atípica 2- Fonação Atípica 3- Repouso da Língiua 4- Respiração Bucal 5- Interposição Labial 6- Mordedura de bochecha Nos hábitos extrínsecos, vamos ter os seguintes fatores: 1- Mamadeira 2- Chupeta 3- Dedo 4- Objetos 5- Postura Antes de tudo é importante entendermos a diferença da Deglutição Infantil x Deglutição Adulta Na DEGLUTIÇÃO INFANTIL: a pressão negativa necessária no processo de deglutição é exercida interpondo-se a língua entre os roletes gengivais Na DEGLUTIÇÃO ADULTA: Pouca atividade dos lábios e bochechas. Contração dos elevadores da mandíbula, levando os dentes em oclusão. A língua é posicionada atrás dos incisivos superiores (com o dorso tocando no palato) DEGLUTIÇÃO ATÍPICA A deglutição se torna atípica quando existe a persistência predominante do reflexo da deglutição infantil após a irrupção dos dentes permanentes FONAÇÃO ATÍPICA ela acontece de forma simultânea do mesmo jeito que o paciente projeta a língua para anterior durante a deglutição, durante a fonação ele também faz essa projeção e aí termina acontecendo uma alteração na pronúncia de alguns fonemas, o diagnóstico na maioria da vezes é fácil, no próprio conversar com o paciente percebe-se que ele projeta a língua durante a pronúncia de alguns fonemas mas mesmo assim se ficar na dúvida, via de regra a gente sempre pede que o paciente faça uma contagem de números simples, 60 - 70 e daí durante Fabiana Peçanha 2021.1 essa contagem percebemos se ele projeta a língua entre os dentes A fonação atípica e deglutição atípica acontecem de forma simultânea na maioria dos casos O hábito de posicionar a língua incorretamente no repouso é o fator mais deletério, devido ao maior tempo demandado. Deglutição atípica + postura normal em repouso = sem significado clínico Deglutição atípica + postura anterior em repouso = alterações dento-alveolares POSIÇÃO DA LÍNGUA fatores influenciadores - Crescimento ósseo x crescimento da língua (finaliza muito antes do crescimento maxilo mandibular, então a língua tem seu crescimento muito mais precoce isso faz com que o paciente tenha uma macroglossia transitória) - Atividade respiratória (asma, dificuldades respiratórias fazendo com que o paciente fique continuamente com a boca aberta projetando assim a língua para baixo e anterior) - Tecido linfoide ( inflamação das amígdalas) - Distúrbios neurológicos (Coordenação motora) É importante a gente saber diferenciar quando o paciente ta passando por uma macroglossia transitória ou quando de fato tem uma macroglossia verdadeira que é quando existe um tamanho lingual muito maior que aquela cavidade bucal suporta Sempre que um paciente é respirador bucal, sua língua projeta-se para anterior, permitindo que o ar passe pela orofaringe, as inflamações constantes nas amígdalas podem condicionar a um posicionamento anterior da língua como já foi dito. Nos distúrbios neurológicos também podem acontecer com a frequência um pouco menor Qualquer má oclusão gerada por hábitos, ela está associada à três fatores: - Duração - Frequência - Intensidade A combinação desses três fatores chamamos de tríade de graber . Ex: se o paciente tem o hábito de sugar o dedo 1 vez por mês, dificilmente isso vai acarretar em uma má oclusão, porém se ele suga esse dedo todos os dias com uma força muito grande durante a sucção, a chance é muito grande COMO TRATAR? Por meio de Grade Palatina= Aparelho fixo cimentado que também serve como uma barreira para que essa língua não se interpõe Pode ser posicionada tanto no arco superior quanto no inferior, o que determina isso é a maneira que a língua está posicionada para frente, a altura. Se ela estiver muito baixa obviamente a opção mais indicada é a grade inferior apesar de ser pouco comum.. Porém via de regra a maioria ocorre na superior. Ela pode se fixa ou móvel e o que determina qual modelo usar é a cooperação do paciente Um outro tipo de aparelho utilizado para corrigir esse posicionamento anterior da língua são os esporões, ou barra com esporões, são aparelhos fixos que na região anterior da barra existem esporões, pontas Fabiana Peçanha 2021.1 mais ou menos afiladas e essas pontas fazem também uma barreira para que essa língua não se projete para frente. Eles também podem ser chamados de spurus ou pontas ativas. Usado bem menos que a grade palatina por questões de conforto. Um ponto importante antes de indicar a barra de esporões é avaliar a mobilidade da língua. Não é incomum o paciente ter o freio lingual muito alto, próximo do ápicie isso faz com que o paciente tenha uma mobilidade de língua muito diminuída e obviamente se esse paciente já tem mobilidade diminuída e coloca um aparelho desse, ele não vai conseguir colocar ou posicionar a língua para posterior por conta desse limite físico por conta do freio. O tratamento não se resume só na colocação desses aparelhos, um acompanhamento também pelo fonoaudiólogo. Quando indicar? Antes depois ou durante o tratamento com aparelho? Obs: Nunca vamos indicar antes, pq é muito complicado para o fono conseguir fazer com que o paciente execute o aprendizado com a forma alterada principalmente em casos de mordida aberta Podemos indicar durante e principalmente após, porém sem sombra de dúvidas após é o momento mais indicado para indicar o fonaudiologo RESPIRAÇÃO BUCAL Na respiração normal (nasal), os lábios se mantém fechados, fazendo com que a língua permaneça em contato com o palato é importante diferenciarmos também a respiração normal da respiração bucal. Já na respiração bucal a gente vai ter a boca aberta, a língua fica mais baixa, não tem esse contato da língua com o palato, contraindo a arcada, então o fato de tirar a pressão da língua que e uma pressão interna no palato faz com que eu so tenha a pressão externa dos músculos buscinadores e consequentemente se tem uma contração do arco superior, corre o risco desse paciente desenvolver uma mordida cruzada (quando a arcada superior é atrésica ou seja diminuída no sentido transverso em relação á arcada inferior) Como Diagnosticar se o paciente tem respiração bucal? Visualmente no próprio consultório vai perceber no repouso a boca fica aberta respirando e mesmo se ele não estiver vamos partir para algumas formas de diagnóstico Da esquerda para a direita é a melhor forma para diagnosticar e a maneira rudimentar. Com um espelho dupla face posicionado entre o nariz e a boca do paciente e vai ver qual lado embaça. Se embaçar so a parte de cima, ele respira pelo nariz, se embaçar na parte de baixo, ele respira pelaboca.. A segunda forma é com espelho clínico, porém so tem um lado tendo que ver um dos lados por vez Ou em casos raros que não tenha espelho, pegue um algodão coloque embaixo do nariz ou na frente da boca e observe se o paciente puxa esse algodão durante a respiração. Se esse paciente for respirador bucal, se ele tem a respiração bucal rotineira vai ter consequentemente alterações faciais como é o caso da atresia da maxila por conta do posicionamento da língua mas o fato do paciente ficar com a boca aberta o tempo todo para respirar faz com que ele tenha uma face mais longa a base do nariz mais estreita, os lábios do paciente via de regra ficam mais ressecados por conta do ar passando ali sempre. Uma outra característica são as olheiras que ficam muito profundas Outro aspecto importante é a abertura tanto dentária como muitas vezes esquelética, a hiper-divergência tanto da maxila quanto da mandíbula, com o crescimento mais no sentido horário quanto na maxila é no sentido anti-horário, falta de selamento labial, uma vez que o paciente não consegue no repouso, selar o lábio. Fabiana Peçanha 2021.1 MÉTODOS TERAPEUTICOS para desenvolvimento de competência Labial Para educar esse paciente no quesito respiração obviamente tem que diagnosticar o pq esse paciente respira pela boca, se ele tem algum problema no nariz como uma obstrução nasal, comprometimento de desenvolvimento esquelético. Após a identificação do problemas, esse paciente vai ser reeducado com terapias e exercícios Mas na maioria dos casos, os problemas estão interligados e o tratamento termina sendo o mesmo. INTERPOSIÇÃO LABIAL Um outro habito intrínseco é a interposição labial, que ocorre quando o paciente coloca o lábio inferior por trás dos incisivos superiores. É comumente encontrado em paciente de classe II severos onde a mandíbula esta retroposicionada em relação a maxila e isso um geep (distância) sobresaliência aumentada entre os incisivos inferiores e superiores Essa sobresaliência aumentada faz com que o paciente tenha uma facilidade aumentada em posicionar em posicionar o lábio. MORDEDURA DE BOCHECHA Um desajuste do alinhamento dos dentes, ou um distúrbio neuromuscular pode fazer com que este sistema entre em colapso e ocorra o mordiscamento das bochechas internamente. Uma questão importante para diagnosticar é presença da linha alba evidenciada, uma linha branca que na verdade é a ceratinização da mucosa que temos na mucosa jugal, fruto dessa contratura dos músculos Também é um grande problema, devido as forças no sentido transverso que além da presença da linha alba o paciente pode ter uma atresia da maxila HABITOS EXTRÍNSECOS O aleitamento materno é, sem duvidas melhor para o desenvolvimento estomatognático do bebê O bico do seio promove um perfeito selamento labial para sugar o peito da mãe e o ideal é que esse aleitamento seja mantido ate a irrupção dos incisivos e depois disso podendo utilizar a mamadeira. MAMADEIRA A mamadeira dificilmente vai causar má oclusão ela é um potencial causador apenas se prorrogado por muito tempo, o que normalmente não é o que acontece, pq na maioria dos casos as mães persistem com as mamadeira. por um bom tempo e intensidade O tipo de bico influencia sobre maneira os potenciais efeitos, tanto a mamadeira quanto a chupeta, elas tem que ser preferencialmente ortodônticas que tenham bico na base fino. Furar o bico da mamadeira não é interessante pq não estimula o desenvolvimento da musculatura Apesar de ser incomum por conta do tempo que se usa, caso haja o habito, pode acontecer mordida aberta anterior. É a má oclusão mais comum do habito de sugar mamadeira Via de regra, para tratamento é aconselhado a grade palatina fixa ou removível dependendo de cada especificidade do paciente. Fabiana Peçanha 2021.1 CHUPETA Outro habito extrínseco é a chupeta, muito mais comum e o ideal é orientar os pais para que a criança tenha uma única chupeta e evitar amarrar na roupa pq ela acaba incorporando como algo próprio, tornando assim mais difícil de remover o habito É valido ressaltar que a chupeta NUNCA é indicada, ela deve ser proposta apenas para acalentar o bebê, precisamente durante o sono. Com relação anatomia da chupeta, ela deve ser ortodôntica com o bico curvado para que exista uma adaptação melhor da língua, simulando o seio materno. Se possível ainda, um bico mais fino na base isso é importante pq termina fazendo com que os dentes não tenha tanta distancia entre si sofrendo pouca interferência. Uma outra coisa a ser orientada aos pais é que esse habito deve ser precoce, por volta dos 2 anos, desta forma o próprio organismo tende a desfazer a maloclusão. Um método no caso da chupeta, é furar o bico tornando o seu uso menos prazeroso para a criança, porém a conversa é o melhor caminho para tentar desencorajar o uso. DEDO É um habito muito mais nocivo que a chupeta e o fato do paciente começar sugar o dedo é um habito muito difícil de ser removido por se tratar de uma estrutura própria do paciente por isso que e interessante tentar mitigar qualquer habito de forma mais sutil, precocentemente possível para que façamos isso de forma gradativa, não sendo remoção brusca para que o paciente não desenvolva hábitos piores. O habito de sugar o dedo pode ser o polegar que e o mais comum, mas pode ser também outros dedos, inclusive mais de um dedo até mesmo dedo dos pés. O formato do arco que se desenvolve depois do hábito esta estabelecido é um formato característico de projeção de incisivos superiores de retroinclinação dos incisivos inferiores, contração do arco superior e mordidas cruzadas posterior. Nos dentes superiores, eles vão sofrer uma vestibuloversão, enquanto que os dentes inferiores, uma línguoversão justamente por conta do posicionamento do dedo. A época de instalação do hábito é decisiva para o desenvolvimento da maloclusão Quanto mais precoce esse paciente começa o habito, maior é a chance de desenvolvimento de uma maloclusão do tipo mordida aberta, se ele começa mais tardiamente a chance de desenvolver consequentemente é menor, principalmente se já tiver dentes permanentes. MORDER OBJETOS O habito de morder objetos como caneta, roer unha que a depender da frequência e/ou intensidade pode gerar maloclusões além de gerar problemas estomacais. HÁBITOS COMUNS Relacionado com a postura, são menos comuns de causar maloclusçoes, porém existe e não e impossível Tem a ver com a forma que a criança dorme ou estuda dependendo da duração e frequência. ABODAGEM TERAPEUTICA para remoção do Habito Fabiana Peçanha 2021.1 Já vimos anteriormente que as grades palatinas e barras de esporoes fixos ou removíveis podem ser uma alternativa. Porém não adianta entrar so com a abordagem terapêutica para tratar problemas oclusais. Precisamos também remover o hábito que na maioria dos casos é a etapa mais difícil. Existem 3 tipos de pacientes: I – Interrompem espontaneamente II – Querem Interromper III- Não desejam interromper (mais difícil de se tratar, necessitando de uma terapia psicológica muito mais efetiva) É importante a orientação aos pais para que não interrompa o hábito de forma súbita pq pode desenvolver ate problemas psicológicos, tendências anti-sociais COMO ABORDAR? A conversa com o paciente, tratando ele como uma pessoa que entende, faz com que ele crie uma certa responsabilidade, importante aos pais não reprimir a criança (bater, colocar de castigo, tirar algum brinquedo) Uma outra alternativa é o esparadrapo ou luva que é um tipo de barreirafísica, porém a terapia psicológica ainda é a melhor alternativa. . Elementos do Diagnóstico Ortodôntico Os elementos de diagnóstico nada mais são do que ferramentas que a gente vai precisar utilizar para conseguir fazer nosso diagnóstico e assim consequentemente planejar o tratamento. Basicamente de forma didática a gente divide os elementos essenciais e os elementos complementares do diagnóstico ortodôntico. ESSÊNCIAIS: - Anamnese/história do caso: identificar toda historia médica e odontológica do paciente, identificar possíveis alergias, doenças previas assim também como procedimentos odontológicos que essa paciente já tenha feito Mas antes de mais nada, na anamnese a gente vai identificar o paciente, um outro ponto muito importante durante a anamnese é identificar a queixa principal , pq é essa queixa que levou o paciente até seu consultório/ambulatório Dentro da queixa da orto é importante saber se o paciente já usou algum tipo de aparelho prévio, uma vez que sabemos que os aparelhos ortodôntico em via de regra podem causar reabsorções radiculares, porém alguns tratamentos podem causar reabsorções severas e por isso é importante saber se o paciente já usou aparelho antes. Potencial de crescimento é indispensável saber, principalmente em tratamentos infantis como por exemplo saber identificar se essa criança esta próxima do “pico de crescimento” Alergias a medicamento, comida, material tipo níquel é descoberto também na anamnese. Investigar se tem crises frequentes de garganta, o que gera uma postura anterior de língua, investigar os hábitos, uma vez que eles são maiores causadores de maloclusão Ainda dentro da anamnese é interessantes refletir sobre essa frase “Nunca trate alguém que não conheça” Ela quer dizer que é necessário conhecermos nossos pacientes, saber como é o perfil psicológico, se é criança cooperadora ou rebelde (no casos de pacientes pediátricos) que muito influencia na intervenção terapêutica - exame físico/clínico: Que consiste no exame direto no paciente coletando informações de características faciais; - tipo facial do paciente, se é dolicocefálico, possui fase alongada ou se ele é braquiocefalico aquele paciente com a face mais alargada ou mesio que é quando a face é proporcional - Análise facial: de acordo com as três variações citadas acima, ela pode ser feita por: Analise frontal, análise de perfil diagnosticando o paciente com perfil convexo, côncavo ou reto - Postura Labial em repouso: Nessas características faciais uma informação importante é a postura labial Fabiana Peçanha 2021.1 em repouso uma vez que é esse momento que percebemos se esse paciente consegue ter selamento labial de forma passiva ou se ele precisa forçar esse lábio para que aja o selamento. A simetria facial é de extrema relevância, onde é analisado as linhas médias do paciente e é feita com fio dental. O paciente posicionado de frente para o dentista avaliando de existe desvios ou não Na analise do perfil é feito no sentido antero-posterior, se ele tem perfil reto, côncavo ou convexo, pode ser feito tanto no terço inferior da face, como podemos fazer uma analise do perfil total do paciente Avaliar de forma criteriosa o tamanho dos lábios, coloração e selamento, isso da informação se esse paciente é um possível respirador bucal. É de extrema importância a avaliação de características funcionais como a : DEGLUTIÇÃO, RESPIRAÇÃO E FONAÇÃO. O exame intra-oral também é indispensável, analisar dentes e arcadas, contar o numero de dentes. - Avaliar os tecidos moles principalmente, tamanho, forma e postura da língua além da gengiva e mucosa jugal - Avaliação funcional : Posição postural de respouso que é a posição na qual os músculos elevadores e depressores da mandíbula estão relaxados ou se existe presença de espaçamentos entre as arcadas. Como é o padrão de fechamento mandibular, observar a presença de interferências e desvios mandibulares durante o fechamento Avaliar os movimentos mandibulares, observar protrusiva, lateralidade e respectivas guias, além de interferências oclusais nos movimentos, presença de clicks, crepitação ou estalido da ATM realizando palpação da atm nos movimentos de abertura e fechamento FOTOGRAFIAS Também faz parte dos elementos essenciais do diagnóstico utilizando o padrão BOARD que é um órgão nacional responsável por orientar normativas do diagnóstico e planejamento ortodôntico Ele sugere esse jogo de fotografias de 3 fotos faciais e 5 fotos intra-bucais. Outra ferramenta de diagnóstico considerada essencial, são os modelos de estudos. Eles podem ser tanto de gesso, quanto digitais a depender da disponibilidade que tenha para coletar essa informação. Os de gessos precisam ser feitos de uma boa moldagem e uma boa vasagem para ser preciso, os digitais são realizados através de escaneamentos intra-oral. Esses modelos nos forcem informações extremamentes importantes como presença de discrepâncias de tamanhos dentários, ou espaçamentos para alinhar os dentes, distancias intercaninos e intermolares. Fabiana Peçanha 2021.1 Possibilidade de ver o paciente de uma forma lateral Sobremordida e sobressaliência (visão de trás pra frente, geralmente impossível de ser alcançada se não for pela intercuspidação do modelo superior com inferior) Na analise de modelos a gente consegue fazer avaliação de assimetrias e discrepância de modelos onde medimos individualmente o tamanho mesio-distal de cada unidade e analisamos quanto de espaço precisamos para alinhar esse dentes na arcada desse paciente específico, analisando cada caso as vezes sendo necessário ate exodontias. Um outro recurso também utilizado para os modelos, tanto digital quanto de gesso são os set-up que é uma simulação do tratamento no modelo muito antes de instalar o aparelho no paciente para percebermos se o nosso planejamento é viável de ser executado. E o que podemos encontrar de dificuldade durante o caminho? No modelo de gesso a gente secciona dente por dente e depois montamos usando referencias representadas na figura com essa linha azul que utilizamos nessa montagem para testar o nosso planejamento. Com o avanço da tecnologia principalmente na odontologia, essas coisas foram facilitadas então conseguimos fazer o set –up de maneira digital através do scaner de maneira mais simples e rápida RADIOGRAFIAS São diversos os tipos de radiografias que podemos utilizar: Radiografia Panorâmica Radiografia Cefalometrica de perfil Radiografias Periapicais Radiografias Interproximais Radiografia Oclusal Radiografia de Punho e mão Radiografia Cefalométrica lateral em 45° Radiografia Cefalométrica póstero-anterior As que estão em negrito, são as essenciais que a gente pede com uma certa rotina em nosso consultório, as outras radiografias vem para complementar nosso diagnostico a depender do que e observado no ponto de vista clínico Podemos pedir uma oclusal por exemplo em um paciente que vai ser submetido a disjunção ortodôntica, de punho e mão para avaliação de crescimento. Cefalométrica lateral em 45° para avaliação de paciente com um perfil mais anterior (bem rara de ser pedida|) e a cefalométrica póstero- anterior na avaliação de assimetrias Para orto sempre pedir panorâmica em topo, não tem utilidade pedir uma outra que não seja em topo e nessa radiografia é avaliado a presença de dentes, paralelismo radicular, presença de condições como cistos e tumores, avaliar o formato do côndilo mandibular assim como nos pacientes em fase de crescimento e estágios de desenvolvimentos dentários Na radiografia cefalométrica de perfil, é a radiografia deescolha para fazermos nosso traçado cefalométrico As radiografias periapicais assim como as interproximais é para pesquisa de caries, avaliação de região apical Radiografia Oclusal: Como já foi dito não são radiografias presentes na nossa rotina, porem são importantes para avaliarmos dentes inclusos, supranumerários, apesar de que as tomografias hoje seriam ate mais indicadas para isso quando possível de serem feitas Radiografia Cefalométrica póstero-ânterior feitas para pesquisa de assimetrias porem so quando percebe Fabiana Peçanha 2021.1 algum tipo de assimetria clínica no nosso paciente e não e feita de rotina. EXAMES COMPLEMENTARES Como o próprio nome já diz são exames que vem a complementar os nossos exames essenciais entre eles o mais importante as tomografias, principalmente as tomografias cone beam, inclusive podemos extrair outros exames como a radiografia panorâmica, porem sem duvida alguma os exames complementares a tomografia cone beam é a mais pedida mas não é considerado um exame essencial por conta da quantidade de radiação que ela emite. Como já foi dito é possível extrair outros exames dessa tomografia quando feita da cabeça toda como a panorâmica e telerradiografia da tomografia como também outros tipos de corte como submento vertex que é uma imagem interessante podendo substituir a radiografia oclusal para avaliação dessa região Através da tomografia é possível fazer cortes da ATM para avaliar região temporomandibular apesar de a ressonância magnética ser o exame de escolha para essa região. Temos também a cintilografia óssea que é um exame que vai indicar quais sítios de crescimento estão em atividade, bem raro de ser solicitado mas interessante para pacientes que são diagnosticados ou que existem uma duvida com sitio de crescimento ainda ático mesmo sendo adulto Considerações finais Apesar de existir um protocolo de exames, deve-se avaliar a necessidade de cada um de forma individual para cada paciente A tecnologia evoluiu e continua a evoluir, trazendo não so melhorias na qualidade dos exames, como também na segurança deles principalmente os radiográficos Por fim, devemos ter o domínio e conhecimento das condições normais dos pacientes para assim poder extrair o máximo de cada exame, diagnóstico das anormalidades Supervisão e Manutenção Do Espaço Falar de manutenção do espaço inevitavelmente faaz com que a gente fale de perda precoce ate pq a intenção de se manter o espaço ou de se supervisionar o espaço durante o desenvolvimento dentário ele simplesmente acontece pq houve alguma perda precoce no paciente, entender que as duas coisas estão diretamente interligadas é fundamental no conhecimento desse conteúdo. É imprescindível que saibamos a dentição correta, entender os estágios de formação dentaria não so da dentição decídua como também na dentição permanente. Para consideramos que um dente foi perdido de forma precoce ele quer dizer que esse dente foi perdido antes do inicio do seu processo irruptivo que são os dois estágios super importantes, estagio 5 e estagio 6. E pq são estágios importantes? No estagio 5, é quando eu tenho a finalização da formação da coroa enquanto que no estagio 6 eu tenho a coroa completamente completa e então inicio da formação radicular que esta atrelado ao processo irruptivo do caminho da unidade dentaria da sua cripta óssea ate a cavidade bucal, então caso o paciente tenha perdido um dente decíduo enquanto o seu dente permanente esta ate o estagio 5 de nolla quer dizer que esse dente foi perdido de forma precoce A partir do momento que esse dente for perdido do estagio 6 em diante a gente não considera como perda precoce pq de fato o dente permanente já iniciou seu processo irruptivo. Decíduo perdido antes do estagio 6 Formação de osso + resistente retardo na erupção do permanente Decíduo perdido depois do estágio 6 Osso estará menos resistente aceleração na erupção do permanente Pq é importante falar sobre perdas precoces? Pq a partir do momento que eu tenho uma perda precoce de um dente, eu crio um espaço ali, referente aquele dente perdido e ai automaticamente os dentes vizinhos a que eles passam podem sofrer forças em três dimensões e consequentemente migrar para região do dente perdido Fabiana Peçanha 2021.1 Como consequência eu posso ter mesialização dos dentes mais distal a ele, posso ter distalização do dente mais mesial a ele ou uma extrusão de um dente antagonista a ele. Resumindo, posso ter inclinações e movimentações de dentes vizinhos pra região da unidade perdida e se isso acontece durante o desenvolvimento dentário vai ocorrer um colapso da oclusão e assim dificultar a erupção dos dentes permanentes que ainda estão por vir. Por isso que em muitos casos onde isso ocorre, é necessário quando o paciente tem perdas de dentes e diagnostica como perdas precoce é necessário que a gente intervenha fazendo a manutenção do espaço para garantir que esses dentes não migrem e assim consequentemente garantindo a erupção do dente permanente de forma fisiológica. PERDA DOS DENTES DECÍDUOS PRECOCEMENTE Etiologia: Cárie Traumatismos Reabsorção precoce das suas raízes Cárie: Ainda é uma das doenças mais comuns que podem causar danos severos. Uma carie interporximal por exemplo, e caso não tratada da maneira correta o dente pode migrar para aquela região aonde foi perdido o ponto de contato. Nesses casos o tratamento correto é devolver a saúde ao paciente mas também devolvendo os pontos de contato adequado evitando uma perda do perímetro do arco. A própria restauração bem feita é considerada um mantenedor de espaço. Traumastismos: Também é uma outra situação comum na infância e na adolescência e podem ser potenciais causadores de perdas precoces Reabsorção Precoce: Na reabsorção precoce, muitas vezes causadas por dentes inclusos IMPLICAÇÃO CLÍNICA PERDA PRECOCE DECÍDUOS Vai depender da unidade perdida, na verdade primeiro é necessário saber qual o dente foi perdido, a depender vai ter consequências mais especificas podendo ser: Incisivos Caninos 1° molares 2° molares Sempre que falarmos de perdas precoce, vou esta sempre me referenciando a dentes decíduos pq não existe perda precoce em dentes permanentes. INCISIVOS: São os dentes mais acometidos, estão localizados na região anterior do arco e estão mais susceptíveis a trauma que são umas das principais causas de perda precoce. E dai para decidir a conduta com relação a isso é necessário lembrar do arco tipo 1 e 11 de Baume. No arco tipo 1 temos espaços generalizados e o que isso quer dizer? Quer dizer por exemplo que se eu perder um incisivo já tenho espaço e se eu já tenho um espaço no arco tipo 1 e os dentes não migraram pq ele é fisiológico muito provavelmente mesmo que eu perca um dente decíduo eu vou ter alguma migração pq o paciente já tem esse arco com muitos espaços. A conduta para perda do arco tipo 1 de Baume, vai ser sempre a proservação e o acompanhamento. Então nesses casos não temos a necessidade funcional de repor esse dente de alguma forma com aparelho ou qualquer coisa que seja, a não ser nos casos em que ele desenvolva uma interposição lingual por conta do espaço edentulo ou bullying. Porém se o paciente tiver um arco tipo 11 de Baume, aquele arco que o paciente não tem praticamente Fabiana Peçanha 2021.1 espaços ou quando tem são apenas os espaços primatas nesses casos sim é importante que a gente utilize mantenedores de espaços pq caso esse paciente perca algumdente de forma precoce eu vou ter a tendência de migração dos dentes. Diferente do arco tipo 1 que tem espaços generalizados no arco tipo 11 eu tenho pontos de contatos entre os dentes entaõ caso esses pontos de contatos sejam perdidos por conta de uma perda precoce eu posso sim ter a migração dos dentes vizinhos de antagonistas para região causando fechamento do espaço e assim dificultando a erupção do dente sucessor permanente. Para correção utilizamos placa com grampos de retenção + dente de estoque que pode acontecer em 1 ou ate 4 dentes . Ambos os aparelhos mesmo com uma unidade só ou os 4 incisivos eles são feitos em acrílico, então temos acrílico tanto na região de palato, pode ser no arco inferior e o que isso quer dizer? O acrílico é um material resistente assim como os fios de aço que estão também incorporados nesse aparelho, não altera de tamanho, quanto que de forma oposta essa criança esta em crescimento é necessário ter muito cuidado com esses aparelhos mantenedores de espaços. CANINOS Mais frequente na mandíbula Unilateral: Diminuição do perímetro e desvio da linha média Bilateral: Diminuição do perímetro do arco Se eu tenho uma perda do canino vai ocorrer a inclinação dos incisivos para lingual em direção ao espaço posso ter a mesialização do1 molar decíduo ou ate mesmo do 2° molar para a região perdida do canino e numa situação mais extrema eu posso ter o fechamento do espaço para irrupção dos caninos permanentes e pre-molares O QUE FAZER? Em casos que diagnostique perdas precoces de maneira mais rápida a gente pode fazer a manutenção do espaço com aparelho removível em acrílico, uma outra situação é a utilização de aparelhos físicos como a barra lingual como visto na imagem a direita 1° MOLARES DECÍDUOS Qual a consequência da perda do 1° molar? Posso ter mesialização desse dente e o fechamento de espaço para erupção dos pré-molares principalmente O QUE FAZER? Dependerá da situação do 1° molar permanente para definir nossa conduta avaliando a posição Posso ter 3 situações que ocorre no nosso dia a dia clínico que são; 1- Antes da irrupção do 1° molar permanente 2- Durante a irrupção do 1° molar permanente 3- Após a irrupção do 1° molar permanente A cada situação dessas, eu vou ter uma conduta. No caso 1 devo fazer uma manutenção do espaço pq a irrupção do 1° molar permanente pode gerar uma força mesial e terminar empurrando o 2° molar decíduo para região do dente perdido Fabiana Peçanha 2021.1 A segunda situação, durante a irrupção do 1° molar permanente é muito similar a anterior onde eu também vou ter essa força mesial causada pelo primeiro molar permanente podendo gerar a mesialização do 2 molares decíduos e assim o fechamento do espaço da perda precoce causando a impação dos pre-molares sendo necessário o mantenedor de espaço Já a terceira situação, que ocorre após a irrupção do 1° molar permanente nesses casos não é obrigatório de imediato a gente realizar a manutenção do espaço pq a própria oclusão pode se encarregar dessa estabilidade e dificulte a mesialização dos dentes, ainda assim fazemos um controle medindo esse espaço de forma periódica 3 em 3 meses e a cada reavaliação dessas observar se o espaço se mantem o mesmo ou se esta sendo perdido. 2 ° MOLARES É o caso mais grave! Pq são os dentes decíduos mais próximos dos 1° molares permanentes então sua perda precoce termina causando inevitavelmente mesialização do 1° molar permanente. PLANEJAMNETO DO MANTENEDOR O mantenedor é utilizado quando ainda não ocorreram migrações dentárias, caso contrário, precisamos primeiro realizar uma recuperação de espaço 1 - Determinação do espaço disponível, medir esse espaço com compasso de pontas secas como também um paquímetro digital 2- Tempo decorrido desde a perda buscar essa informação na anamnese 3 – Avaliação da idade dental principalmente do ponto de vista radiográfico, como se encontra a formação radicular e coronária 4 – Sequencia de Irrupção 5 – Presença de germe do dente Sucessor QUAIS REQUISITOS MEU MANTENEDOR PRECISA ATENDER? Manter a largura mesio-distal Evitar a extrusão do antagonista Permitir a irrupção do dente permanente Não lesar os tecidos moles Baixo custo e fácil confecção Independer da cooperação do paciente Restabelecer a estética e função Não impedir o crescimento e desenvolvimento das arcadas Antes de qualquer tipo de aparelho, o próprio dente do paciente é um mantenedor de espaço natural, por isso na verdade a indicação da remoção de um dente decíduo deve ser feita apenas se esse dente realmente não for passível de uma restauração ou reabilitação ou caso tenha uma risólise bem avançada e seja o momento desse dente esfoliar, mas caso contrario devemos tentar manter o máximo de tempo possível o dente decíduo Fabiana Peçanha 2021.1 Além desse mantenedor natural, a gente vai ter os tipos de aparelhos que são os removíveis e os fixos. MANTENDEDORES DE ESPAÇOS FIXOS Como já foi dito, uma das grandes vantagens é o fato do dente não precisar ou na verdade precisar menos da cooperação do paciente, pois são aparelhos que vão esta colados ou cimentados nas unidades dentarias VANTAGENS -Vida útil - Biocompatibilidade - Independe da Cooperação DESVANTAGENS - Técnica de Confecção - Higienização TIPOS Banda-alça:, esse nome é dado por que ele tem uma banda ao redor na unidade em que ele esta cimentado e tem uma alça que faz com que ele mantenha a distancia mesio- distal do espaço edentulo garantindo então a manutenção do perímetro desse espaço. É um dos mais indicados na rotina clinica principalmente em perdas unilaterais É importante que esse mantenedor recupere e mantenha esse espaço tocando no vizinho principalmente no ponto de contato e que façamos algumas dobras para evitar o deslocamento cervical. Deve ter largura suficiente para a erupção do permannete Largura mesio-distal e vestíbulo-lingual devem ser ser suficientes para erupção dos permanentes Coroa- alça: Temos também esse aparelho chamado de coroa-alça que basicamente é muito parecido com banda-alça. A única diferença é que ao invés de ter a banda eu vou ter uma coroa, então se eu tenho uma unidade decídua que foi bastante destruída, posso fazer essa coroa de metal que ainda é utilizada na dentição decídua e então fazer o mantenedor apoiado nela Barra Lingual: é um outro tipo de mantenedor fixo muito indicado para perdas bilaterais, possui bandas principalmente nos últimos molares presentes no arco e um fio ortodôntico que vai ate a região dos incisivos podendo tocá-los ou não mantendo ai o perímetro do arco. Outras características: - pode ser fixa ou removível - Apoiada ou não nos incisivos, quando não apoiada nos incisivos é importante que essa barra tenha uma espessura relativamente grande por exemplo de 1 a 1.,2 mm do calibre do fio para que a gente consiga através da rigidez desse fio evitar a mesialização dos molares. Pode ser adaptada na região de incisivos o fio totalmente encurvado ou ele pode ser reto sendo mais indicada para o arco inferior, enquanto no arco superior temos a barra palatina. Que na verdade é uma variação da barra lingual. Fabiana Peçanha 2021.1 Podem existir variações de formas, como por exemplo o botão de nance.. Intra-Gengival: Orienta a irrupção do 1° molar, é feita uma radiografia no momento da instalação, porém é um mantenedor que esta em desuso por conta de ser muito invasivo Colagem direta : Dobramos o fio ajusta na região
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