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QUESTÕES COMENTADAS – FISIOTERAPIA PATRICK CHAVES, FISIOTERAPEUTA. CAMPINA GRANDE – PB RESUMO PARA FISIOTERAPIA Assunto: Canelite – Síndrome da Tensão Tibial Medial Introdução A Síndrome da Tensão Tibial Medial (STTM) é uma lesão frequente em membros inferiores de atletas e militares. A canelite se apresenta como a dor induzida pelo exercício em região da tíbia anterior e é uma lesão causada por estresse precoce. Etiologia A síndrome de estresse tibial medial é uma condição de uso excessivo, especificamente uma lesão por sobrecarga óssea tibial com periostite associada, que os médicos comumente encontram em participantes de exercícios de impacto recorrentes, como corrida e salto em atletismo, bem como em militares. Fisiopatologia O processo fisiopatológico subjacente que resulta em canelite está relacionado ao acúmulo de microdanos não reparados no osso cortical da tíbia distal. Há tipicamente uma periostite sobrejacente no local da lesão óssea, que também se correlaciona com as inserções tendíneas do sóleo, flexor longo dos dedos e tibial posterior. Dada a conexão mecânica das fibras de Sharpey, que são fibras perfurantes do tecido conjuntivo que ligam o periósteo ao osso, acredita-se que a tração muscular repetitiva pode ser a causa subjacente da periostite e microtrauma cortical. No entanto, ainda não está claro se a periostite ocorre antes do microtrauma cortical ou vice-versa. Avaliação da História da Doença no paciente Na avaliação da dor nos membros inferiores, o diagnóstico confiável da canelite é feito por meio da história da doença e do exame físico. As informações obtidas durante a obtenção do histórico incluem: 1. Presença de dor induzida por exercício ao longo dos dois terços distais da borda tibial medial 2. Presença de dor provocada durante ou após a atividade física, que diminui com o repouso relativo 3. A ausência de cãibras, dor em queimação no compartimento posterior e/ou dormência/formigamento no pé. O exame físico deve incluir palpação e inspeção da extremidade inferior. Os achados do exame físico incluem: 1. Presença de dor reconhecível reproduzida com palpação da borda tibial posteromedial> 5 cm 2. A ausência de outros achados não típicos de MTSS (por exemplo, inchaço grave, eritema, perda de pulsos distais, etc.) QUESTÕES COMENTADAS – FISIOTERAPIA PATRICK CHAVES, FISIOTERAPEUTA. CAMPINA GRANDE – PB Se os componentes acima estiverem presentes, o diagnóstico de canelite pode ser feito com segurança. Se os componentes acima (histórico e exame físico) não estiverem presentes, é improvável que a canelite seja a causa da dor nos membros inferiores e a suspeita e a investigação devem se concentrar em uma causa diferente. Tratamento O manejo da canelite é conservador, focando principalmente no repouso e na modificação da atividade com exercícios menos repetitivos e de carga. Não há recomendações específicas sobre a duração do repouso necessário para a resolução dos sintomas, e é provável que seja variável dependendo do indivíduo. Terapias adicionais que mostraram efeito benéfico com evidências de baixa qualidade incluem iontoforese, fonoforese, massagem com gelo, terapia de ultrassom, e terapia extracorpórea por ondas de choque. As terapias que não produziram nenhum benefício incluem terapia a laser de baixa energia, alongamento, exercícios de fortalecimento, suspensórios para as pernas e meias de compressão. Com relação à prevenção, um estudo recente com recrutas navais mostrou que as órteses pré- fabricadas reduziram a canelite. Para casos mais difíceis que apresentam uma resposta limitada ou lenta ao repouso e à modificação da atividade, otimizar o nível de cálcio e vitamina D e o retreinamento da marcha podem melhorar a recuperação e prevenir a progressão da lesão. Esse foi um resumo com referência em: McClure, Charles J., and Robert Oh. "Medial Tibial Stress Syndrome." StatPearls [Internet] (2019).
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