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TRABALHO DE PARTO PREMATURO - Prematuridade: nascido com menos de 37 semanas (259 dias) completas contadas a partir da DUM, não importando o peso do recém- nascido - Objetivos globais: Saber identificar a importância a prematuridade como morbidade obstétrica Saber identificar as pacientes de baixo e alto risco Fazer o diagnóstico de presença de fatores de risco (DM, HAS, placenta prévia) Saber as medidas que podem ser tomadas para diminuir o risco de prematuridade Saber as medidas para diminuir os agravos ➔ Classificação - RN pré terno: < 37 semanas - Pré- termo extremo: - RN tardio: 34 a 36 semanas ➔ Trabalho de parto prematuro - Diagnostico: Contrações regulares a cada 5 minutos Dilatação cervical (maior ou igual a 1 cm) Esvaecimento cervical – nas multíparas (4 ou mais filhos) o esvaecimento e a dilatação são simultâneos e nas primigestas, primeiros há o esvaecimento (afinamento do colo do útero) para depois acontecer a dilatação Progressão das alterações cervicais Idade gestacional entre 22 e 36 semanas e 6 dias - Para o diagnóstico do trabalho de parto é fundamental que haja acompanhamento clínico da evolução das contrações e das modificações do colo uterino - O parto pré- termo pode ser espontâneo ou realizado por indicação médica (terapêutica ou eletiva) ➔ Fatores de risco - Atividade física aumentada - Tabagismo - Etilismo - Uso de drogas ilícitas - Situações de estresse materno - Idade materna menor que 15 anos e maior que 40 anos - Estado socioeconômico - História materna de um ou mais abortos espontâneos no segundo trimestre (12 a 28 semanas) - Pequeno intervalo interpartal - Descolamento prematuro de placenta - Grande multiparidade - Parto pré termo prévio - Insuficiência cervical (colo aberto) - Corioamnionite (infecção do âmnio e o corion) - Rotura prematura das membranas - Inserção baixa de placenta - Polidrâmnio - Restrição de crescimento - Colo uterino curto e trauma materno - Colonização do colo uterino - Mioma submucoso ** Processo inflamatório culmina com contrações uterinas --> produção de ácido araquidônico, liberação de prostaglandina Infecção genital, periodontal ➔ Rastreamento do trabalho de parto prematuro - Fibronectina fetal: glicoproteína produzida pelo trofoblasto Pode ser considerado como marcador inflamatório/ infeccioso do trabalho de parto prematuro Está presente no conteúdo vaginal durante as primeiras 20 semanas e a partir de 35 semanas Entre 20 e 22 semanas, ocorre a fusão do âmnio com o córion e a fFN desaparece até as 35 semana O teste da fFN deve ser realizado antes do toque vaginal Se fFN (+) no conteúdo cervicovaginal entre 22 e 34 semanas: risco de prematuridade - USGTV- comprimento do colo uterino Colo curto: ➔ Diagnóstico - Contrações uterinas regulares a cada 5 a 10 minutos - Alterações cervicais + dilatação cervical (> 1cm) em progressão ou esvaecimento cervical em progressão ** Obs.: no falso trabalho de parto não ocorre mudanças progressivas do colo, e as alterações costumam ser mais irregulares e menos intensas – cessam após um período de repouso ➔ Manejo - Internação hospitalar e repouso relativo no leito - Coleta de: Hemograma PCR e urina I Urocultura e antibiograma USG obstétrico, cardiotocografia e estimar peso fetal Swab vaginal para Streptococus do grupo B Quando inibir o trabalho de parto prematuro: entre 24 e 34 semanas de gestação --> medicação de escolha: antagonista da ocitocina, o acetato de atosiban (Tractocile) ** Indicações para inibir o trabalho de parto prematuro Período de latência do trabalho de parto (dilatação < 5 cm) Idade gestacional entre 24 e 34 semanas Esvaecimento não pronunciado ** Contraindicações para inibir o trabalho de parto Descolamento prematuro de placenta Hipertireoidismo não compensado Malformações incompatíveis com a vida Restrição de crescimento fetal Placenta previa sangrante Síndromes hipertensivas Sofrimento fetal Cardiopatias Diabetes melitus instáveis Anemia falciforme Rotura prematura de membranas ovulares Corioaminionite Morte fetal - Uso de corticoterepia antenatal: 24 a 34 semanas (Betametasona ou Dexametasona) Acelera a maturidade pulmonar fetal; Menor frequência de hemorragias cerebrais Evita enterocolite necrosante; Evita displasia broncopulmonar; Evita leucomalácia; Reduz a síndrome de desconforto respiratório no recém-nascido prematuro - Antibioticoterapia no trabalho de parto prematuro: Se a pesquisa de Estreptococo B for desconhecida ou positiva – administra-se antibiótico até resultado de pesquisa ou por 48 horas, no caso de trabalho de parto prematuro inibido Penicilina cristalina Ampicilina Cefazolina Pacientes alérgicas a penicilina e cefalosporina: clindamicina - Neuroproteção no trabalho de parto prematuro: Indicação: evitar paralisia cerebral e distúrbios motores Drogas: sulfato de magnésio Dose de ataque: 4g IV Dose de manutenção: 1g IV até o parto – no máximo 24 horas de infusão Idade gestacional: 24 a 32 semanas ** Amniotomia no parto prematuro: deve ser praticada no final da dilatação, com o objetivo de prevenir a contaminação da cavidade amnica pelos microrganismos ** Inibição do trabalho de parto prematuro: Internação e manutenção no leito Cardiotografia antes e depois da tocólise Esvaecimento cervical - Drogas: 1ª escolha: antagonista de ocitocina (tractocile) – acetato de atosibina é administrado em três fases por VI, por 48 horas 2ª escolha: Nifedipina – dose de ataque 20 mg VO, a cada 20 minutos (4 doses) e dose de manutenção 20mg de 6 em 6 horas (48hrs) Obs.: após o término da tocólise, a paciente é observada por 24 horas, se houver inibição plena, programa-se alte com progesterona por via vaginal: Ultragestan 1 comprimido 200mg até as 36 semanas
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