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TRABALHO DE PARTO PREMATURO

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G.O -> 13/05 
• Prematuridade: principal causa de morbimortalidade neonatal mesmo em 
países desenvolvidos 
o Ocorrem com menos de 37 semanas completas (259 dias) 
o Objetivos globais: 
▪ Saber a importância como morbidade obstétrica 
▪ Saber identificar pacientes de baixo e alto risco 
▪ Diagnosticar presença de fatores de risco 
▪ Saber medidas tomadas para diminuir o risco 
▪ Saber as medidas para diminuir agravos 
o Ligadura do cordão umbilical: aguardar 1 minuto desde que não 
haja contraindicação 
o Apresentação pélvica: indicação de cesárea 
▪ Anestesia preferencialmente raquidiana 
DIAGNÓSTICO 
• Contrações regulares a cada 5 minutos 
• Dilatação cervical (>=1cm) 
• Esvaecimento cervical 
• Progressão das alterações cervicais 
• IG entre 22-36 semanas e 6 dias 
PARTO PRÉ-TERMO 
• Espontâneo ou realizado por indicação médica 
o Terapêutica 
o Eletiva 
FATORES DE RISCO 
• Atividade física aumentada 
• Tabagismo 
• Etilismo 
• Uso de drogas ilícitas 
• Situações de estresse materno 
• Idade materna <15 e >40 anos 
• Estado socioeconômico e cultural adversos 
• Ausência de controle pré-natal 
• História materna de 1 ou + abortos espontâneos no 2º trimestre 
• Pequeno intervalo interpartal 
o <2 anos entre um e outro 
• DPP 
• Grande multípara 
• Parto pré-termo prévio 
o Relato de um parto prematuro prévio: 25% de chance 
o Relato de dois partos prematuros prévios: 50% de chance 
• Insuficiência cervical 
• Corioamnionite 
• RPM 
• Inserção baixa de placenta 
• Polidrâmnio e restrição de crescimento 
• Doença hemolítica perinatal 
• Colo uterino curto 
• Trauma materno 
• Conização do colo uterino 
• Mioma submucoso 
• Infecções 
o D. Peridontal; Genital; Urinária -> processos inflamatórios 
culminam com produção de ácido aracdônico, liberação de 
prostaglandinas e aparecimento de contrações uterinas 
DIFERENÇAS CLÍNICAS ENTRE TP E FALSO TP 
Trabalho de parto Falso trabalho de parto 
Contrações em intervalos regulares Contrações irregulares 
Contrações com intensidade crescente Contrações com intensidade variáveis 
Dores localizadas na região sacral Dores abdominais 
Aumento das contrações ao deambular O deambular não exerce efeito 
Esvaecimento e dilatação progressivos 
do colo 
Esvaecimento e dilatação se presente, 
não evoluem 
• Em falto TP: 
o Útero irritável 
o 40-50% das internações para tocólise são falsos TP 
RASTREAMENTO 
• Fibronectina fetal (fFn) 
o Glicoproteína de alto peso molecular produzida pelo 
trofoblástico 
o Função: assegurar aderência do blastócito na decídua 
o Normalmente presente no conteúdo cérvico-vagina durante as 
primeiras 20 semanas de gestação 
o Após a 22ª semana: fusão do âmnio com córion 
▪ fFn desaparece da vagina até 35ª semana 
o Teste deve ser realizado entre 22-34 semanas e 6 dias 
▪ Deve ser realizado antes do toque vaginal 
▪ Valor preditivo negativo: 90-95% que não vai 
ocorrer TPP 
▪ Positivo no conteúdo cérvico-vaginal: risco de 
prematuridade 
• USG TV (comprimento do colo uterino) 
o Entre 20-24 semanas: <=25mm (febrasgo); <=20mm (Celik) 
• Paciente com fatores de risco e assintomáticas: dosagem + medida do 
comprimento do colo 
o Sintomática, membranas íntegras, dilatação <3cm 
▪ fFn -: repouso físico, tratar infecções se 
presentes, retorno precoce so PN 
▪ fFn +: internação para inibir TPP 
 
 
 
 
 
MANEJO 
• Internação 
• Repouso no leito 
• Cardiotocografia 
• IG>26-28 semanas 
• USG: avaliar e estimar peso 
• IG-ILA: malformações fetais 
• Cultura: pesquisa de Mycoplasma hominis, C. Trachomatis, Neisseria 
gonorrhoeae 
• Swab anal e vaginal: Estreptococo do grupo B 
• Hemograma, urocultura, urina I, antibiograma 
• Antes de instituir terapêutica, uterolítica (tocólise): verifica-se indicações 
e contraindicações 
o Indicações 
▪ IG 24-34 semanas 
▪ Período de latência: dilatação <3 cm 
▪ Esvaecimento não pronunciado 
▪ Ausência de contraindicações 
o Contraindicações 
▪ Malformações incompatíveis a vida 
▪ RPMO 
▪ Restrição de crescimento fetal 
▪ PP com sangramento 
▪ Morte e sofrimento fetal 
▪ Anemia falciforme e corioamnionite 
▪ Síndrome hipertensiva (eclâmpsia) 
▪ Pré-eclâmpsia 
▪ Cardiopatias 
▪ DPP 
▪ DM instável 
▪ Hipertireoidismo complicado 
▪ Síndromes hemorrágicas do 3º trimestre (PP-DPP) 
▪ Sangramento materno 
▪ Instabilidade hemodinâmica 
TRATAMENTO 
• Administração de antibiótico se pesquisa de estreptococo nas últimas 5 
semanas for desconhecida ou positiva 
o Administração até resultado de pesquisa ou por 48h, em caso 
de TPP inibido 
• Penicilina cristalina 
o Dose de ataque: 5milhões IV 
o Dose de manutenção: 2,5milhões IV 4/4h por 48h 
• Ampicilina: 
o Dose de ataque 2g IV 
o Dose de manutenção: 1g IV 4/4h por 48h 
• Cefazolina: 
o Dose de ataque: 2g IV 
o Dose de manutenção: 1g IV 8/8h por 48h 
• Paciente alérgica a penicilina e cefalosporina: 
o Clindamicina 900mg IV 8/8h por 48h 
• Com risco de parto iminente: 
o Resultado da cultura desconhecido por Swab anal e vaginal -> 
inicia ATB IV por 48h -> cultura sem crescimento -> suspende 
o Resultado da cultura positiva -> iniciar ATB IV por 48h 
o Resultado negativo -> não realizar ATB -> repetir swab anal e 
vaginal se gestante atingir 35-37 semanas 
• Neuroproteção: indicação para evitar distúrbio motor e paralisia cerebral 
o MgSO4: IG entre 24-31 semanas e 6/7 ou 32 semanas 
▪ Dose de ataque: 4g IV em 30min 
▪ Dose de manutenção: 1g/h IV até 24h 
• Corticoide: maturação pulmonar fetal 
o Administrar entre 24-34 semanas 
o Efeito benéfico notado nas primeiras horas do início da 
medicação 
o Efeito ideal ocorrem após 24h de completado o esquema 
terapêutico 
o Valorizado apenas um ciclo único 
▪ Ciclo múltiplos causa diminuição da circunferência 
cefálica, baixo peso ao nascer, baixa estatura 
o Vantagens: evitar enterocolite necrosante, hemorragia 
cerebral, displasia broncopulmonar, leucomalácia, acelera 
maturidade pulmonar 
o Betametasona (Colestone soluspan) 12mg IM agora e 12mg 
com 24h 
o Dexametasona (Decadron) 6mg IM 12/12h com total de 4 
doses 
• Ao se decidir pela inibição do TPP 
o Internação e manutenção no leito 
o CTG (antes e durante tocólise) 
o Sem esvaecimento cervical 
o Atosiban: 1ª escolha 
▪ Antagonista da ocitocina: acetato de atosibina 
tractocile 
▪ Administrado em 3 fases IV por 48h 
o Nifedipina: 2ª escolha 
▪ Bloqueador de canal de Ca 
▪ Administrado VO 
• Dose de ataque: 20mg a cada 20min, 
4 doses 
• Dose de manutenção: 20mg 6/6h por 
48h 
▪ Não pode em cardiopata 
• Após término da tocólise, paciente observada por 24h e, se houver 
inibição plena, programa-se alta com progesterona por VV 
o Utrogestan 1 cp 200mg até 36 semanas 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Útero irritável: principal 
o Não há alteração do colo 
o Manejo 
▪ Repouso domiciliar + analgésico 
▪ Antiespasmódico e Diazepam 5mg VO 
▪ Progesterona micronizada 200mg VV 
 
 
 
 
 
 
ASSISTÊNCIA 
• Amniotomia: tardia 
o Bolsa das águas 
o Serve como cunha dilatadora sem que haja pressão no 
perímetro cefálico 
o Ao final da cervicodilatação 
o Evitar infecção e proteger polo cefálico 
• Episiotomia: ampla 
o Para evitar hemorragia intracraniana 
o Músculos seccionados: bulbocavernoso e transverso 
superficial do períneo 
• Fórceps: peso <1500g 
o Contraindicado no prematuro 
• Vácuo-extrator: contraindicado no prematuro 
PREVENÇÃO 
• Secundária: colo curto detectado pelo USG TV 
o Progesterona natural: cp vaginais de 200mg/dia até 36 
semanas 
• Gravidez única: rastreamento universal do colo pelo USG TV de 2ºtrimeste 
-> colo <25mm -> progesterona vaginal (200mg/dia até 36 semanas) 
• Gravidez única + história de TPP: progesterona vaginal a partir de 16-24 
semanas -> colo <25mm -> cerclagem 
o Cerclagem do colo uterino 
▪ Benefícios: casos sugestivos de insuficiência 
cervical 
 
Técnica de McDonald

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