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FichamentoCap3Lipietz_ViniciusMachadoMoreira

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Vinícius Machado Moreira
Fichamento – Lipietz
Capítulo 3 – O Capital e seu Espaço
· Neste capítulo o autor verifica as relações que existem entre a divisão do trabalho inter-regional e as transformações na divisão internacional do trabalho a partir de pressupostos Marxistas.
· O autor dá ênfase na “dinâmica” que assume o capital monopolista e seus desdobramentos espaciais além dos impactos no plano das relações sociais.
· É também verificado como se reestrutura o espaço através das novas implantações industriais e seus reflexos sobre a “composição operaria”. 
· De acordo com Lipietz o Espaço Social é estruturado pelo capital e a lógica de localização que é definida por interesses privados.
· Para o autor, o espaço não é preconcebido, é formado pelo funcionamento dos modos de produção.
· Modo de produção é a combinação entre uma estrutura complexa de relações sociais e as instâncias econômicas, políticas e ideológicas de um dado local.
· Segundo Lipietz o espaço econômico surge como um conjunto discreto de pontos. Sendo que o espaço e o tempo são realidades neutras.
· O espaço socioeconômico concreto deve ser analisado em termo de articulação das espacialidades.
· O espaço socioeconômico concreto se apresenta, ao mesmo tempo, como articulação dos espaços analisados, com um produto, um reflexo da articulação das relações sociais e, enquanto espaço concreto já dado, como um constrangimento objetivo que se impõe ao desenvolvimento dessas relações sociais.
· Espaço social é um momento da reprodução social e é neste sentido que o espaço social em si é um reflexo das relações sociais – fundamento objetivo do espaço empirista.
· Diferença entre trabalho social e trabalho concreto.
· “Dupla ilusão”.
· O modo de produção capitalista se dá com a separação dos meios de produção do trabalhador, caráter privado segundo Lipietz, a lei do valor se realizada na troca mercantil.
· O processo de articulação se da em diferentes fases, com algumas constituintes principais, que são; criação de uma relação extra econômica, articulação externa, integração.
· Na PPM a finalidade da produção é a subsistência.
· As relações mundiais se estruturam em um duplo movimento de integração (economia mundial capitalista) e de fratura necessária do sistema em dois tipos de formações sociais: avançadas e dominadas, centro e periferia.
·  A troca desigual não reflete a desigualdade dos tempos de trabalho concretos, mas trabalho abstrato contido nas mercadorias.
· Quanto a relação centro/periferia: modelo autocentrado não pode ser concebido sem a existência de uma fonte de mais-valia diferencial: a periferia (absolutos e restrito).
· Sobre o circuito de ramo: Economia capitalista mundial em estádio da integração, em que o desenvolvimento desigual das regiões mundiais permite ao capitalismo monopolista redefinir a alocação do capital e o processo de trabalho internacional, apreendendo essas mesmas diferenças como funcionais à divisão do trabalho no interior de um processo de valorização do capital único, reproduzindo a desigualdade (regiões autocentradas e extrovertidas).
· A nova divisão internacional do trabalho não é mais o deslocamento diacrônico do centro de gravidade da produção de um produto no curso de seu ciclo de vida, mas é a especialização sincrônica dos diversos tipos de trabalho que se entrecruzam no ramo.
· Condições para um circuito inter-regional em um país subdesenvolvido: Peso do capital variável; pouca ligação com outros centros; a criação de emprego na região acompanha de um crescimento de desemprego.
· Desdobramentos da luta espacial e de classes: A estruturação do espaço é a dimensão espacial das relações sociais, e sendo estas lutas de classes, a estruturação do espaço é lutas de classes; Todas as medidas para frear a mobilidade são resultado de relações políticas de classe (subvenção); A destruição de antigos centros industriais, com implantação de circuitos de ramo com regiões III é um dimensão secular da luta de classes. Esse gênero de deslocalização é acompanhado sempre de uma desqualificação e de uma baixa de salário, e frequentemente de uma feminização.
Referencial Bibliográfico
LIPIETZ, A. O Capital e seu Espaço. As relações inter-regionais e o desdobramento do capital monopolista. Capítulo 3. São Paulo: Nobel, 1988

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