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Hormônios na gravidez Carlos Henrique Dumard Hormônios na gravidez Gonadotrofina coriônica humana Estrogênios Progesterona Somatomamotropina coriônica humana (lactogênio placentário humano) Ciclo sexual feminino Fator precoce da gravidez Produzida pelas células do trofoblasto. Apresenta papel imunossupressor. Aparece no soro entre 24h e 48h após a implantação. Teste de gravidez durante os primeiros dias do desenvolvimento. Gonadotrofina coriônica humana Hormônio produzido pelo sinciciotrofoblasto Sua função é a de manter o desenvolvimento das artérias espiraladas no miométrio e manter o corpo lúteo, impedindo o início dos períodos menstruais. Base dos testes de gravidez, pode ser detectada no final da segunda semana. Proteína com estrutura similar ao do LH Gonadrofina coriônica humana Gonadotrofina coriônica humana Pode ser detectada 8 a 9 dias após a ovulação, logo após a implantação do blastocisto. Pico entre 10 e 12 semanas. Diminui entre 16 a 20 semanas e se mantém estável até o fim da gestação. Gonadotrofina coriônica humana Manutenção do corpo lúteo Gonadotrofina coriônica humana A partir da 13ª semana de gestação o corpo lúteo involui lentamente . Então como os níveis de progesterona e estrogênios aumentam até o fim da gestação? Gonadotrofina corônica humana Estimula as células intersticiais dos testículos a produzir testosterona até o nascimento. Essa pequena produção de testosterona é que faz com que se desenvolva os órgãos sexuais masculinos ao invés dos femininos. Além disso, perto do fim da gestação a testosterona é importante para estimular a migração dos testículos para o saco escrotal. Estrogênios Produzidos no corpo lúteo no início da gravidez Predomina a produção placentária por volta das 20 semanas. Estrogênios Funções Aumento do útero materno Aumento das mamas e crescimento dos ductos mamários Aumento da genitália externa Relaxamento dos ligamentos e cápsulas articulares da pelve Progesterona Produzida no início da gravidez pelo corpo lúteo. Por volta da 20ª semana é produzida em grandes quantidades pela placenta. Progesterona Funções Desenvolvimento das células deciduais (fundamental para a nutrição inicial embrionária) Diminuição da contratilidade uterina Estimula a atividade secretiva da tuba uterina que serve como material nutritivo para o desenvolvimento da mórula. Juntamente com os estrogênios prepara as mamas para a lactação. Somatomamotropina coriônica humana Quando administrada em animais, estimula a lactação, porém em humanos esse efeito não foi observado. Detectado no plasma materno a partir da 4ª semana. Tem estrutura parecida com a prolactina e o hormônio do crescimento. Diminui a sensibilidade à insulina e, portanto, a utilização da glicose pela mãe, disponibilizando assim maiores quantidades de glicose para o feto. Promove a liberação de ácidos graxos das reservas de gordura materna. Outros hormônios A hipófise anterior materna aumenta pelo menos 50% durante a gravidez, e aumenta a produção de corticotropina, tireotropina e prolactina. Aumento da secreção de glicocorticóides, que possivelmente ajudam a mobilizar aminoácidos dos tecidos maternos para serem utilizados pelo feto. Aumento da produção da aldosterona. Outros hormônios Aumento da secreção de tiroxina de 50%. A maior produção da tiroxina é induza pela gonadotropina coriônica humana. Aumento da secreção do hormônio paratireóideo. Importante para a ossificação do feto e na lactação. Aumento dos níveis pressóricos Pré-eclâmpsia Hipertensão induzida pela gravidez de aumento rápido nos últimos meses da gravidez. Retenção excessiva de sal e água pelos rins. Comprometimento de endotélio vascular, levando ao espasmo arterial (principalmente rins, cérebro e fígado). Diminuição da filtração glomerular Eclâmpsia Grau extremo da pré-eclâmpsia Espasmo vascular difuso Convulsões que pode ser seguida por coma Grande redução do débito renal Disfunção hepática Hipertensão grave frequente Relaxina Secretada pelo corpo lúteo e pela placenta. Efeito potencialmente menor que o dos estrogênios. Relaxamento do colo uterino. Relaxina e estrogênios Ganho de peso na gestante A gestante ganha em média de 11kg a 15kg. 3,5kg do feto 2kg de líquido amniótico 1,3 kg de aumento de peso no útero 1kg de aumento de peso nas mamas 2kg de líquido extra no sangue e no líquido extracelular 1,3kg a 5,6kg de gordura Parto Aumento da contratilidade uterina induzida pela maior proporção de estrogênios (estimula a contração uterina) em relação a progesterona (inibe). O estrogênio aumento o número de junções comunicantes entre as células do músculo liso uterino. Junções comunicantes Relação estrogênio/progesterona Parto Processo no qual as membranas fetais, a placenta e feto são expelidos pela mãe. Hormônio liberador de corticotrofina (Hipotálamo do feto) Estimula a hipófise Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) Estimula suprarrenal Cortisol Síntese de estrogênios Ocitocina Produzida pela neuro-hipófise Musculatura uterina aumenta seus receptores a ocitocina. Secreção consideravelmente maior no momento do parto. Animais hipofisectomizados tem parto prolongado Em animais a irritação do colo uterino como ocorre no parto leva ao aumento da produção da ocitocina. Fatores mecânicos que aumentam a contração uterina Distensão da musculatura uterina Gêmeos nascem em média 19 dias antes Preparando as mamas para a lactação Estrogênios induzem ramificação e crescimento do sistema de ductos. Estrogênios estimulam o crescimento alveolar. O desenvolvimento final das mamas em órgãos excretores requer progesterona. Lactação Apesar do estrogênio e da progesterona estimularem o crescimento da mama, eles inibem a lactação. Lactação Prolactina Secretada na hipófise anterior Concentração no sangue aumenta a partir da quinta semana de gravidez. Os efeitos inibitórios dos estrogênios e progesterona não permitem grande produção de leite. Outros hormônios também estimulam a lactação, com a insulina, hormônio do crescimento, cortisol e paratormônio. Prolactina e lactação A ejeção do leite é estimulada pela ocitocina O sugar do bebê estimula a liberação de ocitocina que estimula as células mioepiteliais que circundam as paredes alveolares.
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