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preenchedores dermicos faciais - passo a passo

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Rebecca Small, MD
O uso de preenchedores dérmicos para corrigir os sinais de envelhecimento facial, como as rugas e os defeitos de contorno, é o segundo procedimento estético mais realizado nos Estados Unidos hoje, de acordo com a American Society for Aesthetic Plastic Surgery. 
Isso se deve muito ao aumento na demanda dos pacientes por opções de tratamento menos in-
vasivas e inovações de produtos com uma duração prolongada de seus efeitos. Os preenchedores 
dérmicos podem ser usados para realçar o aspecto de uma forma sutil e natural, exigindo tempos 
de recuperação curtos e podendo ser realizados com segurança 
no contexto ambulatorial. Consequentemente, eles se tornaram 
o suporte principal dos procedimentos faciais de rejuvenesci-
mento minimamente invasivos.
Existem muitos produtos injetáveis disponíveis para o 
aumento de tecidos moles faciais. Esses produtos, conhecidos 
como preenchedores dérmicos, variam na sua composição, na 
duração de ação, na palpabilidade, na facilidade de adminis-
tração, nas complicações e em outros fatores. O escopo deste 
capítulo não é revisar todos os produtos de preenchimento 
dérmico, mas auxiliar os médicos de cuidados primários a ini-
ciarem seu trabalho com produtos e técnicas que consistente-
mente alcançam bons desfechos e apresentam baixos perfis de 
efeitos colaterais.
Os preenchedores dérmicos mais versáteis atualmente dis-
poníveis são os produtos com ácido hialurônico (AH). O AH é 
um glicosaminoglicano de ocorrência natural da matriz extra-
celular dérmica que fornece suporte estrutural, nutrientes e, por 
sua capacidade hidrofílica, adiciona volume e enchimento à pele. 
Com o envelhecimento e o dano provocado pela luz, o AH é perdido na pele. O AH injetável pode 
temporariamente restaurar o volume dérmico e corrigir as linhas faciais e os defeitos de contorno.
Os tratamentos de preenchimento dérmico se encontram no ponto onde a arte e a me-
dicina verdadeiramente se combinam. Os desfechos desejáveis dependem igualmente do co-
nhecimento dos fornecedores dos produtos de preenchimento e das habilidades de injeção, 
bem como de uma apreciação das proporções e da simetria da estética facial. Os preenchedores 
dérmicos têm uma curva de aprendizado mais íngreme do que a da toxina botulínica e exigem 
prática para que os resultados desejáveis sejam alcançados de forma consistente.
CAPÍTULO 30
Preenchedores Dérmicos 
para Rejuvenescimento 
Facial
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Os preenchedores de AH são usados em muitas indicações na estética facial. Entretanto, o 
tratamento dos dois terços inferiores da face produz os resultados mais previsíveis, com maior 
eficácia e menor número de efeitos colaterais. Os três tratamentos de rejuvenescimento estético 
(TERs) essenciais com preenchedor dérmico para os médicos de cuidados primários que tratam 
as linhas e os defeitos do contorno facial não desejados são: (i) pregas nasolabiais (pregas melo-
labiais); (ii) comissuras orais, linhas de marionete* (pregas mandibulolabiais); e (iii) aumento 
dos lábios, como mostrado na Figura 30.1.
Diretrizes gerais de injeção
Colocar o paciente em uma posição confortável e reclinada em torno de 65 graus. Antes da 
injeção, preparar a agulha apertando o êmbolo da seringa até que uma pequena quantidade de 
preenchedor saia pela ponta da agulha. Certifique-se de que a agulha está corretamente afixada 
à seringa do preenchedor, porque a pressão excessiva no êmbolo pode fazer com que ela salte 
fora e o preenchedor seja expelido da seringa.
Todas as injeções devem ser feitas na derme. Alguma resistência no êmbolo durante a inje-
ção deve ser sentida ao se injetar no nível apropriado da derme. Quando se injeta muito profun-
damente, nos tecidos subcutâneos, há pouca ou nenhuma resistência contra a injeção. Quando 
se injeta muito superficialmente, a ponta cinza da agulha é visível na pele. O preenchedor deve 
ser injetado com pressão firme e constante no êmbolo da seringa, conforme a agulha é retirada 
com um traçado linear. As saliências visíveis e palpáveis de preenchedor vistas após o trata-
mento de uma área devem ser comprimidas entre o polegar, posicionado na pele, e o indicador, 
colocado dentro da boca. Se as saliências não forem facilmente compressíveis, o profissional 
pode umedecer a área saliente com água e estirá-la entre os seus dedos. Quanto mais massagem 
é feita em uma área de tratamento, mais inchaço e equimose ocorrerão.
Se ocorrer um branqueamento durante a injeção, o fluxo sanguíneo do local de tratamento 
foi comprometido pela injeção de preenchedor em demasia na derme ou pela injeção intravas-
cular. Descontinuar a injeção e massagear a área até que o tecido pareça rosa. As injeções podem 
ser continuadas em outras partes da área de tratamento.
Transição
do vermelhão
Coluna do
filtro nasal
Prega
melolabial
(prega nasolabial)
Prega
mandibulolabial
(linhas de
marionete)
Figura 30.1
*N. de R. T. No Brasil, o termo “bigode chinês” é mais utilizado.
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Tratar uma área que satisfaça tanto o profissional quanto o paciente antes de se concentrar 
em outra área para tratamento.
Dosagem e volume
O volume necessário para o tratamento deve ser estimado e discutido com o paciente antes 
da injeção. Os volumes listados no capítulo são as recomendações para os volumes iniciais e 
se referem exclusivamente aos preenchedores de ácido hialurônico formulados sem lidocaína, 
como o Restylane* e o Juvéderm Ultra Plus**. Os melhores resultados são alcançados pela 
individualização dos tratamentos, com base na anatomia facial observada e na perda de vo-
lume dos pacientes nas áreas de tratamento. O volume máximo para o Juvéderm Ultra Plus é 
de 20 mL/ano. A Medicis não relata um volume máximo anual para o Restylane; entretanto, 
o volume máximo recomendado para o tratamento local é de 1,5 mL.
Resultados e seguimento
A correção das linhas e os defeitos de contorno são imediatamente vistos com as injeções de 
preenchedor. A área de tratamento ficará inchada por aproximadamente 3 a 5 dias depois do 
procedimento, e seu aspecto final terá um pequeno decrécimo no volume depois da resolução 
do edema. Os efeitos visíveis de preenchimento do Restylane e do Juvéderm Ultra Plus podem 
persistir por 6 a 9 meses e, ocasionalmente, por até um ano. A persistência é afetada por muitos 
fatores, incluindo o metabolismo do paciente, o grau de movimento na área de tratamento e a 
expressividade facial, e não deve ser garantida no momento do tratamento.
Se tratamentos contínuos forem desejados, os pacientes devem fazer o seguimento quando 
o preenchedor parecer estar diminuindo, em aproximadamente seis meses. Um volume menor 
é tipicamente necessário para os tratamentos subsequentes, desde que algum volume do trata-
mento inicial ainda esteja presente.
Técnicas gerais de anestesia
Fornecer a anestesia adequada é uma parte essencial da incorporação exitosa dos preenche-
dores na prática. Minimizar o desconforto melhora os resultados do profissional e oferece ao 
paciente uma experiência melhor. A meta da anestesia para os tratamentos com preenchedor 
é alcançar a anestesia máxima e minimizar a distorção da área de tratamento. Quatro técnicas 
anestésicas principais são usadas antes dos tratamentos com preenchedor:
 ■ Os bloqueios de nervo regional são ideais para o tratamento dos lábios, porque o anestésico 
fica longe da área de tratamento e não distorce significativamente a anatomia do lábio (ver 
a seção Aumento dos Lábios).
 ■ A injeção local de lidocaína é usada para o tratamento das áreas da comissura nasolabial e 
oral. Deve-se ter cuidado para usar os menores volumes anestésicos possíveis, porque a in-
filtração do anestésico resultará em alguma distorção da anatomia. Um bloqueio do nervomaxilar deve ser usado em vez da infiltração local nas pregas nasolabiais quando tanto o lá-
bio superior quanto as pregas nasolabiais estiverem sendo tratados. Um bloqueio do nervo 
mandibular deve ser usado em vez da infiltração local nas comissuras orais quando tanto o 
lábio inferior quanto as comissuras orais estiverem sendo tratados.
 ■ Os anestésicos tópicos podem ser usados nas áreas da comissura nasolabial e oral. A aneste-
sia pode ser feita antes do tratamento, no consultório, a aplicação de um anestésico tópico, 
como benzocaína a 20%, lidocaína a 6% e tetracaína a 4% (BLT), com uma dose máxima de 
 *N. de R. T. No Brasil o Restylane é comercializado pelo laboratório Q-med.
** N. de R. T. O Juvéderm Ultra Plus é comercializado pela Allergan® no Brasil com lidocaína 0,3%. Em substituição a esse produto, a fabricante 
recomenda o Surgiderm 30XP para aplicação sem lidocaína.
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1 g aplicada por 15 minutos. A combinação BLT causa edema do lábio e não é aconselhada 
para os tratamentos labiais.
 ■ O gelo é um bom anestésico e pode ser usado em conjunto com os outros métodos ou iso-
ladamente. A anestesia é alcançada pela aplicação de gelo imediatamente antes de injetar, 
por cerca de cinco minutos, ou até que a pele fique esbranquiçada.
Lista de conferência pré-procedimento
 ■ Realizar uma avaliação estética e revisar a história clínica do paciente (ver Capítulo 28).
 ■ Fazer a profilaxia com medicamento antiviral se houver história de herpes simples por dois 
dias antes do procedimento e continuar por três dias pós-procedimento.
 ■ Minimizar a formação de equimose descontinuando Aspirina®, vitamina E, hipérico e ou-
tros suplementos dietéticos incluindo ginkgo biloba, óleo de rosa-mosqueta, alho, matricá-
ria e ginseng por duas semanas antes do tratamento. Descontinuar outros medicamentos 
anti-inflamatórios não esteroides dois dias antes do tratamento.
 ■ Obter fotografias pré-injeção.
 ■ Documentar e discutir quaisquer assimetrias notáveis antes do tratamento.
 ■ Obter consentimento informado.
 ■ Estimar volume de preenchedor necessário para o tratamento e custo.
 ■ Preparar a pele com álcool.
 ■ Anestesiar a área de tratamento usando os menores volumes anestésicos necessários para 
não deformá-la.
Equipamento
ANESTESIA
 ■ Seringa de 5 mL
 ■ Lidocaína HCl a 2% com epinefrina 1:100.000
 ■ Agulhas 18G, de 2,75 cm
 ■ Agulhas 30G, de 1,25 cm
 ■ Pomada de benzocaína/lidocaína/tetracaína (20:6:4)*
TRATAMENTO COM PREENCHEDOR
 ■ Seringas de preenchedor com Restylane (20 mg de AH/mL) ou Juvéderm Ultra Plus (24 mg 
de AH/mL)
 ■ Agulhas 30G, de 1,25 cm
 ■ Compressas de gaze 7,5 × 7,5 cm
 ■ Compressas de gelo
MANUSEIO
O AH é fornecido em seringas individuais de tratamento com 0,8 mL e é um gel claro e incolor. 
As seringas devem ser armazenadas em temperatura ambiente (até 25°C) antes do uso.
* N. de R. T. A associação tríplice descrita não é encontrada comercialmente no Brasil. O EMLA® (prilocaína 2,5% + lidocaína 2,5%) e o dermomax 
(lidocaína 4%) são os anestésicos tópicos mais amplamente usados.
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Indicações estéticas
Os preenchedores de AH são aprovados pelo Food and Drug Administration (FDA) americano para 
o tratamento das rugas e pregas faciais moderadas a intensas usando injeções dérmicas médias e 
profundas. O tratamento com AH dos lábios e de outras áreas estéticas não está descrito na bula.
Contraindicações
ABSOLUTAS
 ■ Gravidez e lactação
 ■ Reação anafilática prévia
 ■ Alergias múltiplas graves
 ■ Formação de queloides
 ■ Infecção ativa ou inflamação na área de tratamento
 ■ Resposta alérgica prévia aos produtos de AH
 ■ Paciente menor de 18 anos de idade
RELATIVAS
 ■ História de equimoses frequentes
 ■ História de cicatrização ruim
 ■ Transtorno dismórfico corporal ou expectativas não realistas
O Procedimento
Pregas nasolabiais
A Figura 30.2A mostra uma paciente de 38 anos de idade com 
pregas nasolabiais moderadas antes do tratamento. A Figura 
30.2B mostra a mesma paciente uma semana depois do tra-
tamento com um preenchedor de AH, Juvéderm Ultra Plus*, 
usando 0,8 mL (uma seringa) em cada prega nasolabial, até 
um volume total de 1,6 mL.
A
SIGA!SIGA!
PARE!PARE!
* N. de R. T. No Brasil, este produto é comercializado com lidocaína. O fabricante recomenda o Surgiderm 30XP para quem deseja aplicar ácido 
hialurônico em derme mais profunda sem a associação com lidocaína.
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Figura 30.2
Existem dois métodos para anestesiar as pregas nasola-
biais: (i) infiltração local adjacente às pregas (mostrada na 
Figura 30.3) ou (ii) um bloqueio do nervo infraorbital (ver a 
seção Aumento dos Lábios). Ao tratar os lábios e as pregas 
nasolabiais na mesma consulta, um bloqueio do nervo infra-
orbital deve ser usado sem infiltração local, porque isso anes-
tesiará ambas as áreas de tratamento. O anestésico tópico e o 
gelo podem ser usados como uma alternativa a esses métodos 
ou podem ser usados adjuntamente (ver Capítulo 2). O Pas-
so 1 mostra um panorama dos pontos de injeção e das doses 
para infiltração local de anestésico no tratamento das pregas 
nasolabiais. Depois de preparar a pele com álcool, a lidocaína 
é injetada subcutaneamente, acima da prega nasolabial, com 
0,1 mL colocados em cada ponto de injeção. Depois da inje-
ção, comprimir os locais de injeção para minimizar o edema 
causado pelo anestésico.
 ■ DICA: A sensibilidade aumenta com a proximi-
dade do nariz, e as injeções devem começar no 
primeiro ponto de injeção inferior, ascendendo 
em direção ao nariz.
 ■ ATENÇÃO: Colocar o anestésico na prega naso-
labial deixará a prega apagada e dificultará a de-
finição precisa dos volumes do tratamento com 
preenchedor.
Um panorama dos pontos de injeção do AH para o trata-
mento das pregas nasolabiais é mostrado na Figura 30.4, onde 
o número 1 é o primeiro local de injeção. A agulha é avançada 
superiormente em direção ao nariz e o produto de preenchi-
mento é espalhado medialmente na asa nasal. As pregas naso-
labiais leves precisam tipicamente de 0,4 a 0,8 mL (metade a 
uma seringa) de preenchedor por lado, e as pregas moderadas 
a intensas precisam de 0,8 a 1,2 mL (uma a uma e meia se-
ringas) por lado. Todas as injeções devem ser feitas logo me-
dialmente à prega nasolabial usando uma agulha 30G, de 1,25 
cm, com a seringa do preenchedor dérmico.
0,1 mL de lidocaína com epinefrina
Figura 30.3
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Figura 30.4
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 ■ ATENÇÃO: Deve-se tomar cuidado para não in-
jetar lateralmente às pregas, porque isso pode 
acentuá-las.
 ■ ATENÇÃO: As injeções muito superficiais podem 
resultar em uma crista visível de preenchedor pou-
co apresentável que pode persistir na derme su-
perficial (ver a seção Diretrizes Gerais de Injeção).
 ■ ATENÇÃO: Evitar o preenchimento excessivo da 
área de tratamento, porque a meta é atenuar, e 
não eliminar, a prega nasolabial. Ela é um con-
torno natural e desejado da face.
 ■ DICA: Comprimir a área tratada conforme descri-
to na seção Diretrizes Gerais de Injeção para ga-
rantir que o preenchedor esteja alisado. As fileiras 
do preenchedor não devem estar visíveis nem ser 
distintamente palpáveis depois do tratamento.
Passo 1. A primeira injeção é feita medialmente e no ponto 
inferior da prega. A agulha deve ser inserida em um 
ângulo de 30 graus em relação à pele e avançada 
até a base. O preenchedor deve ser injetado com 
pressão firme e constante no êmbolo da seringa, 
conforme a agulhaé retirada.
Passo 1
Passo 2. O ponto da segunda injeção fica a cerca de 1 cm 
acima do primeiro ponto de injeção e medialmente 
à prega. A agulha deve ser inserida até a base e o 
preenchedor, injetado na retirada.
Passo 2
Passo 3. O terceiro ponto de injeção está em posição supe-
rior ao segundo ponto de injeção, mais perto do 
nariz. Usar a técnica de espalhamento para pôr o 
preenchedor adjacente à asa do nariz (ver seção Co-
missuras Orais para a técnica de espalhamento). 
Primeiro, posicionar a agulha em direção à parede 
lateral da asa do nariz (Passo 3A), retirar a agulha 
até a ponta, redirecioná-la no sentido anti-horário 
em direção ao filtro nasal, inseri-la para a base e 
repetir (Passo 3B). Repetir as injeções 1 a 3 para o 
lado contralateral da face.
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 ■ ATENÇÃO: Esta é a área mais sensível da prega, 
e os pacientes podem experimentar desconforto 
se não estiverem adequadamente anestesiados.
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Passo 3
A Figura 30.5 mostra a artéria angular que fica na borda 
lateral superior da asa do nariz. A isquemia de tecido asso-
ciada à injeção intravascular da artéria angular pode ser vista 
como um padrão violáceo reticular da pele ao longo da pare-
de lateral do nariz e/ou do sulco nasolabial. A isquemia pode 
progredir rapidamente para necrose tecidual, e essa complica-
ção deve ser tratada com urgência. Se ocorrer isquemia, revas-
cularizar massageando a área violácea e a artéria alar, aplicar 
compressas de calor e dar ao paciente duas Aspirinas® reves-
tidas de 325 mg por via oral. Se não houver melhora, aplicar 
a nitropasta (dose de 2,5 cm de Nitro-BID)* na área afetada, 
monitorar a hipotensão e entrar em contato com a emergên-
cia e/ou com o cirurgião plástico local.
Artéria angular
Artérias labiais
Veia facial
Veia temporal
superficial
Veia supraorbital
Artéria facial
Figura 30.5
Comissuras orais e linhas de 
marionete (“bigode chinês”)
Os cantos da boca onde os lábios superiores se encontram com 
os inferiores são chamados de comissuras orais. A perda de vo-
lume nessas áreas pode levar à depressão das comissuras orais 
com os cantos da boca virados para baixo. As pregas cutâneas 
que descem das comissuras orais até a mandíbula são conhe-
cidas como “bigode chinês” ou pregas mandibulolabiais. A 
avaliação e o tratamento da área facial inferior devem abordar 
concomitantemente as comissuras orais e o “bigode chinês”. 
Para os propósitos deste capítulo, as comissuras orais e as li-
nhas de marionete serão coletivamente referidas como pregas 
faciais inferiores (PFIs). A Figura 30.6A mostra uma mulher 
de 70 anos de idade com moderada perda de volume nas PFIs 
e cantos da boca virados para baixo antes do tratamento, e a 
Figura 30.6B mostra a mesma paciente uma semana depois 
do tratamento com um preenchedor de AH, Juvéderm Ultra 
Plus**, usando 0,8 mL (uma seringa) para cada lado, com um 
volume total de 1,6 mL. Notar a melhoria nos cantos abaixa-
dos das comissuras orais da boca e nas linhas de marionete.
A
B
Figura 30.6
 *N. de R. T. Produto indisponível no Brasil. Sem substitutos nacionais.
**N. de R. T. No Brasil, o Juvéderm Ultra Plus é comercializado com lidocaína 0,3%.
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Existem dois métodos para anestesiar as PFIs: (i) infiltração 
local na área de tratamento e (ii) um bloqueio do nervo mento-
niano (ver a seção Aumento dos Lábios). Ao tratar os lábios e 
as PFIs na mesma consulta, um bloqueio do nervo mentoniano 
deve ser usado sem infiltração local, porque isso anestesiará am-
bas as áreas de tratamento. O anestésico tópico e o gelo são al-
ternativas a esses métodos ou podem ser usados adjuntamente.
Passo 1. Este passo mostra um panorama dos pontos de in-
jeção e das doses para infiltração local de anestésico 
no tratamento das PFIs. Depois de preparar a pele 
com álcool, 0,1 mL de lidocaína é injetado subcuta-
neamente, no meio da área das PFIs, cerca de 0,5 cm 
abaixo da transição do vermelhão e a 0,5 cm medial-
mente à linha mandibulo-labial. Para pacientes com 
PFIs moderadas e graves que se estendem inferior-
mente em direção à mandíbula, um segundo ponto 
de injeção pode ser adicionado a aproximadamente 
1 cm abaixo do primeiro ponto. Para anestesiar o 
canto do lábio inferior, injetar 0,1 mL de lidocaína 
intraoralmente na mucosa, no canto inferior da 
boca (ver o tópico Anestesia na seção Aumento dos 
Lábios). Repetir para as PFIs contralaterais e o canto 
da boca. Depois da injeção, comprimir os locais de 
injeção para minimizar o edema do anestésico.
Passo 2. Existem duas técnicas de injeção para colocar o 
preenchedor na derme profunda, adicionando 
suporte às PFIs: espalhamento e cruzamento. Um 
panorama dos pontos de injeção de AH com as téc-
nicas de espalhamento e cruzamento para o trata-
mento das PFIs é mostrado no Passo 2.
O espalhamento* utiliza um ponto de inserção 
da agulha, por onde uma série de giros lineares ad-
jacentes é injetada, de forma que o preenchedor é 
colocado em uma área triangular na derme. A partir 
da inserção inicial da agulha, esta é avançada até a 
base e o preenchedor é injetado em uma trajetória li-
near. Retira-se a agulha até a ponta, redirecionado-a 
e inserindo-a novamente até a base.
O cruzamento envolve múltiplos pontos de in-
jeção, por onde o preenchedor é colocado em uma 
área quadrada na derme. Uma trajetória linear do 
preenchedor é feita, a agulha é completamente re-
tirada e reinserida em uma área adjacente, e outra 
trajetória linear é feita em paralelo à primeira. Isso 
é repetido em 90 graus em relação à primeira tra-
jetória do preenchedor para formar uma área qua-
drada de preenchedor.
As PFIs leves precisam tipicamente de 0,4 mL 
(meia seringa) de preenchedor por lado, e as pregas 
intensas precisam de 0,8 mL (uma seringa) por lado. 
Uma agulha 30G, de 1,25 cm, com uma seringa de 
preenchedor dérmico, é usada para todas as injeções.
 = 0,1 mL de lidocaína, intraoralX
 = 0,1 mL de lidocaína, subcutânea
X X
Passo 1
Espalhamento Cruzamento
Passo 2
*N. de R. T. Também conhecido como aplicação “em leque”.
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 ■ DICA: Comprimir a área tratada conforme des-
crito na seção Diretrizes Gerais de Injeção para 
garantir que o preenchedor esteja alisado. As 
fileiras do preenchedor não devem estar visíveis 
nem palpáveis com qualquer técnica depois do 
tratamento.
 ■ ATENÇÃO: Evitar o preenchimento excessivo da 
área de tratamento, porque pode resultar em 
contornos anormais dos lábios, particularmente 
no lábio superior lateral.
 ■ ATENÇÃO: Vigiar o branqueamento do tecido. 
Se isso ocorrer, a área foi preenchida em dema-
sia. Tratar conforme descrito na seção Diretrizes 
Gerais de Injeção.
Passo 3. O primeiro ponto de injeção fica no canto do lá-
bio inferior (Passo 3A). A agulha deve ser inseri-
da em um ângulo de 30 graus em relação à pele 
e avançada em direção à base (Passo 3B). O pre-
enchedor deve ser injetado com pressão firme e 
constante no êmbolo da seringa, conforme a agu-
lha é retirada.
A
B
Passo 3
Passo 4. O segundo ponto de injeção é um comprimento 
da agulha abaixo da transição do vermelhão do lá-
bio inferior, logo medialmente às PFIs. A agulha é 
dirigida à transição do vermelhão (Passo 4A). Es-
palhar em leque o produto retirando a agulha e 
redirecionando-a em 30 graus medialmente (Passo 
4B). Isso é repetido para criar uma área triangular 
de preenchedor abaixo e limitando a transição do 
vermelhão. Notar que o branqueamento visto nos 
Passos 4A e 4B se deve ao efeito vasoconstritor da 
epinefrina do anestésico local. A
B
Passo 4
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Passo 5. A paciente precisou de um produto preenchedor 
adicional para alcançar a correção máxima das PFI, 
o que foi conseguido com o uso da técnica de cruza-
mento na área previamente tratada. O terceiro pon-
to de injeção fica logo abaixo da transição do ver-
melhão. A agulha deve ser paralela à transição do 
vermelhão e apontada em direção às PFIs. A ponta 
da agulha deve terminar logo medialmente à prega.
 ■ ATENÇÃO: Estender a agulha para muito longe 
dentro das PFIs pode resultar na colocação la-
teral do preenchedor e na acentuação da prega.
Passo 5
Passo 6. O cruzamento é continuado. O quarto ponto de 
injeção fica 1 cm abaixo da transição do vermelhão, 
com a agulha paralela à transição do vermelhão e 
apontada em direção às PFIs. A ponta da agulha 
deve terminar logo medialmente à prega.
Passo 6
Passo 7. A porção inferior restante das PFIs é tipicamente 
tratada com o uso da técnica de espalhamento. O 
quinto ponto de injeção equivale aproximadamen-
te ao comprimento de uma agulha e meia abaixo 
da transição do vermelhão, com o ponto de inje-
ção logo medial às PFIs e em direção à transição 
do vermelhão (Passo 7A). O preenchedor é coloca-
do usando a técnica de espalhamento, onde a agu-
lha é redirecionada em aproximadamente 30 graus 
medialmente, repetindo-se as aplicações até que o 
preenchedor é posto em uma área triangular nessa 
porção inferior das PFIs (Passo 7B).
 ■ DICA: O preenchedor deve ser colocado de for-
ma contínua com o preenchedor já contido na 
derme, devendo parecer liso.
 ■ DICA: A correção bem-sucedida das PFIs é alcan-
çada quando o lábio inferior lateral for suporta-
do e apoiado por volume e colocação adequados 
de preenchedor, conforme recém-descrito.
A
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Passo 7
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Aumento dos lábios
A Figura 30.7 mostra uma paciente de 38 anos de idade antes 
do aumento dos lábios (A), logo depois do tratamento (B) e 
uma semana depois do tratamento (C) com um total de 1,6 
mL de Juvéderm Ultra Plus (duas seringas) na transição do 
vermelhão e no corpo dos lábios. Notar que o edema está mais 
marcado logo depois do tratamento e que se estabilizou em 
uma semana, deixando somente o efeito do preenchedor. A 
meta do aumento dos lábios é restaurar um aspecto natural 
mais completo ao lábio, com eversão leve do vermelhão, sem 
tratamento excessivo. As proporções desejáveis para os lábios 
são um lábio inferior maior em relação ao lábio superior, com 
uma proporção de aproximadamente 1:2 na altura dos lábios.
 ■ DICA: A perda de volume é mais aparente no lá-
bio superior do que no lábio inferior, e muitos 
pacientes podem apenas necessitar ou desejar 
tratamento no lábio superior.
 ■ DICA: Vigiar atentamente os volumes do preen-
chedor e administrar volumes iguais em ambos 
os lados de um lábio, a menos que uma assi-
metria grosseira esteja presente antes do trata-
mento.
Na projeção lateral, o ângulo entre o lábio su-
perior e o nariz (ângulo nasolabial) para as mulhe-
res deve ser de 95 a 110 graus e, para homens, de 90 
a 95 graus. A Figura 30.8A mostra a projeção late-
ral antes do tratamento, e a Figura 30.8B mostra o 
ângulo nasolabial depois do tratamento na pacien-
te previamente mencionada.
 ■ DICA: Os pacientes com lábios superiores dimi-
nutos não são bons candidatos ao tratamento, 
e as injeções de preenchedor podem resultar em 
uma projeção anterior antinatural do lábio su-
perior, com um “lábio de pato”.
A
B
C
Figura 30.7 
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Ângulo
nasolabial
102º
Figura 30.8
A anestesia adequada da região do lábio antes da injeção de 
preenchedor é essencial para o sucesso dos tratamentos de 
aumento dos lábios. A anestesia do lábio superior exige um 
bloqueio do nervo infraorbital e uma infiltração mucosa adi-
cional nos cantos da boca e na junção gengivobucal do freio 
do lábio superior. O tratamento do lábio inferior exige um 
bloqueio do nervo mentoniano e infiltração mucosa adicional 
nos cantos da boca. A Figura 30.9 mostra um panorama dos 
pontos de injeção e das doses para anestesiar completamente 
tanto o lábio superior quanto o inferior.
 = 0,1 mL de lidocaína intraoralX
 = bloqueio intraoral do nervo 
X
X
X X
XX
X X
X
Figura 30.9
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A localização dos nervos infraorbital e mentoniano é mos-
trada na Figura 30.10 e pode ser identificada pela palpação 
dos forames nervosos. Primeiro, palpar a incisura supraorbi-
tal, que fica ao longo da borda superior da órbita, cerca de 2,5 
cm lateralmente à linha média da face, e traçar uma linha ver-
tical desde a incisura supraorbital até a mandíbula. O forame 
infraorbital fica nessa linha e é palpável em aproximadamente 
1 cm abaixo da margem óssea infraorbital. O nervo mentonia-
no também fica nessa linha e é palpável logo acima da mar-
gem da mandíbula.
Nervo supraorbital
Nervo infraorbital
Nervo mentoniano
Figura 30.10
A Figura 30.11 mostra a técnica intraoral para os blo-
queios anestésicos dos nervos infraorbital e mentoniano, usa-
da antes do aumento dos lábios.
Segundo
pré-molar
mandibular
A
B
C
Nervo
infraorbital
Canino maxilar
Nervo
mentoniano
Figura 30.11
O nervo infraorbital inerva a maior parte do lábio supe-
rior, a pálpebra inferior, a porção lateral do nariz e a parte me-
dial da bochecha, e um bloqueio do nervo infraorbital pode 
anestesiar todas essas regiões (ver Figura 30.12). Entretanto, o 
filtro nasal e os cantos da boca ficam tipicamente pouco anes-
tesiados, porque estão nos ramos distais do nervo, e a infiltra-
ção local adicional é necessária nessas áreas.
Área de
efeito anestésico
Nervo
infraorbital
Figura 30.12
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Passo 1. Posicionar confortavelmente o paciente em torno 
de 65 graus, com o queixo virado para cima. Levan-
tar o lábio superior para uma boa visualização da 
margem gengivobucal, e inserir uma agulha 30G, 
de 1,25 cm, na margem gengivobucal, logo lateral 
ao canino maxilar. Apontar a agulha superiormen-
te em direção à pupila, avançar a agulha até a base 
e injetar 0,5 a 1,0 mL de lidocaína. O anestésico 
deve fluir facilmente. Após remover a agulha, com-
primir a pápula profunda palpável de lidocaína 
superiormente em direção ao forame infraorbital. 
Repetir com o nervo infraorbital contralateral. O 
início do efeito anestésico ocorre tipicamente em 
5 a 10 minutos.
 ■ DICA: Testar o lábio antes de iniciar o tratamen-
to com preenchedor. Se uma anestesia adequa-
da não tiver sido obtida, repetir o procedimento, 
injetando 0,5 mL adicionais de lidocaína, e espe-
rar mais 10 minutos.
 ■ ATENÇÃO: Se a agulha for angulada muito an-
teriormente, a lidocaína pode ser colocada na 
derme, e será encontrada resistência durante a 
injeção.
O nervo mentoniano inerva a maior parte do lábio infe-
rior, e um bloqueio do referido nervo pode anestesiar essa re-
gião (como mostrado na Figura 30.13). Contudo, o canto da 
boca é tipicamente mal-anestesiado, e a infiltração local adi-
cional de lidocaína é necessária.
Passo 1
Nervo mentoniano
Área de efeito
anestésico
Figura 30.13
Passo 2. Posicionar confortavelmente o paciente em tor-
no de 65 graus, com o queixo virado para baixo. 
Levantar o lábio inferior para uma boa visualiza-
ção da margem gengivobucal. Inserir uma agulha 
30G, de 1,25 cm, na margem gengivobucal, logo 
lateral ao primeiro pré-molar mandibular. Dirigir 
a agulha inferior e lateralmente. Avançar a agulha 
a meio caminho da base e injetar 0,5a 1,0 mL de 
lidocaína. O anestésico deve fluir facilmente. Após 
remover a agulha, comprimir a pápula profunda 
palpável de lidocaína inferiormente em direção ao 
forame mentoniano. Repetir com o nervo mento-
niano contralateral. O início do efeito anestésico 
ocorre tipicamente em 5 a 10 minutos.
 ■ DICA: Testar o lábio antes de iniciar o tratamen-
to com preenchedor. Se uma anestesia adequa-
da não tiver sido obtida, repetir o procedimento, 
injetando 0,5 mL de lidocaína um pouco mais 
lateralmente, e esperar mais 10 minutos.
Passo 2
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Passo 3. Os cantos laterais da boca exigem infiltração adi-
cional de anestésico local para obtenção de aneste-
sia adequada. Injetar 0,1 mL de lidocaína intraoral-
mente na mucosa do canto da boca. Depois que a 
agulha for removida, comprimir o local de injeção 
para dispersar a lidocaína e repetir no canto con-
tralateral da boca.
Passo 3
Passo 4. A área do filtro nasal exige a infiltração adicional 
de anestésico local para obtenção de anestesia ade-
quada. Injetar 0,1 mL de lidocaína intraoralmente, 
logo lateral ao freio do lábio superior, na margem 
gengivobucal. Depois que a agulha for removida, 
comprimir o local da injeção e repetir no lado con-
tralateral do freio.
Passo 4
TRANSIÇÃO DO VERMELHÃO
O aumento dos lábios envolve o realce da borda do lábio com 
a injeção de preenchedor ao longo da junção cutânea do lábio, 
chamada de transição do vermelhão. Dependendo do formato 
do lábio do paciente e do enchimento desejado, o preenche-
dor também pode ser injetado na mucosa ou no “corpo” do 
lábio. Um panorama dos pontos de injeção para o aumento da 
transição do vermelhão do lábio é mostrado na Figura 30.14, 
onde o número 1 é o primeiro local de injeção. O tratamento 
das bordas da transição do vermelhão superior e inferior exige 
aproximadamente 0,8 mL (uma seringa) de Restylane ou Juve-
derm Ultra Plus. Uma agulha 30G, de 1,25 cm, deve ser usada 
para as injeções.
 ■ DICA: A injeção deve ser aplicada primeiro no 
lábio posterior e depois no inferior.
 ■ DICA: O edema do lábio pode ocorrer muito ra-
pidamente, sobretudo com o Restylane. Depois 
do término do tratamento em ambos os lados 
do lábio, o lado que recebeu a injeção primeiro 
pode parecer maior. Não tratar novamente o se-
gundo lado, neste momento, porque a assime-
tria provavelmente se deve ao edema. Reavaliar o 
paciente em uma semana pós-tratamento.
Injeção de preenchedor dérmico na transição do vermelhão do lábio.
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1
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Figura 30.14
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Passo 1. A primeira injeção deve ser feita de forma que a 
ponta da agulha termine no pico do “M” do arco 
oral mediano. Identificar o ponto de inserção da 
agulha, medindo com a agulha contra o lábio, 
como mostrado no Passo 1A. O plano para injeção 
fica ao longo da borda da transição do vermelhão, 
no espaço potencial que existe logo abaixo da pele. 
Inserir a agulha até a base e injetar à medida que a 
agulha é retirada, como no Passo 1B. O preenche-
dor deve fluir facilmente no espaço potencial da 
borda da transição do vermelhão, realçando-a.
 ■ DICA: As linhas verticais do lábio, que limitam a 
borda da transição, podem ser eficazmente tra-
tadas pelo seu reforço.
 ■ ATENÇÃO: O preenchedor não deve ser visível 
ou palpável como um monte discreto. Compri-
mir a área tratada conforme descrito na seção 
Diretrizes Gerais de Injeção para garantir que o 
preenchedor esteja alisado.
 ■ ATENÇÃO: Se o preenchedor for visto fora da 
borda da transição acima do lábio durante a 
injeção, parar de injetar, comprimir e massage-
ar até que nenhum produto esteja visível sobre 
a borda da transição, retomando então o trata-
mento.
A
B
Passo 1
Passo 2. O segundo ponto de injeção é de um comprimento 
lateral da agulha até o primeiro ponto de injeção. 
Mais uma vez, a agulha é inserida até a base, e o 
preenchedor é suavemente injetado à medida que a 
agulha é retirada.
 ■ DICA: Não preencher em demasia esta porção 
mais lateral do lábio para não provocar altera-
ções indesejadas no contorno do lábio.
Passo 2
Passo 3. O terceiro ponto de injeção é no arco mediano da 
boca. A agulha deve ser inserida no pico do “M” do 
arco, e a ponta avançada até o ponto mais baixo do 
“M”. Injetar suavemente o preenchedor conforme 
a agulha vai sendo retirada. Proceder com as inje-
ções de preenchedor até o corpo do lábio, se dese-
jado; caso contrário, completar o tratamento para 
a borda da transição do lado contralateral do lábio 
superior.
 ■ DICA: Usar pequenos volumes nesta área para 
acentuar o contorno do “M”.
Passo 3
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Passo 4. A primeira injeção na borda da transição do lábio 
inferior começa no canto do lábio. A agulha é inse-
rida até a base, e o preenchedor é suavemente inje-
tado à medida que a agulha é retirada.
Passo 4
Passo 5. O segundo ponto de injeção na borda da transição 
do vermelhão é de um comprimento lateral da agu-
lha até o ponto inicial da injeção, mostrado no Pas-
so 5A. A agulha é inserida até a base, mostrado no 
Passo 5B, e o preenchedor é suavemente injetado 
conforme a agulha vai sendo retirada.
A
B
Passo 5
Passo 6. O terceiro ponto de injeção com a colocação do 
preenchedor na porção média do lábio inferior é 
de um comprimento de agulha medial ao segun-
do ponto de injeção. Proceder com as injeções de 
preenchedor até o corpo do lábio, se desejado: caso 
contrário, completar o tratamento da borda da 
transição do vermelhão no lado contralateral do 
lábio inferior.
Passo 6
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CORPO DOS LÁBIOS
Depois que a borda da transição do vermelhão tiver sido trata-
da, um preenchedor dérmico adicional pode ser posto no cor-
po do lábio. A injeção deve ser aplicada antes no lábio superior 
e depois no inferior. Um panorama dos pontos de injeção de 
AH para o aumento do corpo do lábio é mostrado, sendo o 
número 1 o primeiro ponto de injeção, conforme mostrado 
na Figura 30.15. O tratamento do corpo dos lábios superior 
e inferior precisa de aproximadamente 0,8 mL (uma seringa) 
de Restylane ou de Juvéderm Ultra Plus. Uma agulha 30G, de 
1,25 cm, deve ser usada para as injeções.
Injeção de preenchedor dérmico no corpo do lábio.
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Figura 30.15
Passo 1. O primeiro ponto de injeção para o corpo do lá-
bio superior está a 2 mm abaixo da transição do 
vermelhão, direcionado medialmente, com a ponta 
da agulha terminando abaixo do pico do "M" do 
arco mediano da boca. A agulha deve estar paralela 
à borda da transição do vermelhão. Injetar o pre-
enchedor suavemente conforme a agulha vai sendo 
retirada.
 ■ ATENÇÃO: Não injetar a porção mais central do 
corpo do lábio. O preenchedor na área entre os 
dois picos do “M” resultará em uma protrusão 
antinatural do lábio superior, a qual é difícil de 
corrigir.
Passo 1
Passo 2. O segundo ponto de injeção do corpo do lábio su-
perior é de um comprimento lateral da agulha até 
o primeiro ponto de injeção.
 ■ DICA: Diferentemente da colocação de preen-
chedor na transição do vermelhão, que em geral 
se estende até o canto do lábio, as injeções no 
corpo do lábio superior não precisam se esten-
der até o canto do lábio.
Passo 2
Passo 3. O primeiro ponto de injeção do corpo do lábio in-
ferior é 2 mm medialmente ao canto da boca e 2 
mm superiormente à transição do vermelhão.
 ■ DICA: Inspecionar o formato do lábio inferior 
e administrar o volume de preenchedor para 
combinar o máximo possível com o contorno 
do lábio.
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Passo 4. O segundo ponto de injeção do corpo do lábio inferior 
é de um comprimento lateral da agulha até o primei-
ro ponto de injeção, mostrado no Passo 4A. Inserir a 
agulha até a base, como mostrado no Passo 4B, e usar 
uma quantidade mais generosa de preenchedor nessa 
porção medial do lábio inferior.
A
B
Passo 4
Complicações
COMUNS
 ■ Equimose
 ■ Preenchedor palpável ou visível
 ■ Assimetria, supercorreção ou subcorreção
 ■ Edema, sensibilidade ou dor prolongada
 ■ Eritema persistente
 ■ Hiperpigmentação
 ■ Infecção
 ■ Reação alérgica
 ■ Migração ou extrusão do preenchedor
 ■ Persistência imprevisível do preenchedor, mais curta ou mais longa que o antecipado
 ■ Descoloração azulada (efeito de Tyndall) quando o preenchedor for colocado muito super-
ficialmente na pele fina
RARAS E IDIOSSINCRÁSICAS
 ■ Hematoma
 ■ Erupção alneiforme ou milia
 ■ Nódulos granulomatosos
 ■ Oclusão vascular com necrose de pele
 ■ Extremamente rara: reação de hipersensibilidade imediata com sinais de urticária, edema e 
uma possibilidade remota de anafilaxia
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Considerações pediátricas
Este tratamento é contraindicado para uso estético em pacientes pediátricos.
Instruções pós-procedimento
Gelo em cada local por 10 a 15 minutos a cada 1 a 2 horas por 1 a 3 dias ou até que o edema e 
a equimose melhorem. Evitar atividades que causem congestão facial até a melhora do edema, 
incluindo aplicação de calor à face, consumo de álcool, exercícios e bronzeamento. Lembrar o 
paciente de não massagear o preenchedor nas áreas tratadas. O acetaminofen pode ser usado, 
se necessário, se houver desconforto.
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