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CENTRO PAULA SOUZA – CPS ETEC JÚLIO DE MESQUITA CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL – 3ºG HIGOR AUGUSTO DOS ANJOS RIBEIRO SILVA SIMECEESS – SISTEMA DE MEDIÇÃO E CONTROLE DE ENERGIA ELÉTRICA COM SISTEMA DE SEGURANÇA SANTO ANDRÉ – SP 2019 HIGOR AUGUSTO DOS ANJOS RIBEIRO SILVA SIMECEESS – SISTEMA DE MEDIÇÃO E CONTROLE DE ENERGIA ELÉTRICA COM SISTEMA DE SEGURANÇA Trabalho do Componente Curricular de Planejamento e Desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Automação Industrial, da ETEC Júlio de Mesquita, como requisito parcial para obtenção de título de técnico em Automação Industrial. Orientadores (as): Professor Carlos Rogério Rossi e Fernando José Aldecôa SANTO ANDRÉ – SP 2019 “Nós só podemos ver um pouco do futuro, mas o suficiente para perceber que há muito a fazer.” Alan Turing HIGOR AUGUSTO DOS ANJOS RIBEIRO SILVA SIMECEESS – SISTEMA DE MEDIÇÃO E CONTROLE DE ENERGIA ELÉTRICA COM SISTEMA DE SEGURANÇA Trabalho do Componente Curricular de Planejamento e Desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em Automação Industrial, da ETEC Júlio de Mesquita, como requisito parcial para obtenção de título de técnico em Automação Industrial. Orientadores (as): Professor Carlos Rogério Rossi e Fernando José Aldecôa Conferido em __/__/____ Nota: ____ EXAMINADOR – 1: Adriana Mariko Yonamine Nakatani EXAMINADOR – 2: Carlos Rogério Rossi EXAMINADOR – 3: Eduardo Calsan EXAMINADOR – 4: Egmar Accetto EXAMINADOR – 5: Fernando José Aldecôa RESUMO O SIMECEESS tem como objetivo realizar a medição de um determinado circuito elétrico, estabelecendo um controle tanto no custo quanto no consumo da instalação do seu utilizador. Este, por sua vez, possui um sistema de segurança contra incêndios, os quais deverão zelar pela vida do consumidor, desligando a energia elétrica, em casos de possíveis emergências, ao mesmo tempo em que ajuda na preservação do meio ambiente. Palavras-Chave: Automação Residencial; Energia e Segurança; Meio-Ambiente. ABSTRACT The SIMECEESS aims to measure a given electrical circuit, establishing a control both in the cost and consumption of its user's installation. This, in turn, has a fire safety system, which must ensure the life of the consumer, turning off electricity, in cases of possible emergencies, while helping to preserve the environment. Key-Words: Home Automation; Energy and Security; Environment. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 9 1.1 A SOCIEDADE ........................................................................................................................... 9 1.2 O MEIO AMBIENTE .................................................................................................................. 9 2. DESENVOLVIMENTO ...................................................................................................................... 10 2.1 DESENVOLVIMENTO INICIAL (PLANEJAMENTO) ................................................................... 10 2.2 SENSOR DE CORRENTE .......................................................................................................... 10 2.3 SENSOR DE TEMPERATURA ................................................................................................... 11 2.4 SENSOR DE GÁS ..................................................................................................................... 11 2.5 RELÉ ....................................................................................................................................... 12 2.6 ARDUÍNO ............................................................................................................................... 12 2.7 LEDS, BUZZER E LCD .............................................................................................................. 13 2.8 LEITOR DE CARTÃO DE MEMÓRIA ......................................................................................... 14 2.9 FLUXOGRAMA ....................................................................................................................... 14 2.10 PROTÓTIPO VIRTUAL ............................................................................................................. 17 2.11 PROGRAMAÇÃO .................................................................................................................... 19 2.12 PLACA FÍSICA ......................................................................................................................... 22 2.13 APPINVENTOR ....................................................................................................................... 23 2.14 RESULTADOS ......................................................................................................................... 24 2.14.1 RESULTADOS ESPERADOS ................................................................................................. 24 2.14.2 RESULTADOS OBTIDOS ...................................................................................................... 24 2.15 DESAFIOS ............................................................................................................................... 26 3. CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................. 31 9 1. INTRODUÇÃO 1.1 A SOCIEDADE O panorama econômico atual do país, que recentemente saiu de uma grave recessão, ocasionando o fechamento de diversas vagas de trabalho e um grande número de desempregados, gerou uma tendência menos “consumista” por parte dos brasileiros, sobretudo, uma atenção maior aos gastos mensais dessa população, tais como: contas de água, esgoto e eletricidade, bens básicos como alimentos e medicamentos, etc. O SIMECEESS tem como objetivo entregar um produto barato e funcional à essa e outras partes da população, auxiliando na medição, registro e cálculo do consumo médio mensal em tempo real, portanto, um controle de gastos e consumo. O dispositivo, além disso, agirá como um sistema de segurança, garantindo não apenas a vida do ser humano como também da instalação elétrica em ocorrências de incêndios, consequentemente, aumentando a eficiência de trabalho da guarda-civil – bombeiros, policiais, entre outros. 1.2 O MEIO AMBIENTE Foi assinado recentemente, por centenas de países, o Acordo de Paris. O acordo busca diminuir as emissões de poluentes na atmosfera (CO2, SO2, etc) como resposta ao aquecimento global e o aumento da temperatura global aos 2°C. O SIMECEESS tem como objetivo reduzir o consumo de energia por meio da conscientização de seus utilizadores através do sistema desenvolvido. Este, consequentemente, se aplicado em grande quantidade, poderá impactar de forma direta na matriz energética brasileira, aumentando a eficiência energética, gerando uma menor necessidade no uso de fontes poluentes*, trazendo menores impactos ambientais, como também, sociais e econômicos. 10 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 DESENVOLVIMENTO INICIAL (PLANEJAMENTO) Fora, inicialmente, definido um objetivo central para o desenvolvimento do projeto, baseando-se na amenização de um problema: a falta de controle nos gastos de energia elétrica. Logo após, criou-se um cronograma visando a organização e otimização do trabalho, seguido de pesquisas envolvendo os possíveiscomponentes que poderiam ser utilizados, através de informações como: custo, viabilidade técnica, praticidade e outros. Componentes Modelo Quantidade Custo (Unitário) 1. Sensor de Corrente 20A SCT-013 1 R$0,00* 2. Sensor de Temperatura TMP36 2 R$ 12,00 3. Sensor de Gás MQ135 1 R$ 22,00 4. Arduíno UNO 2 R$ 20,00 5. Buzzer (Alarme) Passivo 3 R$ 4,00 6. Relé SRD-05VDC-SL-C 3 R$12,00 7. Módulo de Cartão de Memória Micro SD 1 R$12,00 2.2 SENSOR DE CORRENTE O sensor de corrente 20A SCT-013, YHDC, é um dispositivo não-invasivo, isto é, não necessita de uma ligação direta no ponto / fio em que este irá operar, evitando assim, possíveis problemas. Este sensor realiza medições de corrente alternada (AC) de até 20A por meio da intensidade do campo magnético gerado pelo fio, o suficiente para fazer as medições necessárias de sistemas residenciais, onde a corrente é baixa. Figura 1 - Sensor de Corrente 20A YHDC 11 2.3 SENSOR DE TEMPERATURA O sensor de temperatura utilizado no projeto, o TMP36, é um dispositivo que opera tanto em escalas negativas como positivos – de -40°C até 125°C. Diferentemente do LM135, uma das outras possibilidades de dispositivo para se utilizar no projeto, o TMP36 perde se comparado a área de funcionamento, mas ganha em questão de custo-benefício, tornando-se ideal para o barateamento do projeto. Figura 2 - Sensor de Temperatura TMP36 2.4 SENSOR DE GÁS O sensor de gás, modelo MQ-135, é um dispositivo de baixo custo capaz de detectar gases tóxicos em um ambiente, tias como: Amônia, Benzeno, Álcool, Fumaça e Dióxido de Carbono (CO2). O equipamento se trata de um módulo já pré-fabricado, otimizando o tempo gasto no projeto. Este módulo decorre de benefícios tanto estéticos quanto técnicos. A capacidade de detectar CO2 na atmosfera juntamente com diversos outros gases, faz com o que este componente seja ideal para ser utilizado no projeto, sendo este, também, discreto. 12 Figura 3 - Sensor de Gás MQ135 2.5 RELÉ O relé SRD-05VDC-SL-C é um dispositivo de baixo custo de 1 canal, o qual suporta tensões de até 250V e correntes máximas de 10A. Por oferecer, também, um tamanho “discreto”, o equipamento torna-se perfeito para realizar manobras de desligamento de circuitos em casos de emergência. O equipamento, por se tratar de um componente separado, isto é, único – diferente do módulo de relé –, exige que sejam inseridos um transistor e um resistor ao circuito de acionamento da bobina, com a função de garantir a integridade física do dispositivo Arduino, preservando-o. Figura 4 - Relé de 5V SRD-05VDC-SL-C 2.6 ARDUÍNO No projeto foi utilizado, inicialmente, dois tipos de Arduino, sendo o primeiro de categoria “Smart” e o segundo “UNO”. Foi escolhido utilizar um Arduino para a confecção do sistema em oposição aos microcontroladores por possuírem uma programação mais fácil e dinâmica. Também não é necessário realizar a montagem 13 de todo o circuito, apenas realizar as ligações principais para que aja seu funcionamento. O Arduino, também, apresenta um custo-benefício elevado, favorecendo na escolha. Figura 5 - Arduino UNO 2.7 LEDS, BUZZER E LCD Os LEDs têm como função, juntamente com o Buzzer, de alertar o residente em caso de possíveis problemas, por meio de avisos visuais e sonoros. Os LEDs são compostos de três cores, cada um representando uma situação: Verde – Seguro; Amarelo – Alerta; Vermelho – Perigo. O dispositivo buzzer será ativado quando a situação do ambiente estiver como “perigoso”, isto é, quando a temperatura ambiente estiver acima da escala de 50°C e o sensor de gás estiver detectando a presença de fumaça no local, podendo este, ser caracterizado como um possível estado de emergência. 14 O LCD, Display de Cristal Líquido, tinha como função mostrar as informações tanto de consumo quanto de temperatura e gás no ambiente. Este fora removido do projeto final quando foi apresentado um problema, dificultando seu funcionamento. Adotou-se como substituto o uso do monitor serial, disponibilizado pelo software de programação do Arduino. 2.8 LEITOR DE CARTÃO DE MEMÓRIA O módulo de cartão de memória utilizado possibilita a leitura e a gravação de dados em um cartão micro SD, com a finalidade de guardar as medições do sensor de corrente utilizado no projeto, e assim, possibilitar a realização dos devidos cálculos de consumo. A escolha do dispositivo se deve ao fato dele possui um baixo custo e, também, pela sua facilidade de programação, sem contar sua versatilidade para o projeto, ocupando pouco espaço. Figura 6 - Módulo de Leitor de Cartão SD 2.9 FLUXOGRAMA Após ser definido um objetivo central, fora desenvolvido um fluxograma cuja funcionalidade é explicar o funcionamento lógico do programa de maneira simplificada, tanto o sistema de medição, quanto o sistema de segurança nele 15 presente. As configurações impostas para a atuação do sistema de segurança foram de uma temperatura superior a 50°C – facilmente alcançada em situações de emergência (incêndio) – e a presença de fumaça no local. Se as duas condições forem indicadas como nível lógico “1”, isto é, ativas, será acionado o Buzzer o qual emitirá um sinal sonoro, indicando o problema e, logo após o desligamento completo do circuito por meio do relé presente no circuito. O conceito do projeto se desenvolveu, inicialmente, em calcular o custo da conta de energia elétrica por meio da potência dissipada no circuito, porém, percebendo que esse não forneceria números precisos, tanto por tarifas, flutuações da bandeira, cálculos e medições diferentes, foi adotado então um método, o qual substituiria o sistema antigo, que utiliza porcentagem para verificar qual circuito está a consumir uma quantidade de energia maior, como se pode verificar no 2° Fluxograma. 16 Figura 7 - Conceito Antigo 17 Figura 8 - Conceito Atual 2.10 PROTÓTIPO VIRTUAL Com a base do trabalho já concluído – objetivo, pesquisas, condições de funcionamento, acionamento, entre outros – seguiu-se para o desenvolvimento de um protótipo virtual com o objetivo de confeccionar um circuito o qual atendesse as necessidades impostas de maneira eficiente e que fosse, ao mesmo tempo, funcional. 18 O site, por possuir pouca diversidade de componentes, dificultou na criação de algo totalmente do zero, sendo necessário a realização de diversas pesquisas pelos componentes já presentes no domínio com o intuito de entender seu funcionamento e chegar a algo mais próximo do necessário para a criação de um protótipo físico. O site, felizmente, proporcionava uma excelente interface, tanto na criação, quanto na organização e simulação dos circuitos, tornando o entendimento bem mais simples que em programas como o ISIS. O site, contudo, exigia que a criação das trilhas fosse feita de forma totalmente manual, acarretando em diversos erros humanos. O circuito, contudo, após várias tentativas, fora confeccionado de forma excepcional. Figura 9 - Protótipo Online (TinkerCAD) 19 2.11 PROGRAMAÇÃO // Sistema de Medição e Controle de Energia Elétrica com Sistema de Segurança - SIMECEESS // // Bibliotecas #include <SPI.h> #include <SD.h> // Definindo Variáveis // Porta Auxiliar - Entrada "A0" // NÃO USADO // Sensor de Corrente - Entrada "A1" #define C1 A1; // Sensor de Corrente - Entrada "A2" #define C2 A2; // Sensor de Temperatura - Entrada "A3" #define TMP36 A0 // Sensor de Gás - Entrada "A4" #define Gas A4 // Definindo as Redes float It = 0; // Total float I1 = 0; // Circuito 1 float I2 = 0; // Circuito 2 // Definindo Arquivo File Arquivo; // Definindo um Estado de Emergência int EMERG = 0; // Criando um Contador int Cont = 0; /* Cartão de Memória * MOSI - Pino 11 * MISO - Pino12 * SLK - Pino 13 * CS - Pino 4 */ ////////////////////////////////////////////////////////////////// void setup() { 20 Serial.begin (9600); pinMode (5, OUTPUT); // Saída - LED Verde pinMode (6, OUTPUT); // Saída - LED Amarelo pinMode (7, OUTPUT); // Saída - LED Vermelho pinMode (8, OUTPUT); // Saída - Buzzer pinMode (9, OUTPUT); // Saída - Relé Serial.print("Inicializando Cartão SD..."); if (!SD.begin(4)) { Serial.println(" Inicialização falhou!"); while (1){ digitalWrite (7, HIGH); delay(500); digitalWrite (7, LOW); delay(500); } } Serial.println(" Inicialização Pronta."); } void loop() { // Contador Cont = Cont + 1; // SENSOR DE CORRENTE A|B - YHDC I1 = I1 - 15 + C1; I2 = I2 - 16 + C2; It = I1 + I2; // SENSOR DE TEMPERATURA - TMP36 int Temperatura, ST; ST = analogRead (TMP36); Temperatura = map(ST, 0, 1023, 0, 125); // SENSOR DE GÁS - MQ135 unsigned int SG; SG = analogRead (Gas); // CONDIÇÕES DE ACIONAMENTO if (Temperatura <= 25 && SG <= 500 && EMERG == 0) { 21 digitalWrite (5, HIGH); digitalWrite (6, LOW); digitalWrite (7, LOW); digitalWrite (8, LOW); digitalWrite (9, LOW); } else if (Temperatura > 25 && Temperatura < 50 || SG > 500 && SG <= 700 && EMERG == 0) { digitalWrite (5, LOW); digitalWrite (6, HIGH); digitalWrite (7, LOW); digitalWrite (8, LOW); digitalWrite (9, LOW); } else { digitalWrite (5, LOW); digitalWrite (6, LOW); digitalWrite (7, HIGH); digitalWrite (8, HIGH); digitalWrite (9, HIGH); EMERG = 1; } // Cartão de Memória Arquivo = SD.open("Info.txt", FILE_WRITE); if (Arquivo) { Serial.print("Dados: "); Arquivo.print("Registro N°: "); Arquivo.print(Cont); Arquivo.print("Valor Total: "); Arquivo.print(It); Arquivo.print("Valor - Circuito 1"); Arquivo.print(I1); Arquivo.print("Valor - Circuito 2"); Arquivo.print(I2); Arquivo.close(); Serial.print("Pronto | "); } else { Serial.println("Erro ao abrir as Informações"); } Arquivo = SD.open("Info.txt"); if (Arquivo) { Serial.print("Registro N°: "); Serial.print(Cont); 22 Serial.print(" de 86400"); Arquivo.close(); } else { Serial.println("Erro ao abrir as Informações"); } // Serial Serial.println(""); Serial.print("Valor Total: "); Serial.println(It); Serial.print("Valor - Circuito 1: "); Serial.println(I1); Serial.print("Valor - Circuito 2: "); Serial.println(I2); Serial.print("Temperatura: "); Serial.println(Temperatura); Serial.print("Gás: "); Serial.println(SG); Serial.println(""); delay(1000); return Cont; } 2.12 PLACA FÍSICA Após o desenvolvimento do protótipo virtual, o foco do projeto passou para a confecção de um protótipo físico. Inicialmente fora criado um conceito, um esboço das trilhas por meio do projeto virtual, o qual seria utilizado para a criação dos caminhos na placa de cobre, no caso, a PCI – Placa de Circuito Impresso. Após ter feito as trilhas, a placa fora corroída no Percloreto de Ferro, perfurada e soldada*. Por meio disso, foi realizado os devidos testes para averiguar se esse estava funcionamento corretamente, conforme o demonstrado pelo projeto virtual confeccionado no TinkerCAD. A maior dificuldade foi realizar as trilhas na placa de cobre. Devido ao erro humano e, muitas vezes, erro do próprio projeto, como inserção de componentes não previstos e mudanças repentinas no todo, a placa passou por diversas mudanças para poder se adaptar a essas alterações. Ao todo, foi realizado mais de 6 placas do mesmo tipo, demandando tanto material quanto tempo, mas com isso, foi adquirido maiores habilidade e entendimento. 23 Figura 10 - Trilhas 2.13 APPINVENTOR Foi desenvolvido um programa no App Inventor cujo objetivo é realizar o cálculo de consumo de dois circuitos distintos por meio dos valores medidos no dispositivo da YHDC. Estes valores, por meio de uma simples regra de três programada no aplicativo, irá fornecer os dados por meio de porcentagem, proporcionando que: no final de um mês, ao chegar uma conta de energia elétrica, você pudesse pegar o valor a ser cobrado e, por meio do consumo em porcentagem, calculasse o quanto, exatamente, um circuito está a consumir em relação ao outro. Figura 11 - Protótipo do Sistema de Segurança 24 Figura 10 - Telas 1 e 2 (App no App Inventor) 2.14 RESULTADOS 2.14.1 RESULTADOS ESPERADOS Havia a expectativa que, durante todo o desenvolvimento deste projeto, não houvessem imprevistos e que tudo ocorresse da melhor forma possível, como era o planejado. Eram esperados resultados precisos vindos tanto do sensor de temperatura quanto do sensor de gás, como também do próprio sensor de corrente, o qual deveria indicar o consumo médio aproximado do real. O relé de segurança iria atuar quando o sensor de temperatura e o sensor de gás indicassem algum fenômeno fora do comum. O módulo de cartão de memória iria gravar todos os dados em um micro SD de 2Gb, estes sendo acessíveis para qualquer pessoa que possua um celular ou um computador, estabelecendo assim, um controle. 2.14.2 RESULTADOS OBTIDOS 25 Durante o desenvolvimento deste trabalho foram obtidos diversos resultados, alguns que já eram esperados – dentro do comum –, e outros de característica imprevisível. O sensor de temperatura – TMP36 – está fornecendo resultados concisos juntamente com o sensor de gás, dispositivos essenciais para o funcionamento do sistema de segurança, embora o relé, componente principal, não esteja agindo da mesma forma. O módulo de cartão de memória apresentou grande dificuldade para ser programado, como também o próprio sensor de gás, fazendo-os não funcionarem de forma adequada, exigindo assim, uma correção. O sensor de corrente fora testado diversas vezes. O mesmo apresentará dados incorretos, o problema, contudo, não impediu de realizar a medição e estabelecer o consumo de energia de um circuito. 26 2.15 DESAFIOS Após a montagem física do projeto, a placa passou por alguns testes, estes com o intuito de verificar o devido funcionamento do circuito e de seus Figura 11 - Dados Antigos 27 componentes, tais como: LEDs, relés, buzzer, sensor de gás e sensor de temperatura. Pode-se perceber que, com os testes, a placa apresentava alguns problemas, sendo estes classificados entre (1) – Grave, (2) – Moderado e (3) – Mínimo. Os problemas detectados foram: o não funcionamento dos Leds; não acionamento do relé de segurança; imprecisão e falta de calibragem tanto do sensor de temperatura; problemas na programação do sensor de gás, entre outros. LCD – (3): O dispositivo LCD, o qual tinha a função de proporcionar a interação Humano-Máquina, passou por alguns problemas, estes ocasionando na sua exclusão do projeto final. O equipamento, anteriormente, havia mostrado uma possível falha quanto a solda do seu potenciômetro, este, com o tempo, veio a se separar do display. Após o processo de soldagem de um novo potenciômetro de modelo Trimpot W103 (10KOhms), viu-se que o Cristal Líquido não estava funcionando da mesma forma que antes do ocorrido. Como não foi possível realizar o conserto do dispositivo e a aquisição de um novo componente se tornava inviável por seu alto custo, resolveu-se retirá-lo por completo. Como substituto, foi estabelecido o uso do Monitor Serial e um leitor de cartão de memória, o qual permite a leitura tanto em dispositivos celulares como também em computadores pessoais. STATUS FINAL: Substituído. LEDS – (3): Alguns dos LEDs (Diodos emissores de luz) não estavam funcionando corretamente.O problema fora verificado e percebeu-se que esses não estavam soldados de maneira correta. O problema foi caracterizado como de “erro humano”. Eles foram dessoldados e invertidos, consequentemente, solucionando o problema. STATUS FINAL: Solucionado. SENSOR DE TEMPERATURA (2): O sensor de temperatura modelo TMP36, estava produzindo inúmeras medida incorretas, este problema, por meio de estudos e pesquisas, logo fora associado à falta de calibragem do sensor. Este estava 28 relatando resultados surreais, desde escalas de -700°C e 80°C. Para realizar a calibragem do sensor, inicialmente, foi necessário de um computador com o software de programação do Arduino, este dedicado totalmente em consertar o problema, o qual possivelmente se encontrava dentro do programa; uma sala fechada com ar condicionado, este com a finalidade de proporcionar um ambiente com temperatura controlada, tornando assim, possível a devida calibragem do componente, nesse caso, foi utilizado o laboratório 10 do departamento de elétrica; um multímetro industrial com escala de temperatura, com a finalidade de realizar a medição da temperatura e possibilitar essa correção. Após isso, o sensor fora devidamente calibrado para a temperatura ambiente: 21-22°C. STATUS FINAL: Solucionado. SENSOR DE GÁS (2): A programação do sensor de gás fora realizada a um custo muito alto de tempo, sendo necessário diversas pesquisas para entender o funcionamento e características do sensor, como também a programação a ser utilizada. Inicialmente, a detecção de fumaça iria ser realizada pela quantidade de CO2 por milhão, isto é, partículas por milhão – ppm. As funções utilizadas na programação os quais são disponibilizadas para tal, produziram resultados incorretos, mesmo seguindo as orientações do desenvolvedor. O mesmo fora relatado por outras pessoas ao redor do mundo. A solução foi utilizar a entrada analógica de 10 bits do Arduino, verificando a taxa de bits média ambiente, o qual variava entre 0 e 1023 (10 Bits), tanto interna como externa, e definindo assim, um padrão. STATUS FINAL: Solucionado. SENSOR DE CORRENTE (1): O sensor de corrente apresentou alguns problemas, contudo, mesmo fornecendo resultados errados, este não impediu de realizar as medições e calcular assim, o consumo de energia elétrica dos circuitos. O problema foi solucionado utilizando como base o segundo fluxograma criado anteriormente, utilizando a soma dos dados apresentados em cada circuito. STATUS FINAL: Solucionado. 29 RELÉ DE SEGURANÇA (1): O relé, definido como um problema “Grave”, por se tratar de um componente essencial para o sistema de segurança, sofrera com diversos problemas no decorrer do projeto, estes, consequentemente, acarretando no atrasado do cronograma inicial e outros. Dentre os problemas do componente, um deles, senão o principal, fora o seu acionamento, o qual tinha como função realizar o desligamento do circuito de uma residência. Por algum motivo, o relé só acionava quando não tinha a presença do transistor em seu circuito, porém, ao fazer a ligação dessa forma, arriscava-se a integridade do Arduino. Por meio disso, foi retirado o relé do circuito principal com o objetivo de realizar testes, contudo, este veio a quebrar, sendo necessário a compra de um segundo componente, o problema inicial, porém, não foi solucionado, sendo necessário mais estudos e testes. STATUS FINAL: Inconclusivo / Substituído. 30 3. CONCLUSÃO O desenvolvimento deste projeto foi demorado e complexo, embora, valioso para aprimorar nossas capacidades técnicas. Mesmo com as diversas dificuldades e imprevistos, como a falta de conhecimento, falta de tempo, perda de materiais, alto custo, alterações, etc, o projeto, mesmo assim, se desenvolveu melhor que o previsto inicialmente, passando desde uma simples ideia para um protótipo concreto, o qual já possui um princípio de funcionamento, podendo ser aprimorado para se tornar um produto final, suportando parâmetros tanto ambientais quanto econômicos. Possíveis Melhorias: Transmissão das informações para a rede, no caso um site; acesso remoto e em tempo real por meio de dispositivos como tablets e smartphones; redução do projeto físico; ampliar a atuação do sistema de segurança para gases inflamáveis, surtos de tensão e corrente, outros; cálculo automático e preciso do consumo de energia elétrica; redução de custos. 31 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS PICORETI, Rodolfo. COMUNICAÇÃO SERIAL. Vida de Silício. 2017. Disponível em: <https://portal.vidadesilicio.com.br/comunicacao-serial-arduino/>. Acesso em: novembro de 2019 DEMETRAS, Ezequiel. SCT-013 – O SENSOR DE CORRENTE ALTERNADA COM ARDUINO. 2017. Disponível em: < https://portal.vidadesilicio.com.br/sct-013-sensor- de-corrente-alternada/>. Acesso em: novembro de 2019 CANDIDO, Gradimilo. SENSOR DE GÁS MQ-135 E A FAMÍLIA DE SENSORES MQ. Vida de Silício. 2017. Disponível em: < https://portal.vidadesilicio.com.br/sensor-de- gas-mq-135/>. Acesso em: novembro de 2019 THOMSEN, Adilson. COMO FAZER UM MEDIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA COM ARDUINO. FilipeFlop. 2015. Disponível em: < https://www.filipeflop.com/blog/medidor-de-energia-eletrica-com-arduino/>. Acesso em: novembro de 2019 KROCKER, Georg. HACKADAY.IO. 2015. Disponível em: < https://hackaday.io/project/3475-sniffing-trinket/log/12363-mq135-arduino-library>. Acesso em: DATA OLIVEIRA, Euler. BLOG MASTERWALKER. 2019. Disponível em: < https://blogmasterwalkershop.com.br/arduino/como-usar-com-arduino-modulo-leitor- de-micro-sd-card/>. Acesso em: novembro de 2019
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