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FEBRE AMARELAFEBRE AMARELA V A C I N A D A 01 ImunologiaVacinas FEBRE AMARELA Consiste em uma doença infecciosa febril aguda transmitida por vetores artrópodes e causada por um vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae Ciclo Silvestre: envolve a transmissão entre primatas não humanos por mosquitos Hemagogus e Sabethes (Brasil) e Aedes (África) - epizootia. Seres humanos podem ser infectados esporadicamente quando adentram a mata e são picados pelo mosquito silvestre - febre amarela silvestre (zoonose). Uma pessoa com febre amarela silvestre pode ser fonte para um surto de febre amarela urbana. 03 Vacinas Imunologia 02 Evento sentinela intensificação vacinal FEBRE AMARELA Ciclo Urbano: transmissão de pessoa para pessoa pelo Aedes aegypti. FA urbana foi erradicada, no Brasil, em 1942 . FA silvestre é uma doença em certas regiões País, como na região amazônica. Na área extra-amazônica, ocorrem períodos epidêmicos ocasionais. Padrão sazonal de ocorrência - sobretudo entre os meses de dezembro a maio. Período de incubação: 3 a 6 dias. Acometimento de diversos órgãos, como fígado (principal órgão alvo), rins, coração, cérebro, baço e linfonodos. 03 Vacinas Imunologia 03 FEBRE AMARELA A maioria dos casos é assintomático ou oligossintomático. Nos casos, graves, a letalidade pode atingir 50%. Forma leve e moderada: febre, cefaleia, inapetência, congestão conjuntival, mialgia e náuseas. Duração de 2 a 4 dias. Sintomas cedem com o uso de sintomáticos. Forma grave e maligna: febre alta, cefaleia intensa, icterícia, manifestações hemorrágicas, toxemia, encefalopatia, CIVD, insufissiência hepatorrenal, sinal de Faget (bradicardia + febre alta). 03 Vacinas Imunologia 04 QUADRO CLÍNICOQUADRO CLÍNICO FEBRE AMARELA Laboratorial inespecífico: leucopenia, trombocitopenia, anemia, albuminúria, hiperbilirrubinemia (BD), elevação de transaminases, tempo de protrombina e coagulação alargados. Laboratorial específicos: RT-PCR, testes de fixação do complemento e imunofluorescência direta, sorologias. Hospitalização em casos moderados a graves, com hidratação, prescrição de sintomáticos, e exames laboratorais regulares. Pacientes com formas graves e malignas, devem ser encaminhados a UTI - possível necessidade de ventilação mecânica protetora, hemodiálise e suporte hematológico. 03 DIAGNÓTICO E TRATAMENTODIAGNÓTICO E TRATAMENTO Vacinas Imunologia 05 VACINA ANTIAMARÍLICA Primeira tentativa: Fundação Rockefeller nos anos 1920, no Equador - estudos fracassaram, pois acreditava-se que o agente etiológico era uma bactéria. Vacina conjunta para febre amarela e varíola desenvolvida pelo Instituto Pasteur - efeitos colaterais foram impeditivos para o uso expandido. 1937: mutação de cepas (vírus 17D) vacina com vírus atenuado pela Fundação Rockefeller, sendo produzida, no Brasil, pelo o Instituto Osvaldo Cruz. 03 HISTÓRICOHISTÓRICO Vacinas Imunologia 06 VACINA ANTIAMARÍLICA No Brasil estão disponíveis duas vacinas: a produzida por Bio- Manguinhos – Fiocruz (rede pública) e a produzida pela Sanofi Pasteur (majoritariamente utilizada pela rede privada). Ambas são elaboradas a partir de vírus vivo atenuado, cultivado em ovo de galinha - Cepa 17 DD. Bio-Manguinhos – Fiocruz: gelatina bovina, eritromicina, canamicina, cloridrato de L-histidina, L-alanina, cloreto de sódio e água para injeção. Sanofi Pasteur: lactose, sorbitol, cloridrato de L-histidina, L-alanina e solução salina. 03 COMPOSIÇÃOCOMPOSIÇÃO Vacinas Imunologia 07 VACINA ANTIAMARÍLICA O perfil de segurança e a eficácia de ambas as vacinas é similiar, estimado em mais de 95% para maiores de 2 anos. Indicação: Pessoas a partir de 9 meses de idade. É recomendada para vacinação em áreas endêmicas ou epizoóticas ou para os viajantes que a elas se destinam (atualmente, em todo o Brasil) Esquema de doses: Dose única a partir dos 9 meses de idade. Recomenda-se a revacinação a cada 10 anos. Aplicação: via subcutânea, de preferência na região deltóide,podendo também ser administrada, no quadrante superior externo da região do glúteo.03 INDICAÇÃOINDICAÇÃO Vacinas Imunologia 08 VACINA ANTIAMARÍLICA Doença febril aguda, com comprometimento do estado geral de saúde. Histórico de reações anafiláticas a ovos de galinha e seus derivados, gelatina, eritromicina e canamicina. Gestantes, a não ser em situação epidemiológica com alto risco de exposição, seguindo recomendações expressas das autoridades de saúde. Imunodeficiência congênita ou secundária por doença (por exemplo: câncer, leucemia, AIDS etc) ou por medicamentos. História de doença do timo, como miastenia grave, timoma ou timectomia. Crianças com menos de 6 (seis) meses de idade. Pacientes que tenham apresentado doença neurológica desmielinizante no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da vacina. Mulheres amamentando bebês com até 6 meses. Se a vacinação não puder ser evitada, suspender o aleitamento materno por 10 dias.03 CONTRAINDICAÇÕESCONTRAINDICAÇÕES Vacinas Imunologia 09 VACINA ANTIAMARÍLICA 03 GRUPOS COM PRECAUÇÕESGRUPOS COM PRECAUÇÕES Se situações de surto de infecção pelos vírus selvagem a febre amarela avaliar risco-benefício da aplicação da vacina para os seguintes grupos: Indivíduos a partir de 60 anos não previamente vacinados (risco aumentado de efeitos adversos, mas raro); Portadores de HIV/Aids, com o LT-CD4 ≥ 350 células/mm³, e assintomáticas; Indivíduos que utilizaram medicamento anticélulas B e Fludarabina. Necessário aguardar seis meses de intervalo; Indivíduos submetidos a transplante de células tronco hematopoiéticas. Aplicar a vacina a partir de 24 meses após o transplante; Síndrome mieloproliferativa crônica: se padrão laboratoriais estável e neutrófilos acima de 1500 céls/mm³; Síndrome linfoproliferativa: 3 meses após a quimioterapia Vacinas Imunologia 10 VACINA ANTIAMARÍLICA 03 GRUPOS COM PRECAUÇÕESGRUPOS COM PRECAUÇÕES Avaliação médica de pacientes com Lúpus Eritematoso Sistêmico, ou outras doenças autoimunes, devifo à existência de possível imunossupressão nesses pacientes; Portadores de doenças hemorrágicas hereditárias, como hemofilia: o uso de compressas frias antes e depois da aplicação da vacina é recomendado; Pacientes com doença falciforme em uso de hidroxiureia aplicar a vacina somente se contagem de neutrófilos acima de 1500 céls/mm³; Vacinas Imunologia 11 VACINA ANTIAMARÍLICA 03 CUIDADOS PRÉ E PÓS-VACINAÇÃOCUIDADOS PRÉ E PÓS-VACINAÇÃO Se febre, é recomendado adiar a vacinação até a melhora; Crianças até 2 anos de idade: não aplicar simultaneamente com a vacina tríplice viral e aguardar intervalo mínimo de 30 dias entre as duas vacinas; Todo e qualquer evento adverso grave e/ou inesperado deve ser notificado às autoridades de Saúde. Vacinas Imunologia 12 A aplicação da vacina febre amarela (atenuada) simultaneamente à vacina contra a cólera gerou resultados conflitantes - possível redução na resposta às vacinas VACINA ANTIAMARÍLICA 03 Perfil de segurança bem estabelecido ( 64 anos de uso no Brasil e no exterior, com aplicação de mais 400 milhões de doses); Em 2 a 5% dos vacinados pode ocorrer: cefaléia, mialgia, febre e outros sintomas leves entre o 5º e o 10º dia após a vacinação; Doença viscerotrópica aguda: complicação grave. 8 casos registrados no Brasil até 2007 (risco aumentado para portadores de doenças do timo); Reações de hipersensibilidade ocorrem nas primeiras 2 horas após a vacinação (erupções, urticária, broncoespasmo): um caso para 130 mil a 250 mil vacinados; EFEITOS ADVERSOSEFEITOS ADVERSOS Vacinas Imunologia 13 VACINA ANTIAMARÍLICA 03 Incidência de reações anafiláticas: 0,015/100.000 vacinações; Neurovirulência (encefalite, meningite, doenças autoimunes com envolvimento do sistema nervoso central e periférico): predomínio em crianças muito pequenas - baixa incidência; Sinais de maior gravidade das reações - atendimento médico: Febre, mal estar, mialgia intensa com duração acima de3 dias, prostração, cefaléia intensa e progressiva, nos primeiros 30 dias; Alterações gastrintestinais, como náusea, vômitos e diarréia, e dor abdominal intensa e prolongada EFEITOS ADVERSOSEFEITOS ADVERSOS Vacinas Imunologia 14 VACINA ANTIAMARÍLICA 03 RESULTADOSRESULTADOS Vacinas Imunologia 15 REFERÊNCIAS 03 Vacina febre amarela (atenuada). Maria da Luz F. Leal. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz. Bula de remédio. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Yellow fever. [S. l.], 2021. Disponível em: https://www.who.int/ith/vaccines/yf/en/. Acesso em: 20 fev. 2021. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Vacina febre amarela – FA. [S. l.], 4 set. 2020. Disponível em: https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-febre- amarela-fa. Acesso em: 20 fev. 2021. Vacinas Imunologia 18
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