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Inflamação Júlia Madureira Neves dos Santos Dimas/@surtavet A inflamação ocorre quando os leucócitos saem do sangue para o tecido, onde tem o sítio de injúria, os leucócitos têm que seguir uma determinada ordem. O primeiro leucócito que sai é o neutrófilo, este atua em situações que estão com problemas, ou seja, locais que estão com sítio da injúria. O neutrófilo sai do sangue e vai para o tecido e dura só 48 horas, este período é denominado de fase aguda e neste tempo ocorre a morte dos neutrófilos, tal tempo é considerado insuficiente para resolver o sítio da injúria. Ao chegar no terceiro dia, ocorre a troca de neutrófilos para macrófagos, linfócitos e plasmócitos, assim começa a fase crônica (dura quanto tempo for necessário). No entanto, há exceção, sendo como exemplo à inflamação purulenta ou supurativa (possui pus), o pus aparece, pois na inflamação tem bactérias piogênicas (atraem neutrófilos por mais tempo que o normal), resultando em uma fase aguda prolongada, quando isso ocorre gera uma liberação enorme de enzimas no sítio da injúria e essas liquefazem o tecido (necrose por liquefação). O pus se organiza de três formas: 1. ABSCESSOS: Ocorre quando o pus se acumula no meio do tecido e ele empurra o tecido. • Infecção dentária; • Furúnculo; Quando o pus “chega” perto do tecido, este abrirá um espaço chamado de fistula (conexão anormal entre órgãos, faz comunicação do abscesso com o meio externo) a fistula tem como objetivo aliviar a dor, justamente por diminuir a pressão, quando esquenta o local que está com dano tecidual, também alivia a dor. 2. PÚSTULA: se dá na superfície da pele, é como se fossem bolhas de pus. • Espinha (bem amarelada no rosto); 3. FLEIMÃO: mais difícil de ver, pois o pus se mistura com o tecido, esse não apresenta textura amarelada e geralmente é tratado com antibiótico. • Infecção em músculo; PROCESSO INFLAMATÓRIO: • No processo inflamatório há uma região do organismo que está com problemas com células mortas, ferimentos etc.; • Região problemática é denominada de sítio da injúria; • O processo inflamatório, nada mais é que a saída dos leucócitos da corrente sanguínea, ao saírem do sangue vão para o sítio da injúria e enquanto estiverem atuando nesse sítio, pode se dizer que o processo inflamatório está ocorrendo; Como a inflamação se organiza no organismo: Supondo que Titiu pisou no caco de vidro e isso afetou sua pata, considera-se que o caco de vidro que entrou é o sítio de injúria. Plaqueta, leucócitos e hemácias ficam no centro do fluxo. Os leucócitos passam rapidamente no centro do caco (tem que ser retirados), tem que ficar parado no endotélio sem que o sangue passe, estes têm que atravessar o endotélio... Duas células importantes para a inflamação: Observação: O normal é ter uma fase aguda de 48 horas e no terceiro dia uma fase crônica. 1. MASTÓCITOS: • Célula residente; • Libera histamina (muito potente), que causa vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular; • Fácil de ser estimulado; 2. TERMINAÇÕES NERVOSAS: liberam mediadores químicos que liberam taquicininas, dentro destas têm a substância P que causa vasodilatação, aumento de permeabilidade, estimula mastócitos e é quimiotática (atrai leucócitos), também fornecem um papel importante no processo inflamatório. Sua participação é importante, pois quando tem um indivíduo com paresia, à inervação não funciona e a região não exerce o movimento. O animal que não tem esses movimentos, esse ferimento demora 1500 anos para cicatrizar (a área fica comprometida), e só cicatriza quando o processo inflamatório reduz. As terminações não funcionam, logo não tem substância P, fazendo com que o processo inflamatório seja lento e demorado. Tanto mastócitos, quanto as terminações nervosas, são importantes para o processo inflamatório, pois quando ocorreu a entrada do caco de vidro na pata de Titiu, em seguida ocorre o processo inflamatório e quem manda no processo inflamatório é o sítio da injúria e os mediadores são liberados na região do caco PRIMEIRO PASSO: • Os mediadores fazem vasodilatação; • Tudo se dilata em volta do sítio da injúria e isso acontece porque os leucócitos têm que passar em grande quantidade, assim aumentando o fluxo para circular mais leucócitos; • Após ocorrer a vasodilatação, começam os sinais cardinais da inflamação; Sinais cardinais da inflamação: • Dor; • Rubor (vermelho); • Calor (quente); • “Tumor” (inchaço, edema) TUMEFAÇÃO; Todo lugar inflamado irá doer, devido a bradicinina (polipeptídio plasmático de função vasodilatadora, que se forma em resposta à presença de toxinas ou ferimentos, também considerado um mediador de dor no sítio da injúria). Por que o sítio da injúria fica vermelho e quente? Ocorre devido a vasodilatação; SEGUNDO PASSO: • Aumento da permeabilidade vascular; • Pode ocorrer em situações patológicas, como por exemplo, a queimadura, que estraga o vaso. Na queimadura, tem um aumento de permeabilidade proposital, de modo que o plasma extravase, neste caso muda o formato do tecido e abre espaços entre a célula endoteliais (GAPS endoteliais), a água do sangue sai para os GAPS e vai para o tecido, assim formando o edema; • Tecido com muita água significa dizer que aquele local está inchado; Tem duas razoes para tirar plasma do sangue... A) Trazer leucócitos para a parede: • Quando os leucócitos se aproximam da parede, ocorre redução da pera de plasma, redução da sua velocidade; • Sangue fica mais viscoso, assim ficando lento; B) Perda de plasma: • O processo fica lento ao perder plasma, as células que circulavam no centro do fluxo, começam a circular perto da parede; • Leucócitos que circulam perto da parede são denominados de marginação leucocitária; Mediadores produzidos no sítio da injúria “mandam” o endotélio produzirem e expressarem as moléculas de adesão P-selectina e E-selectina. As células endoteliais produzem essas moléculas e mandam pra fora da membrana plasmática. Os leucócitos já têm L-selectina na parede da membrana plasmática (na parede da membrana já possui selectina) de forma que na hora que passa por cima, ambas se atraem quimicamente, assim se ligando, tal ligação é considerada extremamente fraca, pois o sangue consegue empurrar o sangue, sendo possível até “rolar” em cima do endotélio, assim grudando e desgrudando selectinas. Esse processo é denominado de rolamento leucocitário (faz com que a velocidade do leucócito seja reduzida mais ainda, de maneira que ele possa ficar parado após isso). Os mediadores mandam o endotélio expressar outra molécula de adesão que é chamada de ICAM-1, todos os leucócitos têm na membrana um pouco de LFA-1, cujo aumentam suas quantidades de acordo com o rolamento. Na hora que cai em cima da ICAM-1, nisso ocorre uma atração química muito forte entre LFA-1 e ICAM-1, em seguida faz com elas se liguem e faça com que o leucócito fique parado, dando início à fase de pavimentação leucocitária (leucócitos que ficam parados e grudados no endotélio), todo esse processo ocorreu dentro do vaso. Agora por fora do endotélio, entre as moléculas das células endoteliais tem a CD31 (leucócito passa no meio da CD31). No entanto, há um princípio de movimento de célula, que a célula só entra em um tecido se tiver receptor para estas. Os leucócitos possuem um receptor de CD3, que são denominados de integrinas B2 (beta 2). O leucócito vai emitir pseudópodo e forçar sua passagem entre as células endoteliais e enquanto estiver passando irá “forçar” sua ligação, processo chamado de transmigração ou exsudação. Os leucócitos saem direto para o sítio da injúria, já outros podem sair um pouco mais distante. No sítio da injúria, tem um grupo de células que vão liberar um grupode mediadores chamados quimiotáticos (tem a função de atrair os leucócitos). Para que os quimiotáticos possam atrair os leucócitos, estes precisam ter um receptor próprio e eles possuem, estes se localizam ao redor de sua membrana, visto que os mesmos alteram seu receptor do lado de dentro e levam uma mensagem para o núcleo, cujo tem como objetivo emitir um pseudópodo no destino dos receptores que foram ativados, assim seguindo no caminho do sítio da injúria. Quando leucócito chega ao sítio da injúria, este para de “andar”, porque o sítio da injúria é o local, onde os quimiotáticos são produzidos em alta quantidade. O leucócito ficará cercado de mediadores quimiotáticos e todos os seus receptores serão ativados, fazendo com que não haja espaço para emitir o pseudópodo. Os leucócitos possuem receptores para bactérias e AC’s, isso faz com que consigam reconhecer facilmente o que podem ou não fagocitar, o que não é fagocitado, passa pelo processo de reconhecimento e adesão. Para realização do reconhecimento, há receptores que quando os leucócitos encontram, estes se ligam a um alvo determinado, de modo que acione uma sinalização que “manda” o leucócito emitir dois pseudópodos, englobando o alvo, após isso, o leucócito apreende a célula alvo e faz com que esta forme um vacúolo fagocítico, denominado de fagossomo. Há duas formas de o leucócito destruir a célula alvo: 1. A presença de uma enorme quantidade de lisossomos nos leucócitos: Os leucócitos “pegam” o lisossomo e fazem uma fusão com o fagossomo, assim formando o fago-lisossomo, esse processo é decorrente das enzimas que são jogadas do lisossomo em cima do alvo. O processo de englobar a célula alvo, também denominado de fagocitose, faz com que ocorra uma explosão respiratória, onde há a maior absorção de O2 para o fagossomo, assim virando radicais livres (RL’s). 2. Leucocitose: Quando leucócito está realizando a leucocitose (aumento da taxa sanguínea de leucócitos acima do limite superior da normalidade). O processo de englobar a célula alvo, também denominado de fagocitose, faz com que ocorra uma explosão respiratória, onde há a maior captação de O2 para o fagossomo, assim virando radicais livres (RL’s). É usada as enzimas dos lisossomos e radicais livres para destruir o alvo. Quando leucócito atravessa e chega no tecido, identifica e fagocita o alvo em seu modo ativado. Do mesmo jeito que ele joga enzimas e radicais livres no alvo, ele joga enzimas e radicais livres na matriz também. (todo leucócito ativado faz isso). Isso começa a gerar uma destruição tecidual. Levando ao processo de cicatrização. OBS: todo processo inflamatório causa injuria tecidual. INFLAMAÇÃO CRÔNICA GRANULOMATOSA: Ocorre quando há um agente lesivo difícil de ser erradicado, por exemplo bactéria da tuberculose, corpo estranho no ferimento. A bactéria da tuberculose impede a fusão do lisossomo com o fagossomo, isso faz com que dificulte todo o processo inflamatório, assim ocorrendo a diferenciação dos macrófagos. Os macrófagos se diferenciam em células gigantes do tipo Langhans e células epitelióide (semelhantes ao epitélio). O macrófago tende a tentar ficar mais potente para tentar destruir a célula da tuberculose. Quando ele se diferencia em célula epitelióide, ele forma uma célula grande com digitações e vai se ligando em outro macrófago. Vários macrófagos, se unem formando uma célula gigantesca com núcleos organizados na periferia. Na tuberculose é possível notar, a área central (rosa) e a área de cariólise, ao redor dessa área há núcleos picnóticos e núcleos em cariorrexe. Em volta haverá linfócitos, macrófagos e plasmócitos + células epitelióides. – Granuloma imunogênico (esses granulomas possuem o aspecto de queijo e se calcificam). GRANULOMA CORPO ESTRANHO: O organismo tenta acabar com o corpo estranho modificando os macrófagos, este se diferenciam formando células epitelióide e células gigantes tipo corpo estranho. Cicatrização: • A cicatrização pode ser feita por reparo ou regeneração; • Todos os processos começam juntos, sendo coagulação, inflamação e cicatrização; Supondo que tenha entrado um caco de vidro na pata de Titiu... Ao entrar caco de vidro na pata de Titiu, o caco de vidro arrebenta os vasos sanguíneos, de modo que o sangue saia naquela região ferida. O sangue meio do ferimento, forma um coágulo sanguíneo (é extremamente importante para cicatrização), pois a região precisa ser refeita o coágulo serve para agir como se fosse uma matriz provisória para a migração de células. Dentro dos vasos que foram arrebentados, começa o sistema de coagulação do sangue e todas as vezes em que há lesão de algum vaso sanguíneo o sistema da coagulação é ativado, assim empilhando plaquetas em cima da área lesada, esse processo é denominado de tampão plaquetário. As plaquetas que formaram o tampão plaquetário, são as primeiras células que irão liberar os fatores de crescimento para fibroblasto (célula que produz colágeno), a cicatrização por reparo ocorre quando os leucócitos fagocitam o tecido morto e as células em volta não conseguem se proliferar nem se refazer e, por essa razão coloca se tecido conjuntivo fibroso no tecido (serve para dar fibrose e cicatriz no local) a base desse tecido é o colágeno. Então a célula que faz a cicatrização por reparo é o fibroblasto, se deixou marca é porque não regenerou. A princípio, a partir de todo esse processo o fibroblasto começa a se proliferar e com isso ele “anda” por cima do coágulo sanguíneo, com isso começam a migrar para o sítio da injúria e assim produz colágeno, mas para que a produção de colágeno ocorra, o fibroblasto utiliza vitamina C para a produção deste, então jogam colágeno na matriz celular e esse acaba formando as fibrilas colágenas, semelhantes fiapos, justamente por serem bem finas, as mesmas se unem contribuindo para a formação das fibras colágenas (nesse momento o processo inflamatório já está acontecendo). Se Titiu estiver desnutrido, não terá vitamina C suficiente para produzir colágeno, então o colágeno que se formar, será muito fraco, assim podendo arrebentar à toa, pois sem colágeno o tecido fica sem resistência. OBS: O Titiu depende de vitamina C da dieta... O fibroblasto vai produzindo colágeno durante 1 mês e colocando de qualquer jeito, porém o colágeno tem que ser arrumado para poder dar resistência para o tecido e isso demora 2 meses. As fibras são direcionadas de acordo com a tração que sofrem. O colágeno não estica, pois é uma fibra rígida, na pele ele se arruma como se fosse uma rede e no osso é arrumado em forma de placas. Quando fibroblasto estiver com sua produção total (acabado de ser produzido), esse vai se ligando colágeno, assim começa “andar” para arrumar esse colágeno, porém quanto mais bagunçado o colágeno, mais horrorosa é a cicatriz e caso a lesão seja grande não tem como ser “arrumada” perfeitamente, também há casos de quando o ferimento cicatriza no início do processo quer dizer que, ainda não possui muita resistência, porque não tem muito colágeno. Pode se dizer que a cicatrização, a coagulação e a inflamação são processos que começam ao mesmo tempo, nisso os mediadores químicos vão sendo liberados, de modo que, “mandem” os vasos se dilatarem, assim gerando os sinais cardinais (calor, rubor, tumor, dor e perda de função). Nesse processo, começam a sair neutrófilos, que trabalham na fase aguda e após 48 horas inicia a fase crônica. Os fibroblastos ainda estão se proliferando e o sistema da coagulação acaba bem rápido, assim as plaquetas param de emitir o fator de crescimento, mas os fibroblastos ainda precisam do fator de crescimento para se proliferarem e quando os macrófagos chegam, eles quem assumem tal função, isto é no 3° dia (enquanto for necessário). No entanto, todas essas células precisam receber nutrientes de vasos sanguíneos,mas na região não tem vasos sanguíneos suficientes, pois os vasos sanguíneos, começam a se proliferarem a partir do momento que já têm angiogênese, e estes se proliferaram até o 5°dia. Ademais, quando o coágulo é invadido por leucócitos, fibroblastos e vasos sanguíneos, ele muda de nome e passa a se chamar tecido de granulação. Quando chega em 24 horas, a camada basal já está toda refeita e existe uma urgência em fechar o epitélio, porque precisa ter um “teto” acima do epitélio para não ficar caindo sujeira dentro da célula e atrasando o processo inflamatório (demora 4 dias para o epitélio ficar pronto). O processo está em andamento e com o passar dos dias a região fica limpa, contudo, após 15 dias o processo inflamatório começa a reduzir e à medida que a inflamação diminui a cicatrização intensifica e a produção de colágeno aumenta. Posterior a isso, os vasos sanguíneos sofrem apoptose (morte celular), pois não são mais necessários, no final terá tecido conjuntivo fibroso com muito colágeno, poucas células e poucos vasos sanguíneos. FATORES SISTÊMICOS / LOCAIS X CICATRIZAÇÃO X COMPLICAÇÃO • Estado nutricional: sabe-se que a vitamina C é extremamente importante para a produção de colágeno, quando o animal se encontra desnutrido, isso significa que ele não tem vitamina C, logo o colágeno dele é fraco, ou seja, se arrebentam facilmente e não consegue manter as bordas do ferimento unidas, de modo que, o ferimento fique abrindo e gerando deiscência, que consequentemente ocasiona problemas na remodelação. O fibroblasto não mexe em fragmentos de colágeno, somente nas fibras inteiras, se fragmentos de colágeno ficam empilhando se no ferimento a cicatriz fica com aspecto feio/horroroso, quando uma cicatriz tem esses aspectos, pode se dizer que esta está cheia de fragmentos, também conhecida como contratura. • Situação circulatória do local: quanto mais irrigada a região melhor, um local em que há pouco vaso sanguíneo, significa dizer que irá chegar pouca plaqueta e poucos macrófagos, logo terá pouco fator de crescimento e os fibroblastos irão se proliferar pouco, também haverá pouco colágeno, que irá gerar deiscência e contratura. • Alterações de medula óssea: o animal que possui câncer no osso (metástase óssea), irá chegar pouca plaqueta e pouco macrófago, pois a medula óssea que produz plaqueta e macrófago, então terá pouco fator de crescimento e os fibroblastos irão se proliferar pouco, com pouco colágeno gera deiscência e contratura. • Presença de corpo estranho: são alojamentos de bactérias e favorecem a infecção, de modo que gere um processo inflamatório muito intenso, também gerando excesso de tecido de granulação. Pode se citar como exemplo, a unha de Azediléia, está com inflamação supurativa ou purulenta, o tecido de granulação tem que ser removido juntamente com o corpo estranho, porque impede o fechamento do epitélio, e mantém o processo inflamatório por mais tempo. • Movimentação precoce do ferimento: ao futucar uma espinha, irá arrebentar o colágeno que o fibroblasto produziu, pode gerar contratura, principalmente se o ferimento for grande. • Queloide: excesso de produção de colágeno gerado por uma doença genética ou ferimentos que produzem uma maior quantidade de colágeno. Distúrbios circulatórios • Princípio para insuficiência cardíaca é a mesma da hepática; Uma vez que o coração for afetado terá consequências... Ilustração do infarto do miocárdio • O que faz diferença é o lado que foi afetado (direito ou esquerdo), não importa se foi átrio ou ventrículo; • Para o sangue oxigenar os tecidos tem que ter uma certa velocidade, quando o fluxo de sangue está lento é porque tem hipóxia; • O volume de sangue existente no corpo do animal, é o volume ideal para oxigenação dos tecidos. Então toda vez que tiver uma redução desse volume terá problemas circulatórios; 1. HIPEREMIA: • Ocorre quando os vasos estão muito dilatados e cheio de sangue; • Tem se dois tipos: ativa e passiva/congestão A ativa ocorre quando o tecido precisa receber mais sangue, então o vaso se dilata e leva mais sangue para o tecido (atende uma necessidade, ou seja, a necessidade de oxigênio). Se o tecido está com metabolismo acelerado precisa de uma demanda maior de O2 e maior gasto de ATP. - Exemplos: inflamação. A vasodilatação, é considerada uma hiperemia ativa no caso da dilatação, porém não atende uma necessidade de O2 e sim para obter maior circulação de leucócitos. A passiva ocorre um problema, o vaso se dilata e se enche de sangue, porque o sangue não flui adequadamente, devido o problema de vascularização. A hiperemia passiva, se divide em localizada é sistêmica. - Exemplos: obstrução do vaso. Isso causa uma hiperemia localizada, ou compressão de um vaso, podendo ser um trombo. No trombo se o sangue sobe, não passará mais, pois tem uma obstrução de um trombo naquele local, assim dilata aquela área, há problemas no caso da hiperemia localizada, tais como: a hipoxia, devido à área de circulação ruim do sangue, se tem hipóxia tem dor (angina, acúmulo de ATP e fosfato), se tem dor e essa dor continua e ocorre morte celular (necrose isquêmico), se tem necrose tem inflamação, se tem inflamação tem reparo. As áreas de necrose são em variados tamanhos, sendo ou na superfície ou no corpo todo, feridas e úlceras também. Nos locais em que o sangue está congestionado pode aparecer gangrenas úmidas (animal sujo). Toda área de sangue congestionado gera edema, devido à pressão hidrostática alta, a água faz uma pressão forte na parede do vaso fazendo com que o sangue se extravase. Petéquias: são as rupturas de capilares, estes são muito finos e arrebentam facilmente, podendo aparecer umas feridas minúsculas vermelhas (parecendo ponta de caneta), e em seguida tem como observar os macrófagos com hemossiderose (acúmulo de hemossiderina nos tecidos) em deposição localizada. Ainda na hiperemia passiva, pode ocorrer também a congestão sistêmica, esta é causada pela insuficiência cardíaca, sendo necessário especificar o seu lado, se é direita ou esquerda. Insuficiência cardíaca ESQUERDA: • Titiu teve um infarto do miocárdio do lado esquerdo do coração; • Infarto > área de hipóxia > necrose > reparo; O lado esquerdo está fraco em relação ao direito, uma parte do músculo não é músculo e sim tecido conjuntivo, estes não deram forças para ir pra frente, assim o sangue fica garrado de modo que pare nos pulmões. A artéria pulmonar entra no pulmão e se ramifica até virar capilar nos septos alveolares, a parede dos alvéolos, são os septos alveolares, que são formadas por tecido conjuntivo elástico (elastina fibra no pulmão). Se há congestão chega no septo. Congestionou sangue nos pulmões, gera hipóxia no septo > dor no peito > necrose > inflamação > reparo. O septo é formado por fibra elástica. Se inflamar o pulmão tem que fazer reparo com colágeno (rígido), o que gera dificuldade respiratória progressiva, piora com o tempo devido à cicatrização por reparo, pois o pulmão perde sua capacidade de se expandir (primeiro problema). Quando congestiona o vaso aumenta a pressão hidrostática (edema), extravasa plasma, e leva ao infarto pequeno (o coração bombeia o sangue então tem uma congestão leve), como é pouco o plasma, fica no septo (septo fica dilatado mais que o normal, tem como ver sua dilatação, por ser uma parede fina, isto é uma insuficiência cardíaca branda). Uma congestão intensa, faz com que extravase muito plasma, e o plasma não cabe só no septo, então ele vai para dentro dos alvéolos, assim fica sem espaço para o O2 e faz com que o indivíduo não consiga respirar, terá a formação de petéquias. • Quando arrebenta os capilares nos septos, terá macrófagos residentes que teriam hemossiderose no pulmão; • Os macrófagos com hemossiderina em quem tem insuficiência cardíacaesquerda são chamadas de células da insuficiência cardíaca; Insuficiência CARDÍACA DIREITA: • É o inferno na terra; • Também chamada de insuficiência cardíaca congestiva; Recebe sangue que vem do corpo todo, se estiver fraco o sangue vai congestionar para trás, sangue do corpo todo > congestão sistêmica > corpo todo congestionado. O primeiro órgão que recebe o sangue é o fígado. Quando ocorre a congestão no fígado, terá hipóxia, edema, petéquias, inflamação, cicatrização por reparo = cirrose, insuficiência hepática e todos os outros mil problemas com tudo que tem direito, falta de vitamina D, fezes claras e urina escura. O fígado recebe sangue que vem do baço e do TGI, denomina se de circulação corta hepática. Se o sangue congestiona tudo, irá congestionar a circulação de todas as vias, isso faz com que a pressão hidrostática fique muito alta, assim extravasa plasma, e causa edema na região abdominal (ascite: barriga d’gua). Essa congestão vai indo e chega no baço e no TGI, no TGI ocorre varizes esofágicas, na parede do esôfago aparece veias que se rompem e geram uma hemorragia alta severa > vômito > hematemese (vômito com sangue vermelho), também ocorre às varizes de estômago, mas essas não se rompem com tanta facilidade em relação ao esôfago. Já baço tem muito macrófago, o baço fica doidão e destrói todas as células do sangue, isso porque congestionou sangue nele, destrói hemácias que gera anemia hemolítica, nessa situação tem se as duas icterícias, também destrói plaquetas que gera trombocitopenia (deficiência de plaquetas -trombócitos- no sangue, células fundamentais para a coagulação e consequente estancamento de um sangramento), e destrói leucócitos, assim ficando com imunidade baixa e gerando leucopenia (baixo nível de glóbulos brancos no sangue, o que pode interferir na capacidade de combater infecções). 2. EDEMA: Ocorre quatro mecanismos que controlam a saída do plasma do vaso sanguíneo, tem se dois tipos de pressão que o sangue exerce dentro do vaso sanguíneo, sendo: pressão hidrostática (exercida pela água do sangue) e a pressão oncótica (exercida pelas proteínas do sangue). a. A primeira situação em que ocorre edema, é quando o ocorre um aumento da pressão hidrostática, se tiver um sangue com muita água, ou uma situação que essa água começa a fazer muita força na parede do vaso sanguíneo, o plasma começa a se extravasar e passar entre as células endoteliais, assim as rompendo-o, essa forca que faz no tecido, acaba gerando um edema. b. A pressão oncótica existe para dar um equilíbrio entre as proteínas do sangue e as proteínas do tecido. Se a pressão oncótica do sangue diminuir, o lado de fora da célula vai estar mais concentrado e se o lado de fora está mais concentrado que o lado de dentro, pela a osmose a água sempre irá para o local mais concentrado, logo a água começa a sair e ir para os tecidos, também gerando um edema. c. Ocorre quando tem um aumento da permeabilidade vascular, o vaso sanguíneo fica mais permeável, por dois motivos, ou porque aquele local está lesado ou por conta da inflamação, que tem mediadores químicos que “mandam” o vaso aumentar a permeabilidade. d. Ocorre quando há algum problema na cadeia linfática. Todas as vezes que o sangue passa pelos capilares sanguíneos, o plasma se extravasa, é normal ter um extravasamento de plasma nos capilares, isso acontece em todos os capilares. O vaso linfático acompanha o vaso sanguíneo e este capta o plasma que extravasou e volta com esse plasma pra corrente sanguínea, se tiver problemas com os vasos linfáticos naquele local região o vaso linfático não vou drena esse plasma que extravasou normalmente, e se não drenar o plasma, vai começar a acumular o plasma e isso vai gerar um edema. EDEMA GENERALIZADO: • Ocorre extravasamento de plasma no corpo inteiro (situação difícil de se ver e no animal costuma ver acúmulo de plasma no abdome); • Pode causar edema generalizado a insuficiência hepática relacionada com edema (o animal que tem um fígado que não funciona bem ele vai ter edema generalizado); • Tudo que se relaciona com a insuficiência hepática, ocasiona edema; Quando se tem insuficiência hepática, quer dizer que o fígado não está funcionamento normalmente, por sua vez, o fígado produz uma proteína chamada albumina, que tem como função principal manter o equilíbrio oncótico do sangue com os tecidos, logo se o se o fígado não funciona normalmente, não tem produção de albumina e com isso a pressão oncótica do sangue começa a ser reduzida, de modo que o plasma vai para o tecido e gera um edema generalizado. Há quatro motivos que causam edema generalizado... a. Desnutrição: ocorre a diminuição da pressão oncótica e em estágio inicial, causa insuficiência hepática; b. Insuficiência renal: há dois motivos, sendo a glomerulonefrite aguda que ocorre a retenção de sódio e água, que gera o aumento da pressão hidrostática e a síndrome nefrótica que ocorre a proteinúria que gera a diminuição da pressão oncótica. c. Insuficiência hepática: compromete a produção de albumina e congestiona a circulação porta-hepática; d. Insuficiência cardíaca: acionamento do sistema renina angiotensina (retenção de sódio e água) e congestão sistêmica (aumento da pressão hidrostática pela dificuldade do retorno venoso sistêmico). EDEMA LOCALIZADO: • Apenas uma parte do corpo com edema, então verifica se tem algum vaso sanguíneo naquela região, se esse vaso está obstruído ou comprimido; • Onde congestiona sangue aumenta a pressão hidrostática, assim o plasma extravasa e gera edema; • Quando se tem um processo inflamatório, o local fica inchado, porque terá calor e rubor; Ocorre problemas na drenagem linfática, a causa mais comum é quando tem cirurgia de tumor maligno, se o indivíduo tem câncer e é operado, ocorre metástase e algumas células desse tumor podem entrar nos vasos sanguíneos e se pregarem nos tecidos, se se pregarem nos vasos linfáticos, ocorre metástase linfática, então quando a célula tumoral entra no vaso linfático e faz a drenagem, ela para no primeiro linfonodo e começa a se proliferar nestes, após um tempo, algumas células caminham em direção ao próximo linfonodo e a metástase vai seguindo a cadeia linfática. A presença da metástase, significa dizer que aquela região está bloqueada, então os vasos linfáticos não irão drenar o plasma e vai haver acúmulo deste, ocasionando então edema. O problema maior é quando o animal é operado, porque tira o tumor primário e muito tecido em volta do tumor, se esse animal estiver com metástase em cadeia linfática, terá que remover esta cadeia também. Nesse sentido, essa região fica sem drenagem linfática e sem drenagem linfática ficará inchada. EDEMA CEREBRAL: • Supondo que o cérebro de Titiu tem um vaso que nele foi obstruído e está com embolo de gordura, (traumatismo de tecido adiposo); • Outra situação a ser citada é quando o Titiu, está muitíssimo obeso e os hepatócitos estão sendo arrebentados, esse embolo obstruiu o vaso e irá ter uma necrose por liquefação, e se travou a passagem de sangue, congestiona para trás também e se congestiona o processo antes, a pressão hidrostática aumenta e pode extravasar o plasma no cérebro, se não drenar esse plasma cirurgicamente, este se comprime até dar outra região de hipóxia (hemorragia intracraniana); 3. HEMOSTASIA (sistema da coagulação): • Os próximos distúrbios são hemorragia e trombose (sistema da coagulação); Sistema de coagulação do sangue: A hemostasia é acionada todas as vezes em que o endotélio é lesado, não precisa ser necessariamente rompido, mas sim arrebentado, vaso sanguíneo quando se encontra lesado, não tem como se dilatar e o mesmo não sofre hiperemia ativa, quando lesado irá parar de liberar NO e PGI2. O objetivo dahemostasia é empilhar plaquetas em cima do endotélio ate que ele seja consertado, a plaqueta não é “adesiva”. No sistema de coagulação, o organismo precisa providenciar algum tipo de “cola” para grudar as plaquetas. As primeiras plaquetas se aderem ao vaso sanguíneo, através do fator de trombo, este liga as plaquetas a parede do vaso, de modo que a plaqueta fique de um lado e o colágeno do outro, a partir disso, assim que se ligam ficam ativadas e liberam mediadores químicos - TXA2, funciona como um agregador plaquetário e serve para atrair mais plaquetas para o tampão plaquetário, é nele que a aspirina atua, por isso não pode tomar aspirina em dengue, pois ela é hemorrágica e libera cálcio também, nesse processo todo grudou as plaquetas de baixo e as de cima. Na corrente sanguínea, existem proteínas que se chamam fatores da cascata que se encontram em algarismos romanos e são produzidos pelo fígado e para isso tem que fazer a utilização da vitamina K, isto é, para fazer os fatores da cascata, de modo que este possa recorrer em direção ao sangue, pois não pode ficar zanzando no endotélio. O endotélio lesado libera o fator tecidual/tromboplastina no sangue e quando chega no sangue esse aciona um fator que ativa o outro, o fator dá o start inicial. Os fatores se ativam e usam o cálcio liberado pelas plaquetas (cálcio bem preservado), se tem plaqueta, tem cálcio e cascata da coagulação. Onde tem cálcio, é onde os fatores se ativam em sequência, no final da sequência tem a produção da trombina, esta transforma o fibrinogênio em fibrina (fiapos pequenos e grudentos que servem como cola e que por sua vez tem como função envolver as plaquetas e colar). • As plaquetas de cima se ligam com a fibrina; • As plaquetas de baixo se ligam com o fator de Von Willebrand; O sistema de coagulação do sangue, não para sozinho, quando em andamento ele fica empilhando a plaqueta e ao invés de formar um tampão plaquetário bem pequeno, este acaba formando um trombo que é um tampão plaquetário grande e para fazer com que pare de formar trombos, é necessário utilizar os sistemas anticoagulantes. • Na imagem acima, tudo que está em roxo, representa o sistema anticoagulante, para bloquear o sistema de coagulação, os sistemas anticoagulantes aturam de três formas: a. Quando o endotélio se encontra lesado, este pode liberar antitrombina III, que por sua vez, tem como função inibir a trombina, se bloqueia a trombina não produz a fibrina e as plaquetas não vão se ligar mais. b. Proteína C e S: essas proteínas ficam no sangue, um pouco da trombina se liga no receptor de superfície trombomodulina, quando ambos se ligam essas ativam as proteínas C e S e essas proteínas entram no meio da cascata e bloqueiam os fatores que se ligam um a outro, então o sistema de cascata fica parado bem no meio de todo o processo, é valido lembrar que toda célula endotelial possui trombomodulina; c. Sistema fibrinogênio: depois que conserta o endotélio, as plaquetas têm que se soltarem, o endotélio então libera TPA que transforma o plasminogênio em plasmina, que por sua vez irá degradar a fibrina. Nesse sistema todo, pode tanto coagular demais, quanto coagular de menos e anticoagular demais ou de menos. Ambos sistemas de coagulação e anticoagulação, são ativados juntos, a prioridade é da coagulação. Existe um equilíbrio entre os ambos e se entrar e desequilíbrio ou vai coagular demais e ter trombose ou vai coagular menos e ter hemorragia. 4. TROMBOSE: • Coagulação exagerada do sangue; • Cigarro: radical livre lesão do endotélio; • Na trombose é obrigatório ter lesão do endotélio; • Fluxo sanguíneo lento, ocasiona dois problemas, sendo um que o sangue não oxigena adequadamente os tecidos, assim ativa a fosfolipase, o fluxo lento, ocasiona também a lesão do endotélio, gerando hipóxia. Forma trombos e não tampão plaquetário; Se ocorrer insuficiência cardíaca do lado direito e se afetar o fígado não tem como ter trombose e sim hemorragia, porque insuficientes hepáticos não tem trombose. Nesse processo ocorre o favorecimento de trombose (cardíaco). • Animais imobilizados na mesma posição, fica com fluxo sanguíneo lento, especialmente nas veias mais profundas, favorece o aparecimento de trombos; • Turbulência no fluxo sanguíneo, ocorre quando as artérias coronárias (fácil de lesar o vaso) e formar ateroma. No entanto, a trombose se dá em coronária ou veias profundas, na trombose ninguém fica investigando, o porquê que alguém teve trombose, pois tem motivos genéticos para isso e os exames são caros. • Se teve trombose, o indivíduo fica susceptível aquilo; • Excesso de plaquetas (genéticos) também causa trombose; CAUSAS: a. Alterações no sistema da coagulação; b. Anticoncepcionais: favorecem o aparecimento de trombose, pois aumentam a síntese de fatores das cascatas e diminuem a proteína C que é do sistema coagulante. Neste caso não pode fumar e tomar pílula, a utilização de ambos facilita o aparecimento de trombose; c. Gestação: favorece trombose devido à sua progressão em que o organismo potencializa o sistema coagulante. Todos os vasos rompidos, têm que se recompor rapidamente; d. Síndrome nefrítica: um dos tipos de insuficiência renal (além de jogar proteína fora, joga fora a antitrombina III, que é anticoagulante), assim deixando o sistema coagulante fraco. Mercúrio e chumbo podem causar insuficiência renal; e. Mutação no gene do fator V: o fator fica resistente a ação da proteína C, quando esse fator está montado ele funciona na cascata e coagula o sangue normalmente. A proteína C e S bloqueiam o fator da cascata, o fator V ativado não deixa ocorrer o bloqueio, assim forma fibrina sem parar não deixando o sistema anticoagulante agir, do mesmo modo que pode ter um sistema anticoagulante fraco pode ter um forte; Também há a trombose venosa profunda (TVP)... • Ocorre em veias profundas; Tem um grupo que são os politraumatizados, o machucado, o grande queimado (ferido) e pós cirúrgico (corpo). Esse grupo tem muita lesão endotelial e o sistema anticoagulante está muito ativado, isso faz com que eles fiquem de cama, assim deixando o fluxo sanguíneo lento especialmente nas veias profundas, isso favorece a agregação exagerada de plaquetas nas veias profundas. O problema é a embolização (quando o trombo se solta da parede e vai para o outro lugar), todo trombo que está na veia e vai para a veia cava, em seguida percorre para o lado direito do coração e vai para o pulmão, os trombos venosos podem matar o indivíduo. O normal é que eles cresçam e podem ser destruídos com medicamentos. A organização acontece em trombos antigos e vira tecido conjuntivo, de modo que possa passar a serem absorvidos, nisso as plaquetas do meio do trombo morrem, assim o trombo inflama e se tem inflamação, tem reparo, o reparo por sua vez, substitui aquela região lesada por tecido conjuntivo e na remodelagem do colágeno, o trombo é absorvido por estar próximo da parede. Nesse sentido, a absorção é demorada e não interfere em nada, pois o trombo tá necrosado, podem ficar calcificados (calcificação distrófico), se for calcificado fica mais fácil de se soltar da parede (em forma de pedrinhas). • Trombos muito raros podem se infectar com bactérias; EVOLUÇÃO DOS TROMBOS: 1- Crescimento: normal continuar crescendo; 2- Lise: é a destruição do trombo, pode acontecer com medicação; 3- Organização: é o trombo se transformar em tecido conjuntivo. As células do meio começam a morrer por falta de oxigênio, então irá ter um processo inflamatório no trombo e um processo de cicatrização no trombo, ele vai começar a ser transformado em tecido conjuntivo fibroso e quando transformado a parede do vaso absorve esse trombo. Isso só acontece com trombo velho, logo quando acontece isso, o tecido da região jáestá morto, devido a hipóxia; 4- Calcificação distrófica: pode começar a depositar cálcio no trombo e ele vira uma pedrinha calcificada; 5- Infecção: muito difícil de acontecer, é quando bactérias “moram” no trombo; 6- Embolização: (PIOR DE TODOS) é quando o trombo se solta e se torna um êmbolo, pode causar necrose isquêmica em algum lugar; As vezes pode dar um azar do inferno e a perna ficar toda inchada e ao invés do trombo se soltar inteiro ele solta em pedaço e forma êmbolo. Quando forma trombo em cima do ateroma também lesa o endotélio. 5. HEMORRAGIA: • Saída de sangue do vaso para o tecido; • A hemácia é a célula que representa o sangue; • Se sai uma hemácia daquele vaso, significa hemorragia; CONCEITOS IMPORTANTES: Hematoma: sangramento circunscrito, formando coleção volumosa (bolha de sangue); Petéquia: sangramento puntiforme na pele ou mucosas, tipicamente associado ao aumento local da pressão intravascular, contagem baixa de plaquetas (trombocitopenia), deficiência na função plaquetária (o indivíduo tem uma quantidade normal de plaquetas , mas as plaquetas não funcionam bem) e também ocorre a deficiência de fatores da cascata (rompimento dos capilares, geralmente por aumento de pressão do sangue); • Capilares com sangue congestionados; • Contágio baixa de plaqueta; • Muita plaqueta = trombocitose; • Pouca plaqueta = trombocitopenia; Púrpura: múltiplos pequenos focos de sangramento que podem estar associados às mesmas causas das petéquias, além de traumatismos, vasculites (inflamação na parede de vasos sanguíneos), a vasculite não é uma doença por si só, ela faz parte de doenças onde tem inflamação de vasos sanguíneos, é considerada uma doença grave porque vai ter necrose isquêmica, isso acontece porque vai ter um processo inflamatório no vaso, todo lugar inflamado dói, fica quente, vermelho e inchado, então vai ter edema na parede do vaso, esse edema empurra a luz do vaso, diminuindo a luz do deste, então esse edema por si só já vai dar uma hipóxia para frente, e se tem um processo inflamatório, os leucócitos ativados começam a liberar enzimas e radicais livres, as essas enzimas e os radicais livres vão começar a lesar o endotélio e se lesarem o endotélio, eu não realiza hiperemia ativa - quando o vaso dilata para levar mais sangue para o tecido - o vaso perde a capacidade de dilatar, e se lesa esse endotélio ativa o sistema da coagulação, e como essa região é uma região de fluxo sanguíneo mais lento, por causa do edema comprimindo a luz, e o sistema da coagulação foi ativado, é mais fácil ocorrer a formação de um trombo dentro do vaso do que um tampão plaquetário pequeno e normal. Todo local de fluxo sanguíneo lento é mais fácil grudar um monte de plaquetas do que só o tanto que precisa, então esses locais de fluxo lento e lesão endotelial são locais que favorecem a trombose, e se tem trombo, diminui ainda mais o fluxo. E outro fator do processo inflamatório, o que acompanha a inflamação é a cicatrização por reparo, e na hora que a lesão endotelial cicatrizar, encherá a parede de colágeno, assim perdendo sua elasticidade, então o reparo também vai impedir a dilatação do vaso depois, o vaso não sofre mais hiperemia ativa, logo todo lugar que tem vasculite, causa uma hipóxia na região e causa uma necrose isquêmica. No entanto, doenças que apresentam vasculite, apresentam também vasos inflamados em vários locais do corpo e se a artéria coronária ficar com vasculite terá necrose isquêmica no miocárdio, igual um infarto) e fragilidade vascular (roxos pequenos, igual equimoses pequenas, a púrpura atinge um vaso mais calibroso do que nas petéquias). Equimose: sangramento subcutâneo; Epistaxe: sangramento nas fossas nasais; Hemartrose: sangramento nas articulações (sangue no líquido sinovial), a presença de sangue no líquido sinovial sem história de traumatismo nem nada é um indício de hemofilia); Hematêmese: vômito com sangue; Melana: sangue nas fezes; Sufusão: sangramento plano, difuso e extenso em mucosas (é uma equimose gigante, um roxo enorme, geralmente se vê em situação de traumatismo); PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS: Tudo depende do tanto de sangue que o indivíduo irá perder, se for pouco não é problema, se for muito sangue, será problema (hemorragia). Também depende da velocidade em que o sangue se perde se é rápido ou devagar (medula óssea repõe aquele local a medida do possível). • Anemia: sangramento brando e prolongado; • Choque hipovolêmico: perda de sangue rapidamente; • Asfixia: ocorre quando os pulmões estão encharcados de sangue (hemorragia pulmonar), os pulmões estão tão cheios de sangue que não sobra espaço para o oxigênio, assim ocasiona hipóxia sistêmica; • Lesão cerebral por hemorragia intracraniana: uma área de congestão, começa a extravasar plasma, assim comprimindo os vasos sanguíneos (hipóxia); 6. CID: • Afeta o mesmo grupo da trombose (politraumatizados); • Tem mais lesão de endotélio do que sistema anticoagulante; Quando tem muita lesão de endotélio começa a forma tampão plaquetário para todo lado, seu sistema da coagulação esgota, não tem mais plaqueta e ainda tem lesão de endotélio. As lesões que estão sem o tampão plaquetário ficam hemorrágicas, esse é um lado do problema, o outro lado do problema são os vasos que formaram o tampão, porque tem tanto tampão plaquetário que o fluxo sanguíneo nesses vasos, ficam prejudicados. Então tem um fluxo prejudicado onde teve a formação do tampão plaquetário e eu tem as lesões em que estão sem este tampão, sendo denominadas de hemorragias difusas. Ademais, vários vasos sanguíneos começam a ficar hemorrágicos, então tem se como exemplo, se um médico veterinário está no meio de uma cirurgia e o animal começa a sangrar para todo o lado, pode se determinar que isso é uma CID (esgotamento do sistema da coagulação), só acontece na hora, não é sempre que acontece, mas se acontecer é na hora. 7. EMBOLIA: Os êmbolos são corpos estranhos que ficam zanzando na corrente sanguínea, podendo ser uma bolha de ar, gordura e até pode ser causado por um trombo que se soltou (tromboembolo), quando este se solta, pode gerar uma tromboembolia venosa pulmonar, caso isso ocorra, é altamente grave, devido ir diretamente para o lado direito do coração, muito raro parar dentro do coração, porque este percorre na artéria pulmonar e assim começa o problema, pois a artéria pulmonar na hora que ela ramifica, em seus dois ramos, estes são mais estreitos do que o trombo. • Trombo embolia venosa pulmonar com trombo grande: um trombo qualquer que se soltou em uma determinada veia, ocorre em indivíduos politraumatizados, os politraumatizados possuem o sistema da coagulação muito ativo e um fluxo sanguíneo aparentemente lento, se esse indivíduo desenvolveu um trombo em uma veia profunda dele, quando for se movimentar direito, esse trombo se solta e vai para o pulmão, mas se o trombo é grande, ele para no tronco da artéria pulmonar e não consegue entrar na ramificação, então causa uma obstrução no tronco arterial. Agora se tiver um trombo parado, não vai passar sangue nenhum e isso ocasiona o óbito (situação em que a trombose pode matar); • Trombo médio: também acomete o grupo de politraumatizados. Se o trombo é médio, ele pode ir para a veia pulmonar e se depositar dentro dos pulmões • Indivíduos cardiopatas: supondo que Titiu foi atropelado, virou um politraumatizado e ficou dias de cama, deu trombose e quando ele se levantou o trombo se soltou e foi para o pulmão. Como esse animal já é um cardiopata, então o seu fluxo sanguíneo já é lento e se algum vaso for obstruído irá fazer falta, já que sua circulação não funciona normalmente, então isso irá gerar uma necrose isquêmica no pulmão em formato de cunha vermelha e não branca, seguida de infartovermelho (porque derrama sangue em cima da cunha), tudo isso será resultante de dificuldade respiratória; • Trombo pequeno: não faz a menor diferença, a não ser que sejam vários trombos pequenos, pois aí sim terá como obstruir o vaso sanguíneo, de modo que bloqueie a passagem do sangue; • Embolia gasosa venosa: ocorre a entrada de um grande volume de ar em uma veia, podendo ocorrer geralmente em cesariana, onde o animal tem uma contração durante a cirurgia, a contração faz com que as veias cortadas suguem ar para dentro delas na circulação venosa, chega do lado direito do coração, a contração do músculo cardíaco faz este se misturar com o sangue, assim formando uma espuma dentro do seu lado direito do coração, levando ao óbito; • Embolia gordurosa: supondo que Titiu está obeso, significa dizer que p hepatócito está cheio de gordura, isso é um problema devido à alta produção de radicais livres que irão arrebentar os hepatócitos e assim formando lagos de gordura dentro do fígado, caso tenha um traumatismo, a gordura pode entrar na corrente sanguínea; 8. CHOQUE: O choque é uma situação que surge quando a quantidade de oxigênio no corpo está muito baixa e toxinas vão se acumulando, podendo causar lesões em vários órgãos e colocando a vida em risco. O estado de choque pode surgir por diversas causas e, para cada caso, o choque tem uma definição específica, como choque anafilático, cardiogênico, séptico ou hipovolêmico, por exemplo. a. Choque cardiogênico: esse tipo de choque ocorre quando coração se torna incapaz de bombear adequadamente o sangue pelo corpo e por isso é muito frequente após um infarto ou doença cardíaca que progrediu, fazendo com que a pressão arterial caia bruscamente, também resultante de uma insuficiência miocárdica; b. Choque hipovolêmico: ocorre em casos de baixa volemia, perda de plasma rapidamente, por exemplo em queimaduras extensas, diarreia profusa, traumatismo e calor excessivo; c. Choque anafilático: acontece em indivíduos que têm uma alergia muito grave a alguma substância. Este tipo de choque provoca uma resposta exagerada do sistema imune, gerando inflamação do sistema respiratório. Ocorre quando o animal produz muito anticorpo IgE, que normalmente deveria ser produzido em pequenas quantidades, quando o animal tem o primeiro contato com o antígeno, seja picadas de abelha, camarão ou amendoim, isso estimula o plasmócito a produzir o IgE que se ligará em receptores de superfície de mastócitos e basófilos (quem tem o choque anafilático é o primeiro contato, por ser mais intenso do que o normal). Já no segundo contato (recontato), o antígeno se liga na IgE que estava ligada nas células e quando se liga, este estaciona uma via de sinalização intracelular que “manda” as células liberarem histamina, por ser muitas células, a produção de histamina a ser liberada é grande (broncoconstrição), ocasionando vasodilatação no corpo inteiro, isso diminui a pressão arterial e aumenta a pressão intravascular, causando um edema generalizado (corpo todo inchado), inchando a glote (na garganta) também, assim fecha a garganta e o animal não consegue respirar; d. Choque séptico: pode ser qualquer infecção que quando chega no sangue ocasiona a síndrome da resposta inflamatória sistêmica; Na inflamação, normalmente tem o agente lesivo no sítio da injúria que estimula mediadores químicos, que ocasionam o aumento de permeabilidade vascular e vasodilatação. • O reconhecimento e adesão é feito no sítio da injúria; Nessa síndrome da resposta inflamatória, o agente lesivo ao invés de estar no sítio da injúria ele está no sangue (problema), então o reconhecimento e adesão, ocorre na corrente sanguínea e automaticamente libera mediadores no sangue ao invés de ser no sítio da injúria, assim vai se espalhando no sangue promovendo vasodilatação e aumento de permeabilidade vascular (edema generalizado muito intenso, fica inchado da perna até a cabeça), quando em grande quantidade diminui a contratilidade do coração e também fazem a ativação do endotélio (expressar selectina e I-CAM). O leucócito aproxima do endotélio do alvo e faz o rolamento, mas antes já estava liberando enzimas porque já tinha achado o seu alvo e isso é um problema, pois libera enzimas em cima do endotélio, causando lesão endotelial disseminada, isso é o começo da CID (lesa tudo, esgota o sistema da coagulação, tendo vaso sanguíneo lesado e fica hemorrágico). A CID começa no início do choque séptico e por essa razão é muito difícil de ser “arrumado” o problema. Mecanismo do choque (ocorre a partir do momento que a pressão cai): Liberação de vasoconstritores no sangue: quando o organismo libera vasoconstritores no sangue em grande quantidade que se ficarem contraídos por muito tempo, gera hipóxia localizada, porém pelo corpo todo e isso gera dois problemas: Acidose lática: o sangue fica estagnado na microcirculação, de modo que o capilar fique dilatado e o sangue não flui direito, gerando edema e pressão hidrostática alta. Tudo isso piora a hipóxia que consequentemente piora a estagnação e vira um ciclo vicioso. Como está com dificuldade sanguínea no corpo todo, as células endoteliais irão entrar em hipóxia, então a fosfolipase é ativada dentro destas e com isso surge a lesão endotelial disseminada que é o início do choque. Todas essas características irão resultar na falência múltipla dos órgãos, tudo para de funcionar especialmente o fígado e o rim, causando também uma insuficiência hepática e renal; Reverter o choque: • Sé é hemorragia tem que estagnar; • Se é choque entra com antibiótico; 9. CÂNCER: • Se divide em tumores benignos e malignos; Neoplasia: é lesão constituída por proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, em geral com perda ou redução de diferenciação, em consequência de alterações em genes e proteínas que regulam a multiplicação e a diferenciação das células; TUMORES BENIGNOS: Tem se uma proliferação de células que formam uma massa tumoral redonda, pois à medida que proliferam, ficam unidas e grudadas, mantendo sua coesão, essas se proliferam de forma lenta, não dói não sangra e não fica ulcerado e a pele por cima do tumor fica normal. À medida que ocorre sua proliferação, essa empurra a matriz formando uma cápsula em volta da célula, na cirurgia corta rente ao tumor, não tem tendência a recidivar devido a cápsula. Tumor simples: • Não tem metástase; • Não tem emagrecimento do indivíduo; • Apresentam células bem diferenciadas e o tempo todo parecidas com o tecido de origem; • Crescimento lento não infiltrativo; • Tendem a formar massas esféricas expansivas; • Possuem cápsula; • Superfície íntegra; • Não causam efeitos sistêmicos; • Remoção cirúrgica fácil; • Não tendem a recidivar; Lipomas: é o tumor benigno comum. Alguns também podem se transformar em câncer, o lipoma pode se transformar em lipossarcoma (neoplasia maligna de tecido adiposo); Exceções: Tendência a recidivar: devido a capsula ser incompleta, neste caso a biopsia é importante, pois nas capsulas incompletas ao realizar a cirurgia tem que cortar o tecido sem ser rente a célula; Efeitos sistêmicos: produz o hormônio da glândula onde está; Localização problemática: no cérebro; TUMORES MALIGNOS No início dos tumores malignos, as células são diferenciados e se parecem com o tecido de origem, mas quando ao final, ficam atípicos/indiferenciados até ficarem anaplásicos (depois do indiferenciado- células muito atípicas). Tumor maligno: • Câncer cresce rápido, mas sua velocidade de acordo com cada tipo de câncer tem uns que são rápidos e outros lentos; • Iniciam bem diferenciadas e vão se tornando indiferenciadas, até ficarem anaplásicas, tem a massa no meio do tecido e as células de sua periferia se soltam e se infiltram nos tecidosadjacentes (perdem a coesão), de propósito pois procuram vasos sanguíneos e linfáticos para dar metástase; • Crescimento rápido (variável); • Não possuem cápsula; • Tendem a recidivar; • Na remoção cirúrgica, requer uma margem de segurança; • Ocasionam metástase; • Causam efeitos sistêmicos • Superfície geralmente ulcerada e com hemorragia branda (aspecto feio); • Podem ser precedidas por displasia; • Quanto mais demora para dar o diagnóstico de câncer; mais tempo irá se espalhando e crescendo, assim deixando a célula tumoral para trás e o câncer tem a tendência de se recidivar (voltar ao normal); Com os avanços tecnológicos, agora tem radioterapia na medicina veterinária; • Só câncer dá metástase e causam efeitos sistêmicos; A genética do câncer é basicamente a aula de apoptose problemas no checkpoint de G1. GENES ENVOLVIDOS: Protoocogenes: são os genes que fazem a proliferação celular acontecer. Quando mutados, são chamados de oncogenes e permitem uma proliferação celular descontrolada, assim que ocorre o câncer. A célula prolifera muito como se o protocogenese ficasse só ativado e quando está com erro é chamado de oncogênese e para não ter isso, TP53 iria “ver” a proliferação, assim que entram os genes supressores de tumor; - Tem câncer quando tp53 (90%) não funciona e o protooncogenes também; Genes supressores de tumor: são os genes que fiscalizam a proliferação celular para que não haja erros; Genes da apoptose: são ativados para eliminar células com erros no DNA; Genes de reparo do DNA: fazem o reparo de alguns erros no DNA; - Para o câncer aparecer tem que ter um contato com o carcinógeno e isso depende da genética do indivíduo, carcinógeno + genética ruim (problema); Algumas vezes tem se a associação de agentes iniciadores e promotor. O iniciador é o agente que causa o câncer, o promotor é o agente que causa a inflamação no tecido e com isso favorece a proliferação de células iniciadas. Quando tem iniciador e promotor é mais fácil ter o câncer e começa então a se espalhar radical livre naquele local, justamente por estar inflamado. Tem fator de crescimento então a célula proliferou mais, nem sempre tem os dois juntos, mas quando tem um exemplo é o cigarro. O que causa câncer? • 20% são causados por vírus; • Hepatite B de seres humanos por exemplo tem uma insuficiência hepática que pode evoluir para o câncer; • Vírus do sarcoma felino, papiloma vírus bovino, vírus da mieloblastose (em animais); Os carcinógenos mais importantes são: Hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (alcatrão): produzido na queima de petróleo, carvão e tabaco, também grande quantidade na poluição atmosférica, que não é só dióxido de carbono, no churrasco e no cigarro. Na carne defumada é um fator de risco, devido à quantidade alcatrão, tem o agente promotor junto com ela (sal), o sal inflama e irrita a parede do estômago e o alcatrão atua neste local; Aminas aromáticas: são corantes alimentícios/químicos que são colocados nos alimentos, causa câncer de fígado de rim e de bexiga, ração colorida, corante da coca cola, corante amarelo (rinite alérgica) jujuba e tinta de pintar trator é o mesmo e quanto mais colorido pior (jujuba é um câncer em bolinhas); Aflatoxinas: são produzidas por um fungo que contamina cereais, especialmente arroz, milho e amendoim, causam mutação no gene tp53; Coisinho obeso = o gato branco; Radiação ionizante: causa câncer, pois seu efeito depende da sensibilidade do tecido, atua como ação direta (estraga qualquer tipo de molécula celular) e indireta (incide na água intracelular e quebra a água em radicais livres fazendo um estrago enorme); Radiação ultravioleta: o sol causa mutação em protocogenese. Meia hora de sol sem protetor é importante pra fazer vitamina D, em animais de pele cor de rosa, são equivalentes a pessoas muito branca, focinho muito rosado é câncer (gato branco), indivíduos de pele clara são mais sensíveis a radiação; Melanoma: é um câncer de pele que dá na pele e nas mucosas e pode ter na boca. É extremamente agressivo e se prolifera muito rápido, pois se infiltra verticalmente no tecido causando metástase, se parece com uma pinta esquisitona. Possui áreas claras e escuras, muda de forma rapidamente, muito difícil de achar melanoma dentro da boca do cachorro, pois boca de cachorro é toda preta; METÁSTASE Antes do câncer da metástase tem que fazer invasão local, ou seja, ele tem que invadir aquele local. As células invadem os tecidos adjacentes (invasão local) para isso tem que adquirir habitadas. a. A célula tem que andar e para isso tem que produzir fator autócrino de motilidade, mas só anda no meio do tecido se tiver receptores e célula maligna, essa anda só em matriz celular e só infiltra tecido se tiver o receptor de fibrinectina e laminina; b. Produção de receptores de fibrinectina e laminina: c. Produção de enzimas hidrolíticas: ocorre na matriz para degradar o tecido e quanto mais regaçado esse tecido, mais fácil fica sua infiltração, são essas enzimas que destroem o osso e são elas que deixam o câncer com aspecto feio, também infiltram em qualquer lugar; - Por isso que o câncer demora pra dar metástase tem que seguir todos os passos; A periferia do tumor chama se de front de invasão; Tumor maligno: a célula ideal do tumor maligno é uma célula que não se altera, tudo indica que ela é uma célula normal, então está toda alterada por dentro, mas a membrana não está alterada, então o sistema imunológico não vê o que está ruim. Terá células com membrana alterada, por conta da inflamação. Quando o tumor entra em vasos sanguíneos implantam seu tumor, mas preferem entrar em veia a artéria, justamente por serem finas então é muito comum ocorrer no pulmão. “Tem tumor que escolhem o lugar que quer dar metástase”, por exemplo câncer de mama. A célula maligna quando entra em vaso linfático, as células param no primeiro linfonodo e começam a se proliferar ali mesmo (íngua) depois de remover essa cadeia linfática gera consequências, tais como: - Dor: no início não dói, apenas após sua progressão, pois suas células infiltram nos nervos; - Destruição tecidual: devido às enzimas hidrolíticas; - Hemorragias: tumor maligno avançado pode começar a fazer produção ectópica de TPA; - Produção de hormônios: quando o câncer está no início, aumenta o hormônio quando está na glândula e não está avançado, não tem hormônio quando está na glândula e está avançado, a produção de qualquer hormônio gera uma pulsão de efeitos colaterais; Caquexia: emagrecimento intenso alto indício de câncer tem dois motivos para isso: (1) processo inflamatório muito intenso que ficam em volta do tumor e tira a fome. (2) o alto metabolismo das células tumorais (proliferação celular rápido) tudo que come vai para o tumor; Tratamento de câncer: Radioterapia: quando não tem como resolver com cirurgia o tumor não responde a quimioterapia, então a radiação vai em cima; Quimioterapia redução do tumor para ter margem de segurança maior; Cirurgia; - Muitas pessoas morrem devido o tratamento ser intenso; “Tumores são o resultado de agressões ambientais em um indivíduo geneticamente susceptível.” Prova 1: 1) Porque a baixa temperatura localizada causa edema; 2) Relação de hipermetabolismo com enxerto em grandes queimaduras e por que que melhora, mas não acaba com o estado? 3) Quais as complicações em um ateroma podem causar infarto em repouso? (Explicar detalhadamente) 4) Qual o mecanismo de ação (patogênese) da radiação ionizante e porque ela causa hemorragia? 5) Qual a função da enzima superóxido dismutase? 6) O que é: A) Hiperestesia: B) Disartria: C) Ataxia: D) Disfagia: E) Paresia: 7) Na contaminação de chumbo, mercúrio e arsênico, na ingestão de água contaminada comos três, qual é responsável pelas fezes sanguinolentas? Prova 2: Análise das fezes (questões faladas em sala): - Tem estercobilina ou não tem; - Tem sangue nesse coco e que cor que é esse sangue e por quê; - Titiu intoxicado por mercúrio qual a cor do coco de Titiu? Fezes de cor normal, sangue preto e vermelho. Se fosse arsênico, fezes claras sem estercobilina, bolhas de sangue (sangue vermelho e sangue escuro). Se fosse chumbo, o coco seria normal, sem sangue; - Titiu mega obeso caiu do 7º andar e estava intoxicado por aflatoxina e câncer de fígado, qual a cor do coco de Titiu? Possui fezes claras, por conta do câncer de fígado e da esteatose da obesidade, tem sangue brando (vermelho), metástase no intestino; - Titiu com câncer no estômago fezes clara com sangue preto; - Titiu com câncer de fígado e com câncer de osso, o que ele irá desencadear? - Titiu na gaveta: ocorre imobilização prolongada, choque séptico, grande queimado, 1 mês internado, estado hipermetabólico etc.; - Explicar... Que que tem se o rim não funciona???? Não produz vitamina D, não se não produz, o cálcio está baixo, vai liberar PTH normalmente, porém vem a complicação. Com a insuficiência renal, a vitamina D está zerada, então o PTH tem que ser produzido de forma contínua e PTH não foi feito para produzido de forma contínua, quando isso ocorre ele desregula e desregula para mais e gera hipercalcemia (calcificação metastática); - Titiu comia termômetro, então pode se dizer que ele tem calcificação metastática e hipertrofia de PTH; - Titiu comeu 5KG de paçoca com aflatoxina e teve câncer de fígado, pinscher de 80KG, o que causa insuficiência hepática? Arsênico, sangue nas fezes, insuficiência renal icterícia, fezes claras e urina escura; - Explicar...Titiu desnutrido: dois problemas, sem comer não tem cálcio, tem que liberar PTH, para suprir o cálcio PTH liberado de forma contínua gera hipercalcemia - Falta de apoproteína + aumento da lipólise (chega muita gordura no fígado) isso gera esteatose e insuficiência hepática; 1- Coitadinho de Thythiull bebeu água contaminada com resíduos de mercúrio e chumbo. Responda detalhadamente: a) Por que ele tinha hiperbilirrubinemia? b) Qual tipo de Bb ele acumulava no sangue? c) Urina colúrica ou acolúrica? Justifique d) Tinha urobilinogênio na urina? Justifique e) Qual a cor das fezes? Explique f) Qual o principal sinal que levaria à suspeita de intoxicação por mercúrio? g) Ele tinha hipercalcemia? Justifique h) Qual o estado das paratireoides? Justifique i) Qual a forma de atuação do PTH? Justifique 2- E SE ... a) ...ele estivesse intoxicado por aflatoxinas, como elas causariam câncer de fígado nele? (explica direito, não é só essa respostinha não) b) ...ele também estivesse com câncer de fígado causado por aflatoxinas, como isso iria interferir no estado das paratireoides? c) ...posteriormente esse tumor desse uma metástase no fêmur, isso iria interferir no estado das paratireoides? d) ...agora ele tem intoxicação por mercúrio, chumbo e aflatoxinas, qual bilirrubina ele acumula no sangue? 3- Thythyull, muito, muito, muito obeso, caiu do terceiro andar do prédio. Considerando que ele faz parte das aulas de patologia e nunca morre, explique detalhadamente tudo que ele poderia apresentar devido à queda (dentro do que foi dado na matéria até agora)
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