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FISIOLOGIA VETERINÁRIA A SISTEMA CARDIOVASCULAR O Eletrocardiograma Normal (ECG) É o registro dos sinais elétricos emitidos durante a atividade cardíaca, refletindo a atividade do coração. Oferece informações da função cardíaca, sendo inscrito sobre uma linha de papel quadriculado, de modo que obtemos um registro contínuo da atividade cardíaca. O eletrocardiograma fornece informações sobre os impulsos do coração, e estes impulsos coincidem com cada fase da estimulação cardíaca. Na monitorização eletrocardiográfica são utilizados eletrodos que são colocados no tórax do paciente, para receber a corrente elétrica do tecido muscular cardíaco em diferentes derivações; As derivações usadas para a realização do ECG, são pontos diferentes de leitura (olhar) da espolarização cardíaca em vários pontos planos. O coração, durante sua atividade, age como um gerador de correntes elétricas e estas correntes geram potenciais elétricos. O eletrocardiograma é o registro das variações do potencial elétrico do meio extracelular decorrentes da atividade cardíaca. O ECG consiste de ondas características (P, Q, R, S e T) as quais correspondem a eventos elétricos e mecânicos da ativação do miocárdio *P= contrai átrio esquerdo primeiro e depois o átrio direito (metade da curva representa um átrio e a outra metade representa outro). RQS= contração dos ventrículos T= relaxamento dos ventrículos U= enchimento dos átrios Na monitorização eletrocardiográfica são utilizados eletrodos que são colocados no tórax do paciente, para receber a corrente elétrica do tecido muscular cardíaco em diferentes derivações. As derivações usadas para a realização do ECG, são pontos diferentes de leitura (olhar) da espolarização cardíaca em vários pontos planos. O eletrocardiograma é o registro das variações do potencial elétrico do meio extracelular decorrentes da atividade cardíaca. O ECG consiste de ondas características (P, Q, R, S e T) as quais correspondem a eventos elétricos e mecânicos da ativação do miocárdio. Etapas para avaliação do Eletrocardiograma (ECG) Para a realização da leitura do traçado do eletrocardiograma, é necessário que seja seguido um fluxo o qual direciona a detecção da origem das arritmias, podendo assim classifica-las. Este fluxo se compreende em cinco etapas, as quais são descritas da seguinte forma: 1ª etapa: verificar a freqüência cardíaca, a qual deve estar entre 60 a 100 bpm para ser considerada nornal. Para verificar a freqüência cardíaca através do traçado eletrocardiográfico, deve-se examinar o ritmo. Se este for regular, tem-se que contar quantos quadrados grandes existem entre os R, e após dividir 300 por o número de quadrados encontrados entre os R. Se o ritmo for irregular, conta-se 30 quadrados grandes e verifica-se quantos R existem nesse intervalo, após multiplica-se a quantidade de R do intervalo por dez. Realizando estes dois cálculos será possível obter a freqüência cardíaca através do traçado eletrocardiográfico. 2ª etapa: verificar o ritmo cardíaco. Este é obtido através da contagem de quadrados grandes existentes entre os R. Será considerado regular de houver no máximo a diferença de 3 quadrados pequenos entre os R, acima disso o ritmo é considerado irregular. 3ª etapa: verifica-se a presença da onda P e sua morfologia. Esta pode indicar a presença de uma arritmia atrial. 4ª etapa: verifica-se o intervalo P-R, o qual deve ser de 0,12 s a 0,20 s. para ser considerado normal. Uma alteração neste tempo pode indicar uma arritmia atrioventricular. 5ª etapa: verifica-se o complexo QRS que para ser considerado normal deve durar até 0,12s. Uma alteração neste complexo pode indicar uma arritmia ventricular. DERIVAÇÕES PERIFÉRICAS Bipolares DI Localização dos eletrodos no MSE e MSD. É positivo o eletrodo do MSE e negativo o do MSD. Explora a superfície lateral e do coração. É uma deflexão positiva. DII Localização dos eletrodos no MSD e MIE. É positivo o eletrodo do MIE e negativo o do MSD. Explora a superfície lateral esquerda. É uma deflexão positiva. DIII Localização dos eletrodos no MSE e MIE, sendo positivo o do MIE e negativo o do MSE. Explora a superfície lateral direita. É positiva. Unipolares aVR Localização do eletrodo no MSD, sendo este positivo. Explora o átrio direito. A captação da atividade produz ondas negativas. aVF Localização do eletrodo no MIE, sendo o eletrodo positivo. Explora a superfície lateral esquerda, mas também a parede inferior. Produz deflexões positivas. aVL Localização do eletrodo no MSE. O eletrodo deste membro é positivo. Explora a superfície lateral esquerda e produz deflexões positivas. DERIVAÇÕES PRÉ-CORDIAIS (dentro do coração) V1 Por ser uma derivação pré-cordial, o eletrodo é posicionado no 4º espaço intercostal à direita, próxima ao rebordo esternal (paraesternal). O eletrodo é positivo e explora o ventrículo direito, ou melhor, lado direito do coração. Há ondas positivas juntamente com negativas. A predominância das ondas é negativa. V2 O eletrodo é posicionado no 4º espaço intercostal à esquerda, próxima ao rebordo esternal. O eletrodo é positivo e explora o ventrículo direito, ou melhor, lado direito do coração. Há ondas positivas juntamente com negativas. A predominância das ondas é negativa. V3 Localizada entre V2 e V4. O eletrodo é positivo. Explora: septo interventricular e parede anterior do ventrículo esquerdo Bifásica, V3 é mais negativo do que o V4 (que é mais positivo). V4 Localizada no 5° espaço intercostal no hemitórax esquerdo e na linha hemiclavicular, ou na linha do mamilo esquerdo. O eletrodo é positivo. Explora: septo interventricular e parede anterior do ventrículo esquerdo Bifásica, V3 é mais negativo do que o V4 (que é mais positivo). V5 Localiza no 5º espaço intercostal na linha axilar esquerda anterior. O eletrodo é positivo e explora o ventrículo esquerdo nas paredes anteriores e laterais. Ondas positivas. V6 Localizado na linha axilar média, no 5º espaço intercostal esquerda. O eletrodo é positivo e explora o ventrículo esquerdo nas paredes anteriores e laterais. Ondas positivas O que é fibrilação atrial? Os átrios cardíacos tremulam ou fibrilam, ao invés de contraírem, levando a uma frequência cardíaca irregular e muito rápida. O nó sinusal não emite compassadamente um estímulo único em direção ao nó atrioventricular, mas um grande número deles (300 a 600 por minuto). Assim, o coração contrai descompassada e aceleradamente e o bombeamento do sangue para o resto do corpo deixa de ser suficiente, A fibrilação atrial pode ser: paroxística, só durar um pequeno tempo e parar por si só; persistente, quando não para por si mesma, mas apenas com intervenção médica e permanente, quando não pode ser reparada mesmo com intervenção médica. Quais são as causas da fibrilação atrial? Nem sempre as causas da fibrilação atrial se tornam conhecidas. Pode ser uma anomalia cardíaca congênita, um dano ao coração devido a um ataque cardíaco ou um problema numa válvula cardíaca, Mesmo pessoas com coração normal podem vir a sofrer fibrilação atrial. Nesses casos, ela geralmente está associada à ingestão de álcool, drogas ou alterações nas concentrações de alguns eletrólitos sanguíneos. Histórico familiar de fibrilação atrial, uma idade avançada e distúrbios cardíacos congênitos são fatores que aumentam o risco da enfermidade. Algumas enfermidades cardíacas ou relacionadas ao coração podem causar essa condição, tais como, hipertensão arterial, doença coronariana, insuficiência cardíaca, alterações das válvulas cardíacas, doenças congênitas do coração, doença pulmonar crônica, hipertireoidismo, etc..Quais são os principais sinais e sintomas da fibrilação atrial? Os principais sinais e sintomas da fibrilação atrial são devidos à má circulação do sangue. São eles: Fraqueza, cansaço e falta de ar ao menor esforço. Palpitações e sensações de coração acelerado e irregular. Dor no peito, tonteiras e desmaios Ciclo cardíaco São os eventos elétricos e mecânicos que se repetem a cada batimento cardíaco, iniciado após a geração espontânea do potencial de ação no Nó Sino Atrial Divide-se: • Período de contração (sístole) ocorre o esvaziamento do coração • Período de relaxamento (diástole) - ocorre o enchimento do coração SÍSTOLE B1→B2 1ª Fase: Contração isovolúmica (mesmo volume ventrículos – 120bpm) Fecha valvas atrioventriculares – primeira bulha cardíaca – início da sístole. 2ª Fase: Ejeção (abre as valvas semilunares) Ejeção rápida 1/3 do tempo Ejeção lenta 2/3 do tempo Gráfico do músculo cardíaco: Despolarização rápida – quase espontaneamente com Ca++ e Na+; Depois ocorre o efeito platô em que o Ca usa o canal de K e o potássio não consegue sair por um tempo o que leva a maior duração da contração para a ejeção. Depois o K consegue sair e acontece a hiperpolarização. DIÁSTOLE B2→B1 1ª Fase: Relaxamento isovolúmico (relaxa com o mesmo volume ventrículos; valvas fechadas; cai a pressão de dentro dos ventrículos (80bpm - vai diminuindo) e fecha as valvas semilunares – 2ª Bulha cardíaca. Átrios cheios de sangue, pois não possuem valva que evite que entre. Átrios possuem pouca pressão +-4mmHg; Quando a pressão dos ventrículos ficar menor que a dos átrios as valvas atrioventriculares se abrem e o sangue cai pra dentro dos ventrículos. 2ª Fase: Enchimento (quando o sangue dos átrios cai pra dentro dos ventrículos) Enchimento rápido +-75% - 3ª Bulha cardíaca não auscutável B3 - fonocardiograma Enchimento lento (diástase) Contração do átrio – 4ª Bulha cardíaca – não auscutável; Bomba escorva: contrai, suga e joga pra frente – completam o enchimento ventricular aos 120ml em cada Ventrículo. DÉBITO CARDÍACO Quantidade de sangue ejetado +/-70ml e 5L por minuto em repouso. Número de batimentos/volume ejetado em cada batimento. Força X Frequência Sedentário tem menor força e maior freqüência que um atleta. Atleta maior força e menor freqüência. Mulheres menor força e maior freqüência que homens (sedentários). 1) Nodo sinoatrial ou sinusal: Marca passo fisiológico; próximo da abertura das veias cavas – parede lateral direita. Sistema intrínseco de condução; Centro vasomotor controle ele. Responsável por gerar o potencial de ação. A cada 70 vezes em 1 minuto ele despolariza e gera potencial elétrico para o resto. Fibras nervosas vão até o átrio esquerdo – feixe de Backman; potencial de ação produzido no átrio direito é liberado no átrio esquerdo. Feixes internodais levam estímulo até o segundo nodo: 2) Nodo atrioventricular Intersecção entre átrio e ventrículo. Responsável por barrar o potencial de ação (retardar). Baixa condução pois tem poucos canais de sódio e pequenos. Isso para que de tempo de átrios contraírem. Dura +/- 0,12 seg. Neurônios especializados; Como se gera o potencial de ação? Em repouso seus canais de sódio estão sempre abertos – Na +abundante e se despolarizam sozinhos. Todas essas células possuem os canais de Na sempre aberto; diferenciam-se nas cadências – mais canais ou menos. 3) Feixe de Hiss Conduz para todas as fibras de Purkinje. Libera em todos os pontos dos ventrículos para os dois contraírem juntos e ejetarem juntos e homogeneamente. 4) Sistema de Purkinje Localiza-se no ápice do coração. EFEITO DO DÉBITO CARDÍACO NA PA: VS Diminuição do volume sistólico (diminuição do retorno venoso) → diminuição do débito cardíaco → diminuição da pressão. Aumento do volume sistólico (aumento do retorno venoso/ aumento contratilidade) → aumento do débito cardíaco → aumento da pressão. REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CARDÍACA A eficiência cardíaca é medida pelo débito cardíaco que é a FC X VS. Assim, é determinada pela: REGULAÇÃO NEURAL DA FC. -Sistema nervoso autônomo -Centros superiores -Reflexos cardiovasculares: Bainbridge, moreg e PNA. Refelexo de Bainbridge ou reflexo atrial É a aceleração do ritmo cardíaco devido ao aumento da pressão sanguínea no átrio direito ou nas veias cavas. Refelexo de Moreg Reflexo do Sistema Autônomo Descreve que Baroceptores quando ativados induzem alterações na FC. REGULAÇÃO DO DESEMPENHO DO MIOCÁRDIO -Regulação intrínseca: mecanismo de Frank-Starling e regulação pela FC. Regulação neural da FC (cronotropismo) SNA: Parassimpático Possui 2 ramos para o coração, direito e esquerdo com poucas ramificações. Ambos apresentam crono e inotropismo negativos. Ramo direito está localizado próximo ao nodo sinusal e o esquerdo próximo ao nodo atrioventricular. SNA: Simpático Também possui 2 ramos. // Ramo direito localizado em toda a extensão do lado direito do coração e o esquerdo em toda a extensão do lado esquerdo. -Regulação extrínseca: sistema nervoso autônomo. CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CARDÍACA Controle da atividade cardíaca, controle intrínseco Lei de Frank – Starling - Aumento do volume sistólico, aumento da freqüência cardíaca Controle da atividade cardíaca, controle extrínseco Sistema nervoso autônomo – sna simpático e parassimpático Mecanismos Fisiológicos de controle da P.A. • Mecanismo Neural ou Regulação a Curto Prazo • É o mais rápido • Através Controle Barorreceptor Arterial • Não confiável a longo prazo pois ele se adapta Controle P.A. Neural : Barorreceptores → centro vasomotor → sna → simpático ou parassimpático CONTROLE DE PA: BARORREFLEXO ARTERIAL • Mecanismo Renal ou Regulação a Longo Prazo – É o mais importante Dividido em 2 mecanismos -HORMONAL -HEMODINÂMICO MECANISMO HEMODINÂMICO: RIM: Aumento da pressão arterial – aumento da pressão renal – aumento da pressão arterial filtração – aumento da filtração do sangue – aumento da excreção de NaCl e água – aumento do volume urinário – aumento do líquido circulante – diminuição do retorno venoso – diminuição da pressão arterial. Fator Natriurético atrial: Ação: diurese: diminui o volume líquido circulante – Diminuição do retorno venoso – diminuição do débito cardíaco – diminuição da pressão arterial. MECANISMO HORMONAL: Sistema renina- angiotensina – aldosterona Mácula densa do rim: células especializadas endócrinas com células justaglomerulares. Produção de um hormônio chamado pró-renina (renina armazenada, hormônio inativo) Células justaglomerulares percebem pressão e distensão do vaso; quando o corpo está com pressão baixa – secretam pró-renina e quando ela entra o sangue passa a ser chamada renina. No sangue, ela tem afinidade por angiotensinogênio e se liga a ele e forma a angiotensina I, que fica circulando até chegas nos pulmões onde tem a enzima conversora de angiotensina ECA que a converte em angiotensina II que circula no organismo com um alto potencial vasoconstritor: aumento do retorno venoso, aumento do débito cardíaco, aumento da pressão arterial. Angiotensina II circula até passar pelos rins e ativa-se a secreção de aldosterona no túbulo contorcido distal fazendo a reabsorção de sódio ativando a bomba NaK Na positivo puxa Cloro negativo e o sal formado puxa água aumentando o volume sanguíneo – aumento do retorno venoso – aumento da pressão arterial (REABSORÇÃO PASSIVA). HIPOTÁLAMO ADH – núcleo supraóptico e paraventricular na neuroipófise. Líquidos corpóreos diminuídos: sede e vontade de comer alimentos salgados. EFEITOS DA OSMOLARIDADE NA PRESSÃO ARTERIAL Aumentoda osmolaridade (hemorragia, poliúria), diminuição do volume, diminuição da pressão arterial. Efeito a curto prazo: estimulação do centro da sede no hipotálamo. Efeito a longo prazo: secreção de ADH pelo neuroipófise, aumento da reabsorção tubular de água. Aumento do volume sanguíneo, aumento do retorno venoso, aumento da pressão arterial. (REABSORÇÃO ATIVA) Bombas aquaporinas no rim: abre canais de água: água reabsorvida, aumento do retorno venoso, aumento do débito cardíaco, aumento da pressão arterial. O mecanismo do ADH é o mais ativo em reabsorção de água. Quando a pessoa fica com mais idade o rim começa a falhar achando que tem hipotensão mas no coração ta 12 por 8. O que vai ativar o mecanismo e vai aumentar a pressão – hipertensão. Medicamentos que cortam ACE não transforma em angiotensina II. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA É uma cardiopatia principalmente idiopática: Algumas causas conhecidas de miocardiopatia dilatada ou hipertrófica são: Genética, Defeitos congênitos, Infecções: vírus, fungos, parasitas ou bactérias Doenças autoimunes, algumas doenças imunológicas , Álcool, deficiência de Vitamina B1 (vulgarmente chamado de Beribéri) Medicamentos: é possível ter miocardiopatia dilatada pelas ações tóxicas de quimioterápicos utilizados no tratamento de cânceres, uso crônico de corticoides e outros medicamentos por ação tóxica direta Exposição a toxinas: a doença também ser causada pela exposição a metais e alguns compostos tóxicos, como chumbo, mercúrio e cobalto. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA *congestionamento do trânsito; cada vez vai mais devagar; Entre coração esquerdo e direito tem todo corpo Entre direito e esquerdo tem pulmão *normalmente começa em um dos lados do coração Hipertrofia de ventrículo esquerdo vai ejetar menos, está fraco Ventrículo esquerdo dilatado – fraco SÍNDROME CONGESTIVA PULMONAR Pulmões ficam congestos Insuficiência cardíaca esquerda – edema pulmonar; dentro do pulmão a pressão aumenta; aumenta pressão onde tem pulmonar – capilares pulmonares; depois do pulmão: fraquesa, tontura, insuficiência renal (falta nutriente) Insuficiência cardíaca direita – edema cavitário (corpo); fígado congesto podendo levar à cirrose. Aumenta o trabalho respiratório e estimula os receptores; fica com sensação de dispnéia Fraqueza, cansaço e falta de ar ao menor esforço. Tonteiras e desmaios Pode ocorrer cianose Se não tratada, a IC pode ocasionar: Lesão renal, Lesão hepática, Edemas, Choque cardiogênico, Morte. CHOQUE CARDIOGÊNICO É o agravamento da IC; fraqueza -> sem nutrição -> lesão por falta de O2 -> morte celular Quando o coração torna-se incapaz de contrair-se com força suficiente para bombear sangue para a árvore arterial, ocorrem insuficiência cardíaca e morte dos tecidos periféricos, em conseqüência da isquemia periférica. Essa condição é denominada choque coronário, choque cardiogênico, choque cardíaco. O choque cardíaco ocorre quase sempre quando mais de 40% do ventrículo esquerdo estão infartados. A morte ocorre em cerca de 85% dos pacientes que apresentem choque cardíaco. Círculo vicioso de deterioração cardíaca no choque cardiogênico • Ocorre a Tendência do próprio coração ser cada vez mais lesado quando seu suprimento sanguíneo coronário é reduzido no decorrer do choque. A baixa pressão arterial que ocorre durante o choque reduz o suprimento coronário (ventrículo esquerdo), o que torna ainda mais fraco o coração, e isto agrava ainda mais o choque, acabando o processo por gerar um círculo vicioso de deterioração cardíaca. No choque cardiogênico causado por infarto do miocárdio, este problema fica muito complicado pela trombose coronária já existente. Um enfarte ou infarto é definido como uma lesão tecidual isquêmica irreversível, isto é, devida à falta de oxigênio e nutrientes, geralmente associado a um defeito da perfusão sanguínea (oclusão do suprimento arterial ou da drenagem venosa). Esta situação vai levar à morte celular (necrose), a qual vai desencadear uma reação inflamatória local. Nem todos os infartos são detectados clinicamente, pois alguns não condicionam alterações funcionais significativas (micro-infartos), sendo apenas detectados através da dosagem de enzimas marcadoras de necrose. No coração normal, a PA geralmente tem de se reduzir abaixo de 45 mm Hg antes que se estabeleça a deterioração cardíaca. Em coração que já tem um vaso coronariano bloqueado, a deterioração se instala quando a pressão arterial cai para 80 a 90 mm Hg. *Em outras palavras, até mesmo a menor queda da pressão arterial pode desencadear um círculo vicioso de deterioração cardíaca após infarto do miocárdio (em casos onde exista problemas anteriores). Por esta razão, é extremamente importante impedir- se até mesmo curtos períodos de hipotensão ao se tratar o infarto do miocárdio. O infarto mais conhecido é o infarto do miocárdio (IM), ou seja do músculo cardíaco. O infarto cerebral é chamado acidente vascular cerebral (AVC). Muitas vezes, o paciente morre de choque cardiogênico antes que os diversos processos compensatórios possam fazer o débito cardíaco retornar a um nível que mantenha a vida. O tratamento dessa condição é, um dos mais importantes problemas no tratamento dos ataques cardíacos agudos. A imediata digitalização do coração para fortalecer o coração, caso o músculo ventricular funcional remanescente mostre sinais de deterioração. Também, a perfusão de sangue total, plasma ou de medicamento que eleve a pressão arterial é utilizada para manter a PA. Se a PA puder ser elevada o suficiente, o fluxo sanguíneo coronário pode ser aumentado o bastante para impedir o círculo vicioso de deterioração até que os mecanismos compensatórios apropriados possam corrigir o choque. Até mesmo com a melhor terapia, uma vez iniciada a síndrome de choque, com a pressão arterial permanecendo por até 20 mm Hg abaixo do normal por até 1 hora, 85% dos pacientes morrem. Algum êxito tem sido obtido nas tentativas de salvar a vida de pacientes em choque cardiogênico pelo uso de um dos dois procedimentos seguintes: (1) remoção cirúrgica do coágulo na artéria coronária, frequentemente combinada a anastomose coronária, ou (2) cateterismo da artéria coronária bloqueada e perfusão com estreptoquinase ou com ativador do plasminogênio de tipo tecidual ( t- PA ), enzimas que causam a dissolução do coágulo. Os resultados são por vezes surpreendentes quando o procedimento é instituído na primeira hora, mas de pouco ou nenhum benefício após 3 horas. CHOQUE CIRCULATÓRIO Inadequação generalizada do fluxo sanguíneo em todo o corpo, a ponto de os tecidos serem lesados devido a fluxo demasiado pequeno, especialmente pelo aporte muito pequeno de oxigênio e de outros nutrientes para as células teciduais. Até mesmo o próprio sistema cardiovascular, a musculatura cardíaca, as paredes dos vasos sanguíneos, o sistema vasomotor e outras partes circulatórias começam a se deteriorar, de modo que o choque se agrava progressivamente. *hemorragia – diminuição do aporte nutricional; pode levar à isquemia AS CAUSAS FISIOLÓGICAS DO CHOQUE 1- Choque circulatório causado por diminuição do débito Cardíaco O choque decorre geralmente de débito cardíaco inadequado. Basicamente dois tipos de fatores podem reduzir gravemente o débito cardíaco. 1. Anormalidades cardíacas que diminuem a capacidade de bombeamento de sangue pelo coração. Esses estados incluem particularmente o infarto do miocárdio mas, também, estados tóxicos do coração, graves disfunções valvulares cardíacas, arritmias cardíacas e outras condições. O choque circulatório que decorre da diminuiçãoda capacidade de bombeamento do coração é denominado choque cardiogênico.. 2. Fatores que diminuem o retorno venoso. Sua causa mais comum é a diminuição do volume sanguíneo, mas, o retorno venoso também pode ser reduzido em conseqüência da diminuição do tônus vasomotor ou da obstrução ao fluxo sanguíneo em algum ponto da circulação, especialmente na via do retorno venoso para o coração. *fibras se estendem menos; ejeta menos. 2- Choque circulatório sem diminuição do débito cardíaco Ocasionalmente, o débito cardíaco está normal ou mesmo acima do normal e, no entanto, a pessoa está em choque circulatório. Isso pode decorrer : (1) do metabolismo corporal excessivo, de modo que até mesmo um débito cardíaco normal é inadequado (coração ejeta normalmente, mas o metabolismo para o metabolismo muito acelerado não é o suficiente) , ou (2) de padrões anormais de perfusão tecidual, de modo que a maior parte do débito cardíaco passa por vasos sanguíneos que não estão suprindo de nutrientes os tecidos locais. Essas condições são observadas mais freqüentemente no tipo de choque denominado choque séptico, que também é freqüentemente denominado "envenenamento do sangue". CHOQUE SÉPTICO A condição que era conhecida antes pela designação popular de "envenenamento do sangue" é, atualmente, denominada choque séptico. Isso significa, uma infecção amplamente disseminada por muitas áreas do corpo, sendo a infecção transportada pelo sangue de um tecido a outro, causando danos extensos. O choque séptico é extremamente importante para os clínicos, pois ocasiona grande numero de mortes em hospitais modernos. Algumas das causas típicas do choque séptico incluem: 1. Peritonite, conseqüente à disseminação de infecção a partir do útero e das trompas (piometra), freqüentemente resultante de aborto instrumental. 2. Peritonite, conseqüente à ruptura do tubo digestivo, causada, ocasionalmente por patologia intestinal e, em outras ocasiões, por ferimentos. 3. Infecção generalizada, conseqüente à disseminação de infecção cutânea simples, tal como infecção estreptocócica ou estafilocócica, ou por Aeromonas hydrophila 4. Infecção gangrenosa generalizada, causada especificamente por bacilos da gangrena gasosa, disseminando-se de início pelos próprios tecidos e, finalmente, até os órgãos internos, em especial o fígado, pelo sangue. 5. Infecção passando para o sangue a partir do rim ou das vias urinárias, causada freqüentemente por bacilos colônicos. CHOQUE ANAFILÁTICO A "anafilaxia" é uma condição alérgica em que o débito cardíaco e a pressão arterial costumam cair drasticamente. Ela decorre primariamente de uma reação antígeno- anticorpo que ocorre logo após um antígeno ao qual a pessoa é sensível ter atingido a circulação. Um dos efeitos principais é o de fazer os basófilos no sangue e os mastócitos nos tecidos pericapilares liberarem histamina ou substância semelhante à histamina. A histamina, por sua vez, causa: (1) aumento da capacidade vascular, devido à dilatação venosa, (2) Dilatação das arteríolas, com a conseqüente e grande redução da pressão arterial, e (3) grande aumento da permeabilidade capilar com perda rápida de líquido e proteínas para os espaços teciduais. O efeito final é o de uma grande redução do retorno venoso e, muitas vezes, um choque tão grave que a pessoa morre em alguns minutos. A injeção venosa de uma grande quantidade de histamina causa o "choque histamínico", que tem características quase idênticas às do choque anafilático, embora geralmente com intensidade menor.
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