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Aula Nutrição Parenteral

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Nutrição Parenteral
P R O F. ª LU C I A N A N I C O L AU A R A N H A
U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O R I O D E J A N E I R O
C C S - I N S T I T U TO D E N U T R I Ç Ã O J O S U É D E C A S T R O
D I S C I P L I N A : PATO LO G I A D A N U T R I Ç Ã O E D I E TOT E R A P I A I
E-mail:luciana_nicolau@hotmail.com
Regulamento Técnico para Terapia Nutricional 
Parenteral
Portaria nº272 – 8 de abril de 1998 - ANVISA
• Regime: 
- Hospitalar
- Ambulatorial
- Domiciliar
• Objetivo: síntese ou manutenção de tecidos, órgãos e sistemas.
Aprovar o Regulamento Técnico para fixar os requisitos mínimos exigidos para a 
Terapia de Nutrição Parenteral
Portaria 272, de
08 de abril de 1998
“exige o comprometimento e a
capacitação de uma equipe
multiprofissional para garantia da
sua eficácia e segurança para os
pacientes”
Médico Nutricionista
EnfermeiroFarmacêutico
Portaria 272, de
08 de abril de 1998
A TNP deve abranger, obrigatoriamente, as seguintes etapas:
• Indicação e prescrição médica.
• Preparação: avaliação farmacêutica, manipulação, controle de qualidade,
conservação e transporte.
• Administração.
• Controle clínico e laboratorial.
• Avaliação final.
Regulamento Técnico para Terapia Nutricional 
Parenteral
Condições específicas
• Médico → responsável pela indicação e prescrição da NP.
• Farmacêutico → responsável pela preparação e manutenção da qualidade da NP até a
sua entrega ao profissional responsável pela administração.
• Enfermeiro → responsável pela administração.
• Nutricionista → responsável pela avaliação nutricional dos pacientes submetidos a NP.
Atribuições do Nutricionista
• Avaliar os indicadores nutricionais subjetivos e objetivos, com base em
protocolo preestabelecido, de forma a identificar o risco ou a deficiência
nutricional e a evolução de cada paciente, até a alta nutricional
estabelecida pela EMTN.
• Avaliar qualitativa e quantitativamente as necessidades de nutrientes
baseadas na avaliação do estado nutricional do paciente.
• Acompanhar a evolução nutricional dos pacientes em TN, independente
da via de administração.
• Garantir o registro, claro e preciso, de informações relacionadas à
evolução nutricional do paciente.
• Participar e promover atividades de treinamento operacional e de
educação continuada, garantindo a atualização dos seus colaboradores.
Portaria n.º 272, de 08 de abril de 1998 - ANVISA
Nutrição Parenteral
“Solução ou emulsão, composta basicamente de carboidratos, aminoácidos, lipídios,
vitaminas e minerais, estéril e apirogênica, acondicionada em recipiente de vidro ou
plástico, destinada à administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em
regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou manutenção dos
tecidos, órgãos ou sistemas”.
Definição
Portaria n.º 272, de 08 de abril de 1998 - ANVISA
Terapia Nutricional Parenteral
“Conjunto de procedimentos terapêuticos para a manutenção ou recuperação do estado
nutricional do paciente por meio de nutrição parenteral”.
Portaria n.º 272, de 08 de abril de 1998 - ANVISA
Definição
Nutrição Parenteral
Nutrição Parenteral Total (NPT) ou Central (NPC) → administrada 
por meio de um cateter colocado em uma veia grande e de alto 
fluxo sanguíneo, como a veia cava superior.
Nutrição Parenteral Periférica (NPP) → administrada em uma veia 
pequena, tipicamente na mão ou no antebraço.
Tipos
(Waitzberg, 2009; Krause et al.,2018)
Indicações
•A principal indicação de terapia de nutrição parenteral é suprir
as necessidades nutricionais e metabólicas de pacientes que
não podem ser alimentados adequadamente por via oral ou por
sonda enteral.
Waitzberg, 2009; BRASPEN 2018
Indicações Gerais
Waitzberg, 2009
• Pré-operatório: principalmente pacientes desnutridos (15% de perda de peso), com
necessidade de jejum por mais de 1 semana ou doença obstrutiva do trato
gastrointestinal.
•Complicações no pós operatório: fístulas intestinais, íleo prolongado e infecção
peritoneal.
•Pós-trauma: lesões múltiplas, queimaduras graves, infecção
•Desordens gastrointestinais: vômitos crônicos, diarreia intensa, doença intestinal
(infecciosa ou inflamatória), fístulas de alto débito (>500ml).
• Insuficiências orgânicas: câncer, doença hepática e renal.
Contra indicações
Waitzberg, 2009
• Trato digestório funcionante
•Quando não se pode definir claramente o
objetivo da terapia.
•Para prolongar a vida de pacientes terminais.
•Instabilidade hemodinâmica
-Hipovolemia
-Choque cardiogênico ou séptico
-Edema agudo do pulmão
-Anúria sem diálise
-Distúrbios metabólicos ou eletrolíticos
Considerações para a escolha da via de Acesso
• Necessidade Nutricional do Paciente
• Condição de acesso venoso
• Tempo estimado de terapia nutricional
Vias de Acesso
NUTRIÇÃO PARENTERAL 
CENTRAL (NPC)
•Seus benefícios superam os riscos
•Tempo de duração maior que 2 semanas
•Acesso venoso periférico limitado
•Houver necessidade de grande quantidade de
nutrientes
•Houver necessidade de restrição de fluídos
•Osmolaridade superior a 1000mOsm/L
NUTRIÇÃO PARENTERAL 
PERIFÉRICA (NPP)
•Pacientes que não podem ingerir ou absorver
nutrientes oral ou enteral
•Pacientes selecionados para aporte nutricional
endovenoso parcial ou total por até 2 semanas
• Incapacidade de acesso venoso central
•Meta calórica em torno de 1000 a
1500kcal/dia e osmolaridade<900mOsm/L
•Concentração de glicose deve ser no máximo
10%
•Recomenda-se a troca do local de inserção a
cada 72horas
•Pacientes sensiveis ao volume não são bons
candidatos
• Osmolaridade é utilizada 
para calcular os fluidos IV
• A osmolaridade da solução 
de NP dita a localização do 
cateter.
• Cateter central permite uma 
formulação de NP mais 
energética
Krause, 2018
Tipo de Cateter Colocação Vantagens Desvantagens
Acesso central
Cateter Percutâneo
não tunelizado Jugular, femoral,
subclávia
Econômico, facilmente removível, pode ser 
substituído sobre o fio-guia, útil em cuidados 
intensivos e terapias de curta duração
Quebra do cateter não reparável, autocuidado 
difícil do paciente, requer
suturas para evitar deslocamento, alto risco de 
infecção relacionada ao cateter, não 
recomendado para atendimento domiciliar
Cateteres tunelizados Colocação percutânea via 
vaso subclávia ou jugular; 
cefálico,
corte da veia jugular
Uso a longo prazo, cuidados domésticos, curativos 
e suturas podem ser removidos após 1 mês, 
autocuidado fácil, kit de reparo disponível
Sala de cirurgia ou sala especializada para 
colocação, requer pequeno procedimento para 
remoção
Cateter central de inserção 
periférica (PICC) não 
tunelizado
Colocação percutânea
através de uma veia periférica
Usado em cuidados agudos e domiciliares para 
terapias que variam de várias
semanas a meses, baixo risco de complicações de 
colocação, a colocação ocorre em qualquer lugar 
da sala de radiologia ao leito do paciente
O autocuidado pode ser difícil com a colocação 
antecubital porque as trocas de curativos exigem 
ambas as mãos, os kits de reparo podem não estar 
disponíveis
Portas implantadas Colocação venosa percutânea 
via vasos subclávios, jugulares 
ou periféricos
Usado para terapias de longo prazo, cuidados do 
local apenas quando acessado, fluxo de heparina 
mensal, imagem corporal intacta, sem segmento 
externo para quebra
É necessário acesso à agulha, o deslocamento da 
agulha pode resultar em infiltração,
colocação em sala de cirurgia ou sala 
especializada, procedimento cirúrgico para 
remoção
Acesso periférico
Cateteres periféricos
Inserção periférica 
percutânea
Menos caro, menor risco de infecções 
relacionadas ao cateter, sem sala de colocação 
especial, os médicos são facilmente treinados na 
colocação
Requer rotação de local a cada 48-72 horas, não é 
apropriado para infundir preparações> 400-600 
mOsm / L, antibióticos concentrados e vesicantes
Cateteres de linha média Inserção periférica 
percutânea
Usadopara terapias com duração de 2 a 4 
semanas
Não é adequado para infusões que requerem 
acesso central, incluindo NP com> 900 mOsm / L
Cateteres hemiclaviculares Inserção periférica 
percutânea
Usado para terapias de 2 a 3 meses Não é adequado para infusões que requerem 
acesso central, incluindo NP com> 900 mOsm / L
Deresnki et al.,2016
Quando iniciar a TNP?
•Fatores a serem considerados:
- Doença de base
- Idade
- Via de acesso venoso disponível
- Estado psicológico do paciente
- Duração prevista para a TNP 
(Waitzberg, 2009)
Quando iniciar a TNP?
(Waitzberg, 2009)
•Recomenda-se avaliar, antes de iniciar a terapia:
- Estabilidade hemodinâmica;
- Capacidade de perfundir os tecidos para permitir transporte de oxigênio, substratos e intermediários
metabólicos;
- Capacidade de tolerar volume, proteína, carboidrato e emulsão lipídica e doses necessária.
- Início: volume que proporcione metade da meta calórica ou 1 litro de solução
- Progressão: a partir do 2º dia para a oferta nutricional total, conforme tolerância metabólica
- Avaliar os exames bioquímicos e se houver desequilíbrio: revisão ou composição da emulsão
- Avalar a prescrição de soro glicosado de forma a não levar o balanço hídrico positivo
-
Quando iniciar a TNP?
•Em pacientes com alto risco nutricional à admissão e que não possam utilizar o trato
digestório, deve-se iniciar a NP o mais precocemente possível. (BRASPEN,2018).
• A BRASPEN sugere o uso de NP suplementar após 5 a 7 dias (ASPEN:7 a 10 dias) em
pacientes que não conseguiram atingir aporte calórico proteico >60% por via digestiva.
•Pacientes no período pró-operatorio: Recomendamos o uso de NP precoce nos pacientes
desnutridos ou com alto risco nutricional impossibilitados de serem alimentados por via
oral ou enteral. Nos pacientes bem nutridos com contraindicação do uso da via digestiva,
deve-se esperar de 5-7 dias para iniciar a NP.
Condições que justificam cautela no uso de 
TNP:
• Glicemia > 300mg/dL;
•Nitrogênio uréico sanguíneo >100mg/dL;
•Osmolalidade sérica > 350mOsm/kg;
•Na>150 mEq/L;
•K<3 mEq/L;
•Cl>115 ou<85 mEq/L
•P<2 mg/dL;
•Alcalose ou acidose metabólica.
Formulação da Nutrição Parenteral
• Fórmulas devem ser completas, com todos os nutrientes essenciais (Glicose,
proteínas, gorduras, eletrólitos, minerais e vitaminas) em quantidades
adequadas.
• Adaptadas as necessidades individuais do paciente em função de sua
condição mórbida.
• A prescrição inicial baseia-se na determinação das necessidades calórico-
protéicas do paciente e das metas da terapia nutricional
Soluções Parenterais
Carboidratos: Fornecidos como dextrose em concentrações que variam de 5% a 70% por
volume.
• A dextrose monohidratada produz 3,4 calorias por grama
Uma solução de 10% de dextrose mono-hidratada produz 100g de carboidratos por 
litro de solução
• O uso de carboidratos (100g diariamente para uma pessoa de 70kg) garante
que as proteínas não sejam catabolizadas em energia durante as condições de
metabolismo normal.
• As taxas mínimas de administração de carboidratos não devem ultrapassar 5 a
6mg/kg/min nos pacientes em estado crítico
Soluções Parenterais
Carboidratos:
Exemplo de cálculo
1000mL de glicose a 50%
- 1000mL x 50g/100 mL = 500g glicose ou 1000mL x 50 = 500g glicose
- 500g de glicose x 3,4 kcal/g = 1700 kcal/L
Soluções Parenterais
Proteína: Administradas sob a forma de soluções de aminoácidos cristalinos (essenciais e
não essências).
• A concentração de aminoácidos nas soluções de NP varia de 3% a 20% por volume.
Uma solução de 10% de aminoácidos fornece 100g de proteína por litro (1.000ml)
• O teor calórico das soluções de aminoácidos é de aproximadamente 4kcal/g de
proteína fornecida
• As necessidades de proteína são calculadas com base nos dados de avaliação
nutricional relacionados à doença, lesão ou estado clínico/nutricional, e variam de
15 a 20% da ingestão energética total
Soluções Parenterais
Proteínas
Exemplo de cálculo
1000mL de solução de aminoácidos a 8%
- 1000mL x 8/100 mL = 80g aminoácidos ou 1000mL x 0,8 = 80g aminoácidos
- 80g de glicose x 4kcal/g = 320 kcal/L
Soluções Parenterais
Glutamina Parenteral
• A administração de glutamina por via parenteral aparecia como terapia fortemente
recomendada.
• Recomendação tornou-se questionável após os estudos clínicos multicêntricos e
randomizados SIGNET (não mostrou benefícios associados à doses baixas de glutamina) e
REDOXX (mostrou que a administração precoce de glutamina em doses elevadas piorou o
prognóstico de pacientes com insuficiência de múltiplos órgãos e sistemas.
A suplementação de glutamina parenteral não deve ser usada rotineiramente em 
pacientes críticos
BRASPEN,2018
Soluções Parenterais
Lipídios:
• As emulsões de lipídios fornecem energia e ácidos graxos essenciais na NP para evitar a
deficiência de AGE.
• Disponíveis nas concentrações de 10%, 20% e 30%.
• Componente principal → TCM e TCL (derivados de óleo de soja, fosfolipídio da lecitina de ovo e
glicerol).
• Emulsões com TCL fornecem AGE (2 a 4% de ácido linoleico).
• A administração não deve ultrapassar 2g de emulsão por kg de massa corporal/dia
• Concentrações de triglicerídeos > 400mg/dL, a infusão lipídica deve ser interrompida.
Emulsão Lipídica a 10% - 1,1 Kcal/ml
Emulsão lipídica 20% - 2,0 kcal/ml
Soluções Parenterais
Lipídios:
• Fornecimento de 20 a 30% das calorias totais na forma de emulsão lipídica deve resultar em 
uma dosagem diária de 1g de gordura/kg de peso
• Pacientes críticos que recebem sedação em uma emulsão lipídica → incluir as calorias no 
cálculo de ingestão de nutrientes.
Diprivan (propofol)
Fornece 
1,1kcal/mL
infundido
1g de lipídio – 9 calorias
1g de TCM – 8,3 calorias
- Pode ser utilizado diariamente ou 500 
ml a 10% 2 vezes por semana
Soluções Parenterais
Lipídios
Exemplo de cálculo
500mL de lipídios a 10%
- 500mL x 10/100 = 50 x 1,1 kcal = 55 kcal
500mL de lipídios a 20%
- 500mL x 20/100 = 100 x 2 kcal = 200 kcal
Soluções Parenterais
Eletrólitos, Vitaminas e Elementos Traços
• Soluções parenterais → representam uma parcela signficativa da ingestão
hídrica e eletrolítica diária total.
• Após prescrita, pode necessitar de ajustes, dependendo da estabilidade do
paciente.
• A escolha dos eletrólitos na forma de sal (ex., cloreto, acetato) afeta o
equilíbrio ácido-base.
Soluções Parenterais
Eletrólitos, Vitaminas e Elementos Traços
• As preparações multivitamínicas e minerais administradas de forma parenteral são
concebidas para satisfazer as necessidades da maioria dos pacientes.
• Monitoramento do estado do manganês e do cromo é recomendado para pacientes que
estão recebendo NP há mais de 6 meses.
• O Ferro não faz parte das infusões parenterais porque não é compatível com lipídios e pode
promover o crescimento de certas bactérias.
Prescrição sugerida de macronutrientes para 
pacientes adultos em TNP
Pacientes Críticos Pacientes Estáveis
Proteína 1,2 a 1,5 g/kg/dia 0,8 a 1,5 g/kg/dia
Carboidratos <4mg/kg/dia <7 mg/kg/dia
Lipídios 1g/kg/dia 1g/kg/dia
Calorias Totais 25 a 30 kcal/dia 30 a 35 kcal/kg/dia*
Líquidos Mínimo necessário para 
fornecer os 
macronutrientes
30 a 40 mL/kg/dia**
* Varia de acordo com o nível de atividade
**Pode variar se o pacientes estiver perdendo líquido
ASPEN,2016
Soluções Parenterais
Fluidos
• Volumes máximos de NPC raramente ultrapassam 3L, com prescrições típicas de 1,5 a 3 L
diariamente.
• A administração de outros tratamentos médicos que exigem administração de fluidos,
como os medicamentos endovenosos e os produtos à base de sangue, necessitam de
monitoramento cuidadoso.
• Pacientes com insuficiência cardiopulmonar, renal e hepática são especialmente sensíveis
a administração de fluidos.
Tipos de sistemas
Sistema glicídico – 2 em 1
É a associação de aminoácidos, glicose, vitaminas, eletrólitos e minerais em um mesmo
frasco ou bolsa de material plástico.A glicose é a principal fonte de energia e o lipídio
pode ser administrado por veia periférica 2 a 3 vezes/semana.
Indicações: Hiperlipidemias graves, pancreatite 
Tipos de sistemas
Sistema glicídico – 2 em 1
Desvantagens
• Baixo custo
Vantagens
• Maior osmolaridade da solução que impede a 
aplicação em veia periférica
• Risco de hiperglicemia
• Deficiência de AGE
• Insuficiência respiratória, se houver função 
deficiente
• Indução do coma hiporosmolar não cetótico
Tipos de sistemas
Sistema lipídico – 3 em 1
É a associação de aminoácidos, glicose, lipídios, vitaminas, eletrólitos e minerais em um
mesmo frasco ou bolsa de material plástico.
Contra – indicações : dislipidemias, pancreatite aguda na fase hiperlipidêmica,
embolia gordurosa e insuficiência hepática
Tipos de sistemas
Sistema lipídico – 3 em 1
Vantagens
• Dieta mais balanceada
• Melhor tolerada pelos pacientes diabéticos
• Menor índice de deficiência de AGE
• Administração mais simples
• Menor osmolaridade (600 a 950 mOsm)
• Menor complicações técnicas e infecciosas
• Pode ser usada em casos de restrição hídrica por
conter emulsão lipídica a 30%
Complicações
• Tromboflebite venosa periférica
• Excesso de lipídios
• Elevação do colesterol e triglicerídeos
• Hipersensibilidade à emulsão lipídica
• Embolia gordurosa
• Instabilidade da solução
Fórmulas de Nutrição Parenteral Prontas para Uso 
Disponíveis no Mercado
Método e frequência habitual de 
administração de nutrientes durante a NP
Nutriente Via de administração Fórmula administrada Frequência de administração
Água IV Solução básica Diariamente
Proteína (aminoácidos) IV Aminoácidos em solução básica ou 
soluções 3 em 1 
Diariamente
Quilocalorias
Glicose IV Glicose em solução básica ou em solução 
3 em 1
Diariamente
Emulsão Lipídica IV Solução 3 em 1 Diariamente
Emulsão Lipídica IV Em “Y” na solução básica ou por IV 
periférica
Diariamente ou em 2 a 3 vezes por 
semana
Vitaminas
Vitaminas Hidro e 
lipossolúveis
IV Preparado vitamínico Diariamente
Vitamina K IM ou SC Solução aquosa coloidal Semanalmente (em pacientes que 
estejam recebendo terapia 
anticoagulante)
Minerais
Na, K, Cl, Mg, Ca, PO4 IV Adição de eletrólitos à solução básica ou 
a solução 3 em 1
Diariamente
Zn, Mn, Cr, Cu IV Diariamente
Se, I, MB IV Solução de oligoelementos Diariamente
Fe IV ou IM Solução injetável de Fe dextran Mensalmente ou conforme necessário
Co IV ou IM Viamina B12 Mensal ou diariamente
Administração
Infusão Contínua
• Administração contínua – 24h
• As soluções parenterais normalmente são iniciadas abaixo da meta de taxa de infusão através
de uma bomba peristáltica e depois aumentadas de modo incremental ao longo de um período
de 2 ou 3 dias.
• Pacientes instáveis que necessitam interromper a NPC → reduzir paulatinamente a taxa de
infusão para evitar a hipoglicemia de rebote.
Administração
Infusão Cíclica
• Mais fisiológica
• Utilizada em nutrição domiciliar
• Infusão de NP por períodos de 8 a 12 horas, geralmente à noite
• Período livre para a administração de drogas e transfusão sanguínea
• Permite alternância entre o estado prandial e jejum
• Permite maior mobilidade do paciente.
• Deve-se controlar a glicemia para evitar estado de hiperglicemia ou hipoglicemia.
Cuidados Relacionados com a Seleção
• A solução deverá ser transportada sob controle térmico
• Antes da utilização manter sob refrigeração. A estabilidade das fórmulas 3:1 é melhor
preservada
• Administrar a solução à temperatura ambiente
Antes de instalar a Nutrição Parenteral (NP)
• Proceder lavagem rigorosa das mãos
• Avaliar o aspecto da solução (turvação, precipitação e presença de partículas)
• Confrontar prescrição médica com o rótulo da bolsa de NP
Cuidados Relacionados com a Infusão
• Usar bomba infusora para a administração
• Controle rigoroso do gotejamento
• Não adicionar nenhuma solução e/ou medicamento à bolsa
Exemplo de cálculo da Taxa de Infusão de NP
• Dividir o volume final pelo tempo total da infusão
• Prescrição 1500 mL para ser infundido em 24h = 63ml/h
Cuidados Relacionados ao Cateter
• Manter a inviolabilidade do cateter (único lúmen)
• É vedada a utilização simultânea do cateter para administração de sangue e
derivados e colheita de material para exame
• Manter a permeabilidade do cateter
• Manter medidas de controle de infecção
• Não tracionar e/ou desconectar o cateter
• Cumprir rigorasamente o protocolo de curativo
• As trocas dos equipos de infusão devem ser à cada etapa
Cuidados Relacionados ao Paciente
• Estar atento para complicações infecciosas e alterações metabólicas
• Detectar sinais de hiperglicemia
• Observar sinais de carência nutricional
• Observar sinais de intolerância à emulsões lipídicas (náusea, cefaléia,
hiperbilirrubnemia, apatia, plaquetopenia.
Cuidados Nutricionais
Complicações
Complicações Mecânicas
• Embolia aérea (obstrução ou bloqueio de um
vaso sanguíneo, por ar, transportado pela
corrente sanguínea)
• Fístula arteriovenosa
• Lesão do plexo braquial
• Embolia por fragmento de cateter
• Perfuração cardíaca
• Tromboflebite venosa central
• Endocardite (infecção do endocárdio)
• Hemotórax (derramamento de sangue em
cavidade pleural)
• Hidrotórax (aumento de líquido na cavidade
torácica)
• Pneumotorax simples ou por tensão (ar na
cavidade pleural)
• Enfisema subcutâneo (acúmulo de gases ou
ar (enfisema) nos tecidos subcutâneos por
baixo da pele
• Lesão da artéria subclávia
• Hematoma Subclávio
• Lesão do ducto torácico
Complicações
Infecção e Sepse
• Sítio de entrada do cateter
• Disseminação de infecção transmitida pelo sangue ou de infecção distante pelo cateter
• Contaminação durante a inserção
• Colocação de cateter a longo prazo
• Contaminação da solução
Outras Complicações Metabólicas
Coma hiperglicêmico hiperosmolar não-cetótico
• Ocasionado por sobrecarga de NPT e, particularmente, pela infusão excessiva de
glicose.
• Sua influência é favorecida em associação da NPT com diálise peritoneal ou em uso
de drogas hiperglicemiantes (corticóides).
• Nas primeiras 24-48h de infusão → hiperglicemia comum, ate 180mg%, não tratar
nesta fase → a taxa de infusão não deve ultrapassar 40mL/h por 24 horas.
Outras Complicações Metabólicas
Hipercapnia
• Infusão excessiva de calorias não-proteícas como glicose (maior que 25 kcal/kg/dia)
→aumenta a produção de CO2.
• Quociente Respiratório (QR) é a relação entre a produção de CO2 e o consumo de O2
durante a utilização de um substrato.
- Metabolismo de CHO – QR=1,0
- Metabolismo de PTN – QR = 0,8
- Metabolismo de LIP – QR = 0,7
• A administração de calorias como glicose em excesso (maior que 5mg/kg/min) →
maior produção de CO2 e consumo de O2 e consequentemente aumento do QR →
disfunção pulmonar
Outras Complicações Metabólicas
Deficiência de AGE
• Ausência de emulsão lipídica por 5 dias (crianças) ou 3 semanas (adultos)
• Manifestações clinicas: descamação cutânea, queda de cabelo, pobre
cicatrização de feridas, maior sensibilidade a infecções, diminuição da
pressão intraocular, hepatomegalia.
• Manifestações laboratoriais: anemia, trombocitopenia(número reduzido
de plaquetas), diminuição do índice de prostaglandinas
• Prevenção: emulsão lipídica pelo menos 2 vezes por semana
Outras Complicações Metabólicas
Síndrome da Realimentação
• Ocorre em pacientes desnutridos graves, ou em jejum prolongado,
submetidos à TN não –balanceada na fase de anabolismo celular.
• Caracteriza-se por um rápido influxo de principalmente fósforo, potássio e
magnésio para o interior da célula quando há infusão de nutriente (síntese
celular), levando a uma queda brusca deles no plasma).
• Também ocorre intolerância a glicose e líquido
• Prevenção: iniciar dieta a 25 ml/h progredindo lentamente
• Deve-se monitorar eletrólitos diariamente
Repercussões orgânicas da Síndrome de Realimentação
Hipofosfatemia Hipomagnesemia Hipocalemia Intolerância à glicose e 
líquidosCardíaca Alteração da função do 
miocárdio, arritimia, ICC, 
morte súbita
Arritimia, taquicardia Arritimia, parada cardíaca, 
hipotensão ortostática, 
alteração do ECG
ICC, morte súbita, hipotensão 
arterial
Gastrointestinal Disfunção hepática Dor abdominal, anorexia, 
diarréia, obstipação
Obstipação, íleo, exacerbação 
da encelopatia hepática
Esteatose hepática
Neuromuscular Paralisia arreflexiva aguda, 
confusão, coma, paralisia 
de nervos cranianos, 
letargia, parestesia, 
convulsão, síndrome de 
Guillain-Barré e fraqueza
Ataxxia, confusão, 
hiporreflexia, 
irritabilidade, tremor 
muscular, mudança da 
personalidade, convulsão, 
tetania, vertigem, 
fraqueza
Arreflexia, hiporreflexia, 
paralisia, insuficiência 
respiratória, fraqueza
Coma hiperosmolar não 
cetótico
Metabólica Alcalose metabólica, 
hipocalemia, intolerância à 
glicose
Hiperglicemia, hipernatremia, 
cetoacidose metabólica, 
desidratação
Pulmonar Insuficiência Respiratória 
aguda
Retenção de CO2, insuficiência 
respiratória
Renal Diminuição da concentração 
urinária, poiúria, polidpsia, 
nefropatia
Diurese osmótica, azotemia 
pré-renal
Hematológica Alteração da morfologia da 
hemácia, anemia 
hemolítica, 
trombocitopenia, 
diminuição da função das 
plaquetas, hemorragia, 
disfunção dos leucócitos
Cuidados clínicos na prevenção da síndrome 
de realimentação
1. Conhecer a existência da síndrome de realimentação.
2. Reconhecer os pacientes sob risco.
3. Examinar cuidadosamente e corrigir as alterações eletrolíticas antes
de iniciar a TN.
4. Restabelecer o volume circulatório criteriosamente
4. Aumentar a oferta calórica lentamente
6. Administrar vitaminas rotineiramente
7. Controle cuidadoso de eletrólitos
Complicações
Complicações Gastrointestinais
• Colestase (condição em que o fluxo da bile do fígado diminui ou para)
• Atrofia vilosa gastrointestinal
• Anomalias hepáticas
Quando Terminar a TNP?
•Reiniciar gradativamente o uso do TGI e reduzir aporte pela NP
•Restauração da função normal do TGI
•Manter a NP com no mínimo uma solução de glicose a 10% (12 horas)
•Transição entre a TNP e alimentação oral → gradual, e se necessária, através do uso de 
TNE por sonda
• Início com dieta líquida, e depois, dieta branda.
Como finalizar a Administração de TNP
• A NP de sistema glicídico não deve ser interrompida abruptamente → risco de 
hipoglicemia súbita
•Deve-se reduzir gradativamente a velocidade de infusão de NP antes de suspendê-las, 
seguindo a retirada do cateter central se indicado.
•Para a retirada rápida → reduzir a velocidade de gotejamento da NP à metade por 1 hora 
e um quarto na hora subsequente, com posterior suspensão da NP.
Exercícios 
Em uma solução de nutrição parenteral 3 em 1, que tenha em sua
composição 600 ml de solução de lipídio a 20%, a quantidade de
energia fornecida pelas gorduras é:
A) 1200
B) 1080
C) 480
D) 240
Resolução
600mL de lipídios a 20%
- 600mL x 20/100 = 120 x 2 kcal = 240 kcal
Resposta opção D
Exercício 
Um paciente está recebendo suporte nutricional parenteral com um volume de 1000ml de
aminoácidos a 10%, 500 ml de soro glicosado a 50% e 400 ml de solução de lipídios a 20%.
A quantidade calórica administrada é cerca de:
A) 1000 Kcal
B) 1410 Kcal
C) 2050 Kcal
D) 2500 Kcal
E) 3000 Kcal
Resolução
1000ml de aminoácidos a 10%
- 1000mL x 10 kcal/100 = 100g de aminoácidos
100 x 4 kcal = 400 kcal
500ml de glicose a 50%
- 500mL x 50 kcal/100 = 250g de glicose
250 x 3,4kcal = 850 kcal
400ml de lipídios a 20%
- 400mLx 20/100 = 80 x 2 kcal = 160 kcal de lipídios
TOTAL
400+850+160 = 1410 Kcal
Resposta opção B
Exercícios
Na terapia nutricional parenteral cíclica, empregada com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida do paciente, a administração das soluções pprocessa-se das seguintes
maneiras:
(A) durante 24 horas
(B) de 2 em 2 horas durante o dia
(C) No período de 8 a 12 horas à noite
(D) durante 18 horas ao longo do dia com descanso noturno de 6 horas
(E) de 2 em 2 horas durante a noite
Exercícios
Dependendo do valor da osmolaridade e da via de administração da nutrição parenteral, o
paciente pode apresentar flebites e ressecamento da veia. Para evitar estas complicações
devemos optar por uma osmolarida e máxima e via de administração de:
(A) 350 mOsm e administração pela veia periférica
(B) 420 mOsm e administração pela veia periférica
(C) 690 mOsm e administração pela veia central
(D) 900 mOsm e administração pela veia periférica
(E) 860 mOsm e administração pela veia central
Referências
- Portaria nº 272 – 08 de abril de 1998 - ANVISA
Krause alimentos, nutrição e dietoterapia/ L. Katleen Mahan, Janice L. Raymond.-14.ed.-Rio de Janeiro:
Elsevier,2018.
- Waitzberg, Dan Linetzky. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica/ Dan L. Waitzberg.-
4edição-São Paulo: Editora Atheneu,2009
-Derenski K, Catlin J, Allen L. Parenteral Nutrition Basics for the Clinician Caring for the Adult
Patient. Nutr Clin Pract. 2016;31(5):578-595.
- Lappas BM, Patel D, Kumpf V, Adams DW, Seidner DL. Parenteral Nutrition: Indications, Access, and
Complications. Gastroenterol Clin North Am. 2018;47(1):39-59.

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