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Anatomia – Cabeça e Pescoço Cabeça OSSOS Os muito ossos da cabeça formam o crânio. Esses ossos são interligados por uma série de suturas (articulações fibrosas móveis). Recém-Nascidos possuem fontanelas que são espaços membranosos no crânio que ainda não estão ossificados. O crânio possui 22 ossos e é subdividido em neurocrânio e viscerocrânio. Os mais visíveis são: Osso frontal, Ossos parietais, Osso occipital, Osso zigomático, Osso esfenoide, Maxila, Osso nasal, Osso etmoide. Osso Frontal: Arcos supraciliares Processo zigomático do osso frontal Maxila Processo zigomático da maxila Processo alveolar Mandíbula (não é osso do crânio, mas está na visão frontal) Corpo e ramo da mandíbula Parte alveolar Ângulo da mandíbula relacionado com a fixação do musculo pterigoideo medial Protuberância Mentual Forame mentual (passa o nervo mentual) Processo condilar (localizado mais posteriormente) está envolvido na articulação da mandíbula com o osso temporal - cabeça (ATM: articulação temporomandibular) e colo da mandíbula que está relacionado com a fixação do musculo pterigoideo lateral Processo coronóide (localizado mais anteriormente) é ponto de fixação do musculo temporal. A junção em que o osso frontal, parietal, esfenoide e temporal estão em grande proximidade é o ptério. Região extremamente frágil por onde passa um ramo da artéria maxilar, a meníngea média. Uma fratura no local, pode ocasionar um hematoma extradural (entre o cérebro e a dura-máter). Osso Temporal Parte escamosa (sutura esfenoescamosa/ sutura escamosa) Processo zigomático do osso temporal se articula ao processo temporal do osso zigomático formando o arco zigomático. Meato acústico externo Parte mastoidea (sutura parietomastoide/sutura occipitomastoide) Processo mastoide Processo estiloide (a partir da borda inferior) Vista interior do osso temporal Forame lacerado Canal carótico – grande abertura na parte petrosa do osso temporal (artéria carótica interna e plexo nervoso) Fossa mandíbular que possui conexão com o processo condilar da mandíbula Forame jugular (veia jugular interna, nervoso glossofaríngeo, nervo vago, nervo acessório) Forame estilomastóideo (nervo facial) Osso Occipital Sutura lambdóidea Protuberância occipital externa Linhas nucais inferiores e superior Crista occipital externa Tubérculo faríngeo (vista interior) fixação de partes da faringe à base do crânio Visão interior do osso occipital Côndilos occipitais se articulam com o atlas Canal condilar Canal do nervo hipoglosso Osso Esfenoide (vista interior) Asa maior e asa menor do esfenoide (canal óptico) Processos pterigoides (lamina lateral e lamina medial) Canal pterigoideo logo abaixo da lamina medial do processo pterigoide Forame oval (passagem de V3 e meninge acessória) e o forame espinhoso (passagem da artéria meníngea média) Vista do assoalho do osso esfenoide Sela turca: fossa hipofisial que contém a glândula hipófise (parte mais central) tubérculo da sela (parte anterior) e dorso da sela (parte posterior) Fissura orbital superior (passa V1) Forame redondo (passagem de V2) FACE Região: entre os arcos superciliares superiormente, a borda inferior da mandíbula inferiormente e posteriormente até as orelhas. Musculatura SMAS: sistema musculo aponeurótico superficial. Esses possuem origem nos ossos e se inserem na pele. Geração de rugas e expressões ao serem tensionados São inervados pelo nervo facial, o qual atravessa o forame estilomastódeo do osso temporal. Classificação: Zona orbital Orbicular do olho: responsável pelo fechamento da pálpebra. Tem origem no ligamento palpebral medial Divide-se em parte palpebral (fecha as pálpebras gentilmente) e parte orbicular (fecha as pálpebras com força, podendo produzir enrugamentos na fronte). Corrugador do supercilio: responsável por mover as sobrancelhas medialmente e para baixo. Situa-se profundamente às sobrancelhas e ao orbicular do olho. É ativo ao franzir o cenho. Causa rugas verticais acima do nariz. Origina-se na extremidade medial do arco superciliar e se insere na pele na metade medial da sobrancelha. Zona Nasal Nasal Divide- se me parte transversa (comprime as narinas). Essa origina-se da maxila lateral ao nariz e dirige-se ao dorso do nariz. E parte alar (dilata as narinas). Essa origina-se na maxila sobre o incisivo lateral e se insere na cartilagem alar do nariz. Prócero: Superficial ao osso nasal que é ativo quando se franze a testa. Se origina do osso nasal e se insere na pele sobre a parte inferior da fronte, entre as sobrancelhas. Conecta os arcos supraciliares, aproxima e deprime em direção a cavidade nasal. Abaixador do septo nasal: deprime o septo e auxilia na abertura das narinas. Origina- se na maxila acima do dente incisivo central e sobe até se inserir na parte inferior do septo. Zona Oral Região superior Orbicular da boca Levantador do lábio superior: Origina-se na maxila e insere-se na pele no lábio superior Zigomáticos: ajudam a produzir o sorriso levantando o canto da boca e o movendo lateralmente. Dividem-se me maior e menor Levantador do ângulo da boca: mais profundo. Origina-se na máxima e se insere no ângulo da boca Levantador do lábio superior e da asa do nariz: Origina-se da maxila e se insere na cartilagem alar do nariz e na pele do lábio superior. Está medial ao levantador do lábio superior Região Média Risório: Origina-se na fáscia sobre o musculo masseter e insere-se no canto da boca Bucinador: Espaço entre mandíbula e maxila, profundamente aos músculos faciais da área. Região Inferior Depressor do ângulo da boca: Origina-se ao longo da lateral da mandíbula e se insere próximo ao canto da boca Depressor do lábio inferior: origina-se na frente da mandíbula e se inserem no lábio inferior. Mentual: Origina-se na mandíbula e se insere na pele do queixo. Inervação Nervo Trigêmeo: inervação cutânea da face. Sensorial Divide-se em V1 oftálmico (saída pela fissura orbital superior), V2 maxilar (saída pelo forame redondo) e V3 (saída pelo forame oval). V1 Ramos: - nervo supraorbital e supratroclear: inervam a pálpebra superior, a fronte e o couro cabeludo - nervo infratroclear - nervo lacrimal - ramo nasal externo V2 Ramos: - ramo zigomáticotemporal - ramo zigomáticofacial - ramo infraorbital sai da maxila pelo forame infraorbital V3 Ramos: - nervo auriculotemporal - nervo bucal - nervo mentual sai da mandíbula pelo forame mentual Nervo Facial: inervação motora Sai da fossa posterior do crânio pelo meato acústico interno. Atravessa a parte petrosa do osso temporal e emerge da base do crânio pelo forame estilomastoideo. Nesse ponto emite o nervo auricular posterio que passa a suprir o ventre occipital do musculo occipitofrontal do couro cabelulo e o musculo auricular posterior. Emite também o ramo digastrico e depois entra na superfície profunda da glândula parótida. Na gandula emitem 5 ramos: temporal (superior), zigomático (anterossuperior), bucal (anterior), marginal da mandíbula (anteroinferior) e cervical (inferior). Vascularização Artéria facial que se ramifica da carótida externa e passa posteriormente à glândula submandibular. Segue um trajeto tortuoso e termina em artéria angular no canto medial do olho. Se ramifica em ramo labial inferior, labial superior que tbm envia um ramo para o septo nasal e nasal lateral. Artéria facial transversa que deriva da remporal superficial Ramos da artéria maxilar Artéria infraorbital, artérial bucal, artéria mentual que entra pelo forame mentual Ramos da artéria oftálmica que deriva da carótida interna Artérias zigomaticofacial e zigomaticotemporal, artéria dorsal do narizAs veias da face não possuem válvulas, então o sangue nelas pode circular nas duas direções. Além disso, possuem várias interconexões, podendo levar várias infecções da face à região intracraniana. Glândulas parótidas Maiores dos três pares de glândulas salivares. Anteriores e inferiores a segunda metade da orelha, superficiais e posteriores ao ramo da mandíbula. Se estende inferiormente até a borda inferior da mandíbula e superiormente até o arco zigomático. Posteriormente, elas cobrem a parte anterior do musculo esternocleidomastóideo e continuam anteriormente até a metade do caminho entre a orelha e a boca, através do musculo masseter. O ducto parotídeo sai pela borda anterior da glândula, a meio caminho entre o arco zigomático e o canto da boca. Depois de cruzar a borda medial do musculo masseter, perfura o musculo bucinador e desemboca na cavidade oral. O nervo facial passa pela glândula parótida e se ramifica em vários ramos. A artéria carótida externa passa profundamente à glândula e emite tbm seus ramos (artéria maxilar e artéria auricular posterior) Veia retromandibular é formada na glândula parótida pela união das veias temporal superficial e maxilar Nervo auriculotemporal, ramo de V3, faz a inervação sensitiva do local. Também leva à glândula parótida fibras secretomotoras. COURO CABELUDO Região: arco supraciliar até protuberância occipital externa. SCALP (pele, tecido conjuntivo denso, camada aponeurotica, tecido conjuntivo frouxo, pericrânio). As três primeiras estão bem unidas e se movimentam juntas. O tecido conjuntivo denso contém as artérias, veias e nervos que suprem o couro cabeludo. A terceira camada consiste no musculo occipitofrontal que possui um ventre frontal e um ventre occipital e um tendão (aponeurose epicranica – gálea aponeurótica) que une os dois. O ventre fontral é inervado pelo nervo facial (ramos temporais) e o ventro occipital pelo ramo auricular posterior (deriva da carótida externa) FOSSAS TEMPORAL E INFRATEPORAL A fossa temporal é superior à fossa infratemporal, acima do arco zigomático. ATM: articulação temporomandibular – articulação sinovial coberta por fibrocartilagem que permite a abertura e fechamento da boca e complexos movimentos de mastigação ou de um lado para o outro da mandíbula. Formada entre a cabeça da mandíbula (do processo condilar), fossa articular (da fossa da mandíbula) e o tubérculo articular do osso temporal É dividida em duas partes por um disco articular: a parte inferior permite a depressão e a elevação da mandíbula como uma dobradiça. A parte superior permite a translocação para frente (protrusão) e para trás (retração) Capsulas articulares - Membrana sinovial da capsula articular reveste todas as superfícies não articulares dos compartimentos superior e inferior e se fixa nas margens do disco articular - Membrana fibrosa da capsula articular envolve o complexo articular temporomandibular. Se fixa acima na margem anterior do tubérculo articular, lateral e medialmente nas margens da fossa articular, posteriormente na região da sutura tímpanoescamosa e abaixo em torno da parte superior do colo da mandíbula. Ligamentos extracapsulares que se associam à articulação temporomandibular - ligamento lateral: mais próximo da articulação em um ponto imediatamente lateral à capsula, seguindo diagonalmente para trás (da margem do tubérculo articular até o coo da mandíbula). - ligamento esfenomandibular: é medial à articulação e vai da espinha do osso esfenoide até a língula (próximo ao canal da mandíbula). – conteúdo da fossa infratemporal - ligamento estilomandibular: vai do processo estiloide do osso temporal até a margem posterior do ângulo da mandíbula. FOSSA TEMPORAL Delimitação Sua margem superior é definida por um par de linhas temporais (superior e inferior). Lateralmente pela fáscia temporal (aponeurose resistente sobrejacente ao musculo temporal). Anteriormente pela superfície posterior do processo frontal do osso zigomático e do processo zigomático do osso frontal. Sua margem inferior é marcada pelo arco zigomático, lateralmente, e pela crista infratemporal da asa maior do esfenoide, medialmente. Muscular Musculo temporal: Origina-se na superfície óssea da fossa temporal (na região da linha temporal inferior) e fixa-se no processo coronoide da mandíbula. Possui firas anteriores mais verticais e fibras posteriores mais horizontais. Dessa forma, está relacionado com a elevação da mandíbula e retração dela (posicionamento) Inervação Nervos temporais profundos: se originam do tronco anterior, motor, de V3 na fossa infratemporal. Nervo zigomáticotemporal: ramo do nervo zigomático que é ramo de V2 que se origina na fossa ptérigopalatina – suprem a pele da têmpora. Vascularização Artérias temporais profundas: se originam da artéria maxilar na fossa infratemporal. Artéria temporal média: se origina da artéria temporal superficial que se ramifica também em frontal e parietal. FOSSA INFRATEMPORAL Delimitação O teto é formado pelas superfícies inferiores da asa maior do esfenoide e do osso temporal, contém o forame espinhoso e o forame oval. Também pela crista da infratemporal. Lateralmente seu limite é o ramo da mandíbula. Medialmente é formada anteriormente pela lamina lateral do processo pterigoide e mais posteriormente pela faringe. Anteriormente é formada pela face posterior do tubérculo da maxila. Muscular Pterigoideo medial: origina-se da lamina lateral do processo pterigoide e fixa-se no ângulo da mandíbula. Sua principal função é de elevação da mandíbula (fibras verticais). É um dos músculos da mastigação, além de ser inervado pelo nervo pterigoideo medial proveniente de V3. Pterigoideo lateral: Mais superficial ao pterigoideo medial. Uma cabeça origina-se do teto da fossa e a outra da superfície lateral da lamina lateral do processo pterigoide e ambas se fixam no processo condilar da mandíbula. Suas fibras estão orientadas horizontalmente e é responsável pela protrusão da mandíbula. É inervado pelo nervo pterigoide lateral proveniente de V3. # Masseter: potente musculo da mastigação que eleva a mandíbula. Ele é sobrejacente à superfície lateral do ramo da mandíbula. Relacionado com a elevação da mandíbula. Parte mais superficial: se origina do processo maxilar do osso zigomático e se insere no ângulo da mandíbula Parte mais profunda se origina do arco zigomático e se insere no processo coronoide. É inervado pelo nervo massetérico de V3 e é suprido de sangue pela artéria massetérica da artéria maxilar. Ambos se originam na fossa infratemporal Inervação Nervo mandibular de V3 – tanto motor como sensitivo. Todos os seus ramos se originam da fossa infratemporal. Tronco anterior: Predominantemente motor. - Nervo massetérico - Nervo pterigoideo lateral - Nervos temporais profundos - Nervo bucal é a exceção do ramo anterior, pois é sensorial. Tronco posterior: Predominantemente sensitivo - Nervo auriculotemporal: abraça a artéria meníngea media. Sobe profundamente à glândula parótida - Nervo alveolar inferior. Este possui um ramo motor mio-hioideo que inerva o musculo mio- hioideo antes que o nervo alveolar entre no canal da mandíbula. Possui também o nervo mentual como ramo que emerge pelo forame mentual. E o plexo dental que são ramos emitidos para inervação sensitiva dos dentes. - Nervo lingual: leva sensação geral dos dois terços anteriores da língua. OBSERVAÇÃO: Nucleo salivatorio superior – nervo facial – nervo corda do tímpano “junta-se” ao nervo língual e traz sensação gustativa as dois terços anteriores da língua, além de levar informação parassimpática para as glândulas sublingual e submandibular. Lesão próxima a junção: perda de sensação Lesão distal a junção: perda de gustação e de secreção das glândulas. Nucleo salivatorio inferior – nervo glossofaríngeo– nervo petroso menor “junta-se” ao nervo auriculotemporal e leva informação parassimpática a glândula parótida. # ramo meníngeo e Nervo pterigoideo medial Vascularização Artéria maxilar que é um ramo da carótida externa. Primeira parte posterior ao colo da mandíbula até a primeira inserção do pterigoideo lateral. - Artéria meníngea media passa pelo forame espinhoso para entrar na cavidade do crânio. Essa artéria supre a dura-máter superficialmente. Ao ser lesionada pode causar um edema extradural, já que passará a separar a dura-máter de sua fixação ao osso. - Artéria meníngea acessória passa pelo forame oval para alcançar a cavidade do crânio - Artéria alveolar inferior entra no canal da mandíbula junto ao seu nervo respectivo. Antes de entrar no canal, da origem ao ramo milo-hióideo. Segunda Parte posterior ao pterigoideo lateral - Artérias temporais profundas - Artérias pterigoideas - Arteria Massetérica - Artéria Bucal Terceira parte situa-se na fossa ptérigopalatina – em direção ao tubérculo da maxila - Artéria alveolar superior anterior - Artéria esfeno-palatina: vascularização da cavidade nasal - Artéria infraorbital que dá origem aos ramos alveolares superiores posterior e medial. Plexo pterigoideo: rede de veias entre os músculos pterigoides e o pterigoide lateral e o temporal. Ele se liga posteriormente por uma veia maxilar à veia retromandibular (Junção da veia temporal superficial e auricular posterior). Ela recebe, anteriormente, a veia facial e lingual, formando a veia jugular interna. Posteriormente, junto com a occipital, forma a jugular externa. Se liga anteriormente, por uma veia fácil profunda, com a veia facial. Pescoço Unidade de conexão entre cabeça e tronco. Transmissões de uma estrutura a outra. Permite o posicionamento da cabeça e intensifica a sensibilidade. Esqueleto ósseo (parte da coluna cervical): osso hioide Musculo superficial da região anterolateral: Platisma que possui característica dos músculos da pele. Origina-se da parte superior do tórax e ombro e insere-se na margem inferior do corpo da mandíbula. É inervado pelo ramo cervical do nervo facial. Revestida pela fáscia cervical superficial. Região posterior: Processo espinhoso – nuca – região dorsal cervical (possui desenvolvimento diferente) Limites Anteriormente: borda inferior da mandíbula até a parte superior do manúbrio do esterno. Posteriormente: linha nucal superior ao disco intervertebral entre as vertebras C7 e T1. Fáscias Lamina superficial da fáscia cervical: circunda completamente o pescoço e suas derivações circundam outros músculos da região anterolateral. (Musculo trapézio, esternocleidomastóideo, infra-hióideos) Lamina pré- traqueal da fáscia cervical média ou visceral: circundam as vísceras do pescoço - a traqueia, o esôfago e a glândula tireoide. Permite o acesso à vias aéreas superiores. Lamina pré- vertebral da fáscia cervical profunda ou pré- vertebral: circunda a coluna vertebral e os músculos associados a ela O arranjo das diversas camadas da fáscia cervicais divide o pescoço em 4 compartimentos, o que evita a disseminação de infecções e permite maior deslizamento entre musculo e vísceras. Bainha carótica Recebe contribuição das 3 fáscias e abriga a artéria carótida comum, artéria carótida interna, veia jugular interna e o nervo vago. Espaços fasciais Entre as camadas fasciais exitem espaços que podem se comportar como conduto na disseminação de infecções no pescoço ao mediastino: Espaço pré traqueal: entre a fáscia superficial e pré traqueal Espaço retrofaríngeo: entre a fáscia bucofaríngea e a lamina pre-vertebral. Permite que o esôfago dilate, facilitando a passagem do bolo alimentar. MUSCULO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO (ECOM) - Região anterolateral Duas origens: parte superior da borda anterior do manúbrio do esterno e insere-se na metade lateral da linha nucal superior e margem superior do terço medial da clavícula e insere-se na margem lateral do processo mastoide do temporal. Funções: individualmente: fazem a rotação do pescoço.Juntos: fletem a cabeça para frente Inervação: Nervo acessório (XI). Ação somática: ação motora voluntaria (característica de musculo estriado esquelético). Ação visceral: ação motora involuntária. DIVIDE O PESCOÇO EM DOIS TRIGONOS: TRIGONO POSTERIOR OU LATERAL: Delimitado: Anteriormente pela borda posterior do musculo esternocleidomastóideo, posteriormente pela borda anterior do musculo trapézio, inferiormente pelo terço médio da clavícula e superiormente pelo osso occipital. O musculo omo-hiódeo divide a região em duas partes: Trigono omoclavicular – inferiormente- e trigono occipital – superiormente- Músculos Omo- hiode: origina-se na borda superior da escapula e se insere na borda inferior do corpo do osso hioide. Possui o ventre superior localizado no trigono anterior e o ventro inferior localizado no trigono posterior. Tem por função abaixar o osso hioide. Inervado por ramos da alça cervical (ramos anteriores de C1 a C3). Musculo escaleno anterior: origina-se dos tubérculos anteriores dos processos transversos das vertebras CIII a CVI e insere-se na borda superior da costela I. Produz elevação da costela I e rotação da cervical. Musculo escaleno médio: origina-se dos processos transversos das vertebras de CII a CVII e insere-se nas duas costelas. Musculo escaleno posterior: origina-se dos tubérculos posteriores dos processos transversos das vértebras CIV a CVI e insere-se na segunda costela, promovendo sua elevação. Levantador da escapula: Origina-se dos processos transversos das vertebras CI a CIV e insere-se na porção superior da borda medial da escapula, promovendo sua elevação. TRIGONO ANTERIOR Delimitação Lateralmente pela borda anterior do musculo esternocleidomastóideo, superiormente pela borda inferior da mandíbula e medialmente pela linha mediana do pescoço. A região é dividida em 4 outros trigonos: - trigono submandibular: delimitado superiormente pela borda inferior da mandíbula e inferiormente pelos ventres anterior e posterior do musculo digastrico. - trigono submentual: delimitado inferiormente pelo osso hióide e lateralmente pelo ventre anterior do musculo digastrico e pela linha mediana. - trigono muscular: delimitado superiormente pelo osso hioide, lateralmente pelo ventre superior do musculo omo-hióideo e a borda anterior do musculo esternocleidomastoideo e pela linha mediana. - trigono carótico: delimitado anteroinferiormente pelo ventre superior do musculo omo- hiódeo, superiormente pelo musculo estilo-hiódeo e o ventre posterior do digastrico e posteriormente pela borda anterior do musculo esternocleidomastoideo. Para se acessar a bainha carótica. Músculos Podem ser agrupados de acordo com sua localização em relação ao osso hioide: SUPRA- HIÓDEOS estão nos trigonos submentual e submandibular. Eles seguem em direção superior, do osso hióide até a mandíbula, elevando o osso durante a deglutição. Estilo-hióideo: se origina na base do processo estilóidee insere-se na área lateral do corpo do osso hioide. Puxa o osso posterossuperiormente durante a deglutição e é inervado pelo nervo facial. Musculo digástrico: tem dois ventres unidos por um tendão que se fixa no corpo do osso. - Ventre posterior: se origina da incisura mastoidea, medialmente ao processo mastoide. Inervado pelo nervo facial - Ventre anterior: se origina da fossa digastrica, na parte interna inferior da mandíbula. Inervado por V3 Quando a mandíbula é fixada, o musculo eleva o osso hióde. Quando o osso é fixado, o musculo abre a boca abaixando a mandíbula Musculo Milo-hióideo: forma o assoalho da boca. Origina- se na superfície medial do corpo da mandíbula e insere-se no osso hióideo. Ele sustenta e eleva o assoalho da boca e eleva o osso hioide. Inervadopor V3 Musculo Gênio- hióideo: origina-se no interior da mandíbula e se insere no osso hioide. Quando a mandíbula é fixada, ele eleva e puxa para frente o osso. Quando o osso é fixo, ele puxa a mandíbula para baixo e para dentro. É inervado por um ramo de C1, levado ao logo do nervo hipoglosso. INFRA- HIÓIDEOS estão no trígono muscular. Eles fixam o osso hioide nas estruturas localizadas anteriormente, deprimindo-o. Proporcionam também um ponto estável para a inserção dos outros músculos. Musculo esterno-hióideo: origina-se na borda posterior da articulação esternoclavicular e do manúbrio do esterno e insere-se no corpo do osso hioide. Inervado por C1 a C3 Musculo omo-hióideo Musculo tireo-hiódeo: situa-se mais profundamente. Origina-se sobre a lamina da cartilagem tireóidea e se insere no osso hioide. Quando esse é fixado, o musculo eleva a faringe. Inervado por C1 que segue com o nervo hipoglosso Musculo Esternotireóideo: origina-se da superfície posterior do manúbrio esternal e fixa-se na lamina da cartilagem tireóidea. Puxa a laringe para baixo e é inervado pelos ramos anteriores de C1 a C3. Veias/artérias/nervos Drenagem venosa superficial Veias jugulares externas: se forma posteriormente ao angulo da mandíbula pela união da veia auricular posterior e da veia retromandibular (junção da veia temporal superficial e veia maxilar na parótida). Essa se divide em porção posterior e anterior. A divisão posterior se une à veia auricular superior e forma a jugular externa. A divisão anterior se une a veia facial e forma uma veia facial comum, a qual é tributaria da jugular interna. A veia jugular externa desce direto pelo pescoço na fáscia superficial e passa superficialmente ao musculo esternocleidomastóideo em todo seu trajeto, cruzando-o em sua diagonal. Imediatamente ao musculo, ela perfura a lamina superficial da fáscia cervical, passa profundamente à clavícula e desemboca na veia subclávia Drenagem do trígono anterior Sistema carótico - Artéria carótida comum: Direita se origina no tronco braquiocefálico e se localiza em todo seu trajeto no pescoço. Esquerda: origina-se da aorta. Ambas sobem pelo pescoço, em posição imediatamente lateral à traqueia e ao esôfago (fáscia média), na bainha carótica. Próximo à borda superior da cartilagem tireóidea, cada artéria corótida comum se divide em artéria carótida externa e artéria carótida interna. Isso ocorre no trígono carótico. Na bifurcação, há uma dilatação da artéria formando um seio carótico. Esse contém receptores que monitoram alterações na pressão arterial, o qual é inervado por um ramo do nervo glossofaríngeo. Essa bifurcação também contém o corpo carótico o qual possui receptores que detectam a variação do oxigênio, o qual é inervado por ramos do glossofaríngeo e vago. - Artéria carótida interna: Sobe até a base do crânio, sem emitir ramos, e entra pelo canal carótico e fazem 60% da vascularização do encéfalo. - Artéria carótida externa: Vascularização do terço superior do pescoço e da face. Emite diversos ramos. * Artéria tireóidea superior: segue em direção descendente até alcançar a glândula. * Artéria faríngea descendente * Artéria Lingual: Inerva os músculos suprahióideos e a língua #Tronco lingofacial (posterior ao ângulo da mandíbula) * Artéria facial: Passa profundamente pelo musculo estilo-hióideo e pelo ventre posterior do músculo digástrico, continua profundamente pela glândula submandibular e emerge sobre a borda da mandíbula em um ponto imediatamente anterior ao musculo masseter. * Artéria occipital: profundamente ao ventre posterior do digastrico seguindo em direção à linha nucal superior. #Divididas pelo processo mastoide * Artéria auricular posterior * Artéria temporal superficial: Se divide acima do processo zigomático do osso temporal em anterior e posterior. * Artéria maxilar Veias - Veia jugular interna: origina como continuação dilatada do seio sigmóideo (seio venoso da dura-mater). Sai do crânio pelo forame jugular em associação com nervos glossofaríngeo, vago e acessório e entra na bainha carótica. Se une, tanto a direta como a esquerda, a veia subclávia (na altura esternal da clavícula) formando as veias braquiocefálicas. Suas tributarias são a veia lingual, facial, faríngea, occipital, tireóidea superior, tireóidea média. União da porção direita e esquerda forma a veia cava superior. Nervos Parassimpáticos - Nervo Facial XII: emerge pelo forame estilomastóideo e, pelo ramo cervical, e inerva vestre posterior do digastrico e estilo-hióideo. - Nervo glossofaríngeo IX: emerge pelo forame jugular, descende entre a veia jugular interna e a carótida interna e se localiza profundamente ao processo estiloide e aos músculos associados a ele. Envia ramos ao corpo e seio carótico, para faringe e faz a sensação sensitiva do terço posterior da língua. - Nervo vago X: emerge pelo forame jugular e cruza todo o pescoço. Colada à veia jugular interna e posterior às artérias corótida interna e carótida comum. Emite vários ramos ao passar pelo trígono anterior do pescoço. * ramo motor à faringe * ramo ao corpo carótico * ramo laríngeo (interno e externo) * ramo cardíaco - Nervo acessório XI: é o mais posterior dos três que saem peolo forame jugular. Assume posição inferior e posterior, desaparecendo na borda anterior do musculo esternocleidomastóideo. Não emite ramos no trígono anterior. - Nervo hipoglosso XII: Sai da cavidade craniana pelo canal do nervo hipoglosso. Forma um gancho em torno da artéria occipital. Drenagem do trígono posterior Veia - Veia jugular externa: na parte inferior do trígono termina na veia subclávia. Suas tributarias nesse trigono são veais cervical transversa, supraescapular e jugular anterior. Acompanham suas artérias Artéria Subclávia: A partir do tronco braquiocefálico do lado direito ou do arco da aorta do lado esquerdo. Faz a drenagem do terço inferior do pescoço. * Primeira parte: Sobe até a borda medial do escaleno anterior Ramos: ~ Artéria vertebral: 40% do encéfalo e coluna vertebral ~ Tronco tireocervical: Se divide em mais 3 ramos: Artéria tireóidea inferior (supre a glândula). Emite a artéria cervical ascendente que supre os músculos pré-vertebrais e envia ramos a medula. Artéria cervical transversa que emite um ramo superficial e um ramo profundo. Artéria supraescapular ramo mais inferior. ~ Artéria torácica interna: Desce e emite artérias intercostais anteriores * Segunda parte: Posterior ao musculo escaleno anterior ~ Tronco costocervical: Se divide em mais dois ramos: Artéria cervical profunda (profunda ao escaleno posterior) e Artéria intercostal suprema forma as artérias intercostais superiores dos dois primeiros espaços intercostais. * Terceira parte: seu ponto terminal é a artéria axilar Nervos Plexo cervical Formado pelos ramos anteriores dos nervos cervicais de C1 a C4. Se localiza sobre os músculos que constituem o assoalho do trígono posterior na camada pré-vertebral da fáscia cervical. É invernado pelo nervo hipoglosso. E dividido em: Ramos musculares ou profundos (terminação motora) e Ramos cutâneos ou superficiais (terminação sensorial). Estes emergem sob a borda posterior do músculo esternocleidomastóideo. Ramos musculares ~ C1, C2, C3 emitem ramos que formam a alça cervical, a qual abraça a veia jugular interna. C1 (recebe um ramo descendente do hipoglosso) contribui para a formação da parte superior da alça e C2 e C3 com a parte inferior da alça. Ramos cutâneos ~ Nervo occipital menor se forma a partir dos ramos do nervo cervical C2 em direção a linha nucal superior. ~ Nervo auricular magno se forma a partir dos ramos dos nervos cervicais C2 e C3 ~ Nervo cervical transverso consiste em ramos dos nervos cervicais C2 e C3 ~ Nervos supraclaviculares provenientes dos nervos cervicaisC3 e C4 é descendente Sistema Nervoso Simpático São dois cordões paralelos que vão da base do crânio até o cóccix. Formado por gânglios que são coleções de corpos neuronais fora do SNC. Gânglio cervical superior na área das vertebras cervicais CI e CII. Seus ramos se dirigem para as artérias carótidas, nervos espinais C1 a C4, faringe e coração (nervos cardíacos superiores) Gânglio cervical médio Nível da da vértebra cervical CVI. Seus ramos se dirigem para os nervos cervicais C5 e C6 por ramos comunicantes e para o coração (nervos cardíacos médios) Gânglio cervical inferior área entre CVII e T1 entre cervical e tórax. Ramos se dirigem para os nervos espinais C7 A T1, artéria vertebral e coração (nervos cardíacos inferiores)