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Disciplina: Teoria das Estruturas II Professora: Fernanda Fonseca Lima MBA em Estruturas e Fundações - IPOG Mestranda no PPGINDE (Linha de Pesquisa de Estruturas) - UFPA Açailândia -MA Outubro/2020 INTRODUÇÃO AO DESLOCAMENTOS EM ESTRUTURAS SUMÁRIO 6.1. Introdução 6.2. Causas 6.3. Métodos de Análise 6.3.1. Método da Integração-Dupla 6.3.2. Método da Viga-Conjugada 6.3.3. Método do Trabalho Virtual (Princípio do Trabalho Virtual - PTV) 8.4. Treliças: Aplicação do PTV 8.5. Vigas e Pórticos: Aplicação do PTV 6. Deslocamentos em Estruturas 6.1. INTRODUÇÃO a. Possíveis causas dos deslocamentos (FLECHAS E ROTAÇÕES) nas estruturas: Cargas Temperatura Erros de fabricação Erros de montagem b. Importância da avaliação dos deslocamentos nas estruturas: Projeto: os deslocamentos devem ser pequenos no sentido de se evitar fissuras e fraturas (concreto, plástico, madeira, etc) Conforto: pequenas vibrações e deflexões Método das Forças: estruturas estaticamente indeterminadas (fundamentos baseados no MÉTODO DA CARGA UNITÁRIA) a. Carregamento: peso próprio + sobrecarga + acidental 6.2. CAUSAS b. Temperatura 1. Método da Integração-Dupla 2. Método da Viga-Conjugada 3. Método do Trabalho Virtual (Método da Carga Unitária) 6.3. MÉTODOS DE ANÁLISE Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 7 6.3.1. Método da Integração-Dupla a. Equações Básicas Hipóteses: • Euler-Bernoulli • Lei de Hooke • Pequenos deslocamentos e rotações Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 8 (1) M d dx EI sendo M o momento atuante na seção, E o módulo de elasticidade do material e I o momento de inércia da seção. Tem-se: Mas, dx d (2) Então: 2 2 3 / 2 2 1 M 1 d v dx EI 1 dv dx onde v é a deflexão da viga. Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 9 2 2 3 / 2 2 M d v dx EI 1 dv dx (3) 2 2 d v M EIdx 2 2 d v EI M dx Condições de contorno e continuidade Atenção !!! Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 10 b. Procedimento de Análise 1. Curva Elástica Desenhe a configuração deformada da viga (forma exagerada). Estabeleça as coordenadas x e v O(s) sistema(s) x(x´s) deve(m) ser paralelo(s) à viga indeformada No caso de cargas descontínuas, estabeleça coordenadas x´s válidas em cada região da viga entre as descontinuidades O eixo positivo da deflexão v normalmente é direcionado para cima 2. Avaliação da Função Momento Em cada região que existe uma coordenada x, defina a expressão do momento M como uma função de x Sempre assuma que M atua na direção positiva quando aplicar a equação de equilíbrio do momento Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 11 3. Deflexão e Rotação Aplique a equação , que requer duas integrações Para cada integração inclua uma constante de integração Essas constantes são avaliadas através das condições de bordo e continuidade )x(Mdx/vdEI 22 Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 12 c. Aplicações Problema 1: Para a viga mostrada abaixo, submetida a um momento M0 na sua extremidade, obtenha a curva elástica. Solução: i. Curva elástica (desenho aproximado) Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 13 ii. Avaliação da função momento (diagrama de corpo livre) 0M M Aplique a equação iii. Deflexão e rotação )x(Mdx/vdEI 22 22 0 0 0 1 1 22 M xd v dv EI M EI M x C EIv C x C dx 2dx Condições de contorno: 1 2 x 0 : dv / dx 0 C 0 x 0 : v 0 C 0 Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 14 Ou seja: 0M x EI 2 0M xv 2EI Problema 2: Para a viga mostrada a seguir, pede-se avaliar o deslocamento vertical do ponto C. A B C Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 15 Solução: i. Curva elástica (desenho aproximado) e definição do sistema de coordenadas ii. Avaliação da função momento (diagrama de corpo livre) Trecho x1: 1 1 P M x 2 Trecho x2: 2 2 2 2 P 3P M x (x 2a) Px 3Pa 2 2 A B C P vC x1 x2 2a a M2 2a x2 P/2 3P/2 Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 16 Aplique a equação iii. Deflexão e Rotação )x(Mdx/vdEI 22 Trecho x1: 2 2 31 1 1 1 1 1 1 1 22 11 d v dvP P P EI x EI x C EIv x C x C 2 dx 4 12dx Trecho x2: 2 22 2 2 2 2 32 22 d v dv P EI Px 3Pa EI x 3Pax C dx 2dx 3 2 2 2 2 3 2 4 P 3 EIv x Pax C x C 6 2 Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 17 Condições de contorno: 1 1Em x 0, v 0 20 0 0 C 1 1Em x 2a, v 0 3 1 2 P 0 (2a) C (2a) C 12 2 2Em x 2a, v 0 3 2 3 4 P 3 0 (2a) Pa(2a) C (2a) C 6 2 1 2 1 2 dv (2a) dv (2a) dx dx 2 2 1 3 P P (2a) C (2a) 3Pa(2a) C 4 2 Solução do sistema: 2 2 3 1 2 3 4 1 10 C Pa ; C 0; C Pa e C 2Pa 3 3 Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 18 Para o trecho x2 (v2): Finalmente, fazendo x2 = 3a: 2 3 3 2 2 2 2 2 P 3 Pa 10 Pa Pa v x x x 2 6EI 2 EI 3 EI EI 3 C Pa v EI 6.3.2. Método da Viga-Conjugada a. Considerações Iniciais • Idealizado por Otto Mohr em 1860 • Base do método: princípios da estática Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 19 1. Esforço Cortante Rotação 2. Momento Fletor Deslocamento • Base do método: similaridade entre as equações dV w dx d M dx EI 2 2 d M w dx 2 2 d y M EIdx Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 20 • Integrando... 1. Esforço Cortante Rotação 2. Momento Fletor Deslocamento V wdx M dx EI M wdx dx M y dxdx EI Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS Teorema 1: A inclinação de um ponto na viga real é igual ao esforço cortante no mesmo ponto da viga-conjugada correspondente Teorema 2: O deslocamento de um ponto na viga real é igual ao momento fletor no mesmo ponto da viga-conjugada correspondente Viga Real Viga-Conjugada 21 b. Viga Conjugada Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS pin pin roller roller fixed fixed free free hinge hinge hinge roller internal pin internal roller Viga Real Viga Conjugada D 0 V M = 0 D = 0 V M = 0 = 0 D = 0 V = 0 M = 0 D V M D = 0 V M = 0 D = 0 V M = 0 D V M 22 c. Condições de apoio (viga conjugada) Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 23 Viga Real Viga Conjugada Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 1. Viga-Conjugada Desenhe a viga-conjugada para a viga real A viga-conjugada deve ter o mesmo comprimento da viga real Se um apoio na viga real permite uma inclinação, o apoio correspondente na viga-conjugada deverá desenvolver um esforço cortante Se um apoio na viga real permite um deslocamento, o apoio correspondente na viga-conjugada deverá desenvolver um momento fletor A viga-conjugada é carregada com o diagrama M/EI da viga real Esse carregamento é assumido ser distribuído sobre a viga conjugada e é direcionado para cima quando M/EI é positivo e é direcionado para baixo quando M/EI é negativo 24 d. Procedimento de análise Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 25 2. Equilíbrio Avalie as reações nos apoios da viga-conjugada Usando as equações de equilíbrio, avalie o esforço cortante (V’) ou o momento fletor (M’) na viga conjugada onde a inclinação () ou o deslocamento (D) deve ser determinado na viga real Se esses valores são positivos, a inclinação acontece no sentido contrário ao do ponteiro do relógio e o deslocamento é para cima Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 26 e. Aplicações Problema 1. Determine a inclinação e o deslocamento no ponto B da viga metálica mostrada na figura abaixo. As reações já foram calculadas. Assuma: E = 29 (103) ksi e I = 800 in4. Solução: i. Viga-Conjugada A B 15 ft15 ft 75 kft 5 k 5 k 15 ft 15 ft B’ 75/(EI) A Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 27 ii. Equilíbrio da viga-conjugada Diagrama de corpo-livre: 2 y B' 562.5 k ft F 0 V 0EI 2 2 B B' 3 2 2 2 4 4 4 4 562.5 k ft 562.5 k ft V EI 29(10 ) k/in (144 in /ft ) 800 in (1 ft 12 in ) B B'V 0.00349 rad 25 ft5 ft 562.5/(EI) VB’ MB’ Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 28 3 3 B B' 3 2 2 2 4 4 4 4 14062.5 k ft 14062.5 k ft M EI 29(10 ) k/in (144 in /ft ) 800 in (1 ft 12 in ) D B B'M 0.0876 ft 1.05 inD 2 B' B' 562.5 k ft M 0 M 025 ft EI DB = -14062.5/(EI) B = -562.5/(EI)B A Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS Problema 2: Determine a deflexão máxima da viga metálica mostrada na figura abaixo. As reações já foram calculadas. Assuma: E = 200 GPa e I = 60 (106) mm4. 29 Solução: i. Viga-Conjugada A 9 m 8 kN 2 kN 6 kN 3 m B A’ B’ 18/(EI) 9 m 3 m Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 30 ii. Equilíbrio da viga-conjugada Diagrama de corpo-livre: Análise: A deflexão máxima da viga real ocorre no ponto onde a inclinação é nula. Portanto, nesse mesmo ponto, o esforço cortante é nulo na viga conjugada. Assim: 45/EI 63/EI 81/EI 27/EI 45/EI V = 0 M’ 18 2xx = EI EI9 y 45 1 2x F 0 x 0 x 6.71 m (0 x 9 m) OK EI 2 EI Teoria das Estruturas I DESLOCAMENTOS 31 Usando esse valor de x: 3 3 máx 6 4 4 3 4 46 2 201.2 kNm 201.2 kNm M' EI 60(10 ) mm (1 m (10 ) mm200(10 ) kN/m 0.0168 m 16.8 mm D 45 1 12(6.71) M 0 (6.71) 6.71 M' 06.71 EI 2 3EI 6.3.3. Método do Trabalho Virtual (Método da Carga Unitária) a. Considerações Iniciais • Outros métodos: eficientes para vigas submetidas a carregamentos simples • MÉTODOS ENERGÉTICOS: eficientes para vigas, treliças e pórticos sujeitos a carregamentos quaisquer • Base dos métodos energéticos: PRINCÍPIO DA CONSERVAÇÃO DE ENERGIA e iU =U Em que: Ue : trabalho externo realizado pelas forças que atuam na estrutura Ui : trabalho interno (energia de deformação) armazenado quando a estrutura se deforma b. Fundamentos Trabalho Externo: Força P e 1 U = P Δ 2 Trabalho Externo: Força P (aplicada primeiro) + Força F’ ' ' ' e 1 1 U = P Δ+PΔ + F Δ 2 2 Trabalho Externo: Momento M e 1 U = Mθ 2 Trabalho Externo: Momento M (aplicado primeiro) + Momento M’ ' ' ' e 1 1 U = Mθ+Mθ + M θ 2 2 Trabalho Interno (Energia de Deformação): Força Axial S Material elástico linear Lei de Hooke: s = Ee Deformação: e = D/L Tensão: s = S/A Deslocamento D: AE SL D Trabalho Interno: 2 i 1 S L U = SΔ = 2 2AE Hipóteses: Trabalho Interno (Energia de Deformação): Flexão (Momento Fletor M) Rotação d (elemento diferencial): dx EI M d Trabalho Interno: i 1 dU Md 2 L 2 i 0 M U = dx 2E I c. Princípio da Conservação da Energia Nesse caso: D P 2 1 Ue EI LP 6 1 dx EI2 )Px( dx EI2 M U 32L 0 2L 0 2 i ie UU Como, : 2 3 31 1 P L 1 PL PΔ = ∴Δ= 2 6 E I 3 E I d. Princípio do Trabalho Virtual (PTV) • Baseado no princípio da conservação de energia: Ue = Ui • Foi desenvolvido por John Bernoulli em 1717 • Conhecido também como o Método da Carga Unitária (MCU) • Considere uma estrutura deformável submetida a uma série de cargas P que irão causar o aparecimento de forças internas u ao longo de toda a estrutura. Essas forças estão relacionadas por Equações de Equilíbrio • Considere também que deslocamentos externos D irão acontecer nos locais de aplicação das cargas P e deslocamentos internos d irão ocorrer nos locais da forças internas u. Esses deslocamentos não precisam ser elásticos, não precisam ser relacionados com as cargas, e D e d estão relacionados por Equações de Compatibilidade • Princípio do Trabalho Virtual (PTV): ( TVE ) ( TVI ) P Δ = u δ Considere: Cargas reais P1, P2 e P3 aplicadas na estrutura (deseja-se avaliar D) Princípio do Trabalho Virtual (PTV): 1× Δ = u dL (TVE) (TVI) P1 P2 D P3 Considere agora a carga virtual P’ = 1 aplicada na direção de D P’ = 1 A Se a rotação em um determinado ponto da estrutura é para ser determinada, um momento fletor virtual de magnitude unitária (M’ = 1) é aplicado nesse ponto. Como consequência da aplicação de M’ = 1 na estrutura, forças internas u aparecerão no sistema. Assim, o PTV pode ser escrito como: θ1 θ = u dL× Forças virtuais Deslocamentos reais 6.4. TRELIÇA (Aplicação do PTV) a. Efeito: Carregamento Externo b. Efeito: Temperatura c. Efeito: Erros de Fabricação e Montagem a. Efeito: Carregamento Externo Expressão Geral: dLn1 D n NL 1× Δ = AE Em que: D = deslocamento a ser avaliado causado pelas forças externas reais 1 = força externa virtual unitária aplicada na direção de D n = forças internas normais virtuais atuantes nas barras causadas pela força unitária N = forças normais internas reais atuantes nas barras causadas pelas forças externas reais L = comprimento da barra A = área da seção transversal da barra E = módulo de elasticidade b. Efeito: Temperatura Expressão Geral: dLn1 D 1× Δ = n α ΔT L Em que: D = deslocamento a ser avaliado causado pela mudança de temperatura 1 = força externa virtual unitária aplicada na direção de D n = forças normais virtuais atuantes nas barras causadas pela força unitária a = coeficiente de dilatação térmica (depende do material) L = comprimento de uma barra DT = variação de temperatura da barra c. Efeito: Erros de Fabricação e Montagem Expressão Geral: dLn1 D 1× Δ = n ΔL D = deslocamento a ser avaliado causado pelo erro de fabricação e montagem 1 = força externa virtual unitária aplicada na direção de D n = forças normais virtuais atuantes nas barras causadas pela força unitária DL = diferença de comprimento da barra (comprimento projetado – comprimento observado após a montagem/fabricação da peça) Em que: d. Procedimento de análise 1. Forças Normais Virtuais n • Coloque a força unitária na junta e na direção do deslocamento que se deseja determinar • Resolva a treliça para essa carga externa unitária atuante (MEN ou MS) • Assuma as forças normais de tração como positivas 2. Forças Normais Reais N • Resolva a treliça para as forças externas reais atuantes (MEN ou MS) • Assuma as forças normais de tração como positivas 3. Equação do Trabalho Virtual • Aplique a equação do trabalho virtual para determinar o deslocamento desejado • Mantenha o sinal de u e N obtidos nos passos anteriores • No caso de atuar simultaneamente forças externas, temperatura e erros de fabricação: NL 1× Δ = n + n α ΔT L + n ΔL AE 3. Equação do Trabalho Virtual NL 1× Δ = n + n α ΔT L + n ΔL AE forças externas temperatura erros de fabricação/montagem e. Aplicações Problema 1: Determine o deslocamento vertical do ponto C da treliça metálica mostrada na figura abaixo. Considere: E = 29 (103) ksi e A = 0.5 in2. A 10 ft 4 k B 4 k C D EF 10 ft 10 ft 10 ft ii. Avaliação dos esforços normais reais N (forças externas reais atuantes) - 4 k + 4 k + 4 k + 4 k 4 k4 k4 k4 k + 4 k + 4 k 0 + 0.333 k + 0.667 k + 0.667 k 0.667 k1 k0.333 k - 0.333 k + 0 .3 3 3 k + 1 k C Solução: i. Avaliação dos esforços normais virtuais n (P = 1 k) posicionada na junta C e na direção do deslocamento vertical procurado) iii. Aplicação da equação do PTV: NL 1 n AE D Barra n (k) N (k) L (ft) nNL (k2.ft) AB BC CD DE FE EB BF AF CE 0.333 0.667 0.667 -0.943 -0.333 -0.471 0.333 -0.471 1.000 4 4 4 -5.66 -4 0 4 -5.66 4 10 10 10 14.14 10 14.14 10 14.14 10 13.33 26.67 26.67 75.47 13.33 0 13.33 37.70 40 S 246.50 Assim: v 2 2 C 2 3 2 nNL 246.50 k ×ft ( 246.50 k ×ft) ( 12 in /ft) 1k×Δ = = = AE AE ( 0.5 in ) ( 29( 10 ) k /in ) vC Δ =0.204 in Problema 2: Considere para a treliça mostrada abaixo, cada barra com E = 200 GPa e A = 400mm2. Pede-se: a. Deslocamento vertical no ponto C se uma força horizontal de 4 kN for aplicada nesse mesmo ponto; b. Se nenhuma carga for aplicada, qual seria o deslocamento vertical em C se a barra AB for 5 mm menor do que o tamanho definido em projeto? A 5 m B 4 kN C 4 m 4 m 3 m 5 m Solução: a. Deslocamento vertical no ponto C se uma força horizontal de 4 kN for aplicada nesse mesmo ponto. i. Avaliação dos esforços normais virtuais n (P = 1 posicionada na junta C e na direção do deslocamento vertical procurado): ii. Avaliação dos esforços normais reais N (forças externas reais atuantes): iii. Aplicação da equação do PTV: NL 1 n AE D Membro n (k) N (k) L (ft) nNL (k2.ft) AB AC CB 0.667 -0.833 -0.833 2 2.5 -2.5 8 5 5 10.67 -10.41 10.41 S 10.67 Assim: v 2 2 C -6 2 6 2 nNL 10.67 kN m (10.67 kN m) 1kN AE AE 400(10 ) m (200(10 ) kN/m ) D vC 0.133 mmD b. Se nenhuma carga for aplicada, qual seria o deslocamento vertical em C se a barra AB for 5 mm menor do que o tamanho definido em projeto ? i. Avaliação dos esforços normais virtuais n (P = 1 posicionada na junta C e na direção do deslocamento vertical procurado): ii. Note que apenas a barra AB é deformada (tem o tamanho diferente daquele de projeto): m005.0LAB D iii. Aplicação da Equação do PTV (no caso: erro de fabricação ou montagem) D D1 n L No caso: vC 1 (0.667kN)( 0.005m) D D vC 0.00333 m 3.33 mm Problema 3: Determine o deslocamento vertical do ponto C da treliça metálica mostrada na figura abaixo. Devido ao calor radiante da parede, a barra AD é submetida a um aumento da temperatura de DT = +120º F. Considere: E = 29 (103) ksi e a = 0.6 (10-5)/oF. A área da seção transversal (A) de todas as barras é indicada na figura. A B 60 k C 8 ft D 80 k 6 ft parede 2 in2 2 in2 2 in2 2 in2 1.5 in2 i. Avaliação dos esforços normais virtuais n (P = 1 posicionada na junta C e na direção do deslocamento vertical procurado) ii. Avaliação dos esforços normais reais N (forças externas reais atuantes) iii. Aplicação da equação do PTV (efeitos: forças externas + temperatura, barra AD) vC NL 1× Δ = n + n α ΔT L AE 3 3 3 5 (0.75)(120)(6)(12) (1)(80)(8)(12) ( 1.25)( 100)(10)(12) 2 2 1.529(10 ) 29(10 ) 29(10 ) (1) (120)(8)(12)0.6(10 ) in658.0 vC D temperatura, barra AD 6.5. VIGAS E PÓRTICOS (Aplicação do PTV) a. Energia de Deformação Virtual (EDV): Momento Fletor b. EDV: Força Axial (Esforço Normal) c. EDV: Esforço Cortante d. EDV: Torção e. EDV: Temperatura Expressão Geral: L 0 mM 1 m d dx EI D Objetivo: avaliar o deslocamento D a. Energia de Deformação Virtual: Momento Fletor Cargas reais Cargas virtuais Expressão Geral: dx EI mM 1 L 0 D Em que: D = deslocamento a ser avaliado causado pelas forças externas reais 1 = força unitária externa virtual aplicada na viga ou pórtico na direção de D m = momento interno virtual (função de x) na viga ou pórtico, causado pela força unitária externa virtual M = momento interno (função de x) na viga ou pórtico causado pelas forças externas reais E = módulo de elasticidade I = momento de inércia da seção transversal da barra L = comprimento da barra Expressão Geral: Objetivo: avaliar a rotação dx EI Mm 1 L 0 Em que: = rotação a ser avaliada causada pelas forças externas reais 1 = momento unitário virtual aplicado na viga ou pórtico na direção de m = momento interno virtual (função de x) na viga ou pórtico, causado pelo momento unitário virtual M = momento interno (função de x) na viga ou pórtico causado pelas forças externas reais E = módulo de elasticidade I = momento de inércia da seção transversal da barra L = comprimento da barra Casos Solução 1: Escolher coordenadas x’s para aquelas regiões que não apresentam descontinuidade no carregamento e avaliar a integral para cada região dx)EI/mM( Solução 2: Forma TABULAR (Método TABULAR) Os diagramas de momentos são avaliados (cargas reais e virtuais). Os diagramas para m e M são comparados com aqueles da tabela e assim a integral pode ser determinada através de fórmula apropriada dx)mM( Cuidado !!! Cargas reais Cargas virtuais • Forças ou momentos concentrados atuantes • Carga distribuídas descontínuas atuantes L 0 mm' dx mm'L 1 mm'L 2 ' '1 2 1 m Lm m 2 2 mm'L 3 1 mm'L 2 1 mm'L 3 ' '1 2 1 m Lm 2m 6 5 mm'L 12 1 2 1 m' Lm m 2 1 2 1 m' Lm 2m 6 '1 1 21 6 m 2m m '2 1 2m Lm 2m 1 2 1 m' L3m 5m 12 1 mm'L 2 1 mm'L 2 1 mm' L a 6 1 mm'L 6 ' '1 2 1 m L2m m 6 1 mm'L 4 ' 1 1 1 6m m L b 2m L a 2 2 1 3a a mm' 3 L 12 L L Avaliação de L 0 mm' dx Procedimento de Análise 1. Momentos Virtuais m ou m Aplique a força unitária na viga ou pórtico na direção do deslocamento que se deseja determinar (Caso se deseje determinar a rotação de um ponto, deve-se aplicar um momento unitário nesse ponto) Estabeleça de forma apropriada as coordenadas x’s (objetivo: evitar descontinuidade do carregamento) Resolva a viga ou pórtico para essa força ou momento unitário atuante (obtenha os momentos internos m ou m) 2. Momentos Reais M Usando as mesmas coordenadas x’s usadas para avaliar m ou m, calcule os momentos internos M causados pelas forças reais atuantes Assuma a mesma convenção de sinal da etapa anterior 3. Equação do Trabalho Virtual Aplique a equação do trabalho virtual para determinar o deslocamento ou a rotação desejada Mantenha o sinal de m (ou m) e M obtidos nos passos anteriores D dxEI mM 1 dx EI Mm 1 ou Aplicações Problema 1: Determine o deslocamento vertical do ponto B da viga metálica mostrada abaixo. Considere: E = 200 GPa e I = 500 (106) mm4. A B 12 kN/m 10 m Solução: i. Avaliação do momento virtual m xm 10 m 1 kN A B x 1 kN x v ii. Avaliação do momento real M 2x6M A B 12 kN/m 10 m x x/2 12x xV iii. Aplicação da equação do PTV dx EI mM 1 L 0 B D 10 2 B 0 1x 6x 1 dx EI D D 3 2 3 B 15 10 kN m 1 kN EI D BΔ =0.150 m=150 mm 3 3 B 6 2 6 4 12 4 4 15 10 kNm 200 10 kN / m 500(10 ) mm 10 m /mm Problema 2: Determine a inclinação no ponto B da viga metálica mostrada abaixo. Considere: E = 200 GPa e I = 60 (106) mm4. A B 3 kN 5 m 5 m C Solução: i. Avaliação do momento virtual m 1 m 0 2 m 1 A B C 1 kNm x1 x2 5 m x2 x1 1 kNm v2 v1 ii. Avaliação do momento real M 1 1M 3x 2 2M 3 5 x A B 3 kN C x1 x2 x1 x2 3 kN V2 V1 3 kN 5 m iii. Aplicação da equação do PTV L B 0 5 5 21 B 1 2 0 0 m M 1 dx EI 3 5 x3x 10 1 dx dx EI EI 2 B 112.5 kNm EI Observação: Método Tabular 1. Construção dos diagramas: 2. Da apropriada linha e coluna da tabela: 10 2 3 1 2 5 1 1 m Mdx m L 112.5 kN mM M 15 30 51 2 2 M (kNm)m (kNm) x (m) x (m) 5 10 1 5 10 -15 -30 Assim: 2 2 B 6 2 12 4 46 4 112.5 kN m 0.00938 rad1 kNm 200(10 ) kN/m (10 m /mm )60(10 ) mm Que é o mesmo valor obtido anteriormente. 3 kN 5 m B 1 kNm x1 x2 L 0 mm' dx mm'L 1 mm'L 2 ' '1 2 1 m Lm m 2 2 mm'L 3 1 mm'L 2 1 mm'L 3 ' '1 2 1 m Lm 2m 6 5 mm'L 12 1 2 1 m' Lm m 2 1 2 1 m' Lm 2m 6 '1 1 21 6 m 2m m '2 1 2m Lm 2m 1 2 1 m' L3m 5m 12 1 mm'L 2 1 mm'L 2 1 mm' L a 6 1 mm'L 6 ' '1 2 1 m L2m m 6 1 mm'L 4 ' 1 1 1 6m m L b 2m L a 2 2 1 3a a mm' 3 L 12 L L Avaliação de L 0 mm' dx Problema 3: Determine o deslocamento vertical no ponto D da viga metálica a seguir. Considere:E = 29(103) ksi e I = 800 in4. A B 80 kft C D 6 k 10 ft 10 ft 15 ft Solução: i. Avaliação do momento virtual m 1 k 0.75 k 1.75 k x1x2x3 1 1m 1x 1 k v1 x1 1 k 2 2m 0.75x 15 x2 1.75 k x2 +15 v2 3 3m 0.75x v3 0.75 k x3 ii. Avaliação do momento real M 6 k 1 k 7 k x1x2x3 80 kft 1M 0 x1 V1 2 2M 7x x2 V2 7 k 3 3M 80 1x x3 V3 80 kft 1 k iii. Aplicação da equação do PTV D 10 10 10L 3 31 2 2 D 1 2 3 0 0 0 0 0.75x 80 1x1x 0 0.75x 15 7xmM 1 dx dx dx dx EI EI EI EI D 3 D 0 3500 2750 6250 k ft EI EI EI EI D D 33 3 3 D 3 2 4 D 6250 k ft 12 in / ft 29 10 k/in 800 in 0.466 in A B 80 kft C D 6 k 10 ft 10 ft 10 ft Problema 4. Determine a rotação no ponto C do pórtico metálico a seguir. Considere: E = 200 GPa e I = 15(106) mm4. Solução: i. Avaliação do momento virtual m Barra BC Barra AB ii. Avaliação do momento real M 1 1M 2.5x 2M 7.5 iii. Aplicação da equação do PTV 3L 2 1 C 1 2 0 0 0 C 2 C 2.5xm M 1 7.51 1 dx dx dx EI EI EI 11.25 15 1 EI EI 26.25 KN m 1 EI 2 C 6 2 6 4 12 4 4 26.25 KN m 200 10 KN / m 16 10 mm 10 m /mm Cθ =0.00875 rad Problema 5: Determine o deslocamento horizontal no ponto C do pórtico metálico mostrado abaixo. Considere: E = 200 GPa e I = 15(106) mm4. A B 4 k/ft C 8 ft 10 ft x1 x2 Solução: i. Avaliação do momento virtual m 1 1m 1x 2 2m 1.25x 1 k 8 ft 10 ft x2 x1 1 k 1.25 k 1.25 k1.25 k 1 k1 k n2 v2 n1 v1 1.25 k ii. Avaliação do momento real M 2 1 1 1M 40x 2x 2 2M 25x 8 ft 5 ft x2 25 k25 k N2 V2 N1 V1 40 k 4x1 40 k 40 k 25 k 25 k A B 4 k/ft C8 ft 10 ft x1 x2 iii. Aplicação da equação do PTV D D h h L C 0 10 82 1 1 1 2 2 C 1 2 0 0 mM 1 dx EI 1x 40x 2x 1.25x 25x 1 dx dx EI EI D hC 8333.3 5333.3 EI EI h 3 C 13666.6 k×ft Δ = E I 2. Das apropriadas linhas e colunas da tabela 2 3 5 1 mMdx = 10 200 10 + 10 200 8 12 3 =8333.3+5333.3 =13666.6 k ×ft Que é o mesmo valor obtido anteriormente. Assim: h h 3 C 2 43 2 2 2 4 4 4 C 13666.7 k×ft Δ = 29 10 k /in 12 in /ft 600 in ft / 12 in Δ =0.113 ft =1.36 in Observação: Método Tabular 1. Construção dos diagramas Força Virtual 10 kft 10 kft 10 ft 8 ft Força Real 10 ft 8 ft 200 kft 200 kft L 0 mm' dx mm'L 1 mm'L 2 ' '1 2 1 m Lm m 2 2 mm'L 3 1 mm'L 2 1 mm'L 3 ' '1 2 1 m Lm 2m 6 5 mm'L 12 1 2 1 m' Lm m 2 1 2 1 m' Lm 2m 6 '1 1 21 6 m 2m m '2 1 2m Lm 2m 1 2 1 m' L3m 5m 12 1 mm'L 2 1 mm'L 2 1 mm' L a 6 1 mm'L 6 ' '1 2 1 m L2m m 6 1 mm'L 4 ' 1 1 1 6m m L b 2m L a 2 2 1 3a a mm' 3 L 12 L L Avaliação de L 0 mm' dx b. Energia de Deformação Virtual: Força Axial (Esforço Normal) a nNL U = AE Em que: n = forças normais virtuais internas atuantes nas barras causadas pela força externa virtual unitária N = forças normais internas atuantes nas barras causadas pelas forças reais L = comprimento da barra A = área da seção transversal da barra E = módulo de elasticidade do material c. Energia de Deformação Virtual: Esforço Cortante L s 0 νV U = K dx GA Em que: v = forças cisalhantes virtuais internas atuantes nas barras, expressas como funções de x, causadas pela força externa virtual unitária V = forças cisalhantes internas atuantes nas barras, expressas como funções de x, causadas pelas forças reais K = fator dependente da forma da seção transversal (K = 1.2 : seção transversal retangular) (K = 10/9 : seção transversal circular) (K = 1.0 : seção transversal I, perfil I) A = área da seção transversal da barra G = módulo de elasticidade transversal do material d. Energia de Deformação Virtual: Torção t tTL U = GJ Em que: t = momentos de torção virtuais internos atuantes nas barras causados pela força externa virtual unitária T = momentos de torção internos atuantes nas barras, causados pelas forças reais L = comprimento da barra J = momento de inércia polar da seção transversal (J = pc4/2, onde c é o raio da seção transversal) G = módulo de elasticidade transversal do material e. Energia de Deformação Virtual: Temperatura Efeito: Variação uniforme de temperatura DT TempU = n α ΔT L Efeito: Diferença de temperatura ao longo da seção transversal do perfil ( L m Temp 0 αΔT U = m dx) c c dxT d m Da dx T1 T2 T1 > T2 T1 T2 c c dx dx dx c c M DTm DTm 1 2 m T T T 2 Rotação positiva d Em que: m = momento virtual interno nas barra causado pela força virtual externa unitária a = coeficiente de dilatação térmica DTm = diferença entre a temperatura média e a temperatura do topo ou base da seção da viga c = metade da altura da seção L = comprimento da barra Efeito: Diferença de temperatura ao longo da seção transversal do perfil L m Temp 0 αΔT U = m dx c Aplicações Problema 1: Determine o deslocamento horizontal no ponto C do pórtico metálico mostrado abaixo. Considere: E = 29(103) ksi, G = 12(103) ksi, I = 600 in4, e A = 80 in2 para ambos os membros. A B 4 k/ft C 8 ft 10 ft x1 x2 Solução: i. Avaliação do momento virtual m 1 1m 1x 2 2m 1.25x 1 k 8 ft 10 ft x2 x1 1 k 1.25 k 1.25 k1.25 k 1 k1 k n2 v2 n1 v1 1.25 k ii. Avaliação do momento real M 2 1 1 1M 40x 2x 2 2M 25x 8 ft 5 ft x2 25 k25 k N2 V2 N1 V1 40 k 4x1 40 k 40 k 25 k 25 k iii. Aplicação da equação do PTV Deformação de Flexão: Deformação Axial: Deformação Cisalhante: 2 3 3 3 3 b 3 2 4 mM 13666.6 k ft 12 in / ft U dx 1.357 in k EI 29 10 k / in 600 in a 2 3 2 2 3 2 nNL 1.25k 25k 120 in 1 k 0 96 in U 0.001616 in k AE 80 in 29 10 k / in 80 in 29 10 k / in 2 3 2 2 540 k ft 12 in / ft 0.00675 in k 12 10 k / in 80 in 10 8L 1 s 1 2 0 0 0 1.2 1 40 4xV 1.2 1.25 25 U K dx dx dx GA GA GA hC 1 k 1.357 in k 0.001616 in k 0.00675 in k D hC 1.37 inD Problema 2: A viga mostrada abaixo é usada num sistema estrutural sujeito a duas temperaturas diferentes. Se a temperatura do topo da seção é 80º F e a da base é 160º F, determine o deslocamento vertical no meio da viga devido a esse gradiente de temperatura. Considere: a = 6.5(10-6)/oF. 80º F 160º F 10 ft 10 in Solução: ii. Aplicação da equação do PTV Temperatura média no centro da viga: o o o m 160 +80 T = =120 F 2 i. Avaliação do momento virtual m 1 m x 2 1/2 lb 1/2 lb 1 lb 5 ft 5 ft x x x 1/2 lb v 80º F 160º F 10 ft 10 in Assim: F4080120T 0oom D aD D D v v L m C 0 60 in 6 o o C 0 T 1 lb m dx c x 6.5 10 F 40 F 1 lb 2 dx 2 5 in v C 0.0936 inD 80º F 160º F 10 ft 10 in c dxT d m Da dx T1 T2 T1 > T2 T1 T2 c c dx dx dx c c M DTm DTm 1 2 m T T T 2 Rotação positiva d
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