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ARTIGO SOBRE ABSENTEÍSMO DOCENTE -SÔNIA REGINA SENA DE SOUZA

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ESTUDO SOBRE O ABSENTEÍSMO DOCENTE DE UMA ESCOLA PÚBLICA.1 
O absenteísmo docente e suas implicações ocasionadas nas escolas públicas 
 
 
Sônia Regina Sena de Souza2 
Camila Torres Ituassu3 
 
 
RESUMO: O objetivo principal deste trabalho foi analisar o absenteísmo docente e suas 
implicações ocasionadas nas escolas públicas, causando sérios conflitos aos gestores, os quais 
buscam desenvolver um trabalho de forma democrática nas relações entre docentes e 
discentes e ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Os estudos foram 
fundamentados em uma revisão bibliográfica realizando coleta de informações acerca do 
objetivo desta pesquisa, o absenteísmo docente de uma escola pública, e seus impactos na 
gestão escolar e no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. O absenteísmo docente 
vem se tornando um problema sério nas escolas públicas, o qual se reflete diretamente na 
qualidade do serviço prestado. Ele também, apresenta causas sociais ou psíquicas, e não 
materiais. Por esse motivo, uma das melhores maneiras de combater o absenteísmo é fomentar 
as relações humanas dentro das instituições, sejam elas empresas ou escolas. 
 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: 1. Absenteísmo ; 2. Docentes ; 3. Gestão Escolar. 
 
_________________________ 
INTRODUÇÃO 
O absenteísmo docente nas escolas públicas em nosso país vem sendo alvo de 
inúmeros trabalhos acadêmicos, os quais procuram cada um em seu campo de atuação, 
colaborar para a efetivação de uma prática escolar que seja realmente democrática, de 
 
1 O objetivo deste estudo é evidenciar e demonstrar através de pesquisa bibliográfica o absenteísmo docente e 
suas implicações ocasionadas nas escolas públicas, causando sérios conflitos aos gestores, os quais buscam 
desenvolver um trabalho de forma democrática nas relações entre docentes e discentes e ao processo de ensino e 
aprendizagem dos alunos. 
2 Pedagoga e Arte Educadora, Mestra em Ciências da Educação; Especialista em Educação Inclusiva; 
Psicopedagogia; Psicologia Organizacional e do Trabalho; Gestão Escolar: Administração, Supervisão e/ou 
coordenação. Profa. Do Atendimento Educacional Especializado – SEDUC/Maracanaú-CE, Profa. Universitária 
em Cursos Presenciais e em EAD. 
3 Psicóloga, Mestre em Psicologia, Professora da UCDB, Coach, Consultora de Empresas. Orientadora do curso 
de Pós-graduação. E-mail: camilaituassu@yahoo.com.br 
 
 
2 
 
qualidade, desenvolvendo ações de responsabilidade educacional, onde todos os envolvidos 
no processo passam a ser co-responsáveis pelos resultados dos alunos. Conforme Delchiaro, 
(2009, p. 32) “o absenteísmo tem se tornado um problema sério para as organizações e 
especialmente para o serviço público, refletindo diretamente na qualidade de serviço 
prestado”. 
 
O meio de investigação deste artigo foi a pesquisa bibliográfica, adotando análise de 
diversas posições sobre o foco da pesquisa, processo fundamental via documentação direta 
Conforme Fonseca apud Gehardt e Silveira (2009: 37): 
 
A pesquisa bibliográfica é feita a partir do levantamento de referências 
teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como 
livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico 
inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador 
conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém, pesquisas 
científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando 
referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou 
conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a 
resposta (FONSECA, 2002, p. 32). 
 
Enfatizando a pesquisa bibliográfica, por considerar um meio na resolução de problemas, 
respostas ainda não levantadas, de acordo com Manzo apud Lakatos 2003, p. 182): 
 
[...] oferece meios para definir, resolver, não somente problemas já 
conhecidos, como também explorar novas áreas onde os problemas não se 
cristalizaram suficientemente" e tem por objetivo permitir ao cientista "o 
reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou manipulação de suas 
informações. 
 
Com o olhar investigativo e inserido em fontes primárias e secundárias, pode-se 
através da revisão bibliográfica, adentrar ao tema com mais rigor, apropriando-se das 
informações e proporcionando um novo olhar sobre o foco da pesquisa, pelo fato de fazer 
parte do meio educacional, havendo uma identificação com determinadas situações e cenários 
apresentados ao longo da pesquisa, mas também de enriquecê-lo com informações 
documentais e bibliográficas, conforme o objetivo da pesquisa. 
 
3 
 
O absenteísmo docente e suas implicações ocasionadas nas escolas públicas, causam 
sérios conflitos aos gestores, os quais buscam desenvolver um trabalho de forma democrática 
nas relações entre docentes e discentes e ao processo de ensino e aprendizagem dos alunos. 
 
Sendo assim, neste estudo foram abordados aspectos relacionados ao absenteísmo 
docente, como conceito, origem, características, fatores causais. Buscou-se ainda, 
embasamento teórico em autores como: Gil (2010), Luck (1998), Santos (2002), Paro (2008, 
2002 e 1997), Chiavenato (1994), Libâneo (2003), Lopes, dentre outros, de relevância para 
esta pesquisa de natureza bibliográfica. 
 
De acordo com Gesqui (2008, p.40): 
 
A escola é povoada por diferentes sujeitos com diferentes formações e com 
diferentes aspirações; a escola tem significados diferentes para alunos, 
professores, gestores e funcionários; a escola é representada por diferentes 
representações dos pais, dos moradores do bairro e do comércio onde está 
inserida. 
 
Assim, para contextualizar essa experiência, torna-se necessário ressaltar que as 
escolas públicas são de grande importância para a sociedade, as quais assumem um relevante 
papel enquanto instituição provedora de educação básica sustentadas nos pilares dos 
conhecimentos: científico, ético e sócio cultural, buscando formar crianças, jovens e adultos 
críticos reflexivos e conhecedores dos seus direitos e deveres. 
 
Neste contexto, o processo ensino-aprendizagem assume especial relevância na vida 
escolar dos alunos, uma vez que se deve configurar como uma relação dinâmica e 
dialógica,que propicia a socialização, a troca e a transformação dos conhecimentos na relação 
docente – discente e discente – discente (LOPES, 1996), favorecendo assim a apropriação dos 
conhecimentos por todos os envolvidos neste processo, e o preparo dos discentes para as 
exigências da vida em sociedade e do exercício profissional, de forma que os mesmos sejam 
capazes de refletir e tomar decisões diante das mais diversas situações. 
 
Nesta perspectiva, a função do docente está diretamente relacionada à formação desses 
futuros cidadãos, os quais necessitam da presença constante do conjunto de professores em 
exercício na escola sendo diretamente responsável pelo alcance do maior objetivo para essa 
formação, que é o ensino-aprendizagem. Mas, assegurar esse direito aos discentes tem se 
4 
 
tornado um problema constante aos gestores educacionais uma vez que a falta dos docentes 
acarreta uma sobrecarga para esses profissionais, que nem sempre conseguem interferir em 
situações das quais não tem controle, como é o caso das ausências docentes caracterizadas 
pela imprevisibilidade. 
 
Delchiaro (2009, 49) afirma que: [...] sobre as causas das ausências, ...esgotamento 
que afeta os docentes das redes estaduais e municipais... jornada de trabalho excessiva, falta 
de limite do público infanto-juvenil, transferência da educação infantil da família para sala de 
aula, baixos salários e precariedade do sistema do sistema docente. 
 
Infelizmente fatores como esses acarretam sérios prejuízos não apenas aos discentes, 
mais também ao próprio docente no desempenho de sua prática pedagógica, a qual necessita 
manter o elo constante com os discentes para não perder o vinculo, e a afetividade, valoresesses que favorecem a credibilidade, confiança e o diálogo, facilitando assim o processo de 
ensino e aprendizagem. Afirma Libâneo (2004, p. 104): 
 
A partir da interação entre os diretores, coordenadores e, professores, 
funcionários e alunos, a escola vai adquirindo, na vivência do dia a dia, 
traços culturais próprios, vai formando crenças, valores, significados, modos 
de agir, práticas. 
 
 
Nesse sentido, Lopes (1996), diz que o docente deve favorecer situações que 
estimulem a iniciativa e o diálogo entre o discente e o docente, bem como o diálogo com o 
saber acumulado historicamente e situações que despertem o interesse dos discentes na 
apropriação do conhecimento.E para que essa apropriação do conhecimento aconteça de fato, 
o docente deve buscar apoio junto aos gestores para sensibilizar os discentes através de um 
diálogo franco e aberto, sobre as causas desse absenteísmo.E ainda apresentar estratégias de 
ensino que diminuam os prejuízos no processo de ensino aprendizagem. 
 
Visto que o desafio aqui, é evidenciar e mostrar o que as ausências dos docentes têm 
ocasionado nestas escolas, as quais buscam desenvolver um trabalho de forma democrática, 
nas relações entre docentes e discentes, onde o maior objetivo da equipe gestora e 
comunidade escolar é ver que todos os alunos usufruam o seu tempo escolar com êxito. Mas, 
para que as atividades escolares sejam desenvolvidas e o processo de ensino e aprendizagem, 
5 
 
aconteça de fato e de direito se faz necessário à frequência diária dos docentes, em todas as 
turmas e disciplinas oferecidas nestas unidades de ensino durante o ano letivo. 
 
O absenteísmo docente esclarece de certa forma, os baixos resultados e rendimentos 
no aprendizado dos alunos, esse é um dos problemas que tem provocado grandes discussões 
nas reuniões dos gestores destas escolas, segundo relatos deles. A desproporção entre o que é 
ensinado nestas escolas e o padrão utilizado nas avaliações externas (ANA, PAIC, Prova 
Brasil e SPAECE) as quais são aplicadas aos alunos durante o ano letivo se devem, em parte, 
da impossibilidade dos sistemas de ensino não garantirem que os conteúdos determinados por 
série sejam devidamente desenvolvidos. E isto acontece, especificamente, devido à falta de 
professores em sala de aula. Compreende-se que o uso correto do tempo escolar pode 
apresentar melhoria nos indicadores educacionais, pois sem docentes em sala de aula, não há 
aprendizagem do conhecimento e prática real do currículo. 
 
O fato é que o não comparecimento do professor a sala de aula é visto por ele como 
um direito assegurado por lei, pois perante o disposto na Constituição Federal em seu artigo 
5º, caput, e inciso II, diz que a saúde é um direito de todos e dever do Estado com os 
cidadãos. Portanto, o professor tem o direito de se ausentar do trabalho para procurar 
tratamento médico e ainda pode justificar sua ausência com atestado e não ter seu dia de 
afastamento do local de trabalho descontado em seus vencimentos. De acordo com a Lei nº 
9.424 de 24 de dezembro de 1996 e pelo Decreto nº 2.264, de junho de 1997. Portanto, 
assegurar esses dois direitos de maneira que os envolvidos de ambas as partes não fiquem 
prejudicados tem se tornado um problema para os gestores educacionais. 
 
Frente a esse desafio proposto ao sistema educacional, fez-se necessário verificar até 
que ponto a falta dos docentes está prejudicando o processo ensino-aprendizagem dos alunos. 
E quais transtornos o absenteísmo dos docentes tem ocasionado a organização escolar? Estão 
os gestores preparados para suprir a ausência dos docentes nas salas de aula? Quais soluções 
as escolas têm encontrado para resolverem a falta dos docentes? São essas as questões que 
desejamos abordar neste estudo, procurando respaldo em autores que discutem a temática. 
 
O objeto desse estudo é o absenteísmo docente de uma escola pública, e seus impactos 
na gestão escolar e no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. Por fazer parte dessa 
comunidade escolar, senti a necessidade de conhecer os reais motivos que estão ocasionando 
6 
 
o absenteísmo dos docentes nestas escolas, averiguar como o grupo gestor se organiza diante 
da falta dos docentes em sala de aula, e quais prejuízos à falta deles podem afetar o processo 
de ensino aprendizagem dos alunos. 
 
1 Absenteísmo Docente: Fundamentação Teórica 
 
O absenteísmo docente pode ser discutido a luz de conceitos, como direitos, deveres, 
e uma multiplicidade de fatores que intervêm neste processo, exigindo abordagens teóricas 
diversificadas e análises de perspectiva multidisciplinar com feições diversas, conforme seja 
o absenteísmo docente nas escolas públicas. 
 
O absenteísmo docente vem se tornando um problema sério nas escolas públicas, o 
qual se reflete diretamente na qualidade do serviço prestado. Conforme FERREIR (1986:17), 
“a palavra absenteísmo vem do francês absentéisme, derivado do inglês absenteeism, e 
significa o hábito de não comparecer ao trabalho ou todas as ausências ao trabalho, uma vez 
que esse é regulado por leis e contratos que determinam a frequência, o dia e a hora em que o 
trabalhador deve estar presente”. Acerca do absenteísmo escolar define-se pela a ausência 
repetida ou prolongada das atividades escolares. A taxa de absenteísmo corresponde à 
percentagem obtida a partir da relação entre o número de ausências e o número de presenças, 
num determinado tempo. Esse significado abrangente, também utilizado por Chiavenato 
(1999), determina o período total de ausências em momentos que os trabalhadores deveriam 
estar trabalhando, seja por falta, atraso ou algum motivo interveniente. 
 
Atualmente no Brasil, a principal causa para o absenteísmo escolar é o estresse. A 
mais recente pesquisa realizada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em 
Educação), com apoio da UNICEF e da CNPq, e coordenadas pelo psicólogo e pesquisador 
da Fiocruz Wanderley Codo (1999) mostra a realidade que se encontram os professores no 
Brasil. Foi demonstrado que para quatro educadores um sofre de exaustão emocional e 
quase metade dos professores (48%) apresentam de algum sintoma da síndrome de Burnout, 
síndrome relacionada ao estresse laboral. O estresse já é reconhecido por organismos 
internacionais como uma enfermidade profissional e o ambiente escolar é propício para tal 
patologia. Tais patologias surgem também pelo excesso de trabalho, pois, em nossa 
sociedade atualmente o professor precisa ter outra fonte de renda correlacionada à sala de 
aula para complementar seu baixo salário, além de não ter seu trabalho devidamente 
7 
 
reconhecido. O estresse apresenta ainda outro agravante que vai além dos limites dos muros 
das escolas, que é enfrentar a dura rotina de conviver com alunos que vêm de famílias 
desestruturadas, por diversas causas como: uso de drogas e com a violência exposta na 
sociedade, sem falar na falta de interesse dos alunos para o exercício do aprender, do buscar 
o conhecimento, alunos que não têm perspectivas de futuro. Os professores também têm 
uma elevada percentagem de absenteísmo, sendo que muitos professores apresentam 
justificativa médica. 
 
Em muitas ocasiões, o absenteísmo apresenta causas sociais ou psíquicas, e não 
materiais. Por esse motivo, uma das melhores maneiras de combater o absenteísmo é fomentar 
as relações humanas dentro das instituições, sejam elas empresas ou escolas. 
 
Para Chiavenato (2000, p.191), nem sempre as causas do absenteísmo estão 
no próprio empregado, mas na organização, na supervisão deficiente, no 
empobrecimento das tarefas, na falta de motivação e estímulo, nas condições 
desagradáveis do trabalho, na precária integração e nos impactospsicológicos 
de uma direção ineficiente. 
 
 
Por ser considerado um índice interno, o absenteísmo varia de instituição para 
instituição e consequentemente diversifica também suas causas.2 As Causas Determinantes do Absenteísmo Docente 
 
Compreender as causas do absenteísmo como um fenômeno que se manifesta na 
complexidade das relações de trabalho, e das relações sociais nas quais os trabalhadores estão 
inseridos é desafiador. Portanto, os múltiplos fatores se desencadeiam – de trabalho, sociais, 
culturais, de personalidade e de doenças –, que podem contribuir para sua ocorrência. E 
mesmo “um quadro nítido de doença, pode estar coexistindo com outras variáveis causais, 
naquele momento, ignoradas” (COUTO, 1987, p.51). Contudo, o absenteísmo por doença 
constitui fator maior de incerteza e de imprevisibilidade, sendo um indicativo de problemas de 
saúde dos trabalhadores e das políticas de recursos humanos (QUICK e LAPERTOSA, 1982; 
CHIAVENATO, 1999). 
 
Buscando investigar quais são as principais causas do absenteísmo docente, chegou-se 
à conclusão que elas podem ter as mais diversas origens, que segundo (Santos, 2003), este 
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nem sempre tem sua origem no funcionário, sua origem pode ser resultado de questões da 
própria organização, tendo por influência direta problemas com a supervisão do trabalho, o 
empobrecimento das tarefas, a falta de motivação e também de estímulo, as condições 
desagradáveis de trabalho, falta de integração e gestão ineficiente. Concordando com esse 
ponto de vista, a autora acrescenta que poucos dias de ausência estão integrados, sobretudo à 
cultura organizacional e a descontentamento dos trabalhadores com as atividades que 
realizam. Já o absenteísmo de longa duração é avaliado como reflexo de condições de saúde e 
de dificuldades familiares. 
 
Seguindo essa mesma concepção, Zaponi (2009) destaca que várias situações podem 
gerar o absenteísmo, em especial o absenteísmo docente, dentre eles, as autoras ressaltam a 
forma de organização e acompanhamento do trabalho; jornada de trabalho excessiva; 
legislação inadequada; problema de relacionamento no trabalho; problemas familiares, 
problemas com alunos e com os familiares dos alunos; com a estrutura; organização e com 
comportamentos consolidados no interior da escola; entre outros, sendo que todos 
demonstram uma sobrecarga física e emocional que acomete o professor no exercício da 
docência. 
 
De acordo com os estudos de Santos (2004) e de Oliveira (2007) o absenteísmo 
docente pode ser caracterizado também pela ausência de professores da sala de aula sem 
justificativa legal explicada, em parte, pela presença de comportamentos consolidados no 
interior das escolas. Nesta situação, as escolas desenvolvem mecanismos sociais responsáveis 
por práticas e situações escolares próprias, impregnadas de um sistema de valores 
compartilhados pela comunidade escolar (professores, equipe gestora, demais servidores, 
estudantes, pais e comunidade), afetando o comportamento dos professores e da equipe 
gestora. 
 
No interior da escola, podemos mencionar: condições desfavoráveis de trabalho na 
escola, como salas de aulas com iluminação, ventilação, equipamentos e materiais 
inapropriados ou inexistentes; impactos psicológicos decorrentes de uma gestão ineficiente e 
comportamentos consistentes no interior da escola, que resultam em práticas inadequadas 
como a falta sem justificativa legal. Portanto, não basta o Estado proporcionar prédios 
escolares, livros didáticos, entre outros, cabe ele, ações responsáveis através de políticas 
9 
 
públicas que contemplem melhores condições de trabalho, conforme previsto na CF/88, na 
LDB 9394/96, no ECA, e em outros documentos legais federais, estaduais e municipais. 
 
Dessa forma, percebe-se a importância da compreensão por parte dos gestores sobre 
processo pelo qual provém o absenteísmo dos trabalhadores, e, em especial o absenteísmo 
docente. 
 
3 Reflexões acerca dos impactos e consequências do Absenteísmo Docente no processo de 
gestão escolar 
 
A temática sobre absenteísmo docente merece várias reflexões críticas sobre seus 
impactos, pois o mesmo ocasiona sérios transtornos em toda rotina escolar, tanto direta, 
quanto indiretamente, os transtornos são diversos, diminuição do processo de aprendizado dos 
alunos, desorganização das atividades, redução da qualidade do aprender, limitação de 
desempenho dos educandos e até mesmo obstáculos e/ou atrasos nas funções dos gestores. 
 
Frente a esse desafio, faz-se necessário verificar como os gestores proporcionam 
condições favoráveis para minimizar esses impactos devastadores, impossibilitando a 
aprendizagem significativa dos alunos, e ainda promover o funcionamento pleno da escola de 
forma democrática e participativa. 
 
Contudo, raramente a escola encontra um professor de imediato que ministre a mesma 
disciplina do professor titular que se ausentou. Pois, perante o disposto na Constituição 
Federal (1988) e na Constituição Estadual do Ceará (1989) a saúde é um direito de todos e 
dever do Estado com os cidadãos. Portanto, o professor tem o direito de se ausentar do 
trabalho para procurar tratamento médico. Diante de uma falta inesperada, porém, a rotina da 
escola é afetada, cabendo à gestão escolar providenciar um professor para suprir a carência do 
professor afastado, de forma que o atendimento aos alunos não tenha prejuízos quanto ao 
processo de ensino-aprendizagem, assim dispor de condições para substituir o professor no 
dia de afastamento para tratamento de saúde. 
 
Conforme a Secretária do Estado da Educação (1989), baseado na LDB, é de que o 
aluno tem direito há 200 dias letivo de aulas e 800 horas-aula e não pode ficar sem as aulas. 
Este direito do aluno não pode impedir o direito assegurado a todo e qualquer cidadão, neste 
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caso o professor, de ter tratamento de saúde. Dessa forma, é obrigação do Estado garantir as 
aulas aos alunos, colocando no lugar do professor afastado um substituto, e não exigir do 
próprio professor venha a repor as aulas por ter se ausentado por motivo de saúde. Devendo a 
gestão escolar, buscar estratégias para que os alunos não recebam aulas planejadas fora do 
contexto e com menor produção sem qualidade, e descontextualizada com os conteúdos os 
quais estão trabalhando naquele bimestre. 
 
Mesmo que o professor titular seja substituído, por outro que ministre a mesma 
disciplina, os alunos levarão um bom tempo para se adaptar a rotina de aprendizado de forma 
integral e sem prejuízos. Pois a falta do professor, diminui a interação, a socialização de 
conteúdos, interrompendo o tempo produtivo da aula, já que parte dela será utilizada para a 
adequação da dinâmica de trabalho do novo professor, sua adaptação à rotina e aos 
procedimentos da sala de aula e o estabelecimento da disciplina na classe (Capitan, 1980; 
Varlas, 2001). O aprendizado também é prejudicado pela dificuldade que os alunos têm em 
estabelecer relações afetivas e de confiança com o novo docente (Hill, 1982; Lewis, 1981, 
Skidmore, 1984). A ausência do professor pode ainda afetar a motivação dos alunos 
(Ehrenberg et. al., 1991). 
 
As consequências da falta do professor sobre o aprendizado são ainda maiores entre 
alunos mais novos ou com deficiências, já que estes são mais dependentes tanto emocional 
quanto academicamente de seus professores (Miller, 2008). 
 
Sendo assim, mesmo que o docente receba capacitação, a experiência de sala de aula e 
os métodos pedagógicos avançados sejam fundamentais para o desenvolvimento escolar dos 
alunos, “estes fatores não têm nenhum efeito num dia em que o professor está ausente” 
(Clotfelter et. alli., 2007:02). De fato, existem evidências de que o desempenho dos estudantes 
em exames de proficiência é afetado pelo absenteísmo do professor (Lewis, 1981; Beavers, 
1981; Summers e Raivetz, 1982; Manatt, 1987; Woods, 1990; Bayard, 2003), sobretudo entre 
alunos com atraso escolar, ou de baixa renda (Pitkof, 1993; Rassmussen, 2000). Além disto, 
embora as consequências do absenteísmo sobre o aprendizado dos estudantespareçam 
evidentes, não existe nenhum estudo sistemático que mostre sua relação com o progresso 
acadêmico dos alunos no Brasil, apesar de estar claro que, pelo menos o elevado número de 
faltas entre os professores é um problema de administração pública. 
 
11 
 
Por isso, Soares (2005), enfatiza que a eficácia de uma escola na aprendizagem de seus 
alunos se deve em grande parte ao professor, por seus conhecimentos, seu envolvimento e sua 
maneira de conduzir as atividades da sala de aula. Soares (2003) salienta ainda que o 
absenteísmo docente tem efeito regressivo sobre a eficiência escolar, tendo em vista, que o 
professor é o cerne do processo pedagógico. 
 
Encontrar um posicionamento coerente entre o real e o ideal tem sido objeto de estudo 
de vários educadores que discutem sucesso e fracasso escolar. Acredita-se que ações 
coletivas, precisam ser feitas o mais rápido possível para rever e mudar o cotidiano escolar 
desses docentes, onde o absenteísmo parece tão arraigado, causando sérias consequências no 
processo de ensino e aprendizagem dos alunos. 
 Diante do exposto, Assunção e Oliveira (2009) analisam a diversidade de atribuições 
exercidas pelo docente expondo que, em seu cotidiano de trabalho esse profissional está 
envolvido com diferentes atividades como a realização preparação para programas como 
Prova Brasil, PAIC, ANA, entre outras ações que envolvem a rotina dos docentes. Estas 
tarefas podem se apresentar como um acúmulo diante de outras ações relacionadas à docência 
e que também precisam ser desempenhadas diariamente por eles. Por isso, verifica-se que 
variadas tarefas são realizadas pelos docentes no processo educativo, que vão além de sua 
obrigação ou das atividades inerentes a sua função no processo de ensino e aprendizagem, 
sendo assim, questiona-se, se estas tarefas também podem estar relacionadas aos motivos que 
contribuem para o absenteísmo docente. 
 
A partir desses fatores vem à reflexão, em que consistem mesmo essas ações que 
trazem mais consequências para o absenteísmo docente? Acredita-se que o excesso de 
trabalho, indisciplina em sala de aula, salário baixo, pressão do sistema educacional, formação 
inicial deficiente, formação continuada ineficiente, violência, demanda de pais de alunos, 
bombardeio de informações, desgaste físico e, principalmente, a falta de reconhecimento de 
sua atividade seriam algumas causas do estresse, da ansiedade e da depressão que vêm 
acometendo os tantos docentes. 
 
A reflexão vai além da busca de soluções lógicas e racionais e implica intuição, 
emoção e paixão. Referindo-se ao docente, a reflexão é uma maneira de ser docente. 
 
12 
 
A prática reflexiva competente pressupõe uma situação institucional que conduz a 
uma definição de papel que valorize a reflexão e a ação coletivas orientadas a alterar 
não só as interações na sala de aula e na escola, mas também entre a escola e a 
comunidade imediata e entre a escola e as estruturas sociais mais amplas. 
(PERRENOUD, 2002, p. 103). 
A reflexão crítica é um processo social e coletivo, que estimula a autonomia do 
professor na expressão de seu poder de contribuir para a construção do seu processo de 
formação e do projeto educativo da escola, considerando as relações de seu pensamento e 
ação em contextos históricos reais e concretos. 
 
Decorrentes das várias reflexões sobre os impactos do absenteísmo docente no processo 
de ensino aprendizagem dos alunos e administração escolar levantou-se a hipótese de que o grupo 
gestor pode ser um componente amenizador desse efeito impactante, sendo necessário buscar 
auxílio que contribua na concretização desses objetivos. 
 
4 Gestão ou Administração Escolar 
O que distinguiria a compreensão de gestão ou administração escolar? O que 
caracteriza a especificidade das consequências do absenteísmo docente? Esses são os pontos 
centrais deste estudo. O que também representa um componente atenuador para os efeitos do 
absenteísmo docente, tornando-se necessário buscar diferentes concepções teóricas que 
permeiam a administração ou gestão escolar que possam contribuir na compreensão dessa 
temática. 
Luck (2000, p.16), cita que a definição de gestão está associada ao fortalecimento da 
democratização do processo pedagógico, a participação responsável de todos nas decisões 
necessárias e na sua efetivação mediante um compromisso coletivo, com resultados 
educacionais cada vez mais efetivos e significativos. 
 
Dessa forma, a gestão educacional precisa reorganizar o seu fazer a ser constituídos 
pelas e com as pessoas, revendo seus antigos conceitos de administração escolar que 
atualmente são insuficientes para gerenciar uma escola. Os termos “gestão da educação” e 
“administração da educação” são utilizados na literatura educacional ora como sinônimos, ora 
como termos distintos. Algumas vezes, gestão é apresentada como um processo dentro da 
ação administrativa, outras vezes apresenta-se como sinônimo de gerência numa conotação 
13 
 
neotecnicista dessa prática e, em muitos outros momentos, gestão aparece como uma “nova” 
alternativa para o processo político-administrativo da educação. Entende-se por gestão da 
educação o processo político-administrativo contextualizado, por meio do qual a prática social 
da educação, é organizada, orientada e viabilizada. (BORDIGNON; GRACINDO, 2001, p. 
147). 
 
Libâneo (2004) reitera, acrescentando que a organização, administração e gestão são 
termos aplicados aos processos organizacionais, com significados muitos parecidos, organizar 
significa ordenar, separar o todo em partes. Administrar é o ato de governar. Na educação, a 
expressão organização escolar está associada a administração escolar que representa os 
procedimentos e os princípios do ato de planejar o trabalho escolar. 
 
Portanto, Gestão da Escola Pública trata-se de uma maneira de organizar o 
funcionamento da escola pública quanto aos aspectos políticos, administrativos, financeiros, 
tecnológicos, culturais, artísticos e pedagógicos, com a finalidade de dar transparência às suas 
ações e atos e possibilitar à comunidade escolar e local a aquisição de conhecimentos, 
saberes, ideias e sonhos num processo de aprender, inventar, criar, dialogar, construir, 
transformar e ensinar. (DOURADO, 2003, p.24). 
 
De acordo com Libâneo (2004), a organização escolar deve favorecer e assegurar, as 
melhores condições de realização do trabalho docente por meio de uma interdependência 
entre os objetivos e a função da escola. Para isso, a gestão do trabalho escolar deve garantir 
que os meios estejam em função dos objetivos e estes sejam constituídos de forma 
democrática. Libâneo também entende que as relações se estabeleçam na escola, suas práticas, 
seus ritos, seu modo de agir, as características de seus alunos e professores são situações que 
estão marcadas pela cultura, que é a cultura da escola. 
Ponderando as diferentes definições de gestão escolar, a palavra gestão ganha um 
significado que enriquece o termo gestão escolar e confirma o que está descrito acima. Para 
Cury (2002, p.165), gestão "(...) é a geração de um novo modo de administrar uma realidade e 
é em si mesma democrática já que traduz pela comunicação, pelo desenvolvimento coletivo e 
pelo diálogo". 
14 
 
 
Como afirma Libâneo (2004, p.111), 
 
A escola se insere num contexto sócio cultural e politico mais 
amplo, cuja organização escolar considera, ao mesmo tempo, os 
valores ao que precisa ser feito, mas considera também os 
objetivos e propósitos sociais da organização escolar, dentro da 
realidade sociocultural e politica mais ampla, que requerem 
uma ação organizada, racional, uma normalidade. 
 
 
Para isso, torna-se necessário, o grupo gestor desempenhar sua função voltada para o 
principal objetivo educacional: garantir o funcionamento pleno da escola como organização 
social, com o foco na formação de alunos e promoção desua aprendizagem, mesmo diante de 
alterações organizacionais inesperadas, ocasionadas pelas consequências do absenteísmo 
docente; as quais são devastadoras, e impactam, sobretudo, no processo da gestão escolar, 
causando prejuízos incalculáveis ao ensino e aprendizagem dos alunos, além de inviabilizar o 
cumprimento de suas ações educacionais. 
 
No município o absenteísmo docente é caracterizado pela ausência de professores em 
sala de aula, sendo justificada por adoecimento dos mesmos associados com as licenças 
médicas, impactando no calendário letivo, ocasionando prejuízos no processo de ensino e 
aprendizagem dos alunos e em toda rotina pedagógica da escola. 
 
Parra (2005) relaciona extensamente a ausência do professor e as doenças como 
indicadores sobre os desgastes da saúde docente, pois as licenças médicas decorrem, em 
grande parte, de problemas referentes a stress, neurose, depressão, cordas vocais, dores 
musculares, visão e alergias. Desse modo, esses aspectos têm representado um dos grandes 
problemas para a gestão escolar. O absenteísmo docente acontece em proporções que 
impactam toda dinâmica da escola, sendo apontado como um desarticulador das relações 
educativas. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Compreende-se que, o absenteísmo apresenta causas sociais ou psíquicas, e não 
materiais. Por esse motivo, uma das melhores maneiras de combater o absenteísmo é fomentar 
as relações humanas dentro das instituições, sejam elas empresas ou escolas. 
 
O objeto do estudo o absenteísmo docente de uma escola pública, e seus impactos na 
gestão escolar e no processo de ensino e aprendizagem dos alunos. A partir da discussão 
temática verifica-se que dentre as causas podemos comparar como um fenômeno que se 
manifesta na complexidade das relações de trabalho, e das relações sociais nas quais os 
trabalhadores estão inseridos é desafiador. Portanto, os múltiplos fatores se desencadeiam – 
de trabalho, sociais, culturais, de personalidade e de doenças –, que podem contribuir para sua 
ocorrência. E mesmo “um quadro nítido de doença, pode estar coexistindo com outras 
variáveis causais, naquele momento, ignoradas” (COUTO, 1987, p.51). 
 
Contudo, o absenteísmo por doença constitui fator maior de incerteza e de 
imprevisibilidade, sendo um indicativo de problemas de saúde dos trabalhadores e das 
políticas de recursos humanos (QUICK e LAPERTOSA, 1982; CHIAVENATO, 1999). Bem 
como seus impactos segundo Soares (2003) salienta ainda que o absenteísmo docente tem 
efeito regressivo sobre a eficiência escolar, tendo em vista, que o professor é o cerne do 
processo pedagógico. 
 
Encontrar um posicionamento coerente entre o real e o ideal tem sido objeto de estudo 
de vários educadores que discutem sucesso e fracasso escolar. Acredita-se que ações 
coletivas, precisam ser feitas o mais rápido possível para rever e mudar o cotidiano escolar 
desses docentes, onde o absenteísmo parece tão arraigado, causando sérias consequências no 
processo de ensino e aprendizagem dos alunos. 
Torna-se evidente que, para minimizar e até mesmo acabar com o absenteísmo 
docente, são necessárias ações conjuntas que envolvem a gestão do trabalho escolar devendo 
garantir todos os recursos necessários para o atingimento dos objetivos propostos de cunho 
pedagógico e administrativo. A escola estimule em suas práticas, relações que aproximem 
16 
 
alunos, pais e professores e profissionais da escola construindo uma cultura de ensino e 
aprendizagem. 
 
 
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