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SP4-Até onde eu sei Neurologia

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· SP4: Até onde eu sei.
Problemas:
· Carlos André aluno de medicina- 2º ano
· Acidente ocorrido há poucos minutos
· Robson: Motociclista caído após se chocar com a lateral de um caminhão
· Carlos parou o carro e decidiu ajudar e foi logo colocando em prática o que tinha aprendido avaliando se o paciente estava consciente ou inconsciente 
· Robson não respondia e aparentava ter mais de 20 anos 
· Robson: desacordado, respirava bem e com pulsos arterias cheios
· Viatura de policia chegou e queria levar a vítima 
· Carlos não deixou e disse que não poderia movimentar a vítima porque poderia ter lesões vertebrais e sem estar com equipamentos adequados
· Carlos manteve o pescoço da vítima imóvel e Robson foi recobrando a consciência
· Robson sentia muita dor nas costas e não sentia as pernas
· Carlos manteve firme a sustentação da coluna e seguiu conversando com Robson
· Robson sentia algumas coisas na perna direita diferente de como percebe na esquerda mesmo não tendo fraturas e suas sensações corporais dele estavam alteradas
Brainstorm:
· Níveis de consciência e somestesia
· Escala de Glasgow - escalas de orientação (abertura ocular - resposta verbal - resposta motora)
· somestesia envolve dor, temperatura
· Paciente que precisa de atendimento pré hospitalar devido ao acidente (suporte a vida para chegar ao hospital)
· Como é feito esse atendimento pré-hospitalar?
· Primeiramente verifica-se consciência e inconsciência  (como faz essa avaliação?)
· Variação do pulso e respiração faz parte da avaliação do trauma? 
· Chegando no hospital tem avaliação ABCDE
→ VIAS AÉREAS
→ RESPIRAÇÃO
→ CIRCULAÇÃO
→ CONSCIÊNCIA / CAPACIDADES
→ EXAMINAÇÃO
· Frequência cardíaca e respiratória
· Não movimentar o paciente durante o atendimento → risco de lesão vertebral
· Nervos relacionados a coluna
· Possível trauma na coluna, pois, não sentia uma das pernas
· Conversar com o paciente 
· Falta de sensibilidade na perna → relação com a somestesia
· Soma: relação com o corpo / estesia: sensibilidade 
· Em um acidente devemos chamar ajuda, certificar se você pode ajudar (sua própria segurança) e sinalizar o local para evitar outros acidentes
· Quando começa o atendimento: verificar consciência do paciente, verificar pulso e respiração, e caso não ter devolutiva RCP
· regiões que controlam a consciência e a inconsciência (vias)
· Como chega a sensibilidade no sistema nervoso
· Diferentes receptores para diferentes sensibilidades
· Células que produzem impulsos que causam um estímulo em toda a pele
· Caso classificado como emergência ou urgência? (risco imediato x risco próximo)
· Dormir é estar inconsciente ou não? 
Questões:
1. Sobre consciência e inconsciência:
a. Definição:
 A consciência ou consciez é uma qualidade da mente, considerando abranger qualificações tais como subjetividade, auto consciência, senciência, sapiência, e a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente.
→ dividem consciência em consciência fenomenal, que é a experiência propriamente dita, e consciência de acesso, que é o processamento das coisas que vivenciamos durante a experiência
Consciência fenomenal é o estado de estar ciente, tal como quando dizemos "estou ciente" e consciência de acesso se refere a estar ciente de algo ou alguma coisa, tal como quando dizemos "estou ciente destas palavras". Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atributo do espírito, da mente, ou do pensamento humano.
 
→ Inconsciência é aquilo desprovido de consciência, aquele que não tem conhecimento.
Consciência plena:
Desperto, alerta, orientado em relação ao tempo, lugar e indivíduo;
Compreende a palavra falada e escrita e é capaz de expressar ideias.
Confusão mental:
Desorientado em relação ao tempo, lugar ou indivíduo;
Dificuldade de memorizar;
Dificuldade em seguir comandos.
Letargia ou sonolência:
Orientado em tempo, lugar e indivíduo;
Muito lento nos processos mentais, na atividade motora e na fala;
Responde apropriadamente à dor.
Obnubilação:
Responde verbalmente com monossílabos;
Desperta com estimulação;
Responde apropriadamente a estímulos dolosos;
Segue comandos simples;
Parece muito sonolento
Torpor:
Sem resposta, exceto a estímulos vigorosos e repetitivos;
Responde apropriadamente a estímulos dolosos;
Deitado quieto com movimentos espontâneos mínimos;
Pode vocalizar sons incompreensíveis e/ou abrir os olhos.
Coma:
Não responde apropriadamente a estímulos.
Estado semelhante ao do sono com os olhos fechados.
Não emite sons.
b. Explique sua anatomia e fisiologia:
→ As estruturas capazes de manter o indivíduo alerta ou desperto, estão localizados na formação reticular e outras estruturas entre a região pontomesencefálica e o diencéfalo (tálamo e hipotálamo), chamada de sistema ativador reticular ascendente (SARA). 
 		Lesões nestas estruturas ou que acometem os hemisférios cerebrais de forma difusa ou multifocal podem levar a alterações do nível de consciência ou até mesmo o coma.
 		Podemos dividir as possíveis causas que podem levar a alterações do nível de consciência ou coma como: alterações simétricas, não estruturais; alterações simétricas estruturais; alterações assimétricas, estruturais.
 		Entre as alterações simétricas e não estruturais (difusas) podemos incluir intoxicações (chumbo, tálio, metanol, monóxido de carbono), uso de drogas (álcool, sedativos, barbitúricos, anfetaminas), distúrbios metabólicos (hiponatremia, hipernatremia, hipoxia, hipercapnia, hipoglicemia, hiperglicemia, hipercalcemia, hipocalcemia, hipertermia, hipotermia, uremia, encefalopatia hepática e outros), infecções (meningite, encefalite), quadros psiquiátricos e outros. 
 		As alterações estruturais (focais) podem ser divididas em supratentoriais e infratentoriais. As lesões estruturais e simétricas incluem: supratentorial – oclusão bilateral da carótida interna, oclusão da artéria cerebral anterior bilateral, hemorragia subaracnóidea, hidrocefalia e infratentorial – oclusão da artéria basilar, tumor de tronco, hemorragia pontina. Entre as alterações estruturais assimétricas estão: supratentoriais – tumor unilateral hemisférico com herniação, hemorragia subdural bilateral, sangramento parenquimatoso (tálamo) e outros e infratentoriais – infarto ou hemorragia de tronco encefálico.
c. Defina como acontece a avaliação da consciência.
→ Escala de Coma de Glasgow
A qualidade da consciência de um paciente é o parâmetro mais básico e mais crítico que exige avaliação. O nível de consciência de um paciente e de resposta ao ambiente é o indicador mais sensível de disfunção do sistema nervoso.
 
A escala de coma de Glasgow foi publicada oficialmente por Teasdale e Jennet em 1974, na revista Lancet, como uma forma de se avaliar a profundidade e duração clínica de inconsciência e coma.
 
Essa escala permite ao examinador classificar objetivamente as três principais respostas do paciente ao ambiente: abertura dos olhos, verbalização e movimento. Em cada categoria, a melhor resposta recebe uma nota. O escore total máximo para uma pessoa totalmente desperta é de 15. Um escore mínimo de 3 indica um paciente completamente não responsivo. Um escore geral de 8 ou menor está associado ao coma. Essa escala não é útil como um guia de avaliação de pacientes em comas prolongados, ou durante recuperação prolongada de lesão encefálica grave.
 
	Escala de Coma de Glasgow                                      
	 
Escore
	Melhor Resposta de Abertura dos Olhos
	 
	Espontânea
	4
	Ao estímulo verbal
	3
	 Ao estímulo doloroso
	2
	Ausente
	1
	Melhor Resposta Verbal
	 
	Consciente e orientado
	5
	Confuso
	4
	 Palavras desconexas
	3
	Sons
	2
	Ausente
	1
	Melhor Resposta Motora
	 
	Obedece aos comandos
	6
	Localiza estímulos dolorosos
	5
	Retira  estímulos dolorosos
	4
	Reage com flexão anormal ( decorticação)
	3
	Reage com extensão anormal ( descerebração)
	2
	Sem resposta motora
	1
Escala de Ramsay
O escore de Ramsay é o escore que mais se aproxima do ideal esperado para uma escalade sedação: as definições são simples e intuitivas, o que garante um fácil aprendizado, pode ser aplicado à beira do leito de forma simples e rápida, e possui sensibilidade e especificidades suficientes para ser considerado padrão de referência entre os escores de sedação existentes
 
d. Descreva o ciclo sono e a vigília.
                   Estágios do sono
 	Há dois tipos de sono: o sono de movimentos rápidos dos olhos (REM) e o sono não REM (NREM), ou sono de ondas lentas. O sono REM é assim nomeado devido aos característicos movimentos dos olhos que ocorrem durante esse estágio do sono. 
 	O sono NREM é dividido em quatro estágios. 
→ Sono NREM
 	À medida que uma pessoa começa a adormecer, ela entra no estágio 1, o EEG mostra um padrão de baixa voltagem e frequência mista. O ritmo teta (4 a 7 Hz) pode ser observado nesse estágio inicial do sono de ondas lentas. Ao longo do sono NREM, há alguma atividade da musculatura esquelética, mas não ocorrem movimentos dos olhos. O estágio 2 do sono NREM é marcado pelo aparecimento de ondas sinusoidais chamadas de fusos do sono (12 a 14 Hz) e ondas bifásicas ocasionais de alta voltagem chamadas de complexos K. No estágio 3 do sono NREM, um ritmo delta de alta amplitude (0,5 a 4 Hz) domina as ondas no EEG.  É observada no estágio 4  do sono NREM A lentidão máxima do traçado com ondas de grande amplitude. Assim, a característica do sono profundo é um padrão de ondas lentas rítmicas, indicado por uma acentuada sincronização; ele é algumas vezes referido como sono de ondas lentas. Enquanto a ocorrência de ritmos teta e delta é normal durante o sono, seu aparecimento durante a vigília é sinal de disfunção cerebral.
→ Sono REM
 	As ondas lentas de alta amplitude observadas no EEG durante o sono são periodicamente substituídas por atividade rápida de baixa voltagem no EEG, que se assemelha àquelas observadas na vigília, no estado de atenção e no estágio 1 do sono. Por essa razão, o sono REM é chamado também de sono paradoxal. Entretanto, o sono não é interrompido; na verdade, o limiar para o despertar por estímulos sensoriais e pela estimulação da formação reticular é elevado. Movimentos rápidos e errantes dos olhos ocorrem durante o sono paradoxal e é por esse motivo que ele é também chamado de sono REM.
Outra característica do sono REM é a ocorrência de potenciais fásicos grandes que se originam dos neurônios colinérgicos na protuberância e passam rapidamente para o corpo geniculado lateral e a partir deste para o córtex occipital. Eles são chamados de complexos pontogenículooccipitais (PGO). O tônus dos músculos esqueléticos no pescoço é acentuadamente reduzido durante o sono REM.
 	Humanos acordados no momento em que apresentavam as características do EEG do sono REM geralmente relatam que estavam sonhando, enquanto indivíduos acordados de um sono de ondas lentas, não. Essa observação e outras evidências indicam que o sono REM e o sonho estão intimamente associados.
 	A atividade nas áreas de associação visual aumenta, mas há uma diminuição no córtex visual primário. Isto é consistente com o aumento de emoção e a operação de um sistema neural fechado seccionado das áreas que relacionam a atividade cerebral ao mundo externo.
· Distribuição dos Estágios do Sono
 	Em uma típica noite de sono, um adulto jovem entra primeiro no sono NREM, passa pelos estágios 1 e 2 e permanece de 70 a 100 min nos estágios 3 e 4. 
O sono então fica mais leve e se segue um período REM. Este ciclo é repetido em intervalos de cerca de 90 min durante a noite. Os ciclos são semelhantes, embora haja menos estágios do sono 3 e 4 e mais sono REM com a proximidade da manhã. 
Assim, quatro a seis períodos de sono REM ocorrem por noite. O sono REM ocupa 80% do tempo total do sono em recém-nascidos prematuros e 50% em recém-nascidos a termo. Portanto, a proporção de sono REM cai rapidamente e permanece estabilizada em cerca de 25%, até cair para cerca de 20% em idosos. Crianças têm mais tempo total de sono (8 a 10 h) quando comparadas com a maioria dos adultos (cerca de 6 h).
· Mecanismos neuroquímicos de sono e vigília
 		Transições entre o sono e a vigília evidenciam um ritmo circadiano que consiste em uma média de 6 a 8h de sono e 16 a 18h de vigília. 
 		Núcleos tanto no tronco encefálico quanto no hipotálamo são críticos para as transições entre esses estados de consciência. A a estimulação de alta frequência da formação reticular do mesencéfalo (o SAR) produz a resposta de alerta no EEG e desperta um animal dormindo. Lesões dessa área levam a um estado comatoso. A estimulação elétrica do hipotálamo posterior também produz despertar semelhante ao provocado pela estimulação do mesencéfalo, enquanto a estimulação elétrica do hipotálamo anterior e da região do prosencéfalo basal adjacente induz o sono.
 		Como descrito anteriormente, o SAR do tronco encefálico é composto por vários grupos de neurônios que liberam no radrenalina, serotonina ou acetilcolina. No caso dos neurônios do prosencéfalo envolvidos no controle de ciclos de sono-vigília, os neurônios préópticos no hipotálamo liberam GABA e os neurônios do hipotálamo posterior liberam histamina.
 	 Uma teoria sobre a base das transições do sono para a vigília envolve a alternância de atividade recíproca de diferentes grupos de neurônios do SAR. Nesse modelo (Figura 14–11), a vigília e o sono REM estão em extremos opostos. Quando a atividade dos neurônios que contêm noradrenalina e serotonia (locus ceruleus e núcleos da rafe) é dominante, há uma redução no nível de atividade dos neurônios que contêm acetilcolina na formação reticular pontina. Esse padrão de atividade contribui para o aparecimento do estado de vigília. 
 	O reverso desse padrão leva ao sono REM. Quando há um maior equilíbrio na atividade dos neurônios aminérgicos e colinérgicos, o sono NREM ocorre. A orexina liberada pelos neurônios hipotalâmicos pode regular as mudanças na atividade nesses neurônios do tronco encefálico.
 	 	Além disso, uma liberação aumentada de GABA e uma liberação reduzida de histamina aumentam a probabilidade de sono NREM por meio da desativação do tálamo e córtex. A vigília ocorre quando a liberação de GABA é reduzida e a liberação de histamina é aumentada.
 pg: 279, Cap: 14 Fisiologia médica Ganong. 
0. Explique a anatomia e a fisiologia do tato. (receptores - nervos - neurotransmissores - vias - sensibilidade somática - nervos - coluna).
→ pg: 167, Cap: 8 
· O trato da esquerda levará informação do tato,sensibilidade vibratória e propriocepção.
· O trato da direita leva informação da dor e temperatura.
· Vias Sensoriais
A informação sensorial somática do corpo sobe para a área somatossensorial primária por meio de duas vias sensoriais somáticas principais: (1) a via coluna posterior- lemnisco medial e (2) a via anterolateral (espinotalâmica). 
 		Em compensação, os impulsos nervosos que provocam contração dos músculos esqueléticos descem ao longo de muitas vias, que se originam principalmente na área motora primária do cérebro e no tronco encefálico.
  		As vias sensoriais somáticas retransmitem a informação dos receptores sensoriais somáticos para a área somatossensorial primária, no córtex cerebral. As vias consistem em milhares de conjuntos de três neurônios (Fig. 10.14). 
 		Os impulsos nervosos para toque, pressão, vibração e propriocepção consciente (consciência da posição de partes do corpo) sobem para o córtex cerebral pela via coluna posterior-lemnisco medial (Fig. 10.14a). O nome da via vem dos nomes dos dois tratos de substância branca que transmitem os impulsos: a coluna posterior da medula espinal e o lemnisco medial do tronco encefálico. A via anterolateral ou espinotalâmica começa como um trato de substância branca, conhecido como trato espinotalâmico (Fig.10.14b). Esse trato retransmite impulsos de dor, temperatura, prurido e cócega
R E C E P T O R E S .
Sensações táteis
 		As sensações táteis incluem tato, pressão, vibração, prurido e cócegas. Embora percebamos as diferenças entre essas sensações, se originam pela ativação de alguns dos mesmos tipos de receptores. 
 		Vários tipos de mecanorreceptores encapsulados detectam as sensações de tato, pressão e vibração. Outras sensações táteis, como sensação de cócegas e prurido, são detectadas por terminações nervosas livres. 
 		Receptores táteis na pele ou na tela subcutânea incluem corpúsculos táteis, plexos da raiz do pelo, mecanorreceptores cutâneos tipos I e II, corpúsculos lamelados e terminações nervosas livres.
· Tato
 	As sensações de tato geralmente resultam da estimulação de receptores táteis na pele ou na tela subcutânea. 
 	Existem dois tipos de receptores de tato de adaptação rápida.  
 	Corpúsculos táteis (corpúsculos de Meissner) são receptores sensíveis ao toque localizados nas papilas dérmicas da pele sem pelos. 
 	Cada corpúsculo é uma massa oval de dendritos envolvida por uma cápsula de tecido conectivo. São abundantes nas extremidades dos dedos, mãos, pál- pebras, ápice da língua, lábios, papilas mamárias, plantas dos pés, clitóris e glande do pênis. 
 	Os plexos das raízes pilosas são encontrados na pele com pelos; consistem em terminações nervosas livres enroladas em torno dos folículos pilosos. Os plexos das raízes pilosas detectam movimentos na superfície da pele que perturbam os pelos. Por exemplo, um inseto pousando sobre o pelo provoca movimento do corpo do pelo, que estimula as terminações livres.
 	 	Existem, também, dois tipos de receptores táteis de adaptação lenta. Mecanorreceptores cutâneos tipo I, também conhecidos como discos táteis (discos de Merkel), são terminações nervosas livres achatadas discoides, que fazem contato com as células epiteliais táteis (células de Merkel) do estrato basal. Esses receptores táteis são abundantes nas extremidades dos dedos, mãos, lábios e órgãos genitais externos. 
 	Mecanorreceptores cutâneos tipo II (corpúsculos de Ruffini) são receptores encapsulados, alongados, localizados profundamente na derme, e em ligamentos e tendões. Presentes nas mãos e abundantes nas plantas dos pés, são mais sensíveis ao estiramento que ocorre quando os dedos ou os membros são movidos.
· Pressão
 		Pressão é uma sensação contínua experimentada sobre uma área maior do que a do tato, ocorrendo com a deformação dos tecidos mais profundos. Receptores que contribuem para as sensações de pressão incluem corpúsculos táteis, mecanorreceptores cutâneos tipo I e corpúsculos lamelados. 
 		O corpúsculo lamelado (de Pacin) é uma grande estrutura oval composta por uma cápsula de tecido conectivo multilaminado que envolve um dendrito. Assim como os corpúsculos táteis, os corpúsculos lamelados se adapam rapidamente. São bem distribuídos no corpo: na derme e tela subcutânea; nos tecidos subjacentes às túnicas mucosas e serosas; em torno das articulações, dos tendões e dos músculos; no periósteo; e nas glândulas mamárias, nos órgãos genitais externos e em determinadas vísceras, como o pâncreas e a bexiga urinária.
· Vibração
 		As sensações de vibração resultam de sinais sensoriais, repetidos rapidamente a partir dos receptores táteis. Os receptores para as sensações de vibração são os corpúsculos táteis e os corpúsculos lamelados. Os corpúsculos táteis detectam vibrações de frequência mais baixa, e os corpúsculos lamelados, vibrações de frequência mais alta.
· Prurido e cócegas
  		A sensação de prurido resulta da estimulação de terminações nervosas livres por determinadas substâncias químicas, como a bradicinina, frequentemente, em virtude de uma resposta inflamatória local. Acredita-se que terminações nervosas livres medeiem a sensação de cócegas. Essa intrigante sensação se origina apenas quando alguém o toca, mas não quando você toca a si mesmo.
Sensações térmicas
 		Termorreceptores são terminações nervosas livres. Duas sensações térmicas distintas – frio e calor – são mediadas por receptores diferentes. Os receptores de frio, localiza dos na epiderme, são estimulados em temperaturas entre 10 e 40 °C. 
 		Os receptores de calor estão localizados na derme e são mais ativos em temperaturas entre 32 e 48 °C. Os receptores para calor e frio se adaptam rapidamente no início do estímulo, mas continuam a gerar impulsos nervosos mais
Sensações de dor
 		Os receptores sensoriais para dor, chamados nociceptores, são terminações nervosas livres. 
 		Os nociceptores são encontrados em praticamente todos os tecidos do corpo, exceto no encéfalo, e respondem a vários tipos de estímulos. 
 		A estimulação excessiva dos receptores sensoriais, o estiramento excessivo de uma estrutura, as contrações musculares prolongadas, o fluxo sanguíneo inadequado para um órgão ou a presença de determinadas substâncias químicas produzem a sensação de dor. 
 		A dor pode persistir mesmo após a remoção do estímulo produtor, porque as substâncias químicas que provocam dor permanecem, e porque os nociceptores exibem pouquíssima adaptação.
 		Existem dois tipos de dor: rápida e lenta. A percepção da dor rápida ocorre muito rapidamente, em geral dentro de 0,1 segundo após a aplicação do estímulo. Esse tipo de dor é conhecido como dor aguda, dor cortante ou ferroada. A dor sentida após uma picada de agulha ou um corte de faca na pele são exemplos de dor rápida. A dor rápida não é sentida nos tecidos mais profundos do corpo. 
 		A percepção da dor lenta começa 1 segundo ou mais após o estímulo ser aplicado, aumentando gradualmente em intensidade por um período de vários segundos ou minutos. Esse tipo de dor, que pode ser excruciante, é também referido como dor crônica, ardente, contínua ou latejante. A dor lenta ocorre na pele e tecidos mais profundos ou órgãos internos. Um exemplo é a dor associada com a dor de dente.
Sensações proprioceptivas
 		Sensações proprioceptivas nos permitem saber onde a cabeça e os membros estão localizados e como estão se movendo, mesmo se não estamos olhando para eles, de modo que podemos caminhar, digitar ou nos vestir sem usar os olhos. Cinestesia é a percepção dos movimentos do corpo. 
 		As sensações proprioceptivas se originam nos receptores denominados proprioceptores. Os proprioceptores estão localizados nos músculos esqueléticos (fusos musculares), nos tendões (órgãos tendíneos), nas articulações sinoviais e em torno delas (receptores cinestésicos articulares), e na orelha interna (células ciliadas). 
 		Aqueles proprioceptores engastados nos músculos, tendões e articulações sinoviais nos informam o grau de contração dos músculos, a quantidade de tensão nos tendões e as posições das articulações. As células ciliadas da orelha interna monitorizam a orientação da cabeça em relação ao solo e a posição da cabeça durante os movimentos. 
 		Sensações proprioceptivas também nos permitem estimar o peso dos objetos e determinar o esforço muscular necessário para executar uma tarefa. Por exemplo, quando erguemos um objeto, percebemos rapidamente o seu peso e, em seguida, exercemos a quantidade correta de esforço necessário para levantá-lo.
 		Os impulsos nervosos para a propriocepção consciente passam ao longo dos tratos sensoriais, na medula espinal e no tronco encefálico, e são retransmitidos para a área somatossensorial primária (giro pós-central) no lobo parietal do córtex cerebral (ver Fig. 10.13). 
 		Os impulsos proprioceptivos também passam para o cerebelo, no qual contribuem para a função do cerebelo na coordenação dos movimentos especializados. Como os proprioceptores se adaptam lentamente e apenas levemente, o encéfalo recebe,de modo contínuo, impulsos nervosos relacionados à posição das diferentes partes do corpo e faz os ajustes para assegurar a coordenação.
R E C E P T O R E S .
	RECEPTORES DE SUPERFÍCIE
	SENSAÇÃO PERCEBIDA
	Receptores de Krause: 
	Frio
	Receptores de Ruffini: 
	Calor
	Discos de Merkel: 
	Tato e pressão
	Receptores de Vater-Pacini: 
	Pressão
	Receptores de Meissner: 
	Tato
	Terminações nervosas livres: 
	Principalmente dor
0. Como ocorre os atendimentos pré-hospitalares/ primeiros socorros? (escala de Glasgow, avaliação do trauma - ABCDE) 
Atendimento pré-hospitalar fixo
O atendimento pré-hospitalar fixo é aquele realizado por estabelecimentos de saúde de menor complexidade e visa promover uma primeira assistência até que o paciente possa ser transferido para um nível mais alto.
O paciente com quadros agudos de natureza clínica, traumática ou psicológica é atendimento em uma unidade básica de saúde por profissionais da área médica até que possa ter referenciado para um pronto-atendimento.
Atendimento pré-hospitalar móvel
O maior exemplo do atendimento pré-hospitalar móvel é o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), mas inclui também o corpo de bombeiros e outros serviços de urgência móveis de empresas particulares. 
Nesse caso, são utilizados veículos especializados para chegar mais rapidamente à vítima após o acontecimento de algum agravo à saúde.
Após chegar até o local da vítima, os profissionais de saúde prestam os primeiros cuidados essenciais à manutenção da vida e estabilização do paciente. 
Posteriormente, o paciente é transportado no veículo para algum serviço de saúde que disponha das tecnologias que serão necessárias para a continuidade de seu cuidado.
Os veículos do atendimento pré-hospitalar móvel também são usados para o transporte de um paciente de nível de atenção mais básico para outro mais complexo, como no caso do atendimento pré-hospitalar fixo.
Primeiros socorros
Os primeiros socorros são um conjunto de procedimentos de urgência que são realizados em vítimas de acidentes ou agravos à saúde, de origem clínica ou traumática. O principal objetivo dos primeiros socorros é o de manter estáveis os sinais vitais do paciente até que um atendimento especializado chegue e a assistência à saúde possa ser continuada de maneira mais específica.
Isso significa que, para atuar nos primeiros socorros, a pessoa não precisa ser profissional da saúde. Ela precisa apenas ter um treinamento específico.
Os cuidados de primeiros socorros são acionados quando a própria vítima não pode cuidar de si. A partir daí, uma pessoa devidamente treinada pode começar os procedimentos necessários, enquanto outra entra com um serviço de urgência. Dessa maneira, os primeiros socorros acontecem antes do atendimento pré-hospitalar (que será prestado por profissionais especializados).
A de airway (ou via aérea)
Vias aéreas e controle da coluna cervical. Nessa primeira fase do atendimento, deve checar se o paciente está com as vias aéreas desobstruídas. É importante verificar se não há corpos estranhos impedindo a respiração, fraturas de face ou qualquer lesão na coluna cervical. Todo o processo deve ser tátil, verificando sinais de edemas ou sangramentos e observando se a vítima não emite qualquer som durante a respiração, tosse ou apresenta alguma agitação. Garantida a permeabilização, o colar cervical deve ser colocado.
B de breathing (ou respiração)
Respiração e ventilação. Depois de garantir a permeabilidade das vias respiratórias, é preciso aferir se o cidadão está, de fato, respirando bem. Nesse ponto, é necessário observar os movimentos do tórax, fazer auscultas a fim de eliminar qualquer lesão torácica e, se necessário, utilizar métodos de ventilação mecânica para restabelecer a função.
C de circulation (ou circulação)
Circulação com controle de hemorragia. Após os primeiros procedimentos, é preciso impedir que a vítima entre em quadros como a hipovolemia (diminuição anormal do volume do sangue de um indivíduo), que podem trazer como consequência o choque hemorrágico. Assim, apalpar, verificar o dorso e identificar de onde surgiu a hemorragia é o primeiro passo para sua contenção. Impedir que o cidadão continue perdendo sangue durante o atendimento pode ser decisivo para que o óbito não aconteça. Nessa etapa também são aferidos o nível de consciência, a coloração da pele, a frequência e a amplitude do pulso, a perfusão periférica, a pressão arterial e do pulso, ainda notando se há sudorese.
D de disability ou (ou incapacidade)
Exame neurológico sumário. Uma avaliação primária do nível de consciência da vítima deve ser determinada no momento do primeiro atendimento para que, depois, seja encaminhada e classificada pela Escala de Glasgow. A primeira verificação deve ser feita pelo método AVDI: Alerta, resposta a estímulo Verbal, resposta a estímulo Doloroso ou inconsciente aos estímulos. Depois da primeira classificação, o paciente deve passar por um novo teste ao chegar na unidade de atendimento.
Um parâmetro para se medir e avaliar o nível de consciência da vítima chamado
 A.V.D.I ( Alerta, Voz, Dor e Inconsciência).
ALERTA- Quando a pessoa que presta o socorro nota que, ao tocar a vítima, esta reage de uma forma instantânea e espontânea ao sinal do socorrista, numa situação de trauma ou clínica, esta se encontra na fase de alerta, ou fase A. Isto significa que a vítima ainda tem em suas funções corporais e atividade neurológica ativas, ou seja, o cérebro que sob risco, ainda está sendo suprido de oxigênio e funcionando.
VOZ- Nota-se que, quando a vítima passa a não responder a estímulos sonoros, como por exemplo ser chamada pelo nome, esta encontra-se na fase V, ou seja, está num processo de perda de consciência, uma vez que a audição é um dos últimos sentidos a se perder antes do cérebro ficar inconsciente.
DOR- Não havendo resposta aos estímulos sonoros, a vítima tem de ser submetida ao teste da chamada fase D, isto é para perceber se a pessoa ainda sente dores, o que indicaria um leve estado de consciência, o socorrista realiza um movimento com uma das mãos fechadas friccionando-a na região da junção de seus dedos, na região central do tórax da vítima. Esta, por sua vez, tentando inibir o movimento do socorrista ou mesmo gesticulando ou demonstrando com expressões faciais que o friccionar de seu tórax a incomoda, indica que ainda sente dores. Caso não haja nenhum tipo de reação da vítima ao estímulo, deve-se considerar a etapa seguinte.
INCONSCIÊNCIA- Nessa fase, a pessoa vitimada encontra-se totalmente inconsciente, ou seja, não está havendo atividade cerebral em seu organismo, Percebendo a inconsciência quando ela não reagiu a nenhum dos três estímulos anteriores (alerta, voz e dor), o que é muito preocupante, uma vez que o cérebro começa a ter danos irreversíveis a partir de 6 minutos sem receber oxigênio.
E de exposure (ou exposição)
Exposição com controle da hipotermia. Para identificar fraturas e hemorragias, a vítima deve ser despida. Para facilitar o trabalho e impedir novos traumas, corta-se a roupa. Nesse procedimento, é comum que a temperatura do corpo baixe, deixando os cidadãos mais suscetíveis à hipotermia. Com isso, outros problemas podem surgir. Assim, antes da remoção da vítima para o atendimento, é preciso garantir que sua temperatura esteja estável. Por isso, é preciso ter mantas térmicas sempre à mão.
0. Qual a diferença entre urgência e emergência? (tempos de atendimento - direcionamento a UBS ou hospitalar)
Cabide
Diferença entre trato fino e grosseiro
 	A somestesia (do latim, soma, corpo e aesthesia, sensibilidade) é uma modalidade sensorial que permite às pessoas receberem informações sobre as partes de seus corpos. 
 	Ela é composta de submodalidades, sendo as principais o tato, a propriocepção (também denominada como cinestesia, é a capacidade de reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais, sem utilizar a visão), a termossensibilidadee a dor. 
 	Estas modalidades de sensação estão divididas em dois sistemas, o sistema epicrítico e o sistema protopático. 
 	O sistema epicrítico é responsável pela percepção do tato fino, da propriocepção consciente, propiciando uma somatotopia precisa, com campos receptores pequenos e unimodais, formados principalmente por mecanorreceptores ligados a fibras periféricas Ia, Ib e Aβ, ligando-se a neurônios de segunda ordem nos núcleos da coluna dorsal e núcleo principal do trigêmeo, utilizando feixes da coluna dorsal. 
 	O sistema protopático é responsável pelo tato grosseiro, a termossensibilidade e a dor, com campos receptores grandes e polimodais, formados principalmente por mecanorreceptores, termorreceptores e quimiorreceptores, ligados a fibras Aδ e C, ligando-se a neurônios de segunda ordem nos cornos dorsais e núcleo espinal do trigêmeo, utilizando feixes da coluna ântero-lateral. 
 
As extremidades receptoras dos sistemas epicrítico e protopático, onde os receptores sensoriais se localizam, são responsáveis pela transdução dos diferentes tipos estímulos em potenciais de ação. 
 
Tato Epicrítico: Também chamado tato discriminativo. Permite localizar e descrever as características táteis de um objeto. Testa-se tocando a pele simultaneamente com as duas pontas de um compasso e verificando-se a maior distância entre dois pontos tocados que é percebido como se fosse um só (discriminação de dois pontos). Segue a via ascendente do funículo posterior da medula.  
Tato Protopático: Permite apenas de maneira grosseira a localização da fonte do estímulo tátil. Percebe estímulos de pressão e tato leve. Segue a via ascendente do funículo anterior da medula.

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