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SP1- Vida sem gosto Neurologia

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Tutoria Sara UCT VIII
SP1: Vida sem gosto
Palavras desconhecidas/ PROBLEMAS:
· Anderson → 55 anos (tabagista de 2 maços por dia durante 25 anos → Carga tabágica = quantidade de maços x anos fumando)
· Carga tabágica de Anderson = 2x 25 = 50 anos/ maço
· Parou faz 1 ano de fumar
· Nódulo região do pescoço → biópsia indicou carcinoma medular de tireoide
· Cirurgia, radioterapia e quimioterapia
· INCAM→ doença sob controle, principais queixas são redução de percepção do gosto e do odor
· Antes da lesão já notava tais perdas e associava ao tabagismo
· aversão de alimentação
· Quimioterapia e radioterapia resultaram em xerostomia (produção baixa de saliva / ostomia = “boca” xeros = ”seco”)
· Queixava-se de gosto metálicos
· Houve hipogeusia (geusia = paladar) e hiposmia (osmia = olfato hipo = baixo) (redução de gosto e odor)
· Bioeletrogênese 
· Pacientes com câncer podem levar a perda de paladar e olfato devido a quimioterapia e radioterapia 
· Anderson → falta de alimentação adequada e encontra-se desnutrido
· Recomendado alimentos proteicos, bem condimentados e baixa temperatura
· Uso de gomas de mascar e preservação de uma boa higiene oral para uma melhor qualidade de vida
BRAINSTORM
· Grande uso de cigarro durante muitos anos → Quais consequências de tal uso? Câncer - pulmão comprometido 
· Redução de sabores relacionados com a interação com a nicotina no organismo
· Nicotina também traz lesões na boca e nas papilas gustativas (gosto metálico)
· 1 maço = 20 cigarros
· Tecido Epitelial danificado → metaplasia
· Comprometimento cardíaco
· Fumo excessivo compromete cordas vocais 
· Apesar dos males do tabagismo o indivíduo não consegue abandonar devido ao vício
· Gosto metálico (parageusia/ disgeusia) → pode estar relacionado com anemia
· Carcinoma medular de Tireóide→ Tumor maligno na medula da tireoide 
· Existem vários tipos de câncer na tireoide (variando em quais células ocorrem, sua gravidade, tratamento, faixa etária...)
· Quando acontece a retirada da tireoide o que acontece? Nem sempre se faz total retirada (ressecção) - e quando ocorre a retirada faz introdução de hormônio levotiroxina
· Porque é necessário fazer radioterapia e quimioterapia?
· Radioterapia é quando o tumor está localizada apenas em um determinado órgão
· Quimioterapia é quando o tumor já se encontra em diferentes lugares 
· Tabagismo leva à rouquidão devido ao excesso de muco
· Aversão aos alimentos por causa da hipogeusia e hiposmia
· Desnutrição, pois, não sente sabor e cheiro dos alimentos e também está relacionado ao tratamento de quimio/ radioterapia
· Alimentos com redução de temperatura devido a cirurgia feita, para não ocorrer sangramentos e não prejudicar a tireoide 
· Goma de mascar é para aumentar quantidade de saliva e melhorar o gosto que ele sente na boca e aumenta a vontade de se alimentar (hormônios e suco gástrico)
· Nervos realizam a percepção do paladar
· Fisiologia do paladar e do olfato
· Anatomia do nariz - boca 
· Glândulas salivares → fisiologia da produção de saliva
· Papilas gustativas são distribuídas de maneira uniforme? Existem regiões de sensibilidade diversas? (doce - salgado - azedo - amargo)
· Inervação da língua
· Integração paladar com olfato
· Sentidos trabalham em conjunto
· Memória/ lembranças de cheiros e sabores aumentam a salivação
· SNC simpático e parassimpático na produção de saliva
· Relação social é prejudicada devido às faltas de olfato e paladar
· A alimentação possui impacto direto nas relações biopsicossociais  
· Boca possui sua própria microbiota
· Existe saliva e lágrimas artificiais
**Referências: Harrison e neuro clínica**
QUESTÕES:
1. Descreva a fisiologia e anatomia: (receptores - neurotransmissores - nervos - epitélio próprio -  papilas - microbiota - bioeletrogênese)
Bioeletrogênese: É a formação de um potencial elétrico ou da diferença de potenciais em um sistema biológico. É uma área da fisiologia que estuda os potenciais elétricos gerados nas células.
http://bio-neuro-psicologia.usuarios.rdc.puc-rio.br/bioeletrog%C3%AAnese-e-sinapse.html
Impulso nervoso: É a sequência de despolarização que percorre a membrana do neurônio no sentido: dendrito à corpo celular à axônio.
O primeiro passo para o controle neurológico é a geração de uma corrente elétrica (potencial de ação), que ocorre na junção do corpo celular com o axônio (região denominada cone de implantação), percorrendo o axônio do neurônio até chegar ao terminal sináptico, onde a informação elétrica é convertida em química e ocorre a liberação de um neurotransmissor, o qual finalmente irá regular a célula alvo.
O requisito para a geração do potencial de ação é a presença de diferença de carga elétrica nas células.
Potencial elétrico: É a capacidade que um corpo energizado tem de realizar trabalho, ou seja, atrair ou repelir outras cargas elétricas → estoque de energia. → unidirecional → auto regenerativo.
Despolarização (fase ascendente)
→ Abrem-se canais de Na+ e K+ dependentes de voltagem, permitindo entrada de sódio e saída de potássio da célula.
→ Os canais de Na+ abrem-se mais rapidamente do que os de K+
→ Quanto mais sódio passa pelo canal, mais permeável a esse íon se torna a membrana.
 → A corrente despolarizante de Na+ torna-se muito maior que a de K+ (fase de ultrapassagem).
→ O nível crítico de despolarização que deve ser alcançado a fim de disparar um potencial de ação é chamado limiar de ação, que é a carga necessária para que a célula execute sua função. Por essa razão, diz-se que os potenciais de ação obedecem a “lei do tudo ou nada” (a célula não consegue entrar em ação se não atingir esse valor de potencial).
→  Quando a célula atinge o limiar de ação a polaridade se inverte.
 Repolarização (fase descendente)
→ Os canais de Na+ tornam-se inativos, não respondendo a um novo estímulo, podendo ser novamente estimulados após a membrana estiver totalmente repolarizada.
POTENCIAL DE REPOUSO: O potencial de repouso neuronal vale -70 mV (considerando negativo o meio intracelular). Esse valor é fundamental para a geração do potencial de ação.
É a diferença na concentração interna e externa dos íons Na+ e K+ é a principal responsável pela manutenção do potencial de repouso nos neurônios.
Íons sódio: Concentração maior no meio extracelular. Tendem a entrar no axônio pelos canais de extravasamento do sódio. Ao entrar pelos os canais, contribui para que o interior da membrana tenha uma carga de +61 mV e gera gradiente elétrico que tende a atrair sódio de volta para o lado externo.
Íons potássio: Concentração maior no meio intracelular. Tende a sair da célula pelos canais de extravasamento de potássio. À medida que o potássio sai da célula tende a atrair cargas negativas para o meio intracelular, gerando gradiente elétrico que puxa o potássio de volta para o lado interno. O valor resultante dessas forças é -94 mV.
Bomba de sódio e potássio (bomba eletrogênica) = ocorre em todas as membranas celulares do corpo e transporta continuamente 3 íons sódio para fora da célula e 2 íons potássio para dentro da célula, deixando um déficit de íons positivos na parte intracelular, o que gera negatividade nesse meio.
O valor de potencial de repouso (-70 mV) é mais próximo do valor de potencial do potássio (-94 mV) do que do sódio (+61 mV). Isso ocorre porque os canais de extravasamento sódio-potássio são muito mais permeável ao potássio do que ao sódio (cerca de 100 vezes mais).
Hiperpolarização: É a diferença de potencial da célula atinge potencial mais baixo que o de repouso. Ocorre pela permeabilidade ainda mais aumentada dos íons potássio e devido ao influxo de íons cloreto.
DDP (diferença de potencial elétrico) → desequilíbrio elétrico entre o LEC e o LIC.     	            	-K+ alta permeabilidade.
            	-Na+  baixa permeabilidade.
O potencial de repouso das células é determinado primeiramente pelo gradiente de concentração de K+.
Olfato: habilidade de reconhecer e disseminar moléculas de ar com grande precisão
Gustação: habilidade de identificar sabores dos alimentos
Sabor: Cada comidaativa uma diferente combinação de sabores básicos, ajudando a torná-la única. Muitas comidas têm um sabor distinto como resultado da soma de seu gosto e cheiro, percebidos simultaneamente. Além disso, outras modalidades sensoriais também contribuem com a experiência gustativa, como a textura e a temperatura dos alimentos. A sensação de dor também é essencial para sentirmos o sabor picante e estimulante das comidas apimentadas.
a. Olfato (nervo olfativo, células olfativas)
→ Estrutura do epitélio olfatório:
O epitélio olfatório ocupa a porção superior da cavidade nasal e consiste em três tipos de células: células receptoras olfatórias, células de sustentação e células basais.
 	As células receptoras olfatórias são os neurônios de primeira ordem da via olfatória. 
 	Cada célula receptora olfatória é um neurônio bipolar, com um dendrito em forma de botão exposto e um axônio projetado que se estende pela lâmina cribriforme, que termina no bulbo olfatório. 
 	Estendendo-se desde o dendrito de uma célula receptora olfatória, estão vários cílios olfatórios não móveis, que são os locais nos quais as respostas olfatórias são geradas. 
 	Dentro das membranas plasmáticas dos cílios olfatórios estão os receptores olfatórios, que detectam produtos químicos inalados. Os produtos químicos que têm um odor que se liga e estimula os receptores olfatórios nos cílios olfatórios são chamados odorantes.
 	As células receptoras olfatórias respondem à estimulação química de uma molécula aromática por meio da produção de uma resposta olfatória.
Células de sustentação são células epiteliais colunares da túnica mucosa que reveste o nariz. 
Fornecem sustentação física, nutrição e isolamento elétrico para os receptores olfatórios e ajudam a desintoxicar as substâncias químicas que entram em contato com o epitélio olfatório. 
As células basais são células-tronco localizadas entre as bases das células de sustentação. Sofrem continuamente divisão celular para produzir novas células receptoras olfatórias, que vivem por apenas um mês ou mais antes de serem substituídas. 
Esse processo é notável, considerando que as células receptoras olfatórias são neurônios e, como já aprendemos neurônios maduros geralmente não são substituídos.
Dentro do tecido conectivo que suporta o epitélio olfatório estão as glândulas olfatórias, que produzem o muco transportado para a superfície do epitélio por meio dos ductos. A secreção umedece a superfície do epitélio olfatório e serve como um solvente para odorantes inalados.
→ Via olfatória:
Em cada lado do nariz, aproximadamente 40 feixes de axônios amielínicos mais finos das células receptoras olfatórias se estendem por aproximadamente 20 forames na lâmina cribriforme do etmoide. 
 	Esses feixes de axônios, coletivamente, formam os nervos olfatórios (I) direito e esquerdo. Os nervos olfatórios terminam no encéfalo, em massas pareadas de substância cinzenta, chamadas bulbos olfatórios, localizadas abaixo dos lobos frontais do cérebro. 
Dentro dos bulbos olfatórios, os terminais axônicos das células receptoras olfatórias – os neurônios de primeira ordem – formam sinapses com os dendritos e corpos celulares dos neurônios de segunda ordem na via olfatória.
 	Os axônios dos neurônios que se estendem desde o bulbo olfatório, formam o trato olfatório. 
Alguns axônios do trato olfatório se projetam em direção à área olfatória primária, no lobo temporal do córtex cerebral, no qual começa a percepção consciente do odor. 
Outros axônios do trato olfatório se projetam em direção ao sistema límbico e hipotálamo; estas conexões são responsáveis pelas nossas respostas emocionais e memórias despertadas por odores. Exemplos incluem excitação sexual ao sentirmos um determinado perfume ou náusea ao sentirmos o cheiro de um alimento que certa vez nos fez passar muito mal.
É responsável pela transdução de moléculas químicas do exterior em odor. A sensibilidade de odores é importante tanto para atuar como mecanismo de alerta à odores nocivos, como identificação.
• O ar inalado vai passar pelas conchas nasais que em sua parte superior contém o epitélio olfatório. Estas células olfatórias são neurônios bipolares, ciliados, imersos em uma camada de muco e presos por células de sustentação, possuem um dendrito espesso e um curto com terminações nervosas em forma de bastonetes.
• Uma solução odorífera quando se liga com o receptor, vai ativar uma proteína G por meio da adenilato ciclase e ativar canais com consequente despolarização da célula (neurônio) olfatória. 
• As células bipolares ultrapassam a lâmina cribiforme/crivosa do osso etmóide em direção ao bulbo. o Por isso que algumas pessoas que sofrem traumatismo iranianos. podem perder a olfação.
• E, a primeira sinapse vai acontecer no bulbo olfatório na célula mitral (glomérulos olfatórios). Essa célula mitral vai emitir axônios que vão formar o trato olfatório cujas aferências vão de forma direta (não passam pelo tálamo) para o córtex olfatório e estruturas vizinhas no lobo temporal. 
O olfato é o sentido mais antigo,e seus quimiorreceptores são renovados a cada 4 a 8 semanas. A medida que ficamos mais velhos essa renovação decai.
           
CÓRTEX OLFATÓRIO
Os axônios das células mitrais e tufosas passam posteriormente pela Estria olfatória lateral para terminar nos dendritos apicais das Células Piramidais em cinco regiões do córtex olfatório: núcleo olfatório anterior, tubérculo olfatório, córtex piriforme, amígdala e córtex entorrinal.
A partir destas regiões a informação se move para o córtex frontal ou pelo Tálamo para o córtex orbitofrontal (essa via se faz importante na discriminação consciente de odores). A via para a amígdala está envolvida com as respostas emocionais para estímulos olfatórios. E a via para o córtex entorrinal está envolvida com as memórias olfativas.
b. Paladar (nervo glossofaríngeo)
→ Estrutura dos calículos gustatórios:
Os receptores para a sensação do paladar estão localizados nos calículos gustatórios. 
A maioria dos quase 10 mil calículos gustatórios de um jovem estão na língua, mas alguns também são encontrados no teto da boca, faringe (garganta) e epiglote (lâmina de cartilagem sobre a laringe). O número de calículos gustatórios diminui com a idade. 
Os calículos gustatórios são encontrados em elevações da língua, chamadas papilas, que fornecem uma textura rugosa à superfície superior da língua. 
· As papilas circunvaladas formam uma fileira em V invertido, no dorso da língua. 
· As papilas fungiformes são elevações, em forma de cogumelo, dispersas por toda a superfície da língua. 
· Além disso, toda a superfície da língua tem papilas filiformes, que contêm receptores táteis, mas não calículos gustatórios.
 	O sentido da gustação desenvolveu-se da necessidade de avaliar a qualidade de determinado alimento. O número de substâncias reconhecidas pelos receptores gustativos é enorme, porém os humanos só percebem 5 sabores: salgado, azedo, doce, amargo e umami.
  		As informações recebidas pelos botões centrais da língua (receptores gustativos), e vão são convertidas em impulsos elétricos aferentes que vão, através dos axônios gustativos para o nervo craniano facial (2/3 iniciais da língua) e nervo glossofaríngeo e vago (1/3 posterior da língua) -> núcleo do trato solitário, no tronco encefálico. E, a partir deste, tálamo e posteriormente córtex cerebral.
Cada calículo gustatório é um corpo oval que consiste em três tipos de células epiteliais: células de sustentação, células receptoras gustatórias e células basais. 
As células e sustentação contêm microvilosidades e circundam aproximadamente 50 células receptoras gustatórias em cada calículo gustatório. 
As microvilosidades gustativas (cílios gustativos) se projetam a partir de cada célula receptora gustatória em direção à superfície por meiodo poro gustatório, uma abertura no calículo gustatório. 
As células basais, células-tronco encontradas na periferia do calículo gustatório, próximo da camada de tecido conectivo, produzem células de sustentação, que, em seguida, se transformam em células receptoras gustatórias. Cada célula receptora gustatória tem uma vida útil de aproximadamente 10 dias. 
É por isso que os receptores gustatórios, localizados na língua, não demoram muito tempo para se recuperar da queimadura produzida por um copo de café ou chocolate muito quente. 
Na sua base, as células receptoras gustatórias fazem sinapse com dendritos dos neurônios de primeira ordem, que formam a primeira parte da via gustatória. Os dendritos de cada neurônio de primeira ordem se ramificam profusamente e fazem contato com muitas células receptoras gustatórias em diversos calículos gustatórios.
→ Estimulação dos receptores gustatórios: 
Substâncias químicas que estimulam as células receptoras gustatórias são conhecidas como estimulantes gustativos. 
Uma vez que um estimulante gustativo se dissolve na saliva, entra nos poros gustatórios e faz contato com a membrana plasmática dos cílios gustativos. 
O resultado é um sinal elétrico que estimula a liberação de moléculas neurotransmissoras da célula receptora gustatória. 
Os impulsos nervosos são desencadeados quando essas moléculas neurotransmissoras se ligam aos seus receptores nos dendritos do neurônio sensorial de primeira ordem. 
Os dendritos se ramificam profusamente e fazem contato com muitos receptores gustatórios em diversos calículos gustatórios. As células receptoras gustatórias individuais podem responder a mais de um dos cinco sabores primários. 
A adaptação completa (perda da sensibilidade) para um sabor específico ocorre em 1 a 5 minutos de estimulação contínua.
→ Via gustativa:
Três nervos cranianos contêm os axônios dos neurônios gustatórios de primeira ordem que inervam os calículos gustatórios. 
· Nervo facial (VII) 
· Nervo glossofaríngeo (IX) inervam a língua; 
· Nervo vago (X) inerva a garganta e a epiglote. 
A partir dos calículos gustatórios, impulsos se propagam ao longo desses nervos cranianos para o bulbo. Do bulbo, alguns axônios que conduzem os sinais gustatórios, se projetam em direção ao sistema límbico e hipotálamo, enquanto outros se projetam em direção ao tálamo. Os sinais gustatórios que se projetam do tálamo para a área gustatória primária, no lobo parietal do córtex cerebral, dão origem à percepção consciente da gustação.
O nervo trigêmeo compartilha vias nervosas primárias com diversas fibras nervosas gustatórias e acrescenta a sensação da temperatura, textura, sabor picante e aromático à experiência do sabor. 
c. Integração entre os sentidos olfato e paladar (nariz congesto não sente sabor?)
PALADAR + OLFATO + TEXTURA = SABOR
        O sabor é as sensações, captadas tanto pelo olfato, quanto pelo paladar
  Os sentidos do olfato e paladar constituem um senso químico comum ou trigeminal que envolveria a ativação de múltiplas terminações nervosas em diferentes níveis, especialmente aqueles localizados nas membranas mucosas nasais, orofaringe, etc. Ambos são sistemas quimiossensíveis, assim chamados porque são estímulos químicos que ativam seus receptores. A sensação de sabores resulta da combinação de informações gustativas, olfativas e somatossensoriais.
       Acredita-se que o muco forneça o ambiente molecular e iônico apropriado para      a detecção de odores.
   O olfato e o paladar estão intimamente relacionados. As papilas gustativas da mucosa da orofaringe são responsáveis ​​pelo sentido do paladar e o nervo olfativo identifica os odores.
   Ambas sensações são transmitidas ao cérebro para reconhecer os sabores. Enquanto alguns sabores podem ser identificados sem a intervenção do olfato (o sabor salgado, amargo, doce ou azedo), outros mais complexos (decorrentes das combinações dos primários) exigem ambos os sentidos, olfato e paladar, para identificá-los.
As diversas conexões aferentes e eferentes do sistema límbico constituem vias para a integração e respostas homeostáticas eficazes a uma grande variedade de estímulos ambientais.
Tálamo e o córtex cerebral estão estreitamente ligados. As fibras de conexão foram identificadas, e sabe-se que após a remoção do córtex, o tálamo é capaz de reconhecer sensações grosseiras. Contudo, o córtex cerebral é essencial à interpretação das sensações com base nas experiências prévias.
Uma grande quantidade de informações sensitivas de todos os tipos (exceto o olfato) converge para o tálamo e supostamente é integrada através das interconexões entre os núcleos. O padrão resultante de informações é distribuído a outras partes do sistema nervoso central. É provável que as informações olfatórias sejam integradas primeiro em um nível inferior com a gustação e outras sensações e retransmitidas para o tálamo a partir do complexo amigdaloide e hipocampo através do trato mamilotalâmico.
0. O que pode causar alterações no olfato e no paladar?
a. Fisiopatologia (metaplasia?): 
Pode haver metaplasia, com diminuição ou ausência de receptores olfatórios e com substituição por epitélio respiratório em alguns casos
A perda olfatória é proporcional à perda neuronal 
b. Etiologia (quimio/ radio/ tabagismo, remédio, hormônio):
Algumas doenças podem distorcer o sentido do olfato, fazendo com que as pessoas sintam odores inócuos como desagradáveis (uma condição chamada de disosmia). Essas doenças incluem as seguintes:
· Infecções dos seios paranasais
· Dano parcial dos nervos olfatórios
· Higiene oral insuficiente
· Infecções da boca
· Depressão
· Hepatite viral, que pode causar disosmia, que resulta em náusea desencadeada por odores antes inofensivos
· Infecções no cérebro devidas ao vírus da herpes (herpes encephalitis) podem também causar alucinações olfativas
· Traumatismos cranioencefálicos podem ocasionar danos aos nervos olfativos na lâmina cribiforme devido as forças de golpe ou contragolpe. 
Diversas entidades nosológicas cursam com alterações olfatórias e gustativas, podendo ser congênitas ou adquiridas, sendo as mais citadas na literatura: doença nasal e sinusal obstrutiva, infecções de vias aéreas superiores, traumatismo cranioencefálico, envelhecimento, causa congênita, exposição a tóxicos, algumas medicações, neoplasias nasais ou intracranianas, alterações psiquiátricas, doenças neurológicas, iatrogenia e idiopática. As anormalidades do paladar e do olfato comprovaram ser um tema bem mais complexo do que se reconhecia anteriormente e também estão presentes em situações como deficiência de vitaminas (B6, B12, A) e de zinco ou de cobre, tabagismo, gravidez, anestesia geral, traumas dentários, arrinencefalia e desvios do septo nasal 
Boca: Má higiene bucal que aumenta as chances de infecções na boca e compromete a dentição (saúde dos dentes).
· Distúrbio do refluxo gastroesofágico (DRGE), no qual o ácido do estômago sobe para o esôfago e, às vezes, até a boca, possivelmente danificando as papilas gustativas.
· Boca seca (xerostomia) é principalmente devido à redução da secreção de saliva e respiração bucal.
· Infecções bucais devido a vírus, bactérias ou fungos que podem afetar as papilas gustativas. Isso inclui condições como estomatite herpética e candidíase oral (aftas).
· Câncer bucal que é um tumor maligno que pode causar perda de paladar particularmente quando afeta a língua.
· Glossite que na inflamação da língua.
· Radiação na boca, pescoço ou cabeça pode danificar as papilas gustativas.
· Problemas nas glândulas salivares que levam à secura da boca.
· Queimaduras na boca ou na língua podem ferir as papilas gustativas.
· Danos químicos à língua e paladar associados à ingestão de substâncias cáusticas, uso excessivo de álcool e tabaco. Ácido estomacal devido a DRGE também pode ser responsável.
· Distúrbios da língua e da boca, como líquen plano oral e língua geográfica.
Nervos e Cérebro
· Ataqueisquêmico transitório (TIA) é uma interrupção parcial e temporária do fluxo sanguíneo para o cérebro.
· Acidente vascular cerebral em que o fluxo sanguíneo prejudicado para o cérebro causa a morte de uma pequena porção do tecido cerebral.
· Lesão traumática na cabeça que pode perturbar os centros de paladar no cérebro.
· Tumores cerebrais que podem comprimir ou destruir os centros de paladar.
· Problemas nervosos com os nervos responsáveis ​​pelo paladar, incluindo tumores, distúrbios da bainha de mielina, neuropatia diabética, dano ou ressecção cirúrgica, compressão ou dano por radiação.
➛Doenças neurológicas
Poucos casos de distúrbio do olfato têm origem neurológica. 
Ex: Esclerose múltipla pode causar alterações do olfato devido a envolvimento das vias olfatórias. Condições neurológicas diversas que causam anosmia incluem hidrocefalia, acometimento da artéria cerebral anterior próximo à sua origem, meningite basilar, abscessos do lobo frontal e doença de Refsum. 
Lobectomias temporais que incluam o córtex piriforme podem causar déficits na identificação de odores.
➛Alterações psiquiátricas
A esquizofrenia pode cursar com alucinações olfatórias em 15% a 30% das vezes. Pacientes com depressão maior podem apresentar mesmo sintoma, mas geralmente possui habilidade olfatória preservada. A fantosmia pode se apresentar como aura em pacientes com epilepsia do lobo temporal
➛Gravidez
A hiperosmia (sensibilidade olfatória aumentada) é menos comum do que a perda do olfato, mas mulheres grávidas comumente se tornam hipersensíveis aos cheiros.
A hiperosmia geralmente é funcional, mas pode ocorrer em certos tipos de abuso de drogas e enxaqueca
0. Sobre a produção de saliva explique:
a. Fisiologia
· SN simpático x parassimpático
O controlo da secreção salivar é regulado pelo sistema nervoso autónomo(7) parassimpático (colinérgico) e simpático (adrenérgico). No parassimpático, tanto os neurónios pré-ganglionares provenientes do bolbo raquidiano como os pós-ganglionares são colinérgicos e o neurotransmissor é a acetilcolina; os receptores colinérgicos nos gânglios são também ativados pela nicotina. Já os receptores colinérgicos localizados no segundo neurônio junto da célula efetora são activados farmacologicamente pela muscarina. A estimulação parassimpática produz saliva profusa e fluida. No simpático o primeiro neurônio (pré-ganglionar) é também colinérgico.
O segundo (neurônio pós-ganglionar) é adrenérgico. Há várias classes de receptores adrenérgicos. A activação dos receptores beta liberta macromoléculas e uma saliva espessa; a dos receptores alfa 1 tem efeito semelhante à dos receptores muscarínicos com produção de saliva fluida. A activação dos receptores alfa 2 adrenérgicos inibe os receptores alfa 1 impedindo a libertação de saliva fluida. A via córtico-bulbar veicula os estímulos psicológicos eferentes e os reflexos condicionados, até aos núcleos salivares. A estimulação salivar reflexa mediada pelos aferentes parassimpático e simpático via núcleos salivares do tronco cerebral é evocada pela mastigação e pelos estímulos gustativos e olfativos. O arco reflexo mastigatório anterior transmite excitação periférica dos dois terços anteriores da língua para os núcleos salivares superiores através do nervo facial. O arco reflexo posterior transmite a estimulação do terço posterior da língua ao núcleo salivar inferior através do nervo glossofaríngeo.
      Ação do sistema parassimpático
 	Esse sistema de controle tem origem no bulbo cerebral , nos chamados núcleos salivares superior e inferior. Esses núcleos possuem íntima relação com os neurônios motores dos nervos glossofaríngeo e facial , respectivamente IX e VII pares cranianos .
  		As fibras motoras do glossofaríngeo saem do núcleo salivar inferior , fazem sinapse no gânglio ótico e inervam as glândulas parótidas .As fibras motoras do nervo facial emerge do núcleo salivar e, através do nervo lingual e posteriormente do corda do tímpano, inervam as glândulas submandibular e sublingual.
 	Considerando os nervos corda do tímpano e glossofaríngeo como integrantes do sistema parassimpático, a excitação desse sistema determina a estimulação da glândula salivar através do aumento da velocidade na formação da saliva, do consumo de oxigênio e da irrigação sanguínea da glândula
Ação do sistema simpático
 		O sistema simpático estimula a contratilidade de certas células (mioepiteliais) que envolvem as regiões responsáveis pela produção de saliva. O resultado dessa estimulação é a expulsão da saliva pré-formada, aumentando transitoriamente o fluxo salivar. Após alguns instantes, o fluxo salivar começa a diminuir devido à redução da irrigação sanguínea determinada pela vasoconstrição simpática (redução do calibre do vaso e conseqüente diminuição da irrigação sanguínea). Sendo assim, quando há uma hiperatividade simpática a boca fica seca, podendo até ocorrer dor e dificuldade na deglutição.
 
 
→ Tipos de salivas: 
Serosa: É a saliva rica em albuminóides, sendo por isso também chamada de saliva albuminosa. Atua preponderantemente na mastigação do alimento. É secretada pelas glândulas de secreção serosa: glândulas parótidas e glândulas de Ebner.
Mucosa: É a saliva rica em glicoproteínas tais como mucina. Atua preponderantemente na gustação e deglutição . É secretada pelas glândulas de secreção mucosa: acessórias palatinas, glossopalatinas, do coxim retromolar, da raiz da língua e as do palato mole e úvula.
Mista: É a saliva que ou tem mais albumina do que mucina (seromucosa) ou mais mucina do que albuminóides (mucosserosa). Tem ação importante tanto na mastigação dos alimentos como na gustação e deglutição. É secretada pelas glândulas de secreção mista: submandibular, sublingual maiores, glândulas de Rivinus, glândulas de Blandin e Nuhn, acessórias labiais e acessórias conjugais.
→ Fluxo salivar: A saliva é secretada de forma contínua e em pequenas quantidades, mas com a presença ou lembrança de certos alimentos , ela pode se formar em grandes quantidades, de modo no homem adulto, por dia,  ela pode chegar a um volume de 1 a 2 litros.
* Volume – 1 a 2 litros por dia no homem adulto
*  Densidade – 1,005
* PH- 6,2 a 7,2
*  Relação sódio / potássio – 1,3
*   Viscosidade – 1,03 a 3,74
Obs: Quanto mais viscosa a saliva, maior chance de formação de cárie , pois a mucina facilita a formação de placa bacteriana.
b. Anatomia - (quais glândulas, quanto produz de saliva?)
Existem três pares principais de glândulas salivares na boca:
· As glândulas parótidas, o maior par de glândulas salivares, situam-se logo atrás do ângulo do maxilar, abaixo e à frente dos ouvidos.
· As glândulas sublinguais e as glândulas submandibulares, os dois pares menores, estão situados profundamente no assoalho bucal.
· Referências Bibliográficas- AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 934 p.- BERNE, Robert M. et al. Fisiologia. 5.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 1082 p.- GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 10.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 1014 p.:il- HANSEN, John T.; KOEPPEN, Bruce M. Atlas de fisiologia humana de Netter. Porto Alegre: Artmed, 2003. 238p.- SILVERTHORN, Dee Unglaub. Fisiologia humana : uma abordagem integrada. Barueri: Manole, 2003. 816p.
c. Causas de diminuição de saliva (sustos, nervoso, quimio/ radio/ tabagismo, remédio, hormônio, infecção)
A disfunção das glândulas salivares é mais comum dentre os adultos e geralmente envolve muito pouca produção de saliva. Quando o fluxo de saliva é insuficiente ou quase inexistente, sente-se a boca seca. Esta condição é chamada de xerostomia.
Determinadas condições podem diminuir a produção de saliva:
· Doenças, tais como síndrome de Sjögren, artrite reumatoide e lúpus(lúpus eritematoso sistêmico)
· Infecções, tais como a infecção pelo vírus de imunodeficiência humana (HIV)
· Medicamentos, tais como determinados antidepressivos, anti-histamínicos, antipsicóticos, anti-Parkinson, sedativos, metildopa, diuréticos e metanfetamina ilegal
· Quimioterapiaou radioterapia de cabeça ou pescoço para o tratamento de câncer, ou iodo radioativo para o tratamento de câncer da tireoide.
· A secura na boca provocada por uma radiação costuma ser permanente, especialmente se a dose de radiação for elevada. A secura da boca devida à quimioterapia geralmente é temporária.
d. Causas de aumento da saliva *sialorréia* (cheiro, lembranças, goma de mascar)
Na sialorréia primária, o problema é consequência da própria produção excessiva de saliva, enquanto a sialorréia secundária acontece por alguma alteração no controle dos músculos da face e da língua, que afetam diretamente a produção de saliva. Na sialorréia emocional, a pessoa acaba apresentando sialorréia em decorrência de algum processo de ansiedade ou estresse muito alto.
 	Certos tipos de medicamentos e de câncer também podem ser causas da sialorréia. Também pode acontecer em decorrência de algum distúrbio neuromotor, como o AVC, a esclerose múltipla e o Mal de Parkinson. Mulheres grávidas também podem apresentar sialorréia durante a gestação. Também tem as malformações anatômicas. 
 A sialorreia é tanto uma condição médica em si, quanto um sintoma de alguma outra doença.
Quando um paciente é diagnosticado com sialorréia, ele apresenta uma produção excessiva de saliva, bem acima do normal que é de cerca de 500 ml a 2 litros por dia.
Quando a salivação é anterior, e sai pela boca do paciente, em forma de “baba”, ela é chamada de sialorréia anterior. 
Quando essa saliva excessiva acaba acometendo a faringe e a laringe, a condição é chamada de sialorréia posterior. É preciso ter atenção a esse quadro, porque a saliva em excesso aumenta as chances do paciente engasgar e desenvolver outras condições como a pneumonia aspirativa.
A sialorréia também pode ser chamada de hipersialose ou de ptialismo.
4.O que pode causar disgeusia/parageusia *gosto metálico*? (quimio/ radio/ tabagismo, remédio, anemias)
→ Ageusia: ausência total de sabor; perda COMPLETA
→ Hipogeusia: não se sente o sabor de alguns alimentos específicos; perda PARCIAL 
→ Disgeusia: DISTÚRBIO DO PALADAR; sensação prolongada de sabores desagradáveis na boca, mesmo na ausência do estímulo, como sabor amargo, salgado, ácido, metálico, “podre”, “rançoso”, ou simplesmente ruim na boca.
→ Normogeusia: função normal do paladar
· Existem cerca de 5 tipos diferentes de disgeusia:
· Parageusia: sentir o sabor errado de um alimento;
· Fantogeusia: também conhecido como "gosto fantasma" consiste na sensação constante de um sabor amargo na boca;
· Ageusia: perda da capacidade para sentir sabor;
· Hipogeusia: diminuição da capacidade para sentir o sabor da comida ou de alguns tipos específicos;
· Hipergeusia: sensibilidade aumentada para qualquer tipo de sabor.
Causas das disgeusias:
– Alterações salivares;
– Acúmulo de biofilme lingual (saburra);
– Tratamentos oncológicos incluindo a radioterapia na região de cabeça e pescoço e alguns tipos de quimioterapia.
– Gengivite e periodontite;
– Candidíase bucal;
– Aftas e feridas bucais;
– Cáseos amigdalianos;
– Uso prolongado de produtos bucais contendo clorexidina;
– Uso de determinados medicamentos, como o topiramato e dissulfiram;
– Hipoglicemia e jejum prolongado;
– Estresse e ansiedade;
– Deficiências nutricionais;
– Alterações hormonais da gravidez, da menstruação e da menopausa;
– Infecções nas vias aéreas superiores;
– Diabetes;
– Problemas na tireóide
– Alterações renais;
– Insuficiência hepática;
– Transtornos alimentares (anorexia e bulimia);
– Doença do refluxo gastroesofágico;
– Fumo (especialmente cachimbo
– Consequência de cirurgia no ouvido
– Ferimento em cavidade oral ou nariz
– Deficiência de vitamina B12 ou zinco
– Uso de alguns medicamentos, como anti tireoidianos, captopril, griseofulvina, lítio, penicilina, procarbazina, rifampin
– Transtornos neurológicos, como doença de Alzheimer, doença de Parkinson, acidentes vasculares encefálicos, enxaquecas, epilepsia, convulsões, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (ELA).
→ Balas
Chupar balas de certos sabores como menta, eucalipto ou alcaçuz pode disfarçar o sabor metálico e ajudar a manter a boca hidratada.
Ainda, mastigar um pedaço de cardamomo ou cravo no meio do dia ajuda a refrescar a boca e ter um hálito fresco.
Se o problema não melhorar com o passar dos dias, você deve consultar seu médico. Ele pode te guiar melhor caso exista alguma patologia.
Não se esqueça de que tanto o remédio quanto o tratamento podem variar em função da causa.
→ Enxágues bucais de água e sal
Graças às propriedades anti-inflamatórias do sal, este remédio é muito adequado para tratar as gengivas e matar as bactérias da boca.
0. Como as alterações do olfato e do paladar influenciam nas relações sociais? (biopsicossocial)
Os sentidos fundamentais do corpo humano são: Visão, audição, tato, gustação, paladar e olfato. Eles constituem as funções que propiciam nosso relacionamento com o ambiente. Por meio dos sentidos, o nosso corpo pode perceber muita coisa do que nos rodeia, contribuindo para nossa sobrevivência e integração com o meio ambiente.
 	Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de captar estímulos diversos. Tais receptores, são chamados de RECEPTORES SENSORIAIS, são formados por células nervosas capazes de traduzir ou converter estímulos elétricos ou nervosos que serão processados em centros específicos do SNC, onde será produzida uma resposta (voluntária ou involuntária).
· Pela gustação - identificamos sabores
· Pelo olfato - sentimos o cheiro/odor
· Pelo tato -  sentimos frio, calor e a pressão atmosférica.
· Pela audição - captamos os sons 
· Pela visão - observamos as cores, formas e os contornos.
 
Alguns odores podem despertar emoções, e podem reviver memórias emocionais.
Nossa capacidade de conviver em sociedade está altamente ligado com os sentidos. 
Exemplos  comuns como um almoço em família no dia de natal torna-se um transtorno quando alguns indivíduos não conseguem compartilhar tais experiências em suas formas plenas.
0. Quais são as opções de tratamento para pacientes com alterações no olfato e paladar?
Os distúrbios da quimiossensibilidade, olfação e gustação, são sintomas de doenças, por isso o tratamento depende da sua causa.
Muitas ideias simples podem ser sugeridas a pacientes com alterações de gosto. A mastigação de goma ou de gelo pode atuar como uma ajuda temporária na hipogeusia. Os pacientes devem ser encorajados a mastigar seus alimentos muito bem, alternando os lados de sua boca ou então os seus alimentos.
 As alterações do olfato causadas por infecções virais são tratadas com hidratação oral, repouso e analgésico, se necessário. Nas causas obstrutivas nasais, a correção cirúrgica conjuntamente com o emprego de corticosteróides tópicos têm se mostrado eficaz. 
Nas perdas por trauma, as alterações gustativas e olfativas, se não regrediram após a melhora do edema, geralmente são irreversíveis.
Em muitos casos o tratamento das alterações olfatórias e gustativas não é fácil e é necessária uma cooperação interdisciplinar entre o otorrinolaringologista, endocrinologista, neurologista, psiquiatra entre outros.