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PREVENÇÃO SECUNDÁRIA CARDIOVASCULAR Quais as indicações de alto risco cardiovascular e que mostram que o paciente necessita de prevenção secundária? 1- Aneurisma de Aorta 2- Doença aterosclerótica clínica: SCA/ Angina Revascularização prévia AVC/AIT DAP 3- Dislipidemia grave : Colesterol tot > 320; LDL > 240 4- ICC 5- IRC (depuração de creatinina < 60) 6- Diabéticos > 40 anos e ou com nefro/retinopatia A prevenção secundária leva em consideração fatores como condição socioeconômica, depressão, ansiedade, personalidade tipo D que podem agravar as DCV. As intervenções terapêuticas procuram atuar na progressão da doença aterosclerótica e na falência do músculo cardíaco. Mas quais os pilares fundamentais para reduzir progressão de DCV? São eles: 1) Redução agressiva do colesterol Estatinas: em todos os adultos para prevenção secundária de DCV, mesmo aqueles sem alteração significativa do perfil lipídico há proteção cardiovascular Metas na prevenção secundária: LDLc <50mg/dL; não há razões para buscar alvos ainda menores, seja por meio de dieta, estatinas, ezetimiba e inibidores de PCSK9 2) Hipertrigliceridemia Suplementação de ômega 3 na forma de EPA em dose de 4 gramas por dia pode ser feita em pacientes de prevenção secundária, em uso de estatinas e TG entre 150-499 mg/Dl (categoria IIB) 3) Controle glicêmico Os Inibidores da SGLT-2 e Análogos do GLP-1 além do controle glicêmico têm mecanismo de proteção cardiovascular. Desta forma, juntamente à metformina e à empaglifozina, a liraglutida constitui hipoglicemiante com beneficio cardiovascular 4) Uso de antiplaquetários EX: AAS. Reduz a morbimortalidade CV em pacientes com cardiopatia isquêmica, AVC, doença arterial periférica Obs: risco cardiovascular alto e havendo contrindicação ou intolerância ao AAS usar Clopidogrel Estudo COMPASS – favorável ao grupo combinado de rivaroxabana e AAS comparado ao AAS isoladamente, pois houve maior redução em eventos graves CV ou amputações em MMII, nos pacientes com doença arterial periférica 5) Controle sobre o remodelamento cardíaco Em pacientes com IC manifesta, as terapias farmacológicas testadas obtiveram igual eficácia, independente da presença de DM e SM: o IECA / BRA o Antagonista de Mineralocorticoide (espironolactona) o Beta bloqueador (metoprolol, bisoprolol e carvedilol) o Nitrato + Hidralazina o Ivabradina Sacubitril-Valsartana – há estudos que mostram redução de desfechos como morte CV e hospitalização por IC além de redução no NT- proBNP, mas essa terapêutica não está ainda bem estabelecida em pacientes com fração de ejeção preservada ou elevado risco para IC; 6) Tabagismo O tratamento farmacológico deve ser considerado como estratégia de prevenção secundáriaredução de dano CV 7) Vacinação Geralmente se trata de prevenção secundária para evitar descompensações que agravam a DCV pré-existente. Vacinar cardiopatas contra Influenza a fim de reduzir morbimortalidade (categoria IB) Vacinar cardiopatas contra Pneumococo a fim de reduzir morbimortalidade (categoria IC) Fluxograma / síntese Referências: PRÉCOMA, Dalton Bertolim et al. Atualização da Diretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia- 2019. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, v. 113, n. 4, p. 787-891, 2019. DE SOUZA, André Chuster et al. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA E DOENÇA CARDIOVASCULAR: ONDE ESTAMOS?. REVISTA/SUPLEMENTO DA SOCESP, v. 29, n. 2, p. 133-136, 2019. DUNCAN, BB; LIMA, KM e POLANCZYK, CA. Prevenção Clínica das Doenças Cardiovasculares. IN: DUNCAN, B. et al. Condutas na Atenção Primária Baseadas em Evidências. Artmed Editora, 2014. Gusso & Lopes, Tratado de medicina de família e comunidade: princípios, formação e prática (2 vols., Porto Alegre: Artmed, 2012).
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