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História e Legislação da Auditoria em Saúde

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1
Prof.ª Fernanda Coelho
Administração em Enfermagem
AUDITORIA
“A auditoria é uma avaliação sistemática e formal de uma
atividade, por alguém não envolvido diretamente na sua execução,
para determinar se essa atividade está sendo levada a efeito de
acordo com seus objetivos” (Kurcgant, 1991).
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HISTÓRIA DA AUDITORIA
• As atividades de auditoria, antes de 1976, com bases no, então,
Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, eram realizadas
pelos supervisores, por meio de apurações em prontuários de
pacientes e em contas hospitalares. À época, não havia
auditorias diretas em hospitais.
• A partir de 1976, as chamadas contas hospitalares
transformaram-se em Guia de Internação Hospitalar – GIH,
desta maneira, as atividades de auditoria ficaram estabelecidas
como Controle Formal e Técnico.
HISTÓRIA DA AUDITORIA
• Em 1978, é criada a Secretaria de Assistência Médica, subordinada ao
Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social –
INAMPS, estabelecendo-se, assim, a necessidade de aperfeiçoar a
GIH, sendo criada, então, a Coordenadoria de Controle e Avaliação –
nas capitais, e o Serviço de Medicina Social – nos municípios.
• Em 1983, a Autorização de Internação Hospitalar – AIH, vem
substituir a GIH, no Sistema de Assistência Médica da Previdência
Social – SAMPS. É nesse ano que se reconhece o cargo de médico-
auditor, e a auditoria passa a ser feita nos próprios hospitais (4). O
setor privado seguiu, também seguiu esse mesmo modelo.
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4
3
HISTÓRIA DA AUDITORIA
• A Constituição Federal de 1988 dispõe no seu artigo 197:
“São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo
ao poder público dispor, nos Termos da Lei, sobre sua regulamentação,
fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou
através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito
privado”.
Em 3 de junho de 1998, foi aprovada no Senado a Lei 9.656, que regula os
planos e seguros privados de assistência à saúde, operadoras de saúde.
Esses já haviam organizado sua própria auditoria, e descoberto a
possibilidade de estabelecer glosas, para o pagamento de atendimentos e
procedimentos assistenciais.
• Lei 8080 de 19 de setembro de 1990
• Prevê a criação do SNA, estabeleceu a s instâncias de gestão do SUS de 
acompanhar, controlar e avaliar as ações e serviços de saúde, ficando reservada à 
União a competência privativa para "estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria, 
e coordenar a avaliação técnica e financeira do SUS em todo o território nacional 
em cooperação técnica com estados, municípios e Distrito Federal".
• SNA, instituído pelo artigo 6º da Lei 8.689, de 27 de julho de 1993 e 
regulamentado pelo Decreto n.º 1.651/95, se constitui num sistema atípico, 
singular, diferenciado, complementar aos sistemas de controle interno e externo e 
principalmente legítimo.
• "Art. 4º O SNA compreende os órgãos que forem instituídos em cada nível de 
governo, sob a supervisão da respectiva direção do SUS.
• (...)
• § 3º A estrutura e o funcionamento do SNA, no plano federal, são indicativos 
da organização a ser observada por Estados, Distrito Federal e Municípios para a 
consecução dos mesmos objetivos no âmbito de suas respectivas atuações."
Decreto 1.651 de 29 de setembro de 1995
5
6
4
• O Departamento Nacional de Auditoria do SUS ‐ DENASUS, órgão integrante
da estrutura da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério
da Saúde e componente federal do Sistema Nacional de Auditoria ‐ SNA,
exerce atividades de auditoria e fiscalização especializada no âmbito do SUS.
• Conforme definido na Política Nacional de Gestão Estratégica e Participativa
no SUS ‐ ParticipaSUS "A auditoria é um instrumento de gestão para
fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo para a alocação e
utilização adequada dos recursos, a garantia do acesso e a qualidade da
atenção a saúde oferecida aos cidadãos."
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5
Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Enfermeiro
Qual é a Legislação que regulamenta o Sistema Nacional de Auditoria no âmbito
do Sistema Único de Saúde?
a) Portaria nº 2.266, de 12 de dezembro de 2001.
b) Portaria nº 1.069, de 19 de agosto de 1999.
c) Resolução COFEN nº 311/2007.
d) Decreto nº 1.651, de 28 de setembro de 1995.
e) Resolução Cofen n° 266/2001.
AUDITORIA 
Uma atividade profissional da área médica e de enfermagem
que analisa, controla e autoriza os procedimentos médicos para
fins de diagnose e condutas terapêuticas, propostas e/ou
realizadas, respeitando-se a autonomia profissional e preceitos
éticos, que ditam as áreas e relações humanas e sociais.
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Auditoria é o processo sistemático, documentado e independente de se 
avaliar objetivamente uma situação ou condição para determinar a 
extensão na qual critérios são atendidos, obter evidências quanto a esse 
atendimento e relatar os resultados dessa avaliação a um destinatário 
predeterminado (TCU, 2011).
Auditoria consiste no exame sistemático e independente dos fatos obtidos 
através da observação, medição, ensaio ou outras técnicas apropriadas, de 
uma atividade, elemento ou sistema, para verificar a adequação aos 
requisitos preconizados pelas leis e normas vigentes e determinar se as 
ações de saúde, e seus resultados estão de acordo com as disposições 
planejadas (BRASIL,2011).
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AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
É a avaliação sistemática da qualidade da assistência de
enfermagem, verificada através das anotações de enfermagem no
prontuário do paciente/e ou das próprias condições deste. Assim Dunn
e Morgan de forma breve, definem auditoria como sendo “a
comparação entre assistência prestada e os padrões de assistência
considerados como aceitáveis”.
A qualidade da assistência de enfermagem é motivada por vários
fatores tais como: formação profissional, número de profissionais e
auxiliares, marcado de trabalho e legislação específica vigente, além da
política, da estrutura e da organização das instituições.
AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
13
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AUDITORIA EM ENFERMAGEM 
Segundo as leis de diretrizes profissionais, Lei n° 7948/86, art. 11,
inciso I, alínea h, e Decreto n° 94406/87, que regulamenta a lei, cabe ao
enfermeiro privativamente a consultoria, a auditoria e a emissão de parecer
sobre matéria de enfermagem.
Conforme consta na resolução 266 de 05 de outubro de 2001, do
Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), este profissional, enquanto
auditor no exercício de suas atividades deve organizar dirigir, planejar,
coordenar e avaliar, prestar consultoria, auditoria e emissão de parecer
sobre os serviços de enfermagem; devendo ainda ter um a visão holística,
como qualidade de gestão, qualidade de assistência e quântico –
econômico – financeiro, visando sempre o bem estar do ser humano.
AUDITORIA DE CUIDADOS 
Empregada para mensurar a qualidade da assistência em
enfermagem constatada por meio dos registros no prontuário do
cliente e das próprias condições que este se encontra, e a auditoria
de custos que tem por intenção conferir e controlar o faturamento
correspondente aos planos de saúde, quanto aos procedimentos
feitos, visitas de rotina, comparando e fazendo cruzamento das
informações auferidas com as que fazem parte no prontuário.
15
16
9
REGULAÇÃO 
É a função de fortalecimento da capacidade de gestão que
institui ao poder público o desenvolvimento de sua capacidade
sistemática em responder às demandas de saúde em seus diversos
níveis e etapas do processo de assistência, de forma a integrá-la às
necessidades sociais e coletivas.
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18
10
Objetivo principal da Regulação
• Organizar e garantir o acesso dos usuários às ações e serviços do
Sistema Único de Saúde em tempo oportuno;
• Oferecer a melhor alternativa assistencial disponível para as
demandas dos usuários, considerando a disponibilidade
assistencial do momento;
• Otimizar a utilização dos recursos disponíveis;
• Subsidiar o processo de controle e avaliação; e
• Subsidiar o processo da Programação Pactuada e Integrada -
PPI.
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2011
CONTROLE 
Consiste no monitoramento de processos (normas e
eventos) para conferir conformidade dos padrões estabelecidos e
detectar situações de alarme que requeiram uma ação avaliativa
detalhada e profunda.
AVALIAÇÃO 
É a identificação quantitativa e qualitativa dos resultados
(impactos) obtidos pelo Sistema Único de Saúde - SUS em relação
aos objetivos fixados nos programas de saúde e na adequação aos
parâmetros de qualidade, resolutividade, eficiência e eficácia
estabelecidos pelos órgãos competentes do SUS.
21
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12
FISCALIZAÇÃO 
Consiste em submeter à atenta vigilância a execução de atos
e disposições da legislação pelo exercício da função fiscalizadora.
23
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INSPEÇÃO 
É a atividade realizada sobre um produto final numa fase
determinada de um processo ou projeto, visando detectar falhas
ou desvios.
PERÍCIA 
Trata-se de um conjunto de atos voltados a prestar
esclarecimentos quando designada por autoridade judicial ou
policial.
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OUTROS CONCEITOS 
• SUPERVISÃO - é a ação orientadora ou de inspeção em plano 
superior.
• CONSULTORIA - é a verificação dos fatos para apontar 
sugestões ou soluções num problema determinado.
• ACOMPANHAMENTO - processo de orientação no qual o 
orientador, mediante contato com o processo, acompanha o 
desenvolvimento de determinada (s) atividade (s).
PRONTUÁRIO MÉDICO
Considera-se uma ferramenta legal na avaliação da 
qualidade da assistência prestada ao cliente, fornece informações 
fundamentais para possíveis processos judiciais e convênios de 
saúde, sendo o mesmo “o conjunto de documentos padronizados 
e ordenados, destinados ao registro dos cuidados profissionais 
prestados pelos serviços de saúde públicos e privados”. 
• Esse prontuário é analisado, portanto, se houver dúvidas quanto 
aos procedimentos realizados ou a falta de anotações de 
enfermagem, esta avaliação poderá ocorrer glosas das contas 
hospitalares.
27
28
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GLOSAS
Glosa é o cancelamento parcial ou total do orçamento, por
serem considerados ilegais ou indevidos.
Definição de Glosa para o DENASUS: É a rejeição total ou parcial
de recursos financeiros do SUS, utilizados pelos Estados, Distrito
Federal e Municípios de forma irregular ou cobrados
indevidamente por prestadores de serviços, causando danos aos
cofres públicos.
TIPOS DE GLOSAS
• Glosas administrativas: decorrentes de falhas operacionais no
período de cobrança, ausência de interação entre o plano de
saúde e o prestador de serviço, estas são vinculadas às cláusulas
de contrato.
• Glosas técnicas: decorrentes da equipe de enfermagem ou
médica, onde está atrelada a falta de justificativas ou
fundamento que se apliquem à indicação de certo procedimento,
e a deficiência ou falta de anotação de enfermagem durante a
assistência oferecida ao cliente.
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• As instituições de saúde ao terem suas contas hospitalares
glosadas pelas operadoras de planos de saúde podem lançar mão
dos recursos de glosas com a finalidade de recuperar seus
prejuízos econômicos.
• A este fato denominamos de recurso de glosa, que é um meio de
readquirir descontos indevidos e corrigir/detectar falhas de
faturamento.
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FINALIDADES DA AUDITORIA
• Identificar as áreas (unidades) deficientes de serviços de enfermagem,
auxiliando, por exemplo, para que as decisões quanto ao remanejamento e
aumento de pessoal sejam tomadas com base em dados concretos.
• Identificar áreas (unidades) deficientes em relação à assistência de
enfermagem prestada, percebendo-se, por exemplo, defasagem no
atendimento da área psicoespiritual.
• Fornece dados para melhoria dos programas de enfermagem.
• Fornece dados para melhoria da qualidade do cuidado de enfermagem.
• Obter dados para programação de reciclagem e atualização do pessoal de
enfermagem.
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FINALIDADES DA AUDITORIA
• Identificar as áreas (unidades) deficientes de serviços de enfermagem,
auxiliando, por exemplo, para que as decisões quanto ao remanejamento e
aumento de pessoal sejam tomadas com base em dados concretos.
• Identificar áreas (unidades) deficientes em relação à assistência de
enfermagem prestada, percebendo-se, por exemplo, defasagem no
atendimento da área psicoespiritual.
• Fornece dados para melhoria dos programas de enfermagem.
• Fornece dados para melhoria da qualidade do cuidado de enfermagem.
• Obter dados para programação de reciclagem e atualização do pessoal de
enfermagem.
(2017/IBFC/EBSERH/Enfermeiro - Auditoria e Pesquisa) Assinale a alternativa correta. A
evolução da auditoria no Brasil está relacionada, primariamente, com a instalação das
empresas de origem estrangeiras de auditorias independentes, por conta de seus
investimentos. No setor público da saúde, antes de 1976, as atividades eram realizadas:
a) Pelos supervisores do Instituto Nacional de Previdência Social por meio de apurações
em prontuários de pacientes e em contas hospitalares, não havendo auditorias diretas em
hospitais
b) Pelos auditores do Sistema Nacional de Auditoria por meio de fiscalização dos
prestadores de serviços de saúde existentes no país
c) Pelos auditores do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS) por meio
de fiscalização e controle das contas hospitalares
d) Pelos consultores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) por meio de criação
de normas, o controle e a fiscalização de segmentos de mercado explorados por empresas
para assegurar o interesse público
e) Pelos servidores das Instituto de Aposentadorias e Pensões (IAPs) por meio de criação
de normas e controles das empresas de saúde, não havendo auditorias diretas em serviços
ambulatoriais, apenas em hospitais.
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(2017/Quadrix/SEDF/Professor – Enfermagem) Acerca da administração e
auditoria em enfermagem e da organização, da estrutura e do funcionamento
dos serviços e dos materiais de enfermagem, julgue o item a seguir.
Auditoria de enfermagem é um método de avaliação dos cuidados
prestados que envolve a revisão dos registros de pacientes, dos processos e
dos resultados alcançados.
A. Certo
B. Errado
“Auditar significa emitir uma opinião conclusiva sobre uma dada situação
encontrada em relação a um critério disponível ou inferido, dentro dos
limites permitidos pelo conjunto de exames empregados” (Brasil, 2017).
Chiavenatto (2000) apud Santana e Silva (2009): “a tarefa da administração é
interpretar os objetivos propostos pela empresa e transformá‐los em ação
empresarial por meio de planejamento, organização, direção e controle de
todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da
empresa, a fim de atingir tais objetivos. Assim, a administração é o processo
de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso dos recursos organizacionais
para alcançar determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz”.
37
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Função controle
Santana e Silva (2009) ao citarem Chiavenatto (2000): “processo de controle
é feito, inicialmente, através do estabelecimento de padrões de desempenho,
em seguida pela mensuração do desempenho a ser controlado, pela
comparação do desempenho atual com o padrão, e finalizando com a
tomada de ação corretiva para ajustar o desempenho atual ao padrão
desejado”.
Sistemático
revisão e 
controle
processo
analítico
comparação entre o critério 
estabelecido e a realidade 
encontrada
formal
independentedocumentado
objetivo
Avaliar a qualidade, 
indicar falhas, apontar 
sugestões
baseada 
em 
critério
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Elementos essenciais para compreensão da auditoria no contexto do SUS
Processo sistemático: três etapas consecutivas, que são o planejamento da auditoria, sua execução e
a comunicação dos resultados por meio de um relatório formal. Cada fase é composta de
procedimentos específicos, que devem ser seguidos rigorosamente.
Processo documentado: porque os procedimentos e produtos devem ser registrados de modo a
garantir a revisão e a organização dos dados obtidos.
Processo independente. Assim, é fundamental que o auditor seja imparcial e que não esteja envolvido
na atividade auditada.
A avaliaçãoobjetiva, assim como a emissão do parecer. Estas devem estar pautadas em fatos e
evidências que permitam chegar a um convencimento e a conclusões consistentes a respeito da
veracidade dos fatos. As opiniões devem ser baseadas em evidências, não em suposições.
O critério de auditoria é o referencial utilizado pelo auditor para fazer seu julgamento em relação ao
esperado e o encontrado. Normalmente, os critérios são baseados em legislações, normas
regulamentadoras, portarias entre outros dispositivos legais.
Comparação entre o critério e a realidade gera situações de conformidade e não 
conformidade. Essa discordância será chamada constatação de auditoria. E serão chamados 
evidências os elementos que comprovem a existência ou não de discrepâncias entre o ideal e 
o real.
O resultado da auditoria deve ser comunicado de maneira formal e técnica por meio de um 
relatório de auditoria. Esse relatório deve conter o objetivo, escopo, extensão, limitações do 
trabalho, constatações, avaliações, recomendações e conclusões. 
O Ministério da Saúde ressalta que “qualidade de um relatório de auditoria não se deve à boa 
escrita do auditor, embora isso possa contribuir para a clareza e capacidade comunicativa do 
relatório. O que vai garantir a qualidade do relatório é a robustez metodológica dos 
procedimentos, fator essencial para a objetividade e suficiência dos exames, a confiabilidade 
e razoabilidade das conclusões e determinações, e a veracidade das informações” (BRASIL, 
2017).
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estabelecer 
critério
obter a melhor 
descrição possível 
da situação atual
comparar critério 
e situação atual
Objetivo maior da auditoria: propiciar à cúpula administrativa 
informações necessárias ao exercício de um controle efetivo 
sobre a organização ou sistema, contribuir para o 
planejamento e replanejamento das ações e para o 
aperfeiçoamento do sistema. (Brasil, 25001)
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Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: Enfermeiro
Considerando os conceitos do processo de auditoria, analise as afirmativas abaixo, dê
valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que apresenta a sequência
correta de cima para baixo.
( ) É um processo sistemático, estruturado em duas etapas consecutivas, que são o
planejamento da auditoria e a sua execução, podendo ou não ser elaborado relatório
final.
( ) É um processo documentado, pois todos os seus procedimentos e produtos (papéis
de trabalho, relatórios) devem ser registrados, segundo determinados padrões, de
modo a assegurar sua revisão e a organização das constatações e evidências obtidas.
( ) A qualidade de um relatório de auditoria se deve essencialmente à boa escrita do
auditor.
( ) É um processo de avaliação objetiva, signifcando que na execução de suas
atividades, o auditor se apoiará em fatos e evidências que permitam o convencimento
razoável da realidade ou a veracidade dos fatos, documentos ou situações examinadas,
permitindo a emissão de opinião com bases consistentes.
a) V,V,V,V
b) V,V,F,V
c) F,F,F,F
d) F,V,F,V
e) F,V,V,F
45
46
24
Tipos de auditoria segundo Donabedian (1994): auditorias de processo, de
resultados e de estrutura.
A estrutura tem impacto na qualidade do serviço pois aumenta ou diminui a
probabilidade de boa atuação profissional. A avaliação da estrutura é
fundamental na elaboração e implementação de projetos e programas.
A respeito do processo, o que se pode dizer é que ele é a base para avaliação dos
resultados dos serviços prestados e, por consequência, de onde se tira as bases
para a valoração da qualidade.
O resultado significa o produto final oferecido ao cliente. Considera‐se o
atendimento a padrões estabelecidos e as expectativas do cliente.
• grau de qualificação dos recursos humanos
• Área física adequada
• Recursos financeiros disponíveis
• Equipamentos em número e distribuição adequados
Estrutura
• atividades envolvendo profissionais e clientela
• aspectos éticos envolvendo profissional/ equipe de 
trabalho/ clientela 
• Análise pode ser técnica ou administrativa
processo
• avalia o produto final do serviço prestadoresultado
47
48
25
Tipos de auditoria no contexto do SUS, conforme os trabalhos:
“uma distinção comum entre tipos de auditoria se dá em razão dos aspectos
focalizados nos trabalhos” (BRASIL, 2017)
Auditoria de regularidade ou de conformidade – é aquela que busque verificar a
regularidade dos atos de gestão praticados com foco em legalidade e
legitimidade dos atos. Apura fraudes e desvio de dinheiro.
Auditoria operacional ou de desempenho – é aquela que avalia o desempenho
de um órgão, processo ou serviço. Avalia qualidade, eficácia, equidade e
efetividade.
49
50
26
Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERHProva: Enfermeiro
Assinale a alternativa correta. Os aspectos tipicamente focalizados numa
auditoria de desempenho, que tem o objetivo de avaliar o desempenho da
gestão de um órgão, processo ou serviço, são:
a) Eficácia, qualidade, equidade e efetividade
b) Legalidade, legitimidade, desvios de recursos e fraudes
c) Desvios de recursos, fraudes, efciência e desperdício
d) Economicidade, qualidade, efetividade e desvios de recursos
e) Eficácia, efetividade, fraude e desvios de recursos
Quanto aos métodos, a auditoria pode ser:
Prospectiva: Também chamada de auditoria prévia, ela avalia os procedimentos 
antes da sua realização. Sua função é detectar situações de alarme e evitar 
problemas. 
Retrospectiva: É aquela que ocorre depois de prestados os serviços. Consiste na 
avaliação dos resultados obtidos à luz do critério estabelecido.
Operacional ou  concorrente: É realizada enquanto o cliente recebe o serviço. 
Ela busca evidências a respeito da eficácia e eficiência das atividades em 
comparação com o critério estabelecido. Essa forma de auditoria contribui para 
o aperfeiçoamento dos serviços, uma vez que fornece recomendações para 
tanto. A auditoria operacional pode também ser chamada de auditoria dos 3 Es 
(economia, eficiência e eficácia)
51
52
27
• É o grau em que uma instituição, programa, processo, projeto, 
atividade, função ou sistema minimiza os custos com recursos 
humanos, materiais e financeiros, tendo em conta a quantidade e 
qualidade apropriada.
• Economia doméstica
Economicidade
• Relação entre produtos bens e serviços produzidos, tendo em 
conta a quantidade, qualidade apropriada, menor custo, maior 
velocidade e melhor qualidade.
Eficiência
• Grau que uma organização, programa, projeto, processo, 
operação, atividade atinge os objetivos da política, as metas 
propostas e outros resultados e feitos previstos.
Eficácia
Eficácia: atingir o objetivo 
estabelecido. Tem a ver com 
finalidade
Destino final
Eficiência: atingir o objetivo 
com menor custo, melhor 
desempenho, maior 
qualidade. Tem a ver com o 
processo.
Viagem toda
53
54
28
Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão: TRT 8ª Região (PA e AP)Prova: Analista Judiciário Enfermagem
No que diz respeito à auditoria nos serviços de saúde, assinale a opção correta.
a) As auditorias retrospectivas são as que ocorrem quando há ordem judicial para
investigações de casos de pacientes que foram a óbito.
b) Nas instituições de saúde, a auditoria pode ocorrer de forma retrospectiva, simultânea ou
prospectiva.
c) A definição de padrões preexistentes está sendo cada vez menos utilizada para a verificação
do desempenho da qualidade dos serviços.
d) A auditoria é um exame não oficial e assistemático de registro, processo, estrutura,
ambiente ou relatório para avaliação de desempenho.
e) As auditorias de resultados são utilizadas para reduzir custos assistenciais e selecionar os
pacientes que têm cobertura assistencial para o atendimento.
Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJBA Prova: Analista Judiciário
Enfermagem
Sobre o processo de auditoria na saúde, analise as afirmativas
abaixo:
I – A auditoria operacional avalia os sistemas de saúde,
observando aspectos de eficiência, eficácia e efetividade.
II – Uma ação corretiva é a atuação objetiva sobre uma não
conformidade potencial,evitando sua ocorrência.
III – A fase operativa da auditoria consiste na verificação in loco
das ações, com exame direto dos fatos e situações, tendo por
objetivo sistematizar procedimentos.
Está correto somente o que se afirma em:
a) I
b) II
c) III
d) I e II;
e) I e III.
55
56
29
Quanto à forma de intervenção, a auditoria pode ser interna e externa.
Auditoria interna – Avaliação feita por profissionais da própria instituição, com
autonomia para indagação e, para tanto, sem subordinação às linhas de
autoridade que possam prejudicar essa autonomia.
Auditoria externa – É feita por elementos que não compõem o quadro de
pessoal da instituição. Pode ser feita por profissionais liberais, associações,
agências de fiscalização entre outros.
Quanto ao tempo, a auditoria pode ser contínua ou periódica
Auditoria contínua – ao contrário do que o nome pode dar a entender, ela não é
feita diariamente. Mas é, sim, de acompanhamento e feita em intervalos curtos,
normalmente mensais ou no máximo trimestrais. Uma auditoria, nesse caso, traz
sugestões e observações que serão retomadas na próxima. Isso gera uma
continuidade na avaliação do processo, produto ou serviço prestado
Auditoria periódica – é realizada apenas em períodos pré‐definidos. Podem ser
semestrais, anuais ou até quinquenais. Não trazem consigo o aspecto de
continuidade e sim de uma avaliação em um período isolado.
57
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30
No que se refere à natureza:
Normal – realizada com objetivos regulares de comprovação, sem finalidades
específicas ou particularização de fatos.
Especial – também chamada de específica. Aqui, sim, a auditoria é direcionada
para a obtenção de resultados a respeito de fatos particulares de gestão ou da
atividade de um elemento certo. Essa forma de auditoria se presta a um objetivo
específico
Com relação ao limite, a auditoria pode ser total ou parcial
Total – é aquela que atinge todo o patrimônio, todos os setores, observa todos 
os componentes, processos, projetos, operações, bens, serviços produzidos pela 
instituição. 
Parcial – a auditoria se situa em algum ponto, podendo ser um setor, processo 
ou serviço. Por exemplo: auditoria de conformidade na compra de materiais e 
insumos hospitalares; auditoria para verificar a adesão da equipe do laboratório 
às boas práticas em microbiologia. 
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TRT 13ª Região (PB)Prova: Analista Judiciário
Enfermagem
Em um Estabelecimento de Saúde foi implantada uma Comissão de Auditoria em
Enfermagem, composta por enfermeiras dos diversos setores da própria
instituição. A comissão realiza avaliações em períodos determinados, sendo que
a revisão seguinte sempre se inicia a partir da última com objetivos regulares de
comprovação, abrangendo alguns serviços da instituição. Neste caso, utilizando a
classificação de auditoria citada por Kurcgant quanto à forma de intervenção, ao
tempo e ao limite, classifica‐se, respectivamente, em auditoria
a) interna, contínua e parcial.
b) interna, periódica e total.
c) externa, intermitente e parcial.
d) local, retrospectiva e concorrente.
e) operacional, periódica e específica.
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Ano: 2010 Banca: FCC Órgão: TRF 4ª REGIÃOProva: Analista Judiciário
Enfermagem
Para realizar a avaliação de qualidade da assistência, baseada no modelo de
Donabedian, utilizam‐se os atributos
a) eficácia, certificação e acreditação.
b) certificação, acreditação e resultado.
c) estrutura, processo e resultado.
d) efetividade, acreditação e estrutura.
e) eficiência, certificação e processo.
Ano: 2015 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: Enfermeiro
Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta. Quanto a Natureza das Auditorias,
apresenta‐se de forma ____________ as ações inseridas no planejamento anual de
atividades dos componentes de auditoria ou de forma ____________ as ações não
inseridas no planejamento, realizadas para apurar denúncias ou para atender alguma
demanda específica.
a) Regular ou Ordinária / Especial ou Extraordinária
b) Regular ou Ordinária / Compartilhada
c) Regular ou Ordinária / Direta
d) Especial ou Extraordinária / Integrada
e) Especial ou Extraordinária / Regular ou Ordinária
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Ano: 2014 Banca: FCC Órgão: TJAP Prova: Analista Judiciário Enfermagem
As auditorias são os instrumentos de medida da qualidade do cuidado de
enfermagem. As mais utilizadas em controle de qualidade originam‐se no
modelo de Donabedian e incluem auditorias de Resultados, de Processos e de
Estrutura. As colunas abaixo estão descritas de acordo com o indicador avaliado
e o tipo de auditoria correspondente
Coluna 1: indicador avaliado
I. Taxa de queda de paciente.
II. Tempo de espera no pronto‐atendimento.
III. Técnica de passagem de sonda vesical, conforme protocolo de enfermagem
instituído.
Coluna 2: tipo de auditoria
( ) Auditoria de Processo
( ) Auditoria de Resultado
( ) Auditoria de Estrutura
A sequência numérica correta da Coluna 2: tipo de auditoria, correspondente
a Coluna 1: indicador avaliado, é
a) III, II e I.
b) I, II e III.
c) II, III e I.
d) III, I e II.
e) I, III e II
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Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERHProva: Enfermeiro
Assinale a alternativa correta. Os aspectos tipicamente focalizados numa 
auditoria de desempenho, que tem o objetivo de avaliar o desempenho da gestão 
de um órgão, processo ou serviço, são:
a) Eficácia, qualidade, equidade e efetividade
b) Legalidade, legitimidade, desvios de recursos e fraudes
c) Desvios de recursos, fraudes, efciência e desperdício
d) Economicidade, qualidade, efetividade e desvios de recursos
e) Eficácia, efetividade, fraude e desvios de recursos
As auditorias, no âmbito do DENASUS (Departamento Nacional de Auditoria do
SUS) e da Seaud (Seção de Auditoria), são realizadas por equipes lideradas pelo
coordenador e acompanhadas por um supervisor técnico.
Iniciam‐se a partir de demandas que podem ser de áreas técnicas do Ministério
da Saúde, órgãos de controle interno e externo, entre outros.
A demanda é interpretada e dá origem à tarefa, que é o seu detalhamento em
termos de orientações para nortear o trabalho da equipe de auditoria e podem
dar origem a novas atividades similares.
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Demanda Tarefa Auditoria Planejamento
ExecuçãoResultadoAcompanhamento
Devolução ao 
demandante
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Fase analítica:
Nessa fase, os servidores devem planejar seu trabalho para assegurar que a
auditoria seja conduzida de forma eficiente e eficaz.
Nesse momento, busca‐se conhecer e planejar a atividade de auditoria.
Isso inclui entender os aspectos relevantes, as normas, os controles internos
vigentes correspondentes ao período a ser verificado, os sistemas e os processos
relacionados, pesquisando as potenciais fontes de evidência de auditoria.
O produto dessa fase é o Relatório Analítico, que traz uma síntese da coleta de
dados sobre o objeto a ser auditado.
Fase operativa ou in loco:
É a segunda etapa do processo de auditoria.
Nela, os auditores devem executar procedimentos de auditoria que forneçam
evidência suficiente e apropriada para respaldar o relatório de auditoria.
Consiste no trabalho de campo propriamente dito.
O produto dessa fase é o Relatório Preliminar, que descreve as constatações da
equipe de auditoria e se presta a embasar notificação do auditado sobre o seu
conteúdo.
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Fase de Relatório Final:
Nessa fase, os auditores devem avaliar a evidência da auditoria e extrair
conclusões respaldadas nos achados, ou seja, devem exercer seu julgamento
profissional para chegar a uma conclusão acerca do objeto auditado, cotejando
as suas constatações com as justificativas apresentadas, caso existam, com o
escopo de apresentar recomendações aos órgãos com competência para
implementá‐las.
Fase 
analítica
• Organização das informações para facilitar o trabalho de campo.
• Dá origem ao relatório analítico
• Sintetiza as informações sobre a coleta de dados, documentos a analisar, profundidade e 
amplitude das investigações, delimitando bem o objetivo e o escopo.
Faseoperativa
• Trabalho de campo
• Dá origem ao relatório preliminar, com as situações de conformidade ou não conformidade 
e que embasa a notificação ao auditado.
Relatório 
final
• Faz a análise das justificativas do auditado
• Apresenta constatações, recomendações e a conclusão do trabalho
• Será apresentado ao demandante.
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38
Princípios éticos em auditoria
Entende‐se por princípios como o arcabouço teórico sobre o qual repousam as
regras de auditoria. São valores persistentes no tempo e no espaço, que
concedem sentido lógico e harmônico à atividade de auditoria e lhe
proporcionam eficácia (BRASIL,2017)
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39
Os servidores devem assegurar que a prática da atividade de auditoria seja
pautada pelos seguintes princípios:
Ceticismo e 
julgamento 
profissional
Competência e 
capacidade 
profissional
Comportamento 
ético
Cortesia 
Imparcialidade Independência Objetividade Sigilo
Uso de 
informação de 
terceiros
Zelo profissional
Ceticismo e julgamento profissional:
a. A análise do servidor deve ser pautada pelo ceticismo e julgamento
profissional.
b. O servidor deve manter distanciamento profissional e atitude alerta e
questionadora ao avaliar a suficiência e a adequação da evidência obtida ao
longo do processo de auditoria.
c. O técnico deve aplicar corretamente o conhecimento, as habilidades e a
experiência necessários ao processo de auditoria.
d. O julgamento profissional não abre a prerrogativa ao servidor ou à equipe de
manter opiniões que não se sustentam diante de argumentos válidos, que
devem ser expostos ao contraditório com o objetivo de testar sua validade e
garantir a consistência do trabalho.
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40
Competência e capacidade profissional:
a. Os servidores devem possuir habilidades e competências técnicas
necessárias ao desempenho de suas responsabilidades individuais.
b. Devem reunir qualificação e conhecimentos exigíveis para o trabalho, sendo
necessários conhecimentos suficientes sobre técnicas de auditoria;
identificação e mitigação de riscos; conhecimento das normas aplicáveis;
entendimento das operações da unidade auditada; compreensão e
experiência acerca da auditoria a ser realizada; e habilidade para exercer o
julgamento profissional devido.
c. Os servidores devem zelar pelo aperfeiçoamento de seus conhecimentos,
habilidades e outras competências técnicas, por meio do desenvolvimento
profissional contínuo a ser ofertado pelo Ministério da Saúde.
Competência e capacidade profissional:
d. O servidor que atuará na atividade de auditoria não deve fazer análises e
julgamentos que não sejam amparados pela melhor técnica e conhecimento
disponíveis, sob pena de comprometer a confiabilidade do resultado.
e. O responsável pela unidade de auditoria poderá solicitar opinião técnica
especializada, caso os auditores não possuam as habilidades ou outras.
f. O servidor deve buscar atualização constante de suas competências e
conhecimentos técnicos necessários à execução da atividade.
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Comportamento Ético:
a. Os servidores devem servir ao interesse público e honrar a confiança
depositada, executando seus trabalhos com honestidade, diligência e
responsabilidade.
b. Os servidores devem evitar quaisquer condutas que possam comprometer a
confiança em relação ao seu trabalho e renunciar a quaisquer práticas ilegais,
sob pena de desacreditar a sua função.
c. Os servidores devem ser capazes de lidar de forma adequada com pressões
ou situações que ameacem seus princípios éticos ou que possam resultar em
ganhos pessoais ou organizacionais inadequados, mantendo conduta íntegra
e irreparável.
Cortesia:
Os servidores devem se comportar com cortesia e respeito no trato com pessoas, 
mesmo em situações de divergência de opinião, abstendo‐se de emitir juízo ou adotar 
práticas que indiquem qualquer tipo de discriminação ou preconceito.
Imparcialidade
a. Os servidores devem atuar de forma imparcial e isenta, evitando situações de 
conflito de interesses ou quaisquer outras que afetem sua objetividade, de fato ou 
na aparência, ou comprometam seu julgamento profissional. 
b. Os servidores devem declarar impedimento nas situações que possam afetar o 
desempenho das suas atribuições e devem se abster de auditar operações 
específicas com as quais estiveram envolvidos, quer na condição de gestores, quer 
em decorrência de vínculos profissionais, comerciais, pessoais, familiares ou de 
outra natureza, mesmo que tenham executado atividades em nível operacional. 
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Independência:
A independência refere‐se à capacidade do servidor de desenvolver trabalhos de
maneira imparcial. Nesse sentido, a auditoria deve ser realizada livre de interferências
na determinação do escopo, na execução dos procedimentos, no julgamento
profissional e na comunicação dos resultados.
Objetividade:
Na execução de suas atividades, o servidor deve adotar métodos e procedimentos
reconhecidos e aceitos para obter e organizar evidências, formar convicção sobre as
situações examinadas e emitir posicionamento técnico fundamentado.
Uso de informações de terceiros:
Ao utilizar informações produzidas fora do DENASUS e da Seaud, a equipe deve obter
evidência da competência e da independência da auditoria executada ou dos
especialistas e da qualidade do trabalho.
Sigilo:
a. O servidor deve manter sigilo e agir com cuidado em relação a dados e
informações obtidos em decorrência do exercício de suas funções. Ao longo
da execução dos trabalhos, o sigilo deve ser mantido mesmo que as
informações não estejam diretamente relacionadas ao escopo do trabalho.
b. O servidor não deve divulgar informações relativas aos trabalhos
desenvolvidos ou a serem realizados ou repassá‐las a terceiros sem prévia
anuência da autoridade competente.
c. As comunicações sobre as auditorias devem sempre ser realizadas em
âmbito institucional e contemplar todos os fatos materiais de conhecimento
do servidor que, caso não divulgados, possam distorcer o relatório
apresentado sobre as atividades praticadas.
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Zelo profissional:
a. O zelo profissional refere‐se à atitude esperada do servidor na condução dos
trabalhos e nos resultados obtidos, e deve‐se aplicar essa conduta em todas as
atividades funcionais.
b. O servidor deve deter as habilidades necessárias e adotar o cuidado esperado de
um profissional prudente e competente, mantendo postura de ceticismo
profissional; agir com atenção; demonstrar diligência e responsabilidade no
desempenho das tarefas a ele atribuídas, de modo a reduzir, ao mínimo, a
possibilidade de erros; e buscar atuar de maneira precipuamente preventiva.
c. Os auditores, na fase analítica, devem considerar a adequação e a eficácia dos
processos de governança, de gerenciamento de riscos e de controles internos da
unidade auditada, a probabilidade de ocorrência de erros, fraudes ou não
conformidades significativas, bem como o custo da auditoria em relação aos
potenciais benefícios.
DAS ATRIBUIÇÕES:
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Compete ao ocupante de cargo de nível superior:
• Executar atividades de pesquisa de legislação, jurisprudência e doutrina.
• Elaborar pareceres técnicos, informações, relatórios e outros documentos
necessários à instrução do processo de auditoria.
• Desempenhar e coordenar atividades de auditoria, respeitando as normas
internas.
• Analisar demandas sobre os aspectos de competência, interesse público,
materialidade, relevância e oportunidade para fins de tomada de decisão
sobre a realização da atividade proposta. e.
• Elaborar tarefa com vista a formular questões de auditoria, delimitar o
escopo da atividade, especificar localidade, organizações, processos,
atividades, período de abrangência e estimativa de prazo para realização da
ação.
Compete ao ocupante de cargo de nível superior:
• Executar atividades de monitoramento em todas as suas fases, respeitando
as normas internas.
• Cadastrar demandas de auditoria, de monitoramento e de promoção do SNA,
bem como realizar registro de programação de atividades, no Sisaud/SUS.
• Executar e coordenartrabalhos nas áreas afetas à sistematização, à
padronização e à disseminação do conhecimento para o SNA.
• Realizar outras atividades com nível de complexidade compatível com as
atribuições dos cargos de nível superior.
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Compete ao ocupante de cargo de nível intermediário:
• Executar atividades de pesquisa de legislação, jurisprudência e doutrina.
• Elaborar informações, relatórios e outros documentos necessários à
instrução do processo de auditoria.
• Apoiar a execução das atividades de auditoria e monitoramento, respeitando
as normas internas.
• Cadastrar demandas de auditoria, de monitoramento e de promoção do SNA,
bem como realizar registro de programação de atividades, no Sisaud/SUS.
• Dar suporte à execução de trabalhos afetos à sistematização, à padronização
e à disseminação do conhecimento para o SNA.
• Realizar outras atividades com nível de complexidade compatível com as
atribuições dos cargos de nível intermediário.
Compete ao chefe da Seção de Auditoria
• Acompanhar o desenvolvimento dos trabalhos e das atividades de auditoria, 
desde o planejamento até a conclusão do Relatório Final. 
• Verificar a qualidade de todas as atividades desenvolvidas no âmbito da 
Seção. 
• Supervisionar a equipe, em caso de afastamento legal do supervisor. d. 
Coordenar trabalhos afetos à promoção do SNA. 
• Designar o coordenador da equipe de auditoria, o qual a representará 
perante o órgão/entidade auditado. 
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Compete ao chefe da Seção de Auditoria
• Assinar o comunicado de auditoria.
• Elaborar, com os servidores, o planejamento das atividades de auditoria, de
promoção do SNA e de monitoramento, seguindo as diretrizes do DENASUS e
observando as peculiaridades de sua região.
• Exercer outras atribuições afetas à sua função.
Compete ao Supervisor técnico
• Acompanhar e orientar o desenvolvimento dos trabalhos da atividade de
auditoria, desde o início da fase analítica até a fase do Relatório Final.
• Orientar a equipe a elaborar a tarefa, salvo se relacionada a uma ação
nacional, visto que será feita pelo DENASUS.
• Promover as discussões da equipe a respeito do escopo, dos procedimentos e
das técnicas a serem utilizadas na execução da atividade, incentivando os
membros da equipe a apresentarem propostas para uma decisão uniforme.
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Compete ao Supervisor técnico
• Revisar as matrizes de coleta e de análise de informações, antes de enviá‐las
à COPLAO para validação.
• Analisar, com a equipe, a matriz de constatações cuja elaboração se inicia já
na fase operativa.
• Revisar os Relatórios Analítico, Preliminar e Final antes de enviá‐los à CGAUD
para validação.
• Monitorar o cumprimento dos prazos, comunicando à chefia eventual
necessidade de prorrogação.
Compete ao coordenador da equipe de auditoria
• Coordenar reunião da equipe com dirigentes do órgão/entidade verificado. b.
• Elaborar, com os demais membros da equipe, o Relatório Preliminar e, na
etapa seguinte, o Relatório Final.
• Registrar, caso julgue necessário, eventuais discordâncias quanto a não
aprovação de aspectos considerados relevantes das matrizes de coleta e
análise de informação pelo supervisor técnico. Tal registro deverá constar
como observação na própria matriz objeto da divergência.
• Coordenar a organização dos papéis de trabalho da auditoria, com a equipe,
logo após encerrada a atividade de controle.
• Zelar pelo cumprimento dos prazos.
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Da Auditoria
Processo de auditoria: Registro único administrativo que contém todos os
documentos relacionados à ação de auditoria, desde a demanda até a conclusão
do relatório e posteriores encaminhamentos externos e internos.
Será processado no Sistema Eletrônico de Informação (SEI), iniciando de ofício
ou a pedido do interessado. Deverá preencher requisitos mínimos:
Competência 
Interesse 
público
Materialidade Relevância Oportunidade
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49
Todo processo de auditoria deverá ser iniciado por meio de protocolização de
documento escrito contendo os seguintes elementos:
I. órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II. identificação do interessado ou de quem o represente;
III. domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações, se for
o caso;
IV. formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
V. data e assinatura do requerente ou de seu representante
Todos os documentos produzidos e/ou obtidos na atividade de auditoria deverão
ser insertos no processo de auditoria, salvo os papéis de trabalho, os quais serão
arquivados no Sisaud/SUS.
O processo de auditoria deverá ser restrito até a sua conclusão e consequente
publicação do Relatório Final
O processo de auditoria será concluído pela direção do Departamento
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50
A demanda deverá conter:
Do procedimento
Após a criação do processo de auditoria no SEI, deverá haver despacho de
designação da equipe que conduzirá as respectivas atividades, a qual,
preliminarmente, elaborará, sob a orientação do supervisor técnico, documento
que contenha a tarefa a ser executada.
Tarefa: conjunto de orientações que permite nortear o trabalho da equipe de
auditoria. Deverá conter:
Objetivo da 
auditoria
Questões a serem 
respondidas para 
alcançar o objetivo
Período de 
abrangência
Localidades e 
unidades a serem 
visitadas
Processos e 
atividades que 
serão examinados
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51
Do procedimento:
As principais informações da tarefa deverão ser inseridas no Sisaud/SUS, com o
intuito de se iniciar as três fases da atividade de auditoria:
Fase analítica:
corresponde ao planejamento da auditoria para que seja adequadamente
executada pela equipe dentro do prazo estabelecido
Objetivo principal é preparar os servidores para a fase operativa ou in loco,
propiciando o desenvolvimento de uma compreensão mais acurada sobre as
atividades administrativas imprescindíveis ao bom êxito das fases subsequentes.
Devem‐se observar as seguintes fases:
Levantamento de 
informações sobre 
o objeto de 
auditoria
Construção das 
matrizes de coleta 
e análise de 
informações
Elaboração dos 
papeis de trabalho
Cronograma de 
trabalho
Elaboração do 
Relatório Analítico
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52
Levantamento de informações sobre o objeto:
a. A equipe deve levantar informações sobre o objeto da auditoria de modo a 
obter conhecimento suficiente para executar as fases subsequentes. 
b. Essa etapa possui a finalidade de definir o foco e delimitar a extensão dos 
trabalhos por meio da revisão e do aprimoramento da definição de objetivos 
e do escopo da auditoria, construídos durante a tarefa.
c. A equipe deve procurar informações que indiquem os critérios que possam 
ser utilizados para avaliar a situação do objeto de auditoria, tais como: 
Levantamento de informações sobre o objeto:
Setores responsáveis, 
competências e 
atribuições do órgão 
auditado
Legislação aplicável
Objetivos do órgão 
ou programa de 
governo
Desempenho recente 
por meio de análise 
d e indicadores e 
resultados
Pontos fracos e 
deficiência do 
controle
Outras informações 
relevantes
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Levantamento de informações sobre o objeto:
d. Podem ser buscadas informações de diversas fontes, desde que permitam à 
equipe estabelecer uma visão geral sobre o objeto e seu contexto, tais como: 
Auditorias 
realizadas pelo 
DENASUS e suas 
Seções de Auditoria
Sistemas de 
informação
Relatórios do órgão 
responsável e sítio 
da internet
Bases de legislações 
e normas
Atividades de 
controle realizadas 
por outros órgãos
Artigos acadêmicos
Informações da 
mídia
Outras fontes 
relevantes
Construção das matrizes de coleta e análise de informações:
• As matrizes têm o objetivo de sistematizar e organizar o processo de
auditoria para que a equipe tenha, de forma clara, as informações
necessárias para produzir evidências que irão sustentar possíveis
constatações, antes de ir a campo.
• São elaboradas com o intuito de equalizar o entendimento da equipe em
relação ao objetivo da atividade, bem como os passos e a metodologia a ser
utilizada,principalmente na fase operativa.
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Construção das matrizes de coleta e análise de informações:
• A Matriz de Coleta de Informações é o instrumento que indica quais são os
dados requeridos pela auditoria, quais as fontes e por meio de qual
procedimento esses dados serão coletados.
• Recomenda‐se que todas as informações vindas de uma mesma fonte sejam
apresentadas de forma agrupada na referida matriz.
• Quaisquer limitações relativas a informações requeridas, fontes e
procedimentos de coleta devem ser anotadas imediatamente abaixo da
matriz, na forma de notas
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Requisição de informações ‐ é o procedimento mais utilizado em auditorias!!!
Solicitam‐se informações ou documentos que servirão para sustentar as
constatações.
Quando a matriz de coleta é feita, o coordenador encaminha ao órgão em
questão o comunicado de auditoria, solicitando as informações e documentos
necessários e estabelecendo um prazo de entrega, que normalmente coincide
com o início dos trabalhos de campo.
Se o prazo não for suficiente, novo prazo poderá ser agendado
Ao receber os documentos o auditor deve se certificar da autenticidade dos
mesmos e da veracidade das informações
Entrevista ‐ é uma técnica qualitativa de obtenção de dados. Pode ser utilizada para
angariar informações na fase analítica, servir como parte da coleta de dados, auxiliar
na compreensão de dados obtidos. Quando utilizada para embasar uma constatação, é
importante buscar dados adicionais.
A condução da entrevista apresenta três fases: planejamento, condução e transcrição.
Partir das perguntas mais simples para as mais complexas, evitar as embaraçosas.
Manter um ambiente de confiança e formular perguntas abertas de maneira que o
entrevistado fale mais. A entrevista pode ser gravada, se o entrevistado o permitir
Ao final, deve‐se fazer o registro da entrevista, por meio das anotações de um membro
da equipe previamente designado. O documento resultante será chamado Extrato de
entrevista
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Sondagem: aplicação de questionários estruturados. Sua utilização é direcionada
para pesquisar vários indivíduos, instituições, serviços, etc. O instrumento deve
ser bem planejado e validado porque não poderá ser alterado pelo pesquisador
no momento da aplicação. Podem ser aplicadas pessoalmente, via telefone,
postal ou correio eletrônico.
Grupo focal: obtenção de dados por meio da interação entre participantes de
pequenos grupos reunidos em local e horário definidos, na presença de um
facilitador e assistentes, com roteiro pré‐definido. São tipicamente utilizadas em
auditorias de desempenho, sendo úteis para avaliar as percepções de gestores,
servidores e usuários do SUS, mas podem ser utilizadas para avaliar adesão a
recomendações e seus efeitos.
Observação direta tipicamente utilizada em auditoria de processo, para avaliação de um
serviço, atendimento, etc., registrando‐se a dinâmica observada em roteiros previamente
formulados. Permite a coleta de dados no momento em que são produzidos, trazendo
contextualização sobre a forma de funcionamento do auditado. É útil quando há envolvimento
emocional ou falta de percepção a respeito do assunto em foco.
Inspeção física é a observação sobre situações estáticas como estrutura física, equipamentos,
infraestrutura.
Extração de dados é a coleta de dados em sistemas de informação. Requer conhecimento a
respeito do sistema a ser utilizado, bem como dos dados com os quais ele é alimentado.
Quando o sistema não emite extrato dos dados, pode‐se fazer uma requisição ao auditado.
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Confirmação externa ou Circularização é quando a informação de terceiros vem
confirmar dados fornecidos pelo auditado. Útil para averiguar acordos, contratos
e transações, execução de procedimentos ambulatoriais (carta‐sus),
pagamentos, etc. Se a resposta à solicitação não for confiável, outras fontes
devem ser analisadas.
Triangulação é a utilização de mais de um método de coleta para estudar a
mesma questão. Ela fortalece as evidências, porque as mesmas conclusões são
obtidas de formas diferentes: utilizando mais de um pesquisador de campo na
coleta de dados, coletar dados a respeito do mesmo objeto em fontes distintas e
usar mais de um método de coleta.
Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: Enfermeiro
Durante a auditoria, são utilizadas algumas técnicas de coleta de informações indicadas 
conforme a finalidade. Caso a finalidade da coleta seja caracterizar a dinâmica de uma 
atividade; sendo um exemplo de questão: “Os enfermeiros realizam os procedimentos 
adequadamente?”; a técnica de coleta mais adequada seria:
a) Extração de dados de sistema
b) Confirmação externa
c) Entrevista
d) Grupo focal
e) Observação direta
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Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: Enfermeiro
Um tipo de técnica adotada no processo de auditoria é __________________, que consiste na
aplicação de questionários para obter informações de forma padronizada sobre um grande
número de unidades de pesquisa, sejam indivíduos ou organizações. Presta‐se a descrever
aspectos do tema pesquisado de forma quantitativa, usando estatística, como, por exemplo,
obter o percentual de usuários que aprovam o serviço prestado e as reclamações mais
frequentes. Preencha a lacuna e a seguir assinale a alternativa correta.
a) Requisição de informações
b) Triangulação
c) Sondagem
d) Entrevista
e) Grupo focal
Construção das matrizes de coleta e análise de informações:
• A Matriz de Análise de Informações, por sua vez, indica, por meio dos
procedimentos de análise, como as informações serão tratadas, visando
revelar a situação real do objeto e compará‐las à situação ideal ou critérios.
• A comparação entre a situação real e o critério de auditoria permitirá
confirmar ou não possíveis constatações e, assim, responder às questões de
auditoria, que podem ter uma ou mais constatações associadas. Cada
constatação, via de regra, apoia‐se em um único critério.
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Construção das matrizes de coleta e análise de informações:
• As questões de auditoria estabelecem o foco da investigação e devem:
Ser claras e 
específicas
Apresentar 
viabilidade 
investigativa
Apresentar 
articulação e 
coerência entre si
Ser capazes de 
esclarecer o 
problema apontado 
na demanda
As questões de auditoria podem ser de quatro tipos:
•Descrevem condições de implementação ou operação de uma atividade
•Mudanças ocorridas, problemas em áreas com possíveis melhorias
•Ex.: como os gestores operacionalizam o atendimento aos pacientes
Descritivas 
•Comparam a situação existente àquela estabelecida em norma, padrão ou meta.
•Os contratos de serviços atendem aos requisitos legais? As metas de atendimento são 
cumpridas?
Normativas 
•Avalia a efetividade do objeto de auditoria. Busca saber se determinada ação contribui 
para a solução de um problema levantado anteriormente
•Em que medida as ações da atenção básica contribuem para a redução das taxas de 
internação?
Avaliativas (ou de 
impacto)
•Buscam revelar a razão de um determinado resultado
•Ex.: Que fatores explicam o aumento do gasto com saneantes numa determinada 
unidade?
Exploratórias
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120
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Para a formulação das questões, utiliza‐se
comumente a técnica de brainstorming
A respeito da qualidade da auditoria, o
Ministério da Saúde traz o conceito
de restrição tripla.
A qualidade da auditoria será definida: pelo
tamanho do escopo definido, pela equipe
alocada (tamanho e competência) e pelo
prazo para realização.
Construção das matrizes de coleta e análise de informações:
• Obrigatoriamente, as Matrizes de Coleta e de Análise de Informações farão
parte do Relatório Analítico
• As matrizes devem ser revistas pela equipe, que deve observar se:
As informações previstas 
na matriz de coleta são 
necessárias e suficientes 
para responder às 
questões de auditoria
Estão claros a fonte e o 
método de se obterem 
as informações
A obtenção das 
informações é factível 
dentro do prazo e com 
os recursos disponíveis
Está clarocomo cada 
informação será usada 
na construção da 
constatação
Haverá tempo para fazer 
todas as análises 
previstas.
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62
Construção das matrizes de coleta e análise de informações:
• As matrizes revistas serão validadas pela supervisão técnica
• O supervisor deve observar minimamente:
As questões, quando 
respondidas, permitem 
chegar ao objetivo da 
auditoria?
As informações 
requeridas são 
suficientes para 
responder às 
questões?
As fontes de 
informação estão 
corretas?
Os procedimentos de 
coleta são adequados 
segundo o tipo de 
informação?
Os procedimentos de 
análise são suficientes 
para conduzir as 
constatações?
As possíveis 
constatações são 
compatíveis com as 
questões de auditoria?
Cada um dos aspectos avaliados deve gerar uma ação:
•Informações desnecessárias devem ser eliminadas da matriz
•Se forem insuficientes, identificar e acrescentar as informações que faltamNecessidade e suficiência das informações
•Se a equipe não souber ao certo como obter as informações, consultar outros 
auditores, ou fazer prospecção, para checar se a informação existe e como 
pode ser acessada.
As fontes de informação estão corretas? 
Os procedimentos de coleta são 
adequados segundo o tipo de 
informação?
•Caso isso não esteja claro, mas a informação for considerada necessária, 
consultar outros auditores que tenham enfrentado a mesma situaçãoEstá claro como cada informação será 
usada na construção da constatação?
•Se necessário, restringir as questões de auditoria às mais urgentes ou 
relevantes 
•Modificar a estratégia de coleta e análise
Haverá tempo para coleta e todas as 
análises?
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124
63
Validação das matrizes de coleta ou análise processual.
Painel de referência é utilizado quando o objeto da auditoria é pouco conhecido
da equipe. Podem ser ouvidos especialistas e até mesmo representantes do
órgão ou programa auditado, para refinar os instrumentos, aumentar o foco e
melhorar os critérios.
Procedimentos de análise dos dados
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Análise quantitativa – uso de medidas estatísticas:
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65
Amostragem
Utiliza‐se a amostragem quando é necessário estudar uma população, partindo‐
se de observações de apenas parte dos elementos que a constituem. Quando
se estuda toda a população envolvida, estamos falando de censo.
Ao se utiliza amostragem não probabilística, isso deve ficar explícito no
relatório, por não necessariamente representar o todo.
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66
A amostragem não probabilística mantém‐se sistematizada. Para tanto, há três
formas possíveis:
A amostragem probabilística traz consigo a possibilidade de generalização dos resultados 
obtidos para a população como um todo.
O manual do Ministério da Saúde, publicado em 2017 traz apenas a amostragem aleatória 
simples como forma de amostragem probabilística, apesar de informar que há outras formas 
de se fazer essa seleção.
Amostragem aleatória simples é uma técnica em que a seleção é realizada de maneira 
aleatória e cada elemento da população tem a mesma chance de ser selecionado. Para tanto, 
é necessário um cadastro com todos os elementos da população e, a partir daí, será feito o 
sorteio aleatório dos elementos. Essa forma de amostragem é simples, produz estimativas 
confiáveis e é a base para outras técnicas mais complexas.
Limitação: necessidade de um cadastro atualizado. Aumento dos custos e da logística
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Em amostragens estatísticas, há a necessidade de estabelecer o tamanho da
amostra baseado na precisão dos dados a serem apresentados.
Para isso, se estabelece um intervalo de confiança (valor percentual que
representa a proporção de amostras cujo intervalo de confiança deverá conter o
parâmetro populacional) e uma margem de erro aceitável. Quanto menor a
margem de erro e maior o intervalo de confiança, maior a amostra.
Quando é necessário reduzir o tamanho da amostra, o Ministério da Saúde
recomenda que se aumente a margem de erro, porque o tamanho da amostra
responde sensivelmente a esse parâmetro.
Elaboração dos papéis de trabalho
• Os papéis de trabalho de auditoria constituem um registro permanente dos
fatos e das informações obtidos, bem como das conclusões sobre os exames.
É com base nesses documentos que a equipe irá relatar as constatações,
conclusões e recomendações.
• Eles devem ser mantidos organizados e à disposição para consulta, de
maneira a demonstrar os procedimentos adotados pela equipe, as evidências
obtidas, as constatações e as conclusões alcançadas.
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Elaboração dos papéis de trabalho
• Devem ser completos e detalhados o suficiente para que um servidor que
não tenha participado da auditoria possa, com base nos papéis de trabalho,
compreender os procedimentos adotados, as evidências obtidas, as
constatações e as conclusões alcançadas.
• Devem oferecer suporte a todas as etapas da auditoria e contribuir para a
qualidade e a eficiência da atividade, bem como subsidiar a elaboração do
relatório e a resposta a questionamentos do auditado ou de outras partes
interessadas.
Elaboração dos papéis de trabalho
Para a boa qualidade da documentação, os papeis de trabalho devem ser:
a) completos, com início, meio e fim, de modo a registrar os passos que o
auditor planejou ou utilizou para coletar e analisar informações;
b) concisos, indicando registros sucintos, mas suficientes para produzir
evidências e embasar constatações;
c) lógicos, construídos conforme a sequência natural dos fatos e o objetivo
visado com o respectivo procedimento; e
d) precisos, isto é, não apresentar imperfeições e incorreções.
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Elaboração dos papéis de trabalho
• Ao elaborar um papel de trabalho, o servidor deve indicar, no cabeçalho,
órgão ou entidade auditado; número da auditoria; título do papel de
trabalho; objeto auditado; período de realização da auditoria; numeração da
página no formato nº folha/total de páginas; no rodapé, devem ser indicados:
nomes do executor e do revisor; e data de preenchimento.
• Todo papel de trabalho deve indicar as fontes dos dados; os documentos
analisados; os agentes entrevistados, conforme a finalidade do papel de
trabalho; notas explicativas com esclarecimentos sobre o conteúdo, quando
necessário; e campo para referenciar outro papel de trabalho, quando for o
caso.
Elaboração dos papéis de trabalho
• A equipe de auditoria tem a responsabilidade e a liberdade para definir a
quantidade, o tipo e o conteúdo da documentação.
• Entretanto, deve‐se documentar principalmente o seguinte:
i. objetivos, escopo, cronograma e metodologia do trabalho;
ii. matrizes de coleta e de análise de informações;
iii. instrumentos de coleta de dados;
iv. resultado das técnicas de diagnóstico aplicadas;
v. resultado de questionários, entrevistas, inspeções físicas e exames documentais
realizados;
vi. resultado de análises estatísticas e de banco de dados;
vii. matriz de constatação; e
viii. análise percuciente da justificativa do auditado.
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70
Elaboração dos papéis de trabalho
Outros exemplos de papéis de trabalho compreendem: planilhas, formulários,
questionários preenchidos, fotografias, documentos diversos, memorandos,
portarias, copias de contrato, arquivos de dados, matrizes de planejamento,
entre outros.
Cronograma de Trabalho
a. O cronograma, além de indicar prazos para as atividades, cumpre a função 
de indicar a melhor sequência para realização das atividades durante a fase 
operativa. 
b. É importante identificar os locais a visitar e as pessoas a entrevistar, com 
endereço, nome e telefone da pessoa de contato. 
c. Ao listar as atividades, deve‐se indicar o membro da equipe responsável por 
executar cada uma delas e se haverá outro prestando apoio. 
d. A equipe poderá ajustar o cronograma, desde que o foco no objetivo da 
auditoria seja mantido.
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Temas abordados:
• Elaboração de Relatório Analítico
• Relatório Preliminar
• Fase de Relatório
• Relatório Final
• Proposição da Devolução de Recursos
• Conclusão do Relatório de Auditoria
• Controle de Qualidade• Encerramento da Auditoria- Resolução COFEN 266/01
Elaboração do Relatório Analítico
• O Relatório Analítico é o principal produto da fase analítica, 
haja vista que será o guia para a ação da equipe na fase 
operativa. 
• O relatório deverá ser confeccionado pela equipe e revisado 
pelo supervisor técnico, com o fim de ser submetido à 
COPLAO para validação.
COPLAO = Coordenação de Planejamento 
e Operacionalização
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Elaboração do Relatório Analítico
O Relatório Analítico deverá conter:
Visão geral do objeto 
de auditoria
Metodologia utilizada 
na fase analítica
Documentos, normas, 
áreas, ou especialistas 
consultados
Matrizes de coleta e 
análise de informação
Cronograma detalhado 
de realização das fases 
operativa e de 
relatório final
Elaboração do Relatório Analítico
• A fase operativa somente ocorrerá após a aprovação do Relatório
Analítico pela COPLAO.
• Após a aprovação do Relatório Analítico, a equipe elaborará o
Comunicado de Auditoria, o qual será submetido ao crivo do chefe da
Seaud, com a finalidade de que os documentos e as informações
previstos nas Matrizes de Coleta e de Análise de Informação e na de
Qualificação de Responsável estejam disponibilizados no momento da
realização da fase operativa
Seaud: seção de auditoria
Nems: Núcleo Estadual do Ministério da Saúde
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Elaboração do Relatório Analítico
• Após a elaboração do Comunicado de auditoria, a chefia do Nems
enviará Ofício encaminhando o Comunicado de Auditoria, com o
propósito de informar o gestor que será realizada auditoria em sua
unidade de serviço em determinado período, bem como solicitar
documentos indispensáveis à realização de auditoria. No caso de
auditorias realizadas no Distrito Federal, o ofício será assinado pela
direção do DENASUS.
Seaud: seção de auditoria
Nems: Núcleo Estadual do Ministério da Saúde
Fase operativa:
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Aprovação do Relatório analítico pela COPLAO (Coordenação de 
Planejamento e Operacionalização)
Comunicado de auditoria
•Avaliado pelo chefe da SEAUD
Aprovados o relatório analítico e o comunicado de auditoria
Chefia do Nems envia ofício encaminhando o Comunicado de auditoria
• Informar o gestor sobre a auditoria, período e solicitação de documentos
•Auditorias no DF serão assinadas pela direção do DENASUS.
Fase operativa:
• Esta fase corresponde à execução do que foi planejado na fase analítica. O
objetivo central é obter evidências para caracterizar as constatações de
forma consistente. b.
• As ações deverão ser pautadas pelas Matrizes de Coleta e de Análise de
Informações e executadas dentro do cronograma desenvolvido.
• Os principais produtos desta fase serão a Matriz de Constatações e o
Relatório Preliminar.
• Deve ser realizada uma reunião de abertura com o auditado, com as
finalidades de ser entregue o ofício de apresentação da equipe, e receber os
documentos solicitados, se for o caso.
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75
Fase operativa:
• Ressalte‐se, que a fase operativa deve ser conduzida com objetividade e
eficiência, pois, muitas vezes, o tempo disponível em campo é reduzido,
motivo pelo qual deve ser aproveitado para coletar as informações, conforme
foi planejado na fase analítica.
• Ao final da fase operativa, é recomendável realizar reunião de encerramento,
informando ao auditado os próximos passos, inclusive o de envio do Relatório
Preliminar, com o intuito de se ofertar oportunidade de apresentação de
justificativas sobre algumas constatações, caso existam.
• No Relatório Preliminar, dever‐se‐á esmiuçar todas as relevantes evidências e
constatações sobre a atividade de auditoria realizada, com a correta
identificação dos agentes que praticaram as condutas reputadas irregulares.
Relatório preliminar:
• A identificação do responsável deverá ser comprovada por meio de atos
administrativos, na hipótese de servidor público, ou de outro documento
oficial, nos demais casos, desde que contenham todos os dados necessários
à sua qualificação, cujos documentos deverão ser anexados ao Relatório
Preliminar.
• As evidências servem para validar o trabalho da equipe e devem ser
suficientes, adequadas e pertinentes de forma a permitir à equipe obter
constatações que fundamentem as suas conclusões, razão pela qual devem
conter os seguintes requisitos:
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Evidências e Constatações
Evidências são aquilo que os auditores procuram: fatos, documentos e informações
que fundamentem os resultados da auditoria. A análise dessas evidências tem como
objetivo fundamentar o posicionamento da equipe de auditoria frente à realidade
encontrada. Para tanto, deverão ser suficientes, adequadas e pertinentes (MS, 2017)
As constatações são o que se obtêm ao comparar as evidências e os critérios. Essa
comparação pode gerar a constatação de conformidade, quando há concordância
entre o critério e a evidência e de não conformidade quando o ideal e o real se
distanciam. As constatações devem ser relevantes, objetivas, fundamentadas em
evidências, e devem ser convincentes, de forma que uma pessoa que não participou
do trabalho, ao se deparar com as constatações, compreenda o que foi feito.
Requisitos das evidências
• A evidência deve ser legítima, ou seja, baseada em informações 
precisas e confiáveis.Validade 
• Garantia de que serão obtidos os mesmos resultados se a auditoria 
for repetidaConfiabilidade 
• Relaciona‐se de forma lógica com os critérios e objetivos da 
auditoriaRelevância
• Quantidade e qualidade das evidências devem demonstrar boa 
fundamentação das constatações, conclusões e recomendaçõesInsuficiência
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A evidência deve ser suficiente, adequada e pertinente:
As Evidências podem ser:
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Ano: 2017 Banca: IBFC Órgão: EBSERH Prova: Enfermeiro
A análise de informações em auditoria é um dos pilares da qualidade de uma
auditoria, pois responde pela qualificação das evidências que sustentarão as
constatações. Usa‐se _________ para obter uma compreensão mais profunda de
percepções, razões e motivações acerca de um problema e seu contexto.
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.
a) Análise Quantitativa
b) Análise Qualitativa
c) Análise Descritiva
d) Observação Direta
e) Avaliação Comportamental
Constatação de auditoria:
A constatação é o resultado da comparação entre o critério e a situação encontrada, a
qual deve apresentar os seguintes elementos:
a) a situação encontrada do objeto, caracterizada por evidências;
b) a fonte da evidência;
c) o critério que define a situação ideal do objeto;
d) a causa que levou à situação;
e) o efeito gerado; e
f) as recomendações.
As constatações devem ser insumos para elaborar a Matriz de Constatação. A matriz é
a ferramenta utilizada para analisar e organizar as informações necessárias à
sustentação das constatações obtidas.
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Constatação de auditoria:
• Para as constatações que constituírem irregularidades, deverá ser preenchida
a Matriz de Qualificação de Responsáveis, contendo a identificação da
constatação, nome do responsável, CPF, período de exercício, conduta, nexo
de causalidade e culpabilidade, cujas informações deverão figurar, também,
nas evidências das constatações.
• Quando da realização da auditoria não resultarem constatações, ou as
constatações resultantes não se constituírem em irregularidades, não será
necessária a aplicação da Matriz de Qualificação de Responsáveis.
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O produto final da fase operativa é o Relatório Preliminar de auditoria, que é
elaborado pela equipe com base nas constatações preliminares resultantes dos
trabalhos desenvolvidos. Ressalte‐se que o seu conteúdo deve ser restrito aos
interessados, ficando vedada a sua divulgação.
O Relatório Preliminar será analisado pelo supervisor técnico e validado pela
COAUD, antes de ser submetido ao auditado, o qual terá o prazo de 15 dias,
prorrogáveis por igual período, para apresentar as suas considerações sobre o
seu conteúdo.
COAUD – Coordenação de Avaliação de Auditoria
Relatório Preliminar
• É o produtoda fase operativa, elaborado pela equipe de auditoria com base
nas constatações preliminares. É um documento de notificação ao auditado
e, baseado nele, o auditado apresenta as justificativas para as não
conformidades encontradas.
• Não há necessidade de, no relatório preliminar, separa-se um espaço para
elencar os critérios. O SISAUD/SUS orienta que a fundamentação legal
deve ser citada na descrição da evidência.
• Esse relatório é a base do relatório final, que será elaborado após a
apresentação das justificativas do auditado. Ele deve ser enviado ao
auditado após revisão criteriosa, de maneira que o mesmo possa entender
claramente as constatações da equipe de auditoria, qual a fundamentação e
quais são os pontos sobre os quais ele deve se pronunciar.
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Relatório Preliminar
• Deve-se esmiuçar todas as relevantes evidências e constatações sobre a 
atividade de auditoria realizada, com a correta identificação dos agentes 
que praticaram as condutas reputadas irregulares.
• A identificação do responsável deverá ser comprovada por meio de atos 
administrativos, na hipótese de servidor público, ou de outro documento 
oficial, nos demais casos, desde que contenham todos os dados necessários 
à sua qualificação, cujos documentos deverão ser anexados ao Relatório 
Preliminar.
Fase de relatório
• O Relatório Final é o instrumento formal e técnico utilizado para comunicar
o objetivo e as questões de auditoria, a metodologia utilizada, as
constatações encontradas, as recomendações e a conclusão dos trabalhos.
Além disso, é referência para o monitoramento da atividade
• É importante dizer que, embora uma boa escrita auxilie na construção de
um relatório compreensível, nem toda a habilidade do universo pode
substituir as bases bem estabelecidas (planejamento, relevância das
informações, consistência das evidências, fundamentação das
constatações).
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Fase de relatório
• O vocabulário deve ser direto, sem floreios desnecessários. O conteúdo
deve se ater ao que é relevante, importante e baseado em evidências.
• O relatório conterá as seguintes partes: introdução, metodologia,
justificativas do auditado, análise das justificativas, recomendações,
proposição de devolução de recursos (se houver) e a conclusão.
• Origem da demanda, sua interpretação, relevância do objeto, 
auditorias anteriores.
• Objetivo, escopo e não escopo
Introdução
• Descrição minuciosa do caminho até os resultados
• Método de escolha e tamanho da amostra, coleta de dados, 
procedimentos de análise, critérios de auditoria, elaboração das 
constatações e cálculos estatísticos, margem de erro assumida, 
dificuldades e limitações
Metodologia
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84
• A portaria GM/MS nº743/12 dispõe sobre o procedimento de notificação e 
oitiva de agentes públicos, órgãos e entidades públicas e pessoas físicas e 
jurídicas privadas, além de outros interessados, a respeito de resultados de 
auditorias e outras atividades de controle realizadas pelo DENASUS
• Toda constatação de não conformidade deve gerar a oportunidade de 
manifestação do auditado.
• Análise das justificativas do auditado, que serão acatadas ou não.
Justificativas do auditado e análise
• comandos que visam a melhorar dada situação
• deixar de fazer algo que se fazia; fazer melhor algo que não se fazia assim 
tão bem; e passar a fazer algo que não era feito.
Elaboração de recomendações
Relatório final
• Na redação do relatório, a equipe de auditoria deve orientar-se 
pelos requisitos resumidos no mnemônico 4CTI: Clareza, 
Concisão, Convicção, Confiabilidade, Tempestividade e 
Imparcialidade
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4CTI
Clareza
• linguagem clara, a fim de que o leitor entenda facilmente, ainda que não versado 
na matéria, o que se quer transmitir, sem necessidade de explicações adicionais.
Concisão
• conter apenas informações relevantes para elucidação dos fatos auditados, com 
linguagem direta. Logo, deve‐se evitar o uso excessivo de adjetivos e emprego de 
termos que contenham em si só juízo de valor.
Convicção
• relatar de forma consistente as constatações e as evidências, permitindo que 
qualquer pessoa chegue às mesma conclusões que chegou a equipe de auditoria. 
4CTI
Confiabilidade
• apresentar as necessárias evidências para sustentar as constatações, 
conclusões e recomendações, procurando não deixar espaço para contra‐
argumentações.
Tempestividade
• deve ser emitido em tempo hábil, a fim de que as providências necessárias 
sejam tomadas oportunamente.
Imparcialidade
• a análise contida no relatório deve ser pautada pelo ceticismo e julgamento 
profissional, livres de opiniões que não se sustentam diante de argumentos 
válidos.
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86
Relatório Final
• Deve contextualizar a auditoria. 
• Abordar origem, antecedentes, objetivos, escopo e visão geral 
do objeto
• Métodos adotados na execução dos trabalhos na fase analítica e 
na fase operativa.
• Informar os tipos de documentos analisados, os sistemas de 
informações verificados, as origens/fontes dos recursos 
financeiros analisados (se possível, o percentual), as instituições 
visitadas na atividade, a realização de eventuais visitas 
domiciliares, a utilização e o tipo de instrumentos para coleta de 
dados, e, se for o caso, circularização, entrevistas com usuários, 
com trabalhadores de Saúde e com gestores.
Relatório Final
• Se houver limitações que impossibilitem o aprofundamento de
determinadas questões, elas deverão ser descritas.
• Deve-se apontar o que exatamente não foi examinado em
profundidade suficiente e as justificativas para tanto.
• Documento com respostas e justificativas do auditado deverá
ser anexado ao Processo de Auditoria (SEI)
• Caso não ocorra a apresentação de justificativa, a equipe fará a
análise em consonância com os demais elementos probatórios
constantes dos autos, prosseguindo o processo e garantindo a
qualquer tempo, antes da finalização do processo de auditoria, a
oferta de citada manifestação (art. 27 da Lei n.º 9.784/1999).
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Relatório Final
• O acatamento ou não da justificativa deve ser embasado em
argumentos técnicos e convincentes
• Se houver responsabilidade de devolução de recursos públicos, a
equipe detalhará os atos ilegais, ilegítimos ou antieconômicos
dos agentes que deram origem ao dano. Deverá ser apontado o
responsável pelo ressarcimento e o débito.
Proposição da devolução de recursos
• Essa proposição decorre da constatação de não conformidade envolvendo 
utilização de recursos de saúde repassados de fundo a fundo a Estados e 
Municípios ou a entidades privadas (nesse caso, por meio de convênios)
• A devolução de recursos é devida, segundo Brasil, 2014 apud Brasil, 2017, 
nas seguintes hipóteses:
1. utilização de recursos transferidos fundo a fundo fora da finalidade, isto é, 
aplicados fora da ações e serviços públicos de saúde, conforme definido 
no art. 3o da Lei Complementar no141/2012);
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88
Proposição da devolução de recursos
2. utilização de recursos transferidos fundo a fundo fora do objeto, isto é, 
aplicados em ações e serviços públicos de saúde, porém fora do objeto ou 
bloco de financiamento;
3. utilização de recursos transferidos fundo a fundo que resultou em prejuízo 
ao Erário;
4. e utilização indevida de recursos transferidos por meio de convênios, 
contratos e instrumentos congêneres.
Proposição da devolução de recursos
• Para que a proposição de devolução de recursos seja consistente, os 
seguintes requisitos são necessários:
1. especificação do objeto: tipo de recurso (bloco de financiamento, repasse 
por convênio)
2. Motivo da devolução
3. Fundamentação legal
4. Data do fato gerador
5. Valor original
6. Documentos comprobatórios referentes à devolução
7. Documentos administrativos da auditoria
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Conclusão do relatório de auditoria
• É o momento em que se faz a síntese de todo o processo de auditoria. Ela
deve oferecer uma visão geral do que foi feito, para que o leitor chegue a
um quadro compreensível das recomendações feitas e das

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