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Fisiologia UCIX

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3° fase Medicina UNIFEBE 
Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 
O Envelhecimento 
Estresse oxidativo 
 Lesões nas células, proteínas, membrana celular, 
DNA, mitocôndrias, lipídeos 
 Teoria dos radicais livres corroborou para o estudo 
do estresse oxidativo 
 Um radical livre é um átomo ou molécula que 
contém um ou mais elétrons não pareados 
 
Formação de radicais livres: 
 Processos exógenos: luz ultravioleta, poluentes do ar 
e água, radiação, cigarro 
 Processos endógenos: metabolismo (mitocôndrias) e 
inflamação (leucócitos) 
o Todas causam danos no DNA 
 É um processo contínuo e nem sempre patológico; 
pode ser utilizado contra bactérias e fungos 
invasores, produção de T3 e T4, iodo... 
Espécies Reativas de Oxigênio 
 Peróxido de hidrogênio – causa dano na membrana 
 Radical hidroxila – ataca os componentes celulares 
 Íon superóxido 
 Radical peroxila 
 Ácido peroxinitroso 
Mitocôndria e espécies reativas de 
oxigênio 
 Cerca de 95% da energia de uma célula é produzida 
nas mitocôndrias e cerca de 97% do O2 é usado na 
formação de energia, enquanto 3% dele é utilizado 
na formação de espécies reativas 
 As espécies reativas de oxigênio são produzidas nas 
mitocôndrias durante a cadeia transportadora de 
elétrons e causam danos às macromoléculas, 
incluindo lipídeos, proteínas, DNA de mitocôndrias e 
núcleos que levam ao envelhecimento 
 
 
Agentes antioxidantes 
 Inibem a oxidação (perda de elétrons) 
 Mesmo presente em pouca quantidade, diminui o 
nível de oxidação do substrato 
 Substâncias/enzimas que fazem um sistema de 
defesa contra a oxidação de compostos causada 
pelos radicais livres 
 Enzimáticos: superóxido dismutase, catalases, 
peroxidasses, enzimas que repõem NADPH, enzimas 
que sintetizam GSH, enzimas que reciclam GSH, 
proteínas tióis, enzimas de reparo 
 Não-enzimáticos: glutationa (GSH), albumina, 
metalotioneína, ceruloplasmina 
 Da dieta: vitaminas C e E, carotenoides, polifenóis, 
flavonoides, zinco e selênio 
 
 
 
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A fonte e as respostas celulares às espécies reativas de 
oxigênio 
 Fonte: sistema imune defeituoso, dano celular, 
envelhecimento, doenças, morte celular 
 Resposta: exógenas, endógenas e defesas 
antioxidantes 
Consequências dos radicais livres 
 Estressores → Radicais livres → dano molecular 
em lipídeos, proteínas e/ou DNA → efeitos (danos às 
membranas, perda de material intracelular, redução da 
eficiência metabólica, mutações) 
Exemplos de estressores: 
 Respiração 
 Envelhecimento 
 Hormônios 
 Xenobióticos 
 Radiação 
 Patógenos 
 Toxinas 
 Metais pesados 
 Poluentes 
Efeitos do estresse oxidativo sobre o organismo 
 Coração: hipertensão, dislipidemia, aterosclerose, 
infarto do miocárdio, angina pectoris 
 Rins: litíase renal, nefropatia diabética 
 Pulmões: asma, alergias, edema pulmonar, 
hipertensão pulmonar 
 Olhos: degeneração muscular, degeneração da 
retina, catarata 
 Cabelo e pele: anormalidades da melanina, cabelos 
cinzas 
 Sistema reprodutivo: infertilidade 
 Sangue: talassemias, aterosclerose, leucemia, 
hipertensão 
 Articulações: artrite reumatoide, osteoartrite, 
fibromialgia 
 Fígado e pâncreas: diabetes, doença de Wilson, 
doenças das ilhotas pancreáticas 
 Cérebro: Alzheimer, Parkinson, autismo, 
esquizofrenia, edema cerebral, AVC 
Reabilitação Cardíaca 
 Controlam-se as doenças cardiovasculares com 
medicações, atividade física e mudança de hábitos de 
vida 
 As doenças cardiovasculares são responsáveis por 
30% de todas as causas de morte 
 O envelhecimento é o principal fator de risco para 
morbidade e mortalidade cardiovascular 
 Crescimento da população idosa em países 
industrializados e em desenvolvimento 
 Alterações pulmonares também pioram a condição 
dos idosos 
Mudanças decorrentes do 
envelhecimento 
 Perda da massa, força, potência, resistência, 
velocidade de contração, função mitocondrial e 
capacidade oxidativa 
 Menor capacidade aeróbia, contratilidade cardíaca, 
FC máxima, volume sistólico e débito cardíaco 
 Perda da variabilidade da frequência cardíaca 
 Menor complacência arterial 
 Aumento da pressão arterial 
Alterações estruturais e fisiológicas: 
 Energia utilizada pelo coração: principalmente ácidos 
graxos 
 O suprimento sanguíneo chega pelas artérias 
coronárias 
 
 
Problemas cardiovasculares e circulatórios 
 Infarto 
 Aterosclerose 
 A reabilitação cardíaca é o somatório das 
atividades necessárias para garantir aos pacientes 
portadores de cardiopatia melhor condição física, mental 
e social de forma que eles consigam, pelo seu próprio 
esforço, reconquistar uma posição na comunidade e 
levar uma vida ativa e produtiva. 
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Objetivos: 
 Melhorar o controle da doença 
 Modificar fatores de risco 
 Gerar independência funcional 
 Retornar as atividades laborais 
 Melhorar a autoestima e autoconfiança 
 Indicações: portadores de fatores de risco para 
doença arterial coronariana (tabagismo, HAS, dislipidemia, 
DM, obesidade, sedentarismo); valvulopatias; cardiopatias; 
pacientes pós transplante cardíaco, entre outros 
 Avaliação pré-participação: anamnese, exame 
físico, teste ergométrico ou de esforço progressivo 
máximo (identificar isquemia miocárdica, disfunção 
ventricular, arritmias e distúrbios de condução), 
determinação da capacidade aeróbia, FC, PAS e PAD, no 
pico de esforço, estratificação do risco cardiovascular 
 VO2/capacidade aeróbia: capacidade do sistema em 
captar, absorver e transportar o O2 a todos os 
tecidos em uma atividade física máxima em 1 minuto 
 Contraindicação: angina instável, tromboflebite, 
embolia recente, infecção sistêmica, pericardite ou 
miocardite aguda, arritmia não controlada, insuficiência 
cardíaca descompensada e HAS descontrolada 
 Programa de exercícios físicos: exercícios 
aeróbios, de fortalecimento muscular, de 
alongamento/flexibilidade e de coordenação e equilíbrio. 
Tem a seguinte estrutura básica: 
 Aquecimento: 10 minutos; alongamento, calistenia, 
caminhada de baixa intensidade 
 Fase principal: 40-60 minutos; aeróbios, 
fortalecimento muscular, equilíbrio e coordenação; 
o Aeróbios: caminhada, ciclismo, corrida, 
natação, hidroginástica; 2-7 sessões 
semanais; pode ser de intensidade leve, 
moderada ou intensa 
o Fortalecimento: 2-3 séries de 1-15 
repetições; repouso entre as séries; 
intensidade leve-moderada; 3-5 sessões 
semanais 
 Desaceleração: 10 minutos; menor ritmo, 
desaquecimento, recreação; 
 Benefícios: melhora da angina em repouso, atenua a 
gravidade da isquemia por esforço, melhora a 
capacidade funcional, controla os fatores de risco 
para doença cardiovascular, melhora a ventilação e 
perfusão, melhora a respiração, aumenta a potência 
aeróbia e melhora a qualidade de vida e o 
prognóstico da doença 
Envelhecimento do Sistema 
Osteomioarticular 
Hormônio do crescimento: GH – 
somatropina e sistema IGF 
 O GH é uma proteína altamente fundamental 
para o ganho de massa muscular sintetizada pelos 
somatotrofos da hipófise anterior. É essencial para o 
crescimento de vários tecidos, mediante a regulação do 
sistema IGF 
o A secreção hipofisária de GH tem controle 
hipotalâmico, exercido pelo GHRH (hormônio 
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liberador do GH), somatostatina e em menor 
intensidade pela ghrelina. O GHRH e a ghrelina 
estimulam a secreção de GH atuando mediante 
receptores específicos distintos acoplados à proteína 
G, enquanto a somatostatina exerce ação inibitória 
o Pico as 12h e as 24h; as variações na secreção do 
GH durante o dia demonstram o efeito 
especialmente potente de exercícios intensos e 
também da elevada taxa de secreção do GH que 
ocorre durante as primeiras horas de sono profundo 
 Os IGFs (IGF-1 e IGF-2) são fatores de 
crescimento produzidos na maioria dos órgãos e tecidos 
do organismo(insulin-like growth factors), possuindo 
ações autócrinas, parácrinas e endócrinas sobre o 
metabolismo intermediário, proliferação, crescimento e 
diferenciação celular. Associam-se com elevado grau de 
especificidade e de afinidade à família de seis proteínas 
carreadoras, denominadas IGFBPs (IGFBP-1 a -6), as quais 
modulam suas bioatividades. A maioria das ações 
conhecidas dos IGFs é exercida mediante sua ligação 
com o receptor tipo 1 (IGF-1R). 
o Os IGFs são produzidos na maioria dos órgãos e dos 
tecidos do organismo, visto que sua secreção ocorre 
à medida que são produzidos, não existindo um 
órgão de armazenamento. 
 
A velocidade de crescimento, elevada no primeiro ano 
de vida pós-natal, desacelera gradualmente e atinge 
valores estáveis por volta dos 4 anos de idade. Um 
novo período de elevada velocidade de ganho estatural 
ocorre durante a puberdade, seguido de nova 
desaceleração, à medida que a maturação óssea se 
completa e o indivíduo atinge sua estatura final 
 Todos os animais têm mudanças corporais pelo 
envelhecimento – é normal 
 Secreção do GH ao longo da vida: é aumentada 
desde o nascimento e atinge o seu pico na 
puberdade (13-14 anos, estirão), quando começa a 
decrescer na vida adulta e ainda mais na senescência 
 O GH ajuda na recuperação celular – em adultos 
 A secreção do GH ocorre em pulsos, principalmente 
no início das fases III e IV do sono, com meia-vida de 
20 minutos 
 No tecido adiposo, o GH diminui a captação de 
glicose, aumenta a lipólise e, consequentemente, 
diminui a adiposidade. 
 No músculo, o GH aumenta a captação de 
aminoácidos e a síntese de proteína, diminui a 
captação de glicose e, consequentemente, aumenta 
a massa corporal magra 
 No fígado, o GH estimula a síntese de RNA, de 
proteínas, aumenta a gliconeogênese, IGFBO e IGF 
 O IGF irá agir em ossos, coração, pulmões, rins, 
pâncreas, intestino, paratireoides, pele e tecido 
conjuntivo, aumentando a síntese de proteínas, RNA 
e DNA, o tamanho e a quantidade de células, 
aumentando, portanto, o tamanho e a função dos 
órgãos atingidos. 
 O IGF agirá nos condrócitos, aumentando o 
crescimento linear, por meio de uma maior captação 
de aminoácidos, síntese de proteínas, RNA e DNA, 
colágeno, sulfato de condroitina e maiores tamanho 
e quantidade de células. 
Testosterona e estrogênio 
 A testosterona estimula o anabolismo 
 A forma de vida dos idosos não contribui para um 
ambiente favorável à testosterona 
 
 
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 A menor liberação do GH pela Adenohipófise 
deprime a produção de IGF pelo fígado e por outros 
tecidos, o que inibe o crescimento celular – 
somatopausa 
 A menor produção de LH gonadotrópico e do FSH 
pela Adenohipófise, juntamente com a secreção 
reduzida de estradiol pelos ovários e de testosterona 
pelos testículos, causa a menopausa e a andropausa 
 As células adrenocorticais responsáveis pela 
produção de DHEA reduzem sua atividade 
(adrenopausa) sem modificações clinicamente 
evidentes na secreção de ACTH e de cortisol 
 Um marca-passo central no hipotálamo e/ou nas 
áreas cerebrais superiores medeia esses processos 
destinados a produzir modificações relacionadas com 
o envelhecimento nos órgãos periféricos 
 
Alterações do sistema muscular 
 Sarcopenia: perda de massa muscular, com 
consequente diminuição da força e qualidade muscular – 
composição estrutural, inervação, contratilidade, 
densidade capilar, factibilidade e metabolismo. Há menor 
força, potência e resistência muscular → maior 
dificuldade nas tarefas, fadiga e maior risco de quedas → 
menor atividade física e maior incapacidade 
 Diminuição de interações sinápticas, produção de 
neurotransmissores (acetilcolina) e velocidade na 
transmissão neuromuscular 
 Degeneração da placa motora 
 Fibras denervadas 
 Substituição parcial por TC fibroso e adiposo 
Modificações comportamentais 
 
Modificações morfológicas 
 Altura: não há grande importância 
 Peso: mais acentuada em homens; não há grande 
manutenção de massa muscular – importante! É 
preciso ter uma reserva energética 
 
Modificações funcionais 
 
A força muscular diminui de 12-15% por década 
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Diferença nas áreas musculares entre os 3 pacientes 
Menor massa magra (principalmente fibras do tipo 2) = 
necrose miofibrilar = mais tecido conectivo e adiposo 
Alterações do sistema Esquelético 
 
18-35 anos 
 
Mais de 40 anos 
 
 
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Envelhecimento do Sistema 
Nervoso 
 São poucas as informações que temos sobre o 
envelhecimento, pois pesquisas nessa área são bem 
complicadas. 
 Todos os sistemas corporais são afetados 
 
Hipóteses para o envelhecimento do 
sistema nervoso 
Teoria genética: o envelhecimento é resultado de um 
programa genético susceptível a modificações 
 Apoptose – morte celular programada 
 Alterações programadas 
 Acúmulo passivo de danos – acúmulo elevado de 
erros, até um certo ponto que a célula é lesada 
(insuficiência letal = morte celular; relaciona-se com 
a epigenética) 
 Alterações nos ácidos nucleicos das células 
 Encurtamento dos telômeros 
 
Teoria dos radicais livres: envelhecimento é resultado do 
acúmulo de radicais livres e estresse oxidativo 
 Acúmulo passivo de danos – os erros sendo 
acumulativos e transmissíveis atingiriam uma elevada 
ocorrência, provocando o efeito de erro catástrofe, 
onde a célula sofre de ineficiência letal, ocasionando 
sua morte e, por consequência, a redução da 
capacidade funcional 
 
Acúmulo passivo de alterações: acúmulo de moléculas 
danificadas por radicais livres = acúmulo de LIPOFUCSINA 
nas células (essa substância é um marcador histológico 
resíduo celular, um pigmento de fosfolipídeos e 
proteínas). 
 A lipofuscina é formada a partir da peroxidação dos 
lipídeos das membranas de organelas, especialmente 
das mitocôndrias (tomando menos solúveis). Mais 
evidente em indivíduos velhos. É considerada um 
pigmento de desgaste. 
 
Outras alterações 
 Alterações do ritmo circadiano: a fase 1 aumenta, a 
fase 2 aumenta significantemente, fases 3, 4 e REM 
são diminuídas. (70-79 anos) 
o A fase 2 é quando ficamos “meio acordados” 
 Alterações endócrinas: a luminosidade e o sono 
influenciam nos hormônios da reprodução e do 
metabolismo 
o Os hormônios caem muito a partir dos 50 
anos = alterações e danos ao sistema 
nervoso 
 
O encéfalo idoso 
 Tamanho e peso menores 
 Giros mais finos separados por sulcos mais abertos 
e profundos: regiões corticais menores em 
comparação a cérebros de indivíduos jovens 
 Volume diminui até 200 cm3 
 Dilatação dos ventrículos 
 Diminuição da substância branca 
 Os núcleos da base alteram-se: aumenta a incidência 
de patologias relacionadas com o movimento, como 
o Parkinson 
 Há morte celular no córtex dos giros pré-centrais, 
nos giros temporais, córtex do cerebelo, hipocampo, 
amígdala, substância negra, núcleos hipotalâmicos, 
núcleos de base, tálamo, tronco cerebral (núcleo 
facial) e medula espinal 
 Redução de tamanho das células mais no tronco 
cerebral (núcleo coclear) 
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 Diminuição da árvore dendrítica causada pela 
degeneração e atrofia dos axônios mielinizados = 
déficits cognitivos (poucas sinapses) 
 Dificuldade de escolher as palavras corretas – mais 
evidentes em doenças como o Alzheimer. 
 
 Declínio dos neurotransmissores, por atrofia e morte 
neuronal – acetilcolina, dopamina, noradrenalina, 
serotonina, GABA 
 A proteína Tau (fosfoproteína neuronal) está 
associada a estabilização dos microtúbulos dos 
axônios. A hiperfosforilação da Tau e de outras 
proteínas associadas ao citoesqueleto gera a 
formação de emaranhados neurofibrilares 
 A síntese de proteínas é afetada – diminui os 
receptores de membranas e aumenta o depósito de 
substâncias anômalas(beta amiloide) → 
degeneração celular e acúmulo de fragmentos 
o Formam detritos que se aglomeram em 
placas senis ou neríticas ao redor dos 
neurônios 
 
Consequências 
o Demência do idoso: várias doenças 
neurodegenerativas que afetam principalmente os 
idosos. É um quadro clínico de declínio geral na 
cognição, como também um prejuízo progressivo 
funcional, social e profissional. Exemplos: Parkinson, 
Huntington e Alzheimer 
Doença de Alzheimer 
o É uma doença degenerativa do cérebro, produzindo 
atrofia progressiva e irreversível, com início após o 
65 anos 
o Há perda das habilidades de pensar, raciocinar, 
memorizar, afetando as áreas da linguagem 
o Esporádica: pode afetar adultos após os 65 anos; a 
ApoE-4 é o único gene associado a um ligeiro 
aumento do risco de desenvolver DA de início tardio 
o Familiar: menos comum, transmitida de geração; os 
filhos tem 50% de chance de herdar a DA familiar. 
Entre 40-60 anos 
o Sintomas: perda de memória, falhas na linguagem, na 
resolução de problemas e decisão, irritabilidade e 
agressividade, alterações de humor, desligamento da 
realidade 
Hipóteses etiológicas 
 Genética: associada aos genes responsáveis pela 
proteína precursora da beta-amiloide (APP), 
hiperfosforilação da proteína Tau, proteínas da 
membrana celular (ApoE) 
 Outros: toxicidade, inflamação, sistema imune, lesões 
neurológicas 
Evolução da doença 
1. Placas senis e emaranhados neurofibrilares que 
acometem o hipocampo – perda da memória 
de curto prazo 
2. Áreas da linguagem são afetadas – encontrar 
palavras adequadas se torna difícil 
3. Córtex frontal – perde a capacidade de resolver 
problemas 
4. Sistema límbico – emoções que flutuam 
5. Córtex somatosensorial – sentidos afetados, 
alucinações 
6. Sistemas de memória a longo prazo 
7. Equilíbrio e coordenação 
8. Funções vitais 
 
o 5-15% de perda da cognição por ano de doença 
o 8 anos de evolução em média 
o Não reconhece mais os familiares 
o Não faz tarefas simples de higiene e vestir roupas 
o Sintomas depressivos 
o Delírios e psicose 
Apolipoproteína ApoE-4 
 Proteína que se liga a lipídeos, tem E2, E3 e E4 
 São utilizadas na formação da membrana neuronal 
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 Importante na captura de colesterol e TRI para 
dentro do neurônio 
 A ApoE-4 promove a quebra da proteína PPA 
 A presença do alelo E4 aumenta o risco genético 
para DA 
Proteína precursora amiloide e peptídeo amiloide 
 A APP está presente nos dendritos, corpos celulares 
e axônios de neurônios e a APP neuronal é, 
provavelmente, a fonte da maioria dos depósitos 
amiloide Abeta no SNC 
 Amiloide é um termo histológico para peptídeos 
fibrilares arranjados em lâminas. O principal conteúdo 
é um peptídeo amiloide Abeta, derivado da proteína 
precursora amiloide 
 As placas beta amiloides são formadas quando 
pedaços da proteína chamada beta amiloide se 
agrupam. Eles também podem ativar as células do 
sistema imunológico que causam inflamações 
 As proteínas Tau hiperfosforiladas agregam-se, 
formando os emaranhados neurofibrilares, os quais 
levam a progressiva degeneração dos neurônios 
 A presença de emaranhados neurofibrilares no 
hipocampo e na região frontotemporal, áreas 
cerebrais responsáveis pela memória, está 
fortemente relacionada ao progresso dos sintomas 
da DA 
Histopatologia da DA: 
Oligômeros de proteína TAU: perda de memória, 
disfunção sináptica e mitocondrial → agregação produz 
filamentos: emaranhados neurofibrilares → morte do 
neurônio com estrutura neurofibrilar presente → placa 
senil + emaranhado neurofibrilar

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