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3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Sistema Olfatório Olfato ocorre na área superior das fossas nasais; é importante estar sempre com muco, para que os neurônios fiquem imersos nele; é renovado para permitir a mudança dos odores; Epitélio olfatório: epitélio pseudoestratificado colunar/ciliado Arquitetura: vibrissas e glândulas que impedem que partículas grossas entrem nas vias respiratórias; cílios que aumentam a superfície de contato o Glândulas de Bowman: muco que limpa os cílios das células olfatórias, facilitando o acesso de novas substâncias Principais células: o Células de sustentação: apresentam microvilosidades que se projetam no muco; prismáticas, largas no ápice e estreitas na base. Pigmento acastanhado o Células basais: células tronco do epitélio; pequenas, arredondadas o Células olfatórias: neurônios bipolares com dendritos (quimiorreceptores excitáveis por substâncias odoríferas); os axônios formam feixes que vão ao SNC 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Fisiologia do olfato A área olfatória é revestida por neuroepitélio olfatório colunar pseudoestratificado, o qual contém os quimiorreceptores da olfação. Os odores aerodispersos são detectados pelos neurônios (células olfatórias) → ligam-se aos receptores → a proteína G é ativada → subunidades alfa, beta e gama dissociam-se → canais de Na+ e Ca+ se abrem → a entrada dos íons causa a despolarização do neurônio → potencial de ação → nervo olfatório → bulbo olfatório → pode ir para diversos locais do SNC, de maneira direta ou indireta. Direta – córtex piriforme, tubérculo olfatório, amígdala e córtex entorrinal Indireta – córtex orbitofrontal, tálamo, hipotálamo ou hipocampo Patologia Oral Inflamatórias Inflamações: agentes infecciosos, físicos, químicos, alterações do sistema imune, inflamações isoladas ou associadas a patologias sistêmicas Infecções virais: herpes simples acomete lábios, nariz, mucosa bucal, gengiva e palato duro; lesões desaparecem de 7-10 dias; infecção autolimitada; vesículas (aftas, bolhas de febre); não formam cicatriz; reatividade alta Herpes simplex: HSV-1 e 2; geralmente contato orogenital; primária: gengivoestomatite; secundária: lábio e pele adjacente; fica latente no nervo trigêmeo; sol, frio, resfriado, stress, etc Herpes-zoster: herpesvirus varicelae; ramo trigêmeo é onde ele fica “escondido”; após varicela Herpes zoster é tipicamente unilateral; geralmente herpes simples tem lesões de genitálias também; Histologicamente são iguais Infecções bacterianas: geralmente formam lesões ulceradas; a principal é a sífilis, que tem 3 períodos; tuberculose é incomum na cavidade oral. Sífilis primária: úlcera endurecida; parecem lesões de outras doenças; não cicatrizam rapidamente; Pele cheia de leucócitos 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Sífilis secundária: úlcera com exsudato mucoide Histologicamente parecida com a primária; estroma com células inflamatórias (linfócitos e plasmócitos) Sífilis terciária: lesões gomosas no palato e língua/SNC e cardiovascular Formam granulomas (células gigantes multinucleadas) + linfócitos e plasmócitos Treponema pallidum Tuberculose: ulceração, edemaciadas, avermelhadas. Formação de granulomas Outras Aftas: trauma, queimaduras, alimentos gelados; formação de lesões ulceradas, pequenas, com cicatrização rápida. Com fibrina Histologicamente: epitélio perdido com o trauma Língua geográfica: glossite migratória; áreas avermelhadas e descamadas; áreas irregulares e brancacentas; lesão do epitélio; células inflamatórias. Causa desconhecida Candidíase oral: pelo fungo Candida albicans. Baixa da imunidade; placas brancas aderidas à mucosa; lesões elevadas de material branco – sai com o esfregaço. Lesões melanocíticas Mácula melanocíticas oral. Lesão pigmentada em lábios e gengiva. Pode estar associadas a síndromes como Peutz-Jeghers ou Doença de Addison, após inflamações ou idiopáticas. Nevos melanocíticos e melanomas. Alterações reacionais: fibromas por trauma (traumáticos) por dente ou prótese (mucosa bucal, lábio e língua). Hiperplasia papilar. Granuloma piogênico 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Nevos com pigmento melanina - acastanhado Cistos de mucosa oral Mucocele: a lesão inflamatória mais comum das glândulas salivares menores e resulta do bloqueio ou ruptura de um ducto da glândula salivar, com consequente extravasamento de saliva para o estroma do tecido conjuntivo circundante; trauma ou cálculo No assoalho da boca = rânula Espaço semelhante a um cisto revestido por tecido de granulação ou tecido conjuntivo fibroso preenchido com mucina e células inflamatórias, particularmente macrófagos SEMPRE associada a uma glândula salivar! Plasias e carcinoma ‘in situ’ Leucoplasia: placa branca não removida por fricção e pode representar inflamação, neoplasia benigna ou malignas; É um termo clínico, não histopatológico. 90% mostram epitélio espesso com ceratinização, não sendo malignas; pode estar relacionada com carcinoma “in situ” Lesão precoce de displasia; início de uma lesão maligna 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Eritroplasia: lesão avermelhada com sangramento fácil; epitélio delgado; displasia acentuada e carcinoma “in situ” em 40% ou neoplasia invasora (50%) Quase sempre indica malignidade Papiloma escamoso: neoplasia benigna mais comum na cavidade oral; é mais comum em palato, úvula, língua, gengiva e lábios; associação com HPV; lesões únicas e verrucosas; mais claras; Histologicamente: papilas verrucosas elevadas, revestidas por epitélio escamoso Alteração do vírus na célula Displasia e carcinoma in situ: alterações iguais às presentes em outras mucosas, como colo uterino; displasia de baixo grau pode ser reversível; alto grau geralmente evolui para carcinoma invasor; atipias nucleares, cromatina densa, mitoses, associação com HPV Se não tratar a displasia, evolui para carcinoma in situ Tabagismo, má higiene oral, etc Tumores Carcinoma de células escamosas: grande maioria dos cânceres de cavidade bucal; esses carcinomas estão associados ao consumo de tabaco e álcool; exposição ao sol; assim como às lesões de HPV; maioria em homens; os associados ao HPV expressam p16; mutações no gene TP53; Tumores de glândulas salivares menores: benignos (adenoma pleomórfico) e malignos (carcinoma adenoide cístico, carcinoma mucoepidermoide, adenocarcinoma polimórfico de baixo grau). Quando malignas, o prognóstico é muito ruim. o Não hiperplásico/hipertrofia – não existe em glândula salivar Tumores odontogênicos – ameloblastoma: surgem do epitélio odontogênicos; maioria na mandíbula; invasivo e indolente; multicístico (infiltrativo), unicístico (encapsulado) e periférico; maioria é benigna 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Cistos odontogênicos De desenvolvimento (dentígero): mais comum; Inflamatórios (Periapical) Importante saber identificar para encaminhar para um dentista Lesão pseudotumoral: displasia fibrosa; ossos craniofaciais principalmente maxilares; Histologicamente trabéculas de osso imaturo, arranjo curvilíneo; em meio a estroma fibroso vascularizado, por vezes frouxo ou colagenizado Glândulas salivares maiores Inflamações: sialoadenites/sialadenites; podem acontecer por trauma, obstrução dos ductos excretores, caxumba, vê células inflamatórias junto às glândulas salivares Neoplasias benignas Adenoma pleomórfico: raramente maligno; células epiteliais e mioepiteliais, estroma fibromixoide em quantidades variáveis; parótida; nódulo único encapsulado ou não. o Histologicamente misturade 3 componentes: epitelial ductal, mioepitelial (ductos, pequenos ninhos, cordões ou áreas sólidas - camada única de células epiteliais sobre células mioepiteliais) e estroma (mixoide, mixocondroide ou condroide) Tumor de Warthin: neoplasia benigna que se origina, geralmente, na parótida; células epiteliais oncocíticas; cistadenoma linfomatoso papilífero; desenvolve-se a partir de ductos salivares heterotópicos do tecido 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 linfoide intra ou periparotídeo; multifocal, bilateral ou em linfonodos periparotídeo; relação com tabagismo, sexo masculino e 50-70 anos. Células linfoides e cistos revestidos por epitélio; forma projeções papilíferas; tem duas camadas de células (interna – colunares; externas – cúbicas); citoplasma eosinofílico Neoplasias malignas Carcinoma mucoepidermoide: porções variadas de células mucosas, escamosas e intermediárias. Originam-se da parótida, em maioria. Relaciona-se com exposição à radiação ionizante, 30-60 anos. Células mucosas, epidermoides e intermediárias. A lâmina acima é de um carcinoma mucoepidermoide de baixo grau Carcinoma adenoide cístico: células epiteliais e mioepiteliais; evolução lenta; aspectos cribiforme (espaços pseudocísticos), tubular e sólido (vários tamanhos e formas, sem espaços císticos os túbulos); sólido, brancacento, não encapsulado. Aspecto basaloide As células neoplásicas formam agrupamentos sólidos com espaços pseudocísticos em seu interior (arranjo cribriforme) Adenocarcinoma polimórfico de baixo grau: mais em glândulas salivares menores, principalmente palato; bem delimitado, não encapsulado. Padrão variado (sólidas, cribiformes, papilares, tubulares, trabeculares císticas), crescimento lento 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Adenocarcinoma de células acinares: baixo grau de malignidade; metástases são raras; células semelhantes a ácinos serosos com células claras – epitelial de ductos intercalados e células sem características particulares Audição e Equilíbrio O ouvido – componentes e funções Externo: pavilhão auditivo (tecido cartilaginoso) + meato auditivo externo; tem pelos e glândulas o Captar e canalizar os sons para a orelha média, até na membrana timpânica Pavilhão auricular: pele e cartilagem elástica; glândulas sebáceas (e poucas sudoríparas); Meato acústico externo: pele + glândulas sebáceas e glândulas ceruminosas – produção de cerume para proteção, como barreira e como bactericida; feito de cartilagem e osso temporal Tímpano: membrana ovalada com duas partes: externa (pele delgada) e interna (epitélio simples cúbico). No meio: fibras colágenas, fibroblastos e fibras elásticas Médio: espaço aéreo no osso temporal; 3 ossículos – martelo, bigorna e estribo – suspensos por ligamentos; o estribo apoia-se na janela oval da orelha interna; canal da tuba auditiva, conectando-a até a faringe; comunicação posterior: cavidade processo mastoide o Permite que ar entre na orelha média, igualando as pressões dos dois lados do tímpano o Transformação das ondas sonoras em vibrações mecânicas 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 o Revestido por epitélio simples pavimentoso; mais próximo à tuba – epitélio colunar ciliado e, depois, pseudoestratificado Interno: é o labirinto; é preenchida por líquido; tem a cóclea (audição) e o vestíbulo + canais semicirculares (equilíbrio) o Audição e equilíbrio o Vibrações estimulam receptores, os quais fazem a transdução para impulsos nervosos para o SNC o Cavidades óssea e membranosa; preenchido com perilinfa nas áreas livres Labirinto: Ósseo: escavações/cavidades no osso temporal o Cavidade central: vestíbulo (entre canais semicirculares e a cóclea) Membranoso: sacos membranosos preenchidos por líquido que reveste tais escavações (por dentro); ambos têm o mesmo formato. Entre os dois: perilinfa; dentro do labirinto membranoso: endolinfa o Epitélio de revestimento: simples pavimentoso, apoiado sobre tecido conjuntivo o Origem ectodérmica Equilíbrio Labirinto posterior: canais semicirculares + vestíbulo; 5 aberturas para os canais semicirculares e 1 para o canal coclear; Sáculo: bolsa membranácea contendo endolinfa; é anteroinferior Utrículo: bolsa membranácea contendo endolinfa; é póstero-superior; têm ampolas onde desembocam os canais semicirculares o São estruturas sensoriais do labirinto membranoso; o Ambos se comunicam pelos ductos utricular e sacular (ducto endolinfático) e estão dentro do vestíbulo o Ducto endolinfático: epitélio simples pavimentoso e mais próximo do saco: epitélio cilíndrico alto o Epitélio simples pavimentoso + tecido conjuntivo Máculas: estão contidas no sáculo e o utrículo; são células nervosas da sua base que projetam cílios sobre uma massa gelatinosa onde estão os otólitos 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 o Células de Sustentação: cilíndricas, núcleos basais, microvilos na superfície o Células Receptoras/sensoriais: estereocílios + cílio típico com corpúsculo basal As máculas são divididas em tipo I e tipo II, as quais estão envoltas por nervos aferentes e eferentes, os quais realizam sinapses, mas nas do tipo II são em menos. Pilosas tipo I – formato de cálice Pilosas tipo II – cilíndricas Há uma superfície gelatinosa, de glicoproteínas, nessa mácula; ali ficam embebidos prolongamentos celulares o quais contém cristas de carbonato de cálcio, os otólitos ou estatocônios. Canais/ductos semicirculares: manutenção do equilíbrio do corpo; contém líquido e estão dispostos em 3 planos (1 horizontal e 2 verticais). No término de cada canal tem a crista ampular, a qual contém cílios que se projetam de células ciliares (neuroepitélio semelhante a mácula, mas sem otólitos) Ampolas com células receptoras Epitélio pavimentoso simples + tecido conjuntivo delgado Saco e Ducto Endolinfático: Epitélio simples pavimentoso – mais próximo do saco é cilíndrico alto Dois tipos celulares: um deles contém microvilosidades, vesículas de pinocitose e vacúolos Provável reabsorção da endolinfa Atividade funcional: Ductos semicirculares → informação sobre deslocamentos circulares (aceleração ou desaceleração angular) → fluxo de endolinfa → movimento lateral dos capuzes nas cristas ampulares (provocando movimento dos prolongamentos das células pilosas) 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Máculas do sáculo e utrículo → aceleração linear (movimentação otólitos, tensão na camada gelatinosa e deformação nas células sensoriais) Audição Cóclea: transforma a vibração das ondas sonoras em potencial de ação, por meio da transdução, e envia ao SNC Modíolo: “eixo” da cóclea; é um cone de tecido ósseo esponjoso, com gânglio espiral no interior. Principais componentes: o Rampa timpânica/inferior: comunica-se com a cavidade timpânica o Rampa coclear/média: onde estão as células nervosas sensoriais do órgão de Corti + membrana tectórica o Rampa vestibular/superior: abre-se no vestíbulo Função: separar os líquidos perilinfa e endolinfa; tem 2 membranas: entre vestibular e coclear (membrana vestibular/de Reissner) permite a passagem das ondas sonoras; a membrana basilar, entre a coclear e a timpânica, bloqueia as ondas sonoras. o Membrana vestibular: epitélio simples pavimentoso, delgada camada de tecido conjuntivo Estria vascular: Epitélio estratificado com 2 tipos de células, sendo que 1 tipo são células ricas em mitocôndrias, membrana basal pregueada Vascularizado Provável local da secreção da endolinfa Diferença endolinfa X perilinfa: Perilinfa: alto sódio, baixo potássio; semelhante ao líquido cefalorraquidiano Endolinfa: baixosódio, alto potássio Órgão de Corti: Repousa sobre a membrana basilar Sensível às vibrações das ondas sonoras Limbo espiral – constituído de tecido conjuntivo frouxo revestido por epitélio de onde parte a membrana tectória Membrana tectória: rica em glicoproteínas; tem contato com as células sensoriais; acredita-se que o órgão de Corti desloca essa membrana, provocando deformação dos estereocílios. A parede lateral do túnel tem células sensoriais internas/ciliadas e, após o túnel, temos: células de sustentação e células sensoriais/ciliadas tipo II 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Globo Ocular Os olhos são órgãos fotossensíveis complexos os quais permitem a análise quanto à forma dos objetos, cor e intensidade da luz refletida. Cada olho fica dentro da órbita, uma caixa protetora. Órbita Túnicas: Esclera ou esclerótica + córnea: mais externa; transparente o Limbo – região de transição Túnica Vascular: camada média; vasos sanguíneos, nutrição o Coroide: pigmento; muitos vasos sanguíneos o Corpo ciliar o Íris Retina: camada interna que se comunica com o cérebro pelo nervo óptico (SNC); traduz as informações sensoriais o Camada de células fotossensitivas: cones e bastonetes o Camada de neurônios bipolares o Camada de células ganglionares Compartimentos do olho: Câmara anterior: entre a córnea e a íris Câmara posterior: entre a íris e o cristalino o Nas câmaras: líquido com proteínas – humor aquoso Espaço vítreo: situado atrás do cristalino; circundado pela retina; é cheio de uma substância gelatinosa, o corpo vítreo Aparelho Lacrimal O aparelho lacrimal e a pálpebra fazem parte do aparelho ocular, localizando-se fora do globo ocular Camada externa ou túnica fibrosa Esclera: opaca e esbranquiçada nos 5/6 posteriores; formada por tecido conjuntivo rico em fibras colágenas; por fora, TC denso (Cápsula de Tenon) Cápsula de Tenon: envolve a esclera; tecido conjuntivo denso; se prende no Espaço de Tenon o Por conta dessa disposição que o globo ocular pode movimentar-se em todas as direções Lâmina supracoroidea: entre a esclera e a coroide; tecido conjuntivo frouxo, rica em melanina e fibroblastos; o Melanina: absorve os raios de luz em excesso No seu 1/6 anterior, a camada externa é transparente (córnea) Camada externa - Córnea A túnica fibrosa no seu sexto anterior apresenta- se transparente, sendo então a córnea. 5 camadas: Epitélio corneano anterior: estratificado pavimentoso não ceratinizado; numerosas terminações nervosas; alta capacidade de regeneração – 7 dias; células com microvilos que ficam num fluido protetor. Membrana de Bowman: fibras colágenas delgadas; grande resistência para a córnea Estroma/fibrosa: múltiplas camadas de fibras colágenas; direções diferentes; é avascular; comumente apresenta leucócitos Membrana de Descemet: fibras colágenas em rede; Epitélio posterior/endotélio: pavimentoso simples; entra em contato com o humor aquoso pra nutrição 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Nutrição da córnea é por difusão: avascularizada Limbo Zona de transição da córnea para a esclera; o colágeno da córnea, transparente, transforma-se em fibroso e opaco; é altamente vascularizada Canal de Schlemm: canal irregular revestido por endotélio que circunda a transição esclerocorneal; o humor aquoso é drenado para o sistema venoso por meio de tais canais. Processo ciliar: produz humor aquoso e contém células com melanina Camada média ou túnica vascular 3 regiões: Coroide: ricamente vascularizada (fibras colágenas e elásticas e células contendo melanina). Porção mais interna rica em capilares sanguíneos - coriocapilar - nutrição da retina. Separando esta da retina há fina membrana hialina – Membrana de Brunch. Corpo ciliar: dilatação da coroide na altura do cristalino – anel espesso contínuo revestindo superfície interna da esclera - triângulo entre corpo vítreo, esclera e cristalino e câmera posterior do olho (processos ciliares). Fibras elásticas, células pigmentares e capilares fenestrados, onde há músculo ciliar (3 feixes) - acomodação visual. o Processos ciliares são extensões de uma das faces do corpo ciliar: eixo com dupla camada de células epiteliais. A externa sem pigmento: epitélio ciliar. Interna: células com melanina. Produz humor aquoso Íris: prolongamento da coroide que cobre parte do cristalino o Orifício central – pupila o Parte anterior irregular com fendas e elevações, epitélio pavimentoso simples, continuação endotélio da córnea o Tecido conjuntivo com poucos vasos, muitos fibroblastos e células pigmentares e, em seguida, camada com muitos vasos sanguíneos o Parte posterior lisa, mesma camada que reveste corpo ciliar e seus processos, com mais melanina neste segmento (impede entrada de raios luminosos – exceto os que vão formar a imagem na retina) o Os melanócitos da íris influenciam a cor da mesma (olhos). o Feixe muscular em anel: esfíncter da pupila. Parassimpático o Feixe muscular em Y antes de chegar a pupila: músculo dilatador da pupila. Simpático 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Cristalino Tem forma de lente biconvexa e tem grande elasticidade, diminuindo com a idade. Fibras do cristalino: células altamente diferenciadas, derivadas do cristalino embrionário; perdem os núcleos para tornarem-se transparentes Cápsula do Cristalino: acelular; hialino; feito de colágeno tipo IV e glicoproteínas Epitélio subcapsular: epitélio cuboide simples; somente na porção anterior do cristalino. Responsável pelo aumento do cristalino durante o crescimento ocular É mantido na posição correta pela zônula ciliar – fibras orientadas radialmente; faz o processo de acomodação com o corpo ciliar. Corpo vítreo Ocupa a cavidade do olho atrás do cristalino Gel claro, transparente, com raras fibras de colágeno 99% água, poucas células Glicosaminoglicanos altamente hidrófilos Retina Evaginação do diencéfalo – cálice óptico Camada mais externa: camada de epitélio cúbico simples contendo células com pigmento: epitélio pigmentar da retina, o qual se adere fortemente à coroide e fracamente à camada interna (fotossensível) Fotorreceptores e todo restante da retina se originam na parede interna do cálice óptico Epitélio pigmentar: células cúbicas com núcleo basal. Prendem-se fortemente à membrana de Bruch, contém invaginações da membrana plasmática e muitas mitocôndrias (transporte iônico) Sintetizam melanina – absorver luz que estimulou os fotorreceptores Camada de células fotossensitivas – cones e bastonetes o Entre as 2: onde ocorrem sinapses o 2 polos, 1 dendrito fotossensível e o outro faz sinapse com células bipolares. 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Prolongamentos fotossensíveis tem forma de cone ou bastonete. Atravessam membrana limitante externa o 120 milhões de bastonetes, extremamente sensíveis à luz, são principais receptores para baixo nível de luz. Visão menos precisa o 6 milhões de cones: percepção da luz em intensidade normal e acuidade visual Camada de neurônios bipolares o Entre as 2: camada sináptica ou plexiforme interna o Difusas: sinapse com 2 ou mais fotorreceptores, até 6 o Monossinápticas: 1 célula cone e 1 célula ganglionar Camada de células ganglionares o Contato com células bipolares e envia seus axônios que não se ramificam para uma região da retina onde formam nervo óptico – ponto cego da retina ou papila do nervo óptico Outros tipos celulares: Células horizontais: contato entre vários fotorreceptores Células amácrinas: contato com células ganglionares Células de sustentação: astrócitos e micróglia e células de Müller (semelhante à neuroglia). Sustentar,nutrir e isolar os neurônios da retina Estruturas acessórias Conjuntiva: membrana mucosa que reveste a parte anterior da esclerótica e superfície interna das pálpebras; é estratificado prismático e sua lâmina própria é de TC frouxo Pálpebras: dobras flexíveis de tecidos que protegem o globo ocular; o Pele, derme, músculo orbicular do olho, TC, tarso, glândulas sebáceas, conjuntiva Glândulas lacrimais: glândulas serosas do tipo tubuloalveolar composto; produzem uma secreção salina – fluido pobre em proteínas e que contém a lisozima, que digere a cápsula de certas bactérias. 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Medula Espinhal e SNP Medula espinhal Sistema nervoso: Detectar, transmitir, analisar e utilizar as informações geradas pelos estímulos sensoriais representados por calor, luz, energia mecânica e modificações químicas do ambiente externo e interno Organizar e coordenar, direta ou indiretamente, o funcionamento de quase todas as funções do organismo (motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas). Estabiliza as condições intrínsecas do organismo, como pressão sanguínea, tensão de 02 e de CO2, teor de glicose, de hormônios e pH do sangue, e participa dos padrões de comportamento, como os relacionados com a alimentação, reprodução, defesa e interação com outros seres vivos Neurônios multipolares e volumosos: são bem visíveis na histologia Células constituintes: Axônios mielinizados Células ependimárias – cúbico simples reveste o canal medular; é preenchido por líquor Divisões: Substância branca – axônios; prolongamentos de neurônios e células da glia; muita mielina; externamente Substância cinzenta – formada por corpos de neurônios dos neurônios e células da glia + prolongamentos de neurônios (sinapses); internamente Cornos anteriores: neurônios motores e dá origem a raiz ventral dos nervos raquidianos (eferente) 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Cornos posteriores: recebem as fibras dos neurônios nos gânglios das raízes dorsais dos nervos espinais (aferente) Os neurônios da medula são multipolares e volumosos, principalmente os motores É envolvida por meninge “Bolinhas” brancas, vazias – Células de Schwann e mielina que não são coradas histologicamente Sistema nervoso periférico Uma fibra nervosa é um conjunto formado por um axônio e sua bainha envoltória. Conjuntos de fibras nervosas formam os feixes ou tratos de fibras nervosas do SNC e os nervos do SNP Fibras Neurais envolvidas por Células de Schwann Mielinizadas: a membrana plasmática da Célula de Schwann se enrola em várias voltas em volta do axônio; a bainha é constante ao longo do axônio; em axônios mais calibrosos. Há espaços sem revestimento chamados de nódulos de Ranvier o Intervalo entre 2 nódulos: internódulo Não mielinizadas: envolve os axônios de pequeno diâmetro; uma única dobra da célula envoltória; pode haver uma fibra nervosa amielínica envolvendo vários axônios pequenos, cada um com seu próprio mesaxônio Mielina: é um complexo lipoproteico branco parcialmente removido pelas técnicas histológicas 4. essas várias voltas são o citoplasma mielínico das células de Schwann Mielínicas: 1 axônio/fibra Amielínicas: vários axônios/fibras SNP: Nervos, feixes de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo, e os gânglios, acúmulos de corpos celulares de neurônios. Nervos: feixes de fibras nervosas formados por axônios, cada um envolvido por uma sequência de células de Schwann revestidas por uma lâmina basal. Coloração esbranquiçada 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Revestimento dos Nervos periféricos Endoneuro: envoltório conjuntivo de cada fibra constituído principalmente por fibras reticulares pelas células de Schwann Perineuro: bainha de várias camadas de células achatadas que reveste os feixes de fibras nervosas Epineuro: camada fibrosa mais externa de TC denso que forma o tecido de sustentação dos nervos Tipos de Nervos: nervos estabelecem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos da sensibilidade e com os efetores (músculos, glândulas). A maioria é mista (nervos sensoriais e motores), formada por fibras mielínicas e amielínicas. Geralmente, os nervos contêm fibras aferentes e eferentes. As aferentes levam para os centros superiores as informações obtidas no interior do corpo e no meio ambiente; as eferentes levam impulsos dos centros nervosos para os órgãos efetores (músculos, glândulas) comandados por esses centros. Os nervos que contêm apenas fibras de sensibilidade (aferentes) são chamados de sensoriais, e os que são formados apenas por fibras que levam a mensagem dos centros para os efetores são os nervos motores. Nervo mielinizado: 1 núcleo (célula de Schwann) + 1 axônio 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Nervo com fibras amielínicas Cada um dos núcleos: células de Schwann; cada uma das “bolinhas” brancas: axônio Células constituintes Axônio: componente do neurônio; prolongamento único; especializado para conduzir o impulso nervoso do neurônio para outras células (nervosas, musculares, glandulares) Células de Schwann: produz mielina no SN periférico (isolante elétrico para neurônios). o No SNC os axônios são envolvidos por oligodendrócitos Gânglios: acúmulos de neurônios fora do SNC; podem ser sensoriais/aferentes ou do SNA/eferentes. A maioria é de órgãos esféricos, envolvidos por cápsulas conjuntivas e associados a nervos. Alguns no interior de determinados órgãos, principalmente na parede do sistema digestório, constituindo os gânglios intramurais Gânglios sensoriais: recebem fibras aferentes, que levam impulsos da periferia para o SNC. Podem ser cranianos ou espinais o Gânglios cranianos: associados a nervos cranianos o Gânglios espinhais: localizam-se nas raízes dorsais dos nervos espinhais o Ambos são pseudo-unipolares (apresentam prolongamento único, mas logo se divide em dois, dirigindo um ramo para a periferia e outro pro SNC) Neurônio bipolar (acústico): o gânglio no nervo acústico é o único gânglio craniano cujas células são bipolares (têm um dendrito e um axônio) Um estroma de tecido conjuntivo envolve os neurônios e forma cápsulas que envolvem o gânglio como um todo. Pericário: corpo celular do neurônio 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 SNC e Sistema Límbico Sistema Nervosos Central Funções do SNC: Receber e transmitir informações oriundas de outros neurônios, receber estímulos sensoriais como luz, calor, energia mecânica, modificações do ambiente Analisar e coordenar o funcionamento de quase todas as funções do organismo (motoras, viscerais, endócrinas e psíquicas) → estabiliza condições do organismo como PA, tensão de O2 e Co2, glicemia, hormônios, pH Participa de padrões de comportamento, alimentação, reprodução, defesa e interação com outros seres vivos, sono Células do SNC: Neurônios: receber, processar e transmitir informações. Possui corpo celular, axônios e dendritos. o Dendritos: prolongamentos; faz o aumento da superfície celular; são ramificados e numerosos. Faz a recepção dos estímulos o Corpo celular: centro trófico da célula; maior concentração de organelas; recebe estímulos dos dendritos e os integra; é rico em retículo endoplasmático granuloso (substância de Nissl) o Axônio: prolongamento único com diâmetro constante; mais longos que os dendritos (como das células motoras da medula espinhal até o pé); tem um cone de implantação ao corpo celular. Condução de impulsos 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Movimento ativo de moléculas ao longo dos axônios (moléculas produzidas no pericário migram em Fluxo anterógrado); velocidadesvariadas Existe um fluxo Retrógrado - leva moléculas para serem reutilizadas no corpo celular Potencial de ação ao longo do axônio Sinapses: locais de grande proximidade entre neurônios – transmissão unidirecional; podem ser químicas (neurotransmissores) e elétricas (passagem de íons) Tipos de neurônios: bipolares (1 dendrito, 1 axônio), multipolares (vários dendritos) e pseudo-unipolares (2 ramos: 1 pro SNP e 1 pro SNC). A grande maioria deles é multipolar; Bipolares: gânglios coclear, vestibular, retina e mucosa olfatória Pseudo-unipolares: gânglios espinais (sensoriais) e gânglios cranianos Células da Glia: Oligodendrócitos, astrócitos, micróglia, células ependimárias; não se diferenciam bem; têm núcleos menores que os neurônios; aproximadamente 10 células da glia para cada neurônio Micróglia: células pequenas e alongadas. Participam do sistema fagocitário do SNC (função inflamatória e reparativa). Núcleos são mais escuros Oligodendrócitos: emitem prolongamentos que se enrolam em torno dos axônios, formando as bainhas de mielina no SNC (isolam os axônios emitidos por neurônios) Astrócitos: células estreladas com múltiplos prolongamentos. Tipo fibrosos ou protoplasmáticos. Função de controle da composição iônica extracelular (suporte estrutural os neurônios) o Tipo fibroso: mais longos, mais na substância branca o Tipo protoplasmáticos: mais curtos, mais na substância cinzenta o Pés vasculares: alguns contém prolongamentos que se dirigem para capilares (transferência de moléculas e íons do sangue para neurônios) 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Células Ependimárias: Revestem os ventrículos cerebrais e o canal medular. Podem ter cílios (facilita a movimentação do líquor); são células cúbicas ou colunares Substância Cinzenta: Substância formada por corpos celulares dos neurônios, dendritos, porções iniciais não mielinizadas dos neurônios e glia Substância Branca: Substância formada por axônios mielinizados dos neurônios e células da glia Gânglios: ilhas de substância cinzenta (núcleos do SNC) Histologia do Cerebelo – camadas Molecular: é a mais externa; contém dendritos das células de Purkinje, com poucas células Intermédia: células de Purkinje Granulosa: menores neurônios do nosso organismo, mais interna 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Meninges Dura-máter: é a mais externa. TC denso aderido ao periósteo da calota craniana; é revestido por epitélio simples pavimentoso; tem um espaço virtual, onde os hematomas se localizam Aracnoide-máter: é a intermédia; está entre a dura e a pia; tem um espaço subaracnóideo com líquor. TC com epitélio simples pavimentoso; têm vilosidades que perfuram a dura e transfere o líquor para o sangue Pia-máter: é a mais interna; muito vascularizada e adere-se ao tecido encefálico. É revestida por células achatadas Plexo coroide: pregas da pia-máter com muitos capilares fenestrados; está dentro dos ventrículos; secretam líquor; revestido por epitélio simples cúbico ou colunar baixo Sistema Límbico Conjunto diverso de regiões corticais e subcorticais essenciais para o comportamento humano normal Componentes: hipocampo, amígdala, hipotálamo, núcleos septais e circuito de Papez Memória, personalidade, pensamentos, emoções Córtex de associação límbica: giro cingulado, para- hipocampal, orbitofrontal e medial frontal e os giros do polo temporal o Estímulos dolorosos físicos e emocionais, giros frontal medial e orbitofrontal – recompensa e tomada de decisão Histologia: igual à do SNC (células) Formação hipocampal: giro denteado, hipocampo o Consolidação de memórias explícitas/ memória consciente, emoções e estresse o Neurônios eferentes em formato piramidal, mais no hipocampo e no subículo o No giro denteado: células granulares 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 CA – Corpo Ammons ou hipocampo; DG – giro dentado; S – subículo Neurônios piramidais Amígdala: lobo temporal rostral; regular emoções; expressões faciais, fala emocional, medo, tomada de decisão o Núcleos (3) o Estriado anterior: nucleus accumbens, tubérculo olfatório, caudado anteriomedial e putamen Sistema dopaminérgico → inervação dopaminérgica → importante para função de “Recompensa”; estímulos naturais de sobrevivência (alimentação e reprodução) Importante ativação quando uso de drogas de abuso (THC, álcool, metanfetamina, cocaína) Tálamo: processamento de informações entre córtex, medula e tronco; dados sensoriais (exceto olfato) passam por ele o Núcleo anterior: relação com sistema límbico, corpos mamilares, giro cingulado e hipotálamo o Núcleo dorsomedial: conexões com córtex pré-frontal e hipotálamo (sentimentos, controle emocional) Hipotálamo: conecta o SNC ao sistema endócrino; participa da homeostase, temperatura, apetite, emoções, comportamento sexual 3° fase Medicina UNIFEBE Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Corpos Mamilares: é uma formação do hipotálamo; contém os núcleos mamilares e faz parte de conexões do sistema límbico. Consolidação da memória Epitálamo: habenula (sistema límbico) e pineal (endócrino); Pineal ou epífise: extremidade posterior do 3° ventrículo; 95% pinealócitos e astrócitos; São neurônios modificados produtores de melatonina; controle dos ciclos circadianos e períodos do ano; responde aos estímulos luminosos Mesencéfalo: substância cinzenta periaquedutal e formação reticular; reações estereotipadas de defesa ou respostas corporais ao estresse
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