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Aula 05.10 – Mecanismos Microbianos de Patogenicidade Microbiologia Ayla Mendes Cavalcante Sabino Patogenicidade: Capacidade de causar doenças, superando a defesa do hospedeiro. Virulência: É a extensão da patogenicidade (grau da patogenicidade) Como os MO infectam o hospedeiro: 1. Acesso ao hospedeiro: Portas de entrada: ▪ Membrana mucosa (trato respiratório, TGI, trato geniturinário) ▪ Pele: acesso ao corpo através de abertura na pele, como folículos pilosos e ductos sudoríparos. ▪ Via parenteral: os MO são depositados diretamente nos tecidos sob a pele ou membranas quando estas barreiras são penetradas ou danificadas. Por exemplo, ao fazer uma cirurgia, os tecidos ficam expostos. A porta de entrada escolhida faz diferença na patogenicidade/virulência do MO. O numero de MO invasores fazem diferença. 2. Aderência aos tecidos 3. Penetração nos tecidos 4. Evitar as defesas do hospedeiro 5. Danificar os tecidos: dano direto; subprodutos bacterianos. Até o momento 4 – a pessoa está infectada, mas ainda não está doente. Número de Micro-organismos invasores: ▪ DI50: Dose infectante para 50% de uma população É a dose, quantidade de MO que causa doença. ▪ DL50: Potência da toxina – dose letal para 50% de uma amostra da população. É a dose, quantidade de toxinas. Aderência ▪ Adesinas – são moléculas da bactéria que vão encontrar o seu receptor na céls hospedeira. As adesinas estão sempre localizadas nas estruturas externas da parede celular – principalmente nas fímbrias. Podem estar também na Glicocálice (Capsula bacteriana) Cada doença tem o seu receptor especifico. BIOFILME: Mecanismos de Patogenicidade Possui 6 mecanismos de patogenicidade: 1. Adesão Não depende só da adesina como receptor. Possui um mecanismo à mais: uma camada de polissacarídeos: GLUCANO. 2. Agregação de bactérias Diminui os sítios (possibilidades) de reconhecimento das bactérias pelos antibióticos/. 3. Quorum sense: É um mecanismo de comunicação entre bactérias. Na hora que a bactéria entra em contato com o antibiótico, manda uma molécula de sinalização para as outras bactérias se defender. 4. Atividade enzimática Quando a bactéria esta dento do biofilme (dentro da comunidade) então toda a atividade enzimática é pensando naquela comunidade. Então, a bactéria vai produzir Glucano com maior intensidade. 5. Barreira física O biofilme é insolúvel em agua – então ele esta protegido contra a própria saliva e agua. 6. Fonte de nutrientes Se você para de produzir sacarose, as bactérias param de produzir energia. Então as bactérias vai quebrar as moléculas de glicose e unir: A Glicosil Transferase – é uma quebra a sacarose em glicose e frutose: formando um polissacarídeo chamado Glucano - através de ligações alfa-3 e alfa-6: Alfa 1-6: solúvel ➔ Fonte de Nutrientes Alfa 1-3: insolúvel ➔ Barreira Física Como os patógenos ultrapassam a defesa do hospedeiro: ▪ Cápsula: impede a fagocitose pelas céls do hospedeiro. ▪ Proteína M: Resistente ao calos e acidez Encorado na parede celular e nas fimbrias de S. Pyogenes Aderência a pele Resistência à fagocitose por glóbulos brancos ▪ Enzimas: 1. Coagulase e Cinase: Ajuda a penetrar e fugir do hospedeiro – forma um coágulo de MO 2. Hialuronidase: Necrose de ferimentos infectados Dispersão dos MOs do seu sitio inicial 3. Protease IgA: O IgA é o principal imunoglobulina de defesa das mucosas. Anticorpos de defesa contra a aderência de patógenos à superfície da muscosa MOs que infectam o SNC ▪ Variação Antigênica: O MO alterou seusa antígenos de forma a não ser reconhecido e afetado pelo anticorpo. ▪ Penetração no Citoesqueleto Invasinas: Enzima bem mais patogênica. Rearranjo dos filamentos de actina do citoesqueleto. Como os patógenos danificam as células do hospedeiro: 1. Utilizando os nutrientes do hospedeiro Por ex. as bactérias possuem o Sideróforo – que rouba o ferro 2. Dano direto 3. Produção de toxinas Toxinas causam Distúrbios cardiovasculares: Febre, choque, diarreia Tipos de toxinas produzidas por bactérias: ▪ ENDOTOXINA: Lipídio A dos LPS Todas as endotoxinas produzem os mesmos sinais e sintomas, independente da bactéria. Calafrios, fraqueza, choque, febre, coagulação intravascular disseminada, dores generalizadas. Faz parte da membrana externa da bactéria Gram- (negativo). Quando a bactéria esta morrendo, libera a endotoxina (é um lipídio e sempre é o mesmo tipo: Lipídio A). Então, independente da bactéria Gram-, todas vão liberar endotoxinas – porque só elas possuem LPS. Então toda bactérias Gram- causam os mesmos sinais e sintomas, pois o seu mecanismo de endotoxidade é baseado na mesma toxina. ▪ EXOTOXINA – algumas Gram+ possuem exotoxina (mas não todas). Pequenas doses de exotoxina causam danos severos, ate o óbito: Tétano, poliomielite, meningite. São enzimas Pequenas quantidades são altamente letais Agem destruindo determinadas partes da célula dos hospedeiros, ou inibindo certas funções metabólicas Os genes que codificam a maioria das exotoxinas são carreados em plasmídeos Anticorpo: antitoxinas. As exotoxinas não causam danos generalizados – são locais específicos. Pois possuem receptores específicos nas células. Já na endotoxina o dano é generalizado. 4. Induzindo reações de hipersensibilidade ▪ Lisogenia: Carregar o vírus – Bacteriófagos O vírus não tem mecanismos próprios – tudo depende da céls hospedeira. Então ele entra dentro da céls bacteriana e através dela, causa a doença.
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