PERIMETRIA - RCQ

Prévia do material em texto

PERIMETRIA 
 
 Pode ser definido como perímetro máximo 
de um segmento corporal quando medido 
em ângulo reto em relação ao seu maior 
eixo. 
 
 Nos casos dos membros superiores e 
inferiores a medida deve ser bilateral. 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
OBJETIVOS 
 Orientar a prescrição dos exercícios físicos. 
 
 Determinar proporcionalidade entre os segmentos 
corporais e assimetrias. 
 
 Comparar medidas após uma reavaliação e observar se os 
objetivos estéticos estão sendo atingindos e/ou se 
possíveis diferenças estão sendo corrigidas. 
 
 Relacionar com outras medidas (ex: dobras cutâneas). 
 
 Determinar riscos relacionados à saúde (ex: RCQ). 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
MATERIAIS UTILIZADOS PARA 
MEDIDAS DE PERIMETRIA 
 Fita métrica metálica; 
 
 
 
 Evitar utilizar fitas utilizadas para tomar 
medidas de roupas (fita de costureira). 
Essas fitas podem sofrer deformações 
e interferir indiretamente nas medidas. 
DESCRIÇÃO DA MEDIDA 
 EXISTEM 4 FORMAS: 
 Maior perímetro; 
 No ponto médio; 
 Ponto pré-estabelecido; 
 No menor Perímetro. 
 
 Segmento: 
 Relaxado (PO) 
 contraído 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
PRECAUÇÕES 
 
PRINCIPAIS LOCAIS DE 
PERIMETRIA 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
REFERENCIAIS PARA IDENTIFICAÇÃO E 
AVALIAÇÃO DA PERIMETRIA CORPORAL 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
LOCAL REFERENCIAL ANATÔMICO POSIÇÃO 
 
MENSURAÇÃO 
 
PESCOÇO Proeminência da laringe – 
Pomo de Adão 
Perpendicular ao 
eixo longitudinal 
do pescoço 
Aplique a fita 
inferiormente ao pomo 
de adão. 
OMBRO Músculos deltódeis e processo 
acromial 
Horizontal Aplique a fita ao ponto 
de maior protuberância 
inferiormente ao 
processo acromial. 
PEITO Quarta articulação 
costoesternal ou cicatriz 
mamilar 
Horizontal Aplique a fita passando 
por cima da cicatriz 
mamilar. 
CINTURA Último arco costal e crista 
ilíaca 
Horizontal Aplique a fita ao ponto 
de menor 
circunferência. 
ABDÔMEN Cicatriz umbilical Horizontal Aplique a fita 
passando por cima 
da cicatriz umbilical. 
REFERENCIAIS PARA IDENTIFICAÇÃO E 
AVALIAÇÃO DA PERIMETRIA CORPORAL 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
LOCAL REFERENCIAL ANATÔMICO POSIÇÃO 
 
MENSURAÇÃO 
 
QUADRIL Maior massa muscular glútea Horizontal Aplique a fita ao 
ponto de maior 
circunferência. 
COXA 
PROXIMAL 
Prega glútea Horizontal Aplique a fita logo 
abaixo da prega 
glútea. 
COXA 
MEDIAL 
Dobra/prega inguinal e borda 
superior da patela 
Horizontal Aplique a fita no 
ponto meso-femural. 
COXA 
DISTAL 
Borda superior da patela Horizontal Aplique a fita ao ponto 
de 5 cm acima da borda 
superior da patela. 
JOELHO Patela Horizontal Aplique a fita no 
ponto médio da 
patela. 
REFERENCIAIS PARA IDENTIFICAÇÃO E 
AVALIAÇÃO DA PERIMETRIA CORPORAL 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
LOCAL REFERENCIAL ANATÔMICO POSIÇÃO 
 
MENSURAÇÃO 
 
PANTURRILHA Maior massa muscular Horizontal Aplique a fita ao redor da 
maior circunferência. 
TORNOZELO Maléolo medial e lateral Horizontal Aplique a fita ao redor da 
menor circunferência da 
perna, de forma proximal 
aos maléolos. 
BRAÇO Processo acromial da 
escápula e processo 
olécrano da ulna 
Horizontal Aplique a fita ao ponto 
meso-umeral. 
ANTEBRAÇO Maior massa muscular Horizontal Aplique a fita ao redor da 
maior circunferência. 
PUNHO Processo estilóide do rádio 
e ulna 
Horizontal Aplique a fita ao redor do 
punho, distal aos 
processos estilóides. 
TÓRAX/PEITO HOMENS 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
QUARTA ARTICULAÇÃO 
COSTOESTERNAL OU 
CICATRIZ MAMILAR 
HORIZONTAL APLIQUE A FITA 
PASSANDO POR CIMA 
DA CICATRIZ MAMILAR 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
TÓRAX/PEITO MULHERES 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
LINHA AXILARES 
ANTERIORES 
HORIZONTAL APLIQUE A FITA 
PASSANDO POR BAIXO 
DAS LINHAS AXILARES 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
ABDÔMEN 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
CICATRIZ UMBILICAL HORIZONTAL APLIQUE A FITA 
PASSANDO POR CIMA 
DA CICATRIZ UMBILICAL 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
COXA PROXIMAL 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
PREGA GLÚTEA HORIZONTAL APLIQUE A FITA LOGO 
ABAIXO DA PREGA 
GLÚTEA 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Avaliado em PO, com 
as pernas levemente 
afastadas. 
 
As medidas são 
tomadas lateralmente. 
COXA MESO-FEMURAL 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
DOBRA/PREGA INGUINAL 
E BORDA SUPERIOR DA 
PATELA 
HORIZONTAL APLIQUE A FITA NO 
PONTO MESO-FEMURAL 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Avaliado em PO, com 
as pernas levemente 
afastadas. 
 
As medidas são 
tomadas lateralmente. 
PANTURRILHA 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
MAIOR MASSA 
MUSCULAR 
HORIZONTAL APLIQUE A FITA AO 
REDOR DA MAIOR 
CIRCUNFERÊNCIA 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Avaliado em PO, com 
as pernas levemente 
afastadas. 
 
As medidas são 
tomadas lateralmente. 
BRAÇO NORMAL 
REFERENCIAL ANATOMICO POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
PROCESSO ACROMIAL DA 
ESCÁPULA E PROCESSO 
OLÉCRANO DA ULNA 
HORIZONTAL APLIQUE A FITA AO 
PONTO MESO-UMERAL 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Avaliado em PO, com 
antebraços em 
semipronação. 
 
As medidas são 
tomadas lateralmente. 
BRAÇO CONTRAÍDO 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
MAIOR MASSA 
MUSCULAR 
ÂNGULO RETO EM 
RELAÇÃO AO EIXO 
DO BRAÇO 
APLIQUE A FITA AO 
REDOR DA MAIOR 
CIRCUNFERÊNCIA 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Avaliado em PO, com o 
braço elevado à frente 
no nível do ombro; com 
a mão esquerda, 
segura-se, internamente 
o punho direito, de modo 
a opôr resistência a 
este. A um sinal do 
avaliador, o avaliado 
realiza uma contração 
da musculatura flexora 
do braço. 
As medidas são 
tomadas lateralmente. 
ANTEBRAÇO 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
MAIOR MASSA 
MUSCULAR 
HORIZONTAL APLIQUE A FITA AO 
REDOR DA MAIOR 
CIRCUNFERÊNCIA 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Avaliado em PO, com 
antebraços em 
supinação. 
 
As medidas são 
tomadas lateralmente. 
CINTURA 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
ÚLTIMO ARCO COSTAL 
E CRISTA ILÍACA 
HORIZONTAL APLIQUE A FITA AO 
PONTO DE MENOR 
CIRCUNFERÊNCIA 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Avaliado em PO, com 
abdômen relaxado. 
QUADRIL 
REFERENCIAL 
ANATOMICO 
POSIÇÃO MENSURAÇÃO 
MAIOR MASSA 
MUSCULAR GLÚTEA 
HORIZONTAL APLIQUE A FITA AO 
PONTO DE MAIOR 
CIRCUNFERÊNCIA 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Avaliado em PO, braços 
levemente afastados, 
pés juntos e glúteos 
contraídos. 
As medidas são tomadas 
lateralmente. 
CIRCUFERÊNCIA DE CINTURA - CC 
 Índice utilizado para identificar indivíduos com 
acúmulo de gordura na região central do corpo. 
 
 Mais útil e representativo porque, em pessoas 
sem excesso de peso mas com deposição de 
gordura mais centralizada, este índice poderia ser 
mais sensível. 
 
 Indicador de risco à saúde relativo à obesidade. 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
CC - Relação da circunferência abdominal 
com risco de anormalidades metabólicas 
Categoria de 
risco 
Mulheres Homens 
Muito baixa < 70 cm < 80 cm 
Baixa 70 - 89 cm 80 - 99 cm 
Alta 90 - 110cm 100 - 120 cm 
Muio alta > 110 cm > 120 cm 
Bray, 2004. R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
CA - Relação da circunferência abdominal 
com risco de anormalidades metabólicas 
Sexo Risco 
aumentado 
Risco muito 
aumentado 
Masc. > 94 cm > 102 cm 
Fem. > 80 cm > 88 cm 
Obesidade Andróide 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
OMS, 2004. 
RELAÇÃO CINTURA QUADRIL (%) 
RCQ = Perímetro da cintura (cm) 
 Perímetro do quadril (cm) 
 
Local de medida: 
 
• Representa melhor a distribuição do peso 
corporal e, talvez da gordura corporal em 
indivíduo. 
 
• Indivíduos com maiores circunferências no 
tronco correm o maior risco de HAS, DM2, 
Dislipidemia e de DAC em comparação aos 
indivíduos que possuem peso igual, mas com 
maior parte dele distribuída nas 
extremidades. 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
RCQ – CLASSIFICAÇÃO HOMENS 
Idade Baixo Moderado Alto Muito alto 
20-29 <0,83 0,83 a 0,88 0,89 a 0,94 >0,94 
30-39 <0,84 0,84 a 0,91 0,92 a 0,96 >0,96 
40-49 <0,88 0,88 a 0,95 0,96 a 1,00 >1,00 
50-59 <0,90 0,90 a 0,96 0,97 a 1,02 >1,02 
60-69 <0,91 0,91 a 0,98 0,99 a 1,03 >1,03 
Riscos para Saúde pelo RCQ: 
Bray & Gray, apud Costa, 2001:47 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
RCQ – CLASSIFICAÇÃO MULHERES 
Riscos para Saúde pelo RCQ: 
Bray & Gray, apud Costa, 2001:47 
Idade Baixo Moderado Alto Muito alto 
20-29 <0,71 0,71 a 0,77 0,78 a 0,82 >0,82 
30-39 <0,72 0,72 a 0,78 0,79 a 0,84 >0,84 
40-49 <0,73 0,73 a 0,79 0,80 a 0,87 >0,87 
50-59 <0,74 0,74 a 0,81 0,82 a 0,88 >0,88 
60-69 <0,76 0,76 a 0,83 0,84 a 0,90 >0,90 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
RCQ indica gordura abdominal 
• Correlação com as co-morbidades da obesidade. 
 
• Podemos encontrar indivíduos com IMC dentro da 
normalidade, mas com a medida da cintura dentro 
dos níveis que o colocam dentro do grupo de risco. 
 
(Halpern, Mancini, 2002). 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Classificação do risco de doença com base 
no IMC e na CC segundo ACSM`s (2009) 
 
 
Classificação 
Riscos para DM2, HAS e DAC relativo ao 
peso e à circunferência da cintura normais 
IMC(Kg/m2) Homens ≤ 102 cm 
Mulheres ≤ 88 cm 
Homens > 102 cm 
Mulheres > 88 cm 
Abaixo do Peso < 18,5 Média Média 
Peso Normal 18,5 – 24,9 Média Média 
Sobrepeso 25 – 29,9 Aumentado Alto 
Obesidade I 30 – 34,9 Alto Muito alto 
Obesidade II 35 – 39,9 Muito alto Muito Alto 
Obesidade III ≥ 40 Extremamente alto Extremamente alto 
CLASSIFICAÇÃO PELA DISTRIBUIÇÃO 
REGIONAL DA GORDURA CORPORAL 
Ginóide ou 
periférica 
Andróide ou 
central 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
Maior acúmulo de 
gordura na região do 
quadril, glúteos e coxa. 
Maior acúmulo na 
região do abdômen e 
tronco. 
 Andróide 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 Ginóide 
ANDRÓIDE (MAÇÃ) 
 Gênero mais comum - Masculino 
 Região de maior acúmulo - Central 
 Distribuição Corporal – Tronco, Tórax e Abdomen 
 Hormônio - Testosterona 
 Risco Cardiovascular – Aumentado 
Grande associação às doenças crônico-degenerativas 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S
 
GINÓIDE (PÊRA) 
 Gênero mais comum - Feminino 
 Região de maior acúmulo - Periférica 
 Distribuição Corporal – Coxas, Glúteos e Abdômen 
 Hormônio - Estrógeno 
 Risco Cardiovascular – Pequeno 
 
Maior risco de varizes 
R
A
M
O
N
 
O
V
A
N
D
O
 
–
 
C
R
E
F
 
2
3
9
5
-
G
/
M
S