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Displasia do desenvolvimento do quadril (DDQ), anteriormente conhecida por luxação congênita do quadril Anormalidade que afeta o quadril infantil, incluindo uma forma acetabular anormal (displasia), associada ou não a um deslocamento parcial (subluxação) ou completo (luxação) da cabeça femoral. “ anormalidade anatômica da articulação do quadril que aparece como resultado de um desvio no desenvolvimento normal, durante o período embrionário, fetal e infantil do crescimento”. Pode se estender até a puberdade (aproximadamente 12-13 anos de idade), no qual ocorre o término do desenvolvimento da cavidade acetabular. Etiologia da Luxação Congênita do Quadril Tem como etiologia os fatores hereditários (relacionado a frouxidão ou displasia predisponente) ou mecânico (devido ao posicionamento intra-uterino). Apresenta como fatores de risco: mãe jovem, história familiar, raça branca, sexo feminino, primiparidade, apresentação pélvica no nascimento, recém-nascido com maior altura e peso e deformidades nos pés ou na coluna vertebral. aproximadamente um em cada 1000 recém-nascidos poderá nascer com luxação de quadril cerca de 10 em 1000 com subluxação de quadril. O lado esquerdo é o mais acometido que o direito na proporção de cerca de 60 % / 20 %, e cerca de 20 % é bilateral Incidência Rastreamento Generalizado Avaliação Clínica Atualmente, todos os neonatos passam por um exame físico de rotina que inclui a avaliação dos quadris quanto à estabilidade. Na luxação congênita de quadril geralmente notam-se as seguintes alterações Diferença de comprimento dos membros inferiores, ou seja, uma perna é mais curta do que a outra; As coxas apresentam um padrão de dobras cutâneas diferentes uma relação à outra; Ao observar os dois membros inferiores vê-se que as patelas direita e esquerda não se encontram no mesmo nível; Uma perna, geralmente, se move mais bruscamente que a outra; Amplitude de movimento dos membros inferiores com limitações; Atraso no desenvolvimento motor grosso, como engatinhar, sentar e caminhar. Na descoberta tardia da patologia é comum observar uma série de complicações, sendo a mais comum a diferença de comprimento de membros inferiores, fazendo com que o indivíduo tenha dificuldade na deambulação. Além disso poderá desenvolver artrose no quadril, escoliose e sofrer com dores na coluna, quadril e pernas. Outro método para avaliação da instabilidade do quadril, principalmente em crianças maiores de 4 anos e na afecção bilateral do quadril é o da exploração da marcha: sinal de Trendelenburg (determina a integridade da função dos músculos abdutores do quadril), em que a positividade destes promovem uma marcha claudicante, casos unilaterais, e marcha anserina em bilaterais, podendo desenvolver escoliose lombar ou lordose lombar O treino de marcha deve ser realizado com os membros inferiores alinhados, e iniciado logo que a criança conseguir ficar em pé. É importante o fortalecimento da musculatura para possibilitar a melhora biomecânica, priorizando adutores, glúteos máximo e médio e extensores de tronco. ganho de mobilidade para melhora da execução dos movimentos do cotidiano incentivando o trabalho de extensão de quadril, abdominais e movimentos da pelve sobre o fêmur, dessa forma propiciando a ação correta das forças sobre a articulação coxofemoral. recuperação das funções e a prevenção de distúrbios posturais e lesões musculoesqueléticas adotando medidas de prevenção de contraturas, alongamentos e posicionamento adequado. Fisioterapia no pós-operatório